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História O Vestiário - Capítulo Único


Escrita por: Merone

Notas do Autor


Primeiro Imagine que escrevo, espero que seja do agrado de vocês e, é claro, ele não poderia ser de outro personagem se não Bakugou Katsuki. Provavelmente eu escreva alguns de outros depois, como o Todoroki, mas por enquanto será só da minha paixão suprema.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction O Vestiário - Capítulo Único

Maldita hora em que eu quis bancar a heroína.

A cada passo que eu dava em direção ao vestiário masculino, tinha a sensação de que iria cair, já que minhas pernas decidiram que tremer era mil vezes mais divertido que facilitar a minha vida. Por que eu estava fazendo isso mesmo? Aé, pela minha melhor amiga: Uraraka Ochaco. Na noite anterior, ela havia dormido em minha casa  e foi quando confessou estar apaixonada pelo tapado do Midoriya, mas sendo tímida do jeito que é, não levou em conta todas as minhas palavras de incentivo e ideias fofas de declaração.

 *Flashback On*
—Uraraka! Você tem que parar de ser tão insegura, é óbvio que o Midoriya retribuí seus sentimentos, o problema é depender dele para dar o primeiro passo. É simples, siga alguma das ideias que dei e dará tudo certo.
  —Simples? Ta bom, quer que eu ceda às suas ideias malucas? Sem problemas! — Abri um sorriso imenso assim  que ouvi essas palavras.  — PORÉM quero ver você fazer então, fazem dois meses que só fica suspirando pelos cantos por causa do Bakugou, mas nunca tomou nenhuma atitude. — E lá se foi meu sorriso embora. Eu odiava admitir, mas ela tinha razão. Qual o crédito que eu possuía em dar sermões e ideias consideradas "simples" se nem ao menos os meus problemas eu resolvia? Falar e correr, o que poderia dar errado nessa confissão? E, se desse, valeria a pena em prol da Uraraka. Melhores amigos são assim, certo...?
            *Flashback Off*
 

