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História O Vermelho da Maçã - Chapter I


Escrita por: AnaWalkerKawaii

Notas do Autor


Hello!
Aqui estou eu para mais uma fic, dessa vez do meu terceiro shipp favorito: Zen e Shirayuki <33

-Poderá haver alguns erros acidentalmente;
-As imagens de capa e capítulos foram retiradas da internet e não são de minha autoria;
-Agradeço à minha querida amiga ~Pink_NewRumor por me ajudar a criar o nome da história <33
-A história já está finalizada, com 15 capítulos.


BOA LEITURA <3

Capítulo 1 - Chapter I


Fanfic / Fanfiction O Vermelho da Maçã - Chapter I

"Eu sou branco, você é vermelho. Quando estamos juntos somos rosa."

 

O som dos cavalos cavalgando era a única coisa que ela ouvira, além das vozes vitoriosas dos homens. Suas mãos estavam amarradas, seus olhos vendados e sua boca amordaçada. Queria chorar, queria gritar e pedir socorro, mas a única coisa que conseguia fazer naquele instante é ficar deitada no chão daquela carruagem e rezar para todos os deuses possíveis.

Havia sido sequestrada justo hoje.

No dia do seu casamento.

Há poucas horas anteriormente, estava em um altar prestes a dizer “sim” para seu futuro marido, o Príncipe Raj do Reino de Tanburn. Mas não se engane, Shirayuki não é uma princesa e muito menos tem linhagem nobre em sua família. Ela é filha de Mukaze, General do grupo independente Leões da Montanha. Eles são um grupo que vivem em uma pequena aldeia de Tanburn e trabalham em conjunto para ajudar aqueles que precisam, como as lendas de Robin Hood.

Pelo Reino de Tanburn está em uma guerra civil, o Príncipe Raj precisava de aliados o mais depressa possível para as revoltas cessarem. Foi então assim que ele e Mukaze fizeram uma aliança para lutarem juntos, sendo assim o casamento entre a filha do General e o Príncipe do Reino o tratado desse acordo.

Mas nada saiu como o planejado.

Na hora de fazer os votos, uma forte explosão ocorreu em meio à plateia que assistia a cerimônia, fazendo uma densa fumaça se espalhar pelo local e inúmeros feridos. No instinto de proteger seu povo, Raj desceu do altar e correu em direção ao local junto com os guardas. De início, Shirayuki permaneceu petrificada pelo acontecimento, mas acordou para a realidade assim que sentiu um par de braços lhe segurarem com força.

Antes mesmo que pudesse gritar ou revidar, sentiu um pano ser pressionado contra seu nariz, a forçando respirar aquele forte remédio até ficar inconsciente. E quando finalmente despertara, bem, é óbvio demais: um belo final feliz para um casamento.

Não era uma garotinha ingênua, sabia muito bem o porquê de ter sido raptada: seu cabelo.

Shirayuki era a única mulher de todo Reino de Tanburn que possui um cabelo de coloração vermelho-maçã, herdado de seu pai. Além de ter um belo par de olhos cor de esmeralda, um corpo na média para as mulheres da sua idade e ótimo talento como herborista.

Estavam lhe sequestrando para lhe venderem como uma prostituta.

Não era a primeira vez que isso acontecera, exatamente por sua aparência chamativa e o fato do seu pai ser líder de um grupo extremamente temido, ela sempre fora bastante reservada e discreta. Sempre saía nas ruas com capuz para esconder seu cabelo e raramente via seu pai, cresceu sob os cuidados da sua avó paterna, que falecera quando ela fizera quinze anos.

Cresceu aprendendo a lutar para defender-se e ser uma mulher independente, sempre desconfiando de qualquer pessoa do sexo oposto que se aproximasse. Mas nunca, nunca mesmo, eles conseguiram chegar tão longe como agora. É a primeira vez que conseguira ser raptada e isso fazia todo seu cérebro derreter em nervosismo. Depois de tanto lutar, era assim que sua história acabava? Se recusava a acreditar nisso, mas não conseguia encontrar nenhuma luz.

Lentamente, os cavalos pararam de cavalgar até que finalmente Shirayuki escutou a porta da carruagem abrir e um par de braços tocarem seus ombros, a forçando ficar de pé. Ainda sem forças por culpa do maldito remédio que lhe deram horas atrás, ela não teve outra escolha ao não ser cooperar. Sentiu seu corpo ser arrastado enquanto tropeçava nos próprios pés.

Aí, meu Deus!

Alguém me ajude!

Socorro!

Suas pernas tremeram e a realidade lhe atingiu com total força quando passou a escutar outras mulheres chorarem e clamarem em desespero: todas sendo raptadas para tornarem-se prostitutas, assim como ela. A adrenalina passou a correr pelas suas veias, fazendo o ódio e o pânico crescer dentro de si.

–P-Pare! ME SOLTE! –ela gritou quando conseguiu tirar a mordaça de seus lábios, virando seu rosto em direção a mão pousada em seu ombro e depositando uma forte mordida nela.

