História Oblivion - Yoonmin - This Can Not Be True...

  Jimin, o que você está fazendo? A onde você está? Você está bem?

  Esses são os únicos pensamentos que eu consigo ter agora. Você não sabe o quanto eu estou preocupado com você...  Cara, você é idiota mesmo! Como você pode fugir assim do nada? E o pior de tudo é que não tem motivo nenhum para essa sua ‘ida’. Estou andando pela a cidade a mais de 3 horas seguidas e não tenho se quer uma dica ou uma suposição de um lugar aonde você poderia estar. Eu já estou ficando extremamente irritado, como você pode fugir? Você nem se quer sabe a hora que está com fome vai saber se cuidar sozinho? Você sabe como deixar uma pessoa louca Park Jimin...

  A cada lugar que entrava sentia que você estava cada vez mais longe de mim. A esse ponto eu já passei por todos os lugares possíveis e ate agora ninguém te viu ou tem noticias de onde você poderia estar. Sua mãe está acabada, como você pode fazer isso com ela? Agora eu estou com vontade de te matar, você realmente não pensa Jimin? Juro que se eu não te encontrar eu vou surtar. Já fazia cinco horas que eu estava atrás de você e eu já estava perdendo as esperanças, mas eu não posso desistir! Eu tenho que achar ele!

  Segui para a rodoviária e eu já não estava aguentando ficar mais de pé, sentei em um dos bancos e adormeci ali mesmo. Eu não conseguia ter um sono tranquilo, a todo momento as frases que ele escreveu na carta vinham em meus pensamentos, estava tendo sonhos confusos e ruins.

“‘Eu te amo.”

   Levantei assustado, estava escutando sua voz em meus pensamentos, aquela frase... Como ele pode dizer aquilo? Ele não esta em seus dias melhores, com certeza é um mal entendido, ele não me ama. Ele esta apenas abalado emocionalmente, sim, é isso! Porém, ele sempre me olhou de uma maneira diferente.. NÃO! Para de pensar nisso Yoongi, a única coisa que você tem que pensar é como você vai achar ele.

  Já estava de manha e eu não podia perder mais tempo, peguei minhas coisas no banco e segui em direção a saída da rodoviária. Comecei andar por todos os lados em um rumo definido, eu realmente estava perdido, não sabia o que fazer e nem para onde ir. Me sentia mal, tudo o que eu deveria fazer era ser um amigo bom e cuidar de quem está ao meu lado, mas eu não fiz isso. Por um momento de descuido eu não dei atenção o suficiente para quem era realmente importante.

     Jimin, a onde quer que você esteja eu prometo que vou te encontrar...

~Uma semana depois...

  Já se passou uma semana e até hoje eu não te encontrei, eu já estou surtando, não consigo comer e nem dormir.. Já faz uma semana que não vou para casa, tudo o que eu faço é ir em hospitais e pontos em que você costumava ir. Sua mãe está doente e isso me machuca ainda mais, pelo fato de você ter fugido por minha causa. Eu não sei o que fazer e nem aonde procurar... Hoje eu vou ir novamente nos hospitais ver se você está lá. Tenho fé que hoje eu vou te encontrar.

   Fui para os hospitais e novamente não tinha ninguém não identificado lá. Eu já estava exausto, pela primeira vez eu chorei por alguém, você não tem ideia de como eu estou. Já não sei dizer o que eu sinto. Tudo que sinto desde que você se foi é um tremendo vazio dentro de mim. Nunca pensei que sentiria algo assim, é tudo muito novo para mim... Me desculpe Jimin, me desculpe..

  Estava saindo do hospital quando me lembrei do ultimo dia que estávamos juntos, se soubesse que seria o ultimo eu não iria ter ficado correndo atrás de você pra lá e pra cá, ainda mais no meio do mato...  

Flashback....

O Jimin já estava bem distante de mim, o suor escorria em meu rosto e pingava no chão, com infinitas opções de lugares para ele ir correndo, por que ele escolheu esse parque estranho? Não sei por que, mas tenho a impressão de que ele já veio ate aqui. A direção em que ele corre não é comum para alguém que está aqui pela primeira vez. Já estava desistindo de correr atrás dele, quando ele parou em frente a uma casa. Como aquela casa foi parar ali? Eu estava correndo agora a pouco em uma mata fechada e agora estou em um lugar aberto com nada mais nada menos do que uma casa de madeira super velha com o Jimin parado na frente com uma cara de psicopata.
- O que é isso? – Falei exausto.
- Uma casa ora. – Ele disse sorrindo.
- Jura? Pra mim era um lápis, engraçado como a gente confunde as coisas. – Falei irritado.
- Idiota, está é a minha casa! Tcharam! – Ele disse abrindo os braços e sorrindo.
- Deus, esse garoto esta surtando. Como assim? Deixa de ser louco, essa não é a sua casa de jeito nenhum. – Falei indignado.
- Essa é a casa dos segredos. – Ele disse serio.
- Que segredos? Você atrai as pessoas ate aqui e depois as mata? Eu vou embora. – Falei levantando e virando de costas.
- Tem certeza de que não quer ver o que eu tem lá dentro? – Ele disse.
- Não. – falei contra a minha vontade e sai andando, todo arrependido.
- Vou te chamar só mais uma vez, você quer vê o que tem lá dentro? – ele disse rindo.
- Tá, que saco eu vejo. – Falei virando de costas.
- Não vou te mostrar. – Ele disse passando por mim e correndo.
- Aaah, por que você sempre corre? – Falei indo atrás dele, ate mesmo por que não tinha nenhuma opção a não ser segui-lo. E também a esse ponto eu já estou com vontade de dar um tiro na cara dele... Por que ele me arrastou ate aqui para me mostrar essa casa no meio do nada e dizer que eu não posso entrar nela? Eu juro que tendo entender o Jimin, mas é bem difícil.
  Fui correndo atrás dele e a cada segundo ele corria mais rápido, até que voltamos para o mundo ‘’normal’’ e saímos daquela estranha floresta. Ele corria muito rápido e já estava difícil de acompanha-lo, ate que chegamos em uma avenida, eu já estava puto da vida com ele e para ficar ainda pior ele ficava falando varias coisas do tipo; ‘’ você está muito fraco hyung’’, ‘’ tenta me pegar’’, ‘’ quando eu tiver a sua idade não quer ser fraco igual a você’’. Quando eu estava a centímetros de puxar ele pela a camisa, uma luz forte veio em direção a ele....
   Aquilo não podia ser verdade....

    Eu não podia acreditar em o quanto eu fui burro e não me lembrei disso ate agora, fui correndo até o parque e quando cheguei à casa respirei fundo e dei um soco no vidro da porta e a abri. Eu já vi muita coisa na minha vida, mas aquilo foi como um tiro em meu peito. Eu mal consegui dar um primeiro passo diante daquela cena e cai de joelhos no chão, as lágrimas escorriam sobre o meu rosto e aquilo era a pior cena da minha vida...