Agora cá estou, com uma mão coçando o pescoço em claro sinal do meu nervosismo&desespero e, a outra, segurando firmemente minha carta de confissão. Qual é, o acordo era ser uma confissão e não especificava de qual forma deveria ser feito e, sinceramente, antes a carta que seja explodida -junto com meus sentimentos- do que minha cara toda. O plano em si era simples, nas terças-feiras Katsuki treinava até tarde no campo da U.A High School, ficando sozinho por conta disso. Então, com minhas "habilidades ninjas" -como se eu de fato possuísse alguma-, iria me aproveitar do momento em que ele não estivesse no vestiário para colocar minha declaração dentro de sua mochila.
 Dei uma conferida rápida no relógio, faltavam cinco minutos para o final  de seu treino e, juntando toda a coragem existente em meu corpo, que é quase inexistente, apressei o passo entrando no vestiário. Como esperado, estava vazio e silencioso; Em cima do banco azul de madeira, a mochila de Katsuki se fazia presente e, ao seu lado, seu casaco preto me chamava a atenção. Peguei a roupa e senti seu aroma, era tão... característico, uma mistura única de perfume masculino picante -mas ao mesmo tempo adocicado-, com cheiro de fumaça. Senti minhas pernas ficarem bambas, mas dessa vez o motivo não era o nervosismo e sim o modo como apenas uma vestimenta dele podia me afetar tanto.
   Abracei fortemente o casaco enquanto deixava a carta por cima de sua mochila, quanto antes ele encontrasse e lesse melhor seria. Mas, assim que me preparava para abandonar o local, ouvi passos pesados se aproximando da porta. Desesperadamente, olhei para todos os lados procurando um lugar em que pudesse me esconder. Embaixo dos bancos? Sem chances, visível demais. Atrás dos armários? Nem mesmo meu braço passa por trás. Até que, meus olhos visualizaram os quatro cubículos onde as duchas ficavam separadas. Corri em direção à última do lado esquerdo, puxando a cortina e tentando esconder o máximo que conseguia. Encostei-me na parede do cubículo, com o coração querendo sair pela boca e então, me dando conta que esqueci de colocar o casaco no lugar.
  "Droga!" Praguejei enquanto agarrava a peça de roupa e tentava me acalmar, porém em vão já que cada passo que ouvia fazia com que uma gota de suor escorresse de minha testa. A aflição com toda certeza ia me matar e, nem mesmo o cheiro de Katsuki conseguia me acalmar naquele momento. Pelo som dos passos, ele já estava no vestiário, então por curiosidade descontrolada, abri levemente uma fresca minúscula na cortina para conseguir bisbilhotar suas ações.
—MAS QUE CARALHO! Quem foi o arrombado que roubou meu casaco? —Bakugou gritava praticamente cuspindo fogo enquanto eu tentava com todas as forças segurar o riso diante daquela cena. O loiro olhou para a sua mochila, vendo o envelope branco lacrado em cima. —Tsc, aposto que é uma brincadeirinha do desgraçado do Kirishima.
 Rasgou o lacre do envelope sem dó, olhando confuso para o papel rosa da minha carta. Bakugou deve ter lido e relido a cartas umas 100 vezes já que tenho certeza que no mínimo uns cinco minutos se passaram desde então, em seguida o loiro dobrou o papel novamente no formato inicial colocando-o na mochila com cuidado. Parecendo atordoado e mergulhado em pensamentos, Katsuki permaneceu em pé encarando a parede e mexendo em seus cabelos durante o processo, cada segundo parecendo horas e horas enquanto eu estava louca para sair dali e descobrir no que ele tanto pensava.
  Bakugou, parecendo despertar, caminhou calmamente até a caixa de som do vestiário masculino apertando em alguns botões e voltando para perto do banco quando a batida ressoou no ambiente. Alongou seu corpo despreocupadamente e retirou seus tênis e meias rapidamente colocando-os do lado de sua mochila. A batida continuava contagiando o local, o nervosismo me fazia querer roer cada unhazinha que fosse. E então, se antes eu achava que estava pagando pelos meus pecados, agora tinha absoluta certeza. Em um momento, suas mãos estavam passeando por seus cabelos e em outro estavam na barra de sua regata preta, retirando-a e jogando por cima de sua mochila.  Puta merda. Os músculos incrivelmente definidos tencionavam enquanto ele fechava seus olhos e passava as mãos pelo pescoço, parecendo querer aliviar alguma dor muscular presente na área.
  Bakugou Katsuki era um Deus grego e ali no meu campo de visão estava a prova concreta. Minha língua involuntariamente passou pelos meus lábios quando observei a forma como seu corpo marcado brilhava por conta das gotículas de suor. Peço perdão, chamá-lo de Deus grego foi pouco para descrever o quanto o loiro é incrivelmente quente. Suas mãos foram de encontro ao elástico da calça de moletom que vestia, empurrando-a pra baixo e quase me causando uma parada cardíaca. Vermelha. A maldita cueca box era vermelha. Lógico que tinha que ser da mesma cor de seus olhos incrivelmente lindos, claro que tinha que ser minha cor preferida e, é claro, que aquele tecido tinha que apertar maravilhosamente as suas coxas torneadas. O elástico da boxer se encontrava um pouco abaixo de seus ossos expostos do quadril, perigosamente chamando minha atenção para aquela área. Céus, por que Bakugou tinha que ser o sinônimo de perfeição? Por qual razão aquela música conseguia combinar tanto com seus movimentos e ações? A expectativa dele retirar aquele pedaço de pano fazia com que minhas pernas se friccionassem enquanto eu apertava ainda mais seu casaco em meus braços, imaginando como deveria ser sentir aquele perfume direto de seu corpo.
  Cortando minhas expectativas, Katsuki remexeu em sua mochila e retirou de lá uma toalha cinza felpuda e, colocando-a por cima do ombro e caminhando tranquilamente em direção às cabines. Oh My God. EU DISSE CABINES, CABINES! ALERTA VERMELHO, O PERIGO SE APROXIMA. Fechei a abertura que havia feito na cortina e me aproximei o máximo possível da parede em minhas costas, tentando evitar qualquer visão que fosse dos meus pés. Assim que vi a sombra de seu corpo na frente da minha cabine, tive vontade de sair correndo e ir pedir transferência de escola&nome, mas invés disso, suspirei aliviada quando ele ligou o chuveiro da cabine da frente. Voltei para a posição de antes, com o intuito de dar mais uma espiadinha e, caso ele tivesse fechado a cortina, dar um jeito de sair o mais rápido possível daquele lugar. Mas, a minha vida é amaldiçoada. Assim que estendo a mão para abrir uma fresta novamente na cortina, ela é puxada sem delicadeza alguma para o lado, quase me fazendo infartar naquele exato momento.
—Sabe, não tem graça alguma você ficar só olhando. — Um Bakugou totalmente diferente se encontrava em minha frente. Com um sorriso safado brincando em seus lábios, ele apoiou um dos braços do lado oposto em que estava, me deixando sem saída alguma. —Te garanto que sou bem melhor que um casaco, mas isso você já deve imaginar. — Apontou para sua roupa em meus braços, com suas sobrancelhas levantadas em divertimento.
—N-não é isso, Katsuki-Sama —Eu tentava formular alguma desculpa, porém nem mesmo conseguia responder sem gaguejar e ficar extremamente envergonhada. Ótimo, parabéns pra mim, fui pega em flagrante. Nem um pouco humilhante, imagina.
—Não precisa falar nada, temos outras pendências à resolver agora. — Sem aviso prévio, Katsuki me prensou no cubículo usando seu corpo, fazendo com que a parede gelada causasse um pequeno choque em contato com minha pele extremamente quente. Uma de suas mãos juntou meus pulsos por cima de minha cabeça enquanto a outra agarrou a parte de baixo de uma das minhas coxas, levantando-a até o ponto em que seu quadril estivesse encaixado em meu corpo, deixando o volume em sua cueca fazer-se presente e me fazendo tensionar. Oh, agora eu entendi o que quis dizer com "pendências" à resolver. —Relaxa, eu vou te tratar direitinho.
 Seus lábios se chocaram com os meus, fazendo meu corpo formigar cada vez que sua língua ia de encontro com a minha. Enquanto beijava Katsuki demonstrando toda a paixão e admiração que carregava comigo, só conseguia pensar:
     "Céus, Katsuki! Nem imagina como eu penso que você poderia me tratar direitinho."
E, recebendo um tapa em minha bunda logo em seguida, assumi que talvez ele também imaginasse tal coisa.

~FIM~


Notas Finais


Então, me saí bem? Qualquer erro gramatical ou coesivo, por favor avisar nos comentários <3 Agradecida


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