O homem grunhiu de dor e antes que ele pudesse lhe machucar, correu como nunca ao sentir seu corpo livre pelas mãos dele. Pelos deuses, ela ainda estava com a vista parcialmente coberta pela venda nos olhos, não fazia a mínima ideia para onde estava indo correndo em linha reta. Conseguia escutar os passos atrás de si e seria apenas uma questão de tempo até os homens lhe alcançarem. Esse maldito vestido de noiva pesava em seu corpo e fazia suas pernas quase sempre tropeçarem.

Então, eles conseguiram lhe alcançar depois de alguns minutos de fuga. Um homem a deitou no chão e apoiou o peso de sua perna em suas costas, lhe chutando. Os outros riam e alguns lhe xingavam com palavras baixas.

–Agora eu tenho que te punir pela mordida, não acha?

O homem perguntou próximo ao seu ouvido e em seguida sentiu o espartilho do seu vestido ser desamarrado. O que...? Ele não estaria...? O absoluto medo cresceu dentro de si, fazendo lágrimas acumularem em seu rosto. Tentava inutilmente se debater em vão, conseguia sentir as mãos dos outros homens apertarem suas coxas e descerem sua meia, fazendo-a gritar por socorro.

–Fique quieta, sua puta! –um dos homens desferiu um forte soco em seu rosto, o que a fez ficar sonsa e sem mais forças para lutar. Então, no fim, era esse o seu destino?

–Ei, sabia que é feio levantar a mão para uma dama?

Uma voz desconhecida se vez presente no local, fazendo Shirayuki se questionar se ele veio lhe ajudar ou não. Sentiu os homens saírem de perto de si e focarem total atenção no indivíduo, que conversava tranquilamente com os homens.

–Serei amigável e direto: deixem essa garota aqui e partam imediatamente, assim não atacarei vocês e nem lhe entregarei ao delegado. Agora se quiserem lutar comigo, se preparem.

Todos os homens riram juntamente, o que fez a garota ficar em nervos. Ele acha mesmo que vencerá mais de cinco pessoas sozinho?! Começou a escutar o som de objetos metálicos sendo desembainhados, o que fez seu coração tremer. Se algo acontecer com o mesmo, Shirayuki jamais se perdoaria.

–Parece que já fizeram sua escolha, que pena...  Pode atirar.

A última frase soou tão baixa e rápida que os homens nem tiveram tempo de raciocinar. Uma flecha atravessou o campo de visão deles até acertar o pé de um, o que fez todos baixarem sua guarda para o rapaz atacá-los sem menos dificuldade, acertando seus estômagos.

Shirayuki escutava apenas gritos e objetos sendo colididos, sem saber quem estava acertando quem. Usando a pouca energia que ainda lhe restava, ela tentou forçar a ficar sentada e balançava seu rosto na tentativa de retirar a maldita venda dos olhos, resmungando em sinal de nervosismo.

Mas antes mesmo que pudesse ficar de pé, sentiu o braço de um dos homens lhe imobilizar novamente e o metal frio da espada tocar em seu pescoço.

–S-Se afaste senão eu a mato! –ele gritou em pânico, estava ela sendo feita de refém? Então isso quer dizer que o rapaz conseguiu derrotá-los?

Num rápido movimento, ouviu uma flecha acertar as costas do homem atrás de si e seu corpo ser desvencilhado do dele novamente. Respirou em alívio e permitiu um breve sorriso aparecer em seu rosto antes do cansaço lhe vencer novamente e tombar inconsciente no chão.

Porém sentiu, antes de apagar por completo, seu corpo ser carregado gentilmente por aquele que lhe salvara.

 

...

 

Shirayuki acordou provavelmente no dia seguinte, a exaustão lhe dominou. Ao abrir os olhos, pôde ver se que encontrava deitava em um sofá de uma pequena casa com apenas três cômodos, no meio da floresta.  Conseguia escutar os pássaros cantando do lado de fora e o balançar das árvores.

Ao olhar para seu próprio corpo, arregalou os olhos ao ver que não usara mais o seu vestido de noiva e sim um vestido marfim com mangas avermelhadas. Isso fez o desespero tomar conta de si: quem retirou suas roupas, lhe viu nua e lhe vestiu?! Então era realmente fora vendida como...?

Seus olhos encheram-se de lágrimas novamente, no qual ela tratou de secá-las rapidamente. Não é hora para desistir. Decidida, ela tratou de ficar de pé, usou o xale que havia na mesa como um capuz e saiu em direção à floresta.

Seria uma estúpida dizer que estava tudo sob controle, o que não é verdade: nesse instante, se encontrara perdida em uma floresta que nunca vira em sua vida. E mesmo se quisesse voltar para aquela casa, nem sabia mais o caminho. Que maldição lhe lançaram para tais acontecimentos ocorrerem consigo de uma só vez?!

Mesmo trêmula e com o coração a mil, Shirayuki tratava de caminhar firmemente, escondendo o desespero que crescia em si.  Tudo só piorou quando ela passou a escutar galhos sendo quebrados próximos de si, virando seu rosto até deparar-se com um homem de cabelo branco lhe fitando com uma expressão séria.

–Quem é você e o que está fazendo aqui?

Por puro instinto, ela correu. Sabia que ele viria atrás de si e provavelmente lhe alcançaria, mas seu coração batia tão depressa que não lhe deixava raciocinar qualquer pergunta direito. Conseguia escutar os passos ágeis do rapaz lhe seguindo e pedindo para não correr.

Quando ele finalmente se aproximou o suficiente, sentiu seu pulso se segurado pelo mesmo e seu corpo parar contra sua vontade pela forma que ele lhe prendera. Virou tão abruptamente para fitá-lo que seu capuz escorreu pelo sua cabeça, fazendo suas madeixas vermelhas dançarem conforme o vento batia.

Na mesma hora o rapaz arregalou seus olhos em surpresa e depois sorriu de forma travessa, como se já tivesse a conhecido antes. Shirayuki analisou sua expressão: cabelo branco curto, olhos azuis como o oceano, vestia uma simples roupa azul e possui uma espada presa em sua cintura.

Porém, antes mesmo que a garota pudesse abrir os lábios, ele dissera:

–Então finalmente acordou, Akagami¹?

Finalmente, tudo se encaixou em sua mente: fora esse rapaz que lhe salvou daqueles homens. Novamente, ela ficou estática e muda até o instante em que um casal veio atrás do rapaz, preocupados.

–Não corra desse jeito, Zen! Perder você de vista é... –o homem parou de falar assim que fitara Shirayuki. –Você acordou, senhorita? Fico feliz que esteja bem.

–Q...Quem são vocês? –ela sussurrou, desvencilhando seu pulso das mãos do rapaz.

–Eu me chamo Zen –o rapaz de cabelo branco disse enquanto cruzava os braços. –O homem que te cumprimentou é o Mitsuhide e a mulher ao seu lado se chama Kiki.

–Prazer em conhecê-la –a Kiki respondeu de forma direta. Pelo visto ela não é de puxar assunto, permanecia séria desde que chegara e não tirava os olhos do Zen, como se fosse uma babá. Tinha um arco e flecha preso em seus ombros, sinal de quem atirara nos bandidos na noite anterior.

–Por qual motivo vocês me salvaram...?

–Ah? Precisa de um motivo? –Zen perguntou surpreso. –Você estava sendo atacada por bandidos, não há como ficar indiferente a uma situação daquelas.

–E essas roupas? –Shirayuki fitou o chão, envergonhada. –Foi você que...?

–Eu que cuidei de seus ferimentos e troquei seu vestido, senhorita –Kiki respondeu rapidamente, como se tivesse sido a única que leu seus pensamentos. –Nenhum desses dois idiotas lhe viu nua.

A garota de cabelo vermelho respirou em alívio enquanto os rapazes resmungavam com Kiki por serem chamados de “idiotas” na frente de uma desconhecida. Eles permaneceram conversando entre si por alguns segundos até finalmente Zen perguntar algo no qual estava curioso:

–Você estava vestida de noiva quando nos encontramos, Akagami. Não me diga que fugiu do seu noivo e veio parar nessa floresta?

O tom de voz de Zen soou brincalhão e curioso, o que fez Shirayuki ficar com raiva da brincadeira. Ela fora sequestrada para tornar-se uma prostituta e é obrigada a aturar esse tipo de perguntas?!

–Q-Quem você pensa que é para falar assim comigo? Por acaso você sabem quem eu sou?! –a garota levou sua mão direita ao peito batendo levemente ao dizer com orgulho: –Eu sou Shirayuki, futura Princesa do Reino de Tanbarun!

Na mesma hora o sorriso de Zen morreu, dando lugar a olhos esbugalhados e uma expressão em completo choque. Mitsuhide e Kiki permaneciam observando os diálogos dos dois um pouco mais distantes, mas também tinham olhares surpresos por tal revelação.

–Então você é a princesa desaparecida que todos estão comentando? –Zen perguntou. –Desculpe-me pela intromissão, eu não sabia...

–Pois é, eu fui sequestrada no dia do meu casamento e vim parar num local totalmente desconhecido para mim. E agora sou obrigada a escutar esse tipo de piadinha –Shirayuki emburrou a cara, mostrando-se visivelmente irritada.

Como se tivesse tido uma ideia em mente, Zen abriu um grande sorriso em seu rosto e levou as mãos a cintura, com um olhar orgulhoso de si mesmo. Quando a garota de cabelo vermelho o encarou com dúvida, ele curvou-se em reverência e disse:

–Sendo assim, é o meu dever proteger a princesa, não é mesmo?

–Ah? Do que você está falando...?

Novamente, Zen lhe surpreendeu quando apoiou seu joelho no chão e ergueu sua mão no ar. Com um sorriso indecifrável nos lábios e um olhar penetrante, ele perguntou de forma desafiadora:

–Você aceita a minha ajuda para voltar ao Reino de Tanburn, Akagami-hime²?

 


Notas Finais


¹Akagami: Cabelo Vermelho em japonês.
²Hime: Princesa em Japonês

O que acharam desse primeiro capítulo amores? Zen é afrontoso ele kkkkkk
Até os comentários <3


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