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História Obsceno - Park Jimin - Festa


Escrita por: AluadeNetuno

Notas do Autor


Caralhow, olha eu aqui de novo.
Isso era para ser um imagine e q q vira? Fanfic!
Eu não consigo viver sem escrever, desculpem..
Enfim, sem mais delongas, isso é meio que um presente pra minha irmãzinha de <3 Bianca, TOMARA Q TU GOSTE
E espero que vcs gostem tbm!
Logo sai o cap 2
Boa leitura~ (Não revisado)

Capítulo 1 - Festa


Fanfic / Fanfiction Obsceno - Park Jimin - Festa

-Seu aniversário está chegando! –Sua amiga diz, sorrindo de canto. –Devemos comemorar, não acha?

-Onde?

-Bom, eu queria que fosse uma surpresa, mas... –Seu sorriso se tornou ainda mais aberto. –Não consigo segurar. Será em minha casa! Meus pais disseram que vão liberar para ficarmos lá sozinhas. –A garota fez uma pose orgulhosa e agitando os cabelos lisos, finalizou. –Claro que tive que usar minhas habilidades para convencer os dois.

-Idiota. –Seus olhos reviram. –Mas, e quanto a comida, bebida, convidados?

-Não se preocupe! –Suas pequenas mãos seguraram os ombros da amiga mais alta. –Eu vou cuidar disto também.

-Ok. –Riu empolgada.

Após segundos em silêncio, o sinal tocou e ambos as meninas tiveram de voltar para seus lugares.

Myung-hee e sua amiga, Sun-hee, estudavam juntas desde muito pequenas. As duas garotas conviviam uma com a outra, compartilhando segredos, datas, sonhos e tudo que estava ao alcance de ambos. Elas eram exatamente como irmãs.

 

-

 

-Eu mal me concentrei no resto das aulas hoje. –A mais alta comentou, enquanto caminhavam em direção ao condomínio onde a outra morava. –Estou ansiosa.

-Eu também. –Os olhos esverdeados se direcionaram de relance para sua amiga. –Quero que seja inesquecível para você, afinal, são seus 16 anos. –Concluiu virando a esquina e suspirando.

-Bom, eu não estava de plano fazer uma festa. –Os cabelos longos da mais velha agitaram-se no ar. –Preferia sair por aí e já estava de bom tamanho. –Riu sem graça. Talvez aquela ideia fosse bem menos divertida do que parecia ser antes.

-Com certeza está fora de cogitação.

-Eu sei.

-Então, concentre-se em sua festa de 16 anos querida! Ela vai ser literalmente inesquecível. –Separou a última palavra em silabas, chegando finalmente ao destino.

Todos os dias, as duas amigas saíam do colégio e se direcionavam imediatamente para o grande condomínio de luxo onde Myu morava, a mais nova delas. Já com uma longa trilha de amizade juntas, as duas meninas haviam realizado diversos objetivos juntas e ainda tinham grandes planos pela frente. Era uma amizade que duraria, sem dúvidas, para sempre. Exatamente por isso que Myu desejava que aquela data fosse memorável!

Caminhando por mais alguns metros, chegaram ao respectivo prédio amarelo e desbotado, subindo pelas tortuosas escadas de sempre. Sun-hee nunca perdia o hábito de questionar o porquê de não terem instalado um bendito elevador naquele edifício.

-Ufa. –Suspiraram, ofegantes. –Dessa vez, parece que cansou ainda mais. –Sun pôs a mão em seu peito, regulando a respiração.

-Vem, temos que discutir os detalhes dessa festa! –A menor correu para o quarto, jogando a mochila em qualquer canto.

Aquela casa estranhamente estava sempre vazia. Myung-hee tinha pais super atarefados, mas, ainda assim, não justificava a solidão do apartamento, visto que havia um membro a mais na família: Seu irmão. Ela nunca comentava muito sobre ele, dizia apenas fatos soltos, como sua cor preferida e seu vício idiota por pirulitos de morango.

Involuntariamente, os olhos escuros de Sun sempre buscavam por algum vestígio que pudesse responder as milhões de questões sobre aquele rapaz. Por que ele nunca estava em casa? Por que sua irmã não comentava nada realmente importante sobre ele? Por que ele lhe parecia tão misterioso, sendo que, nunca havia se quer visto seu rosto? Ou ao menos não se lembrava de tê-lo visto alguma vez.

Sentando na cama coberta por um lençol roxo escuro, Sun-hee observou o notebook e a caderneta da amiga, a qual fitava a tela do computador com uma compenetração imprescindível. Realmente ela levava a sério as festas e tudo o que era sua responsabilidade.

-E aí? –Perguntou esperando que sua amiga notasse sua curiosidade.

-Bom, isto aqui é tudo que quero incluir nesta festa. –Sorriu de canto e virou a tela do computador para sua colega. –A área de festas do condomínio é enorme, caberá tudo.

-DJ? –Arqueou a sobrancelha.

-É claro, o que é uma festa sem música?

-Exagero, não?

-Lógico que não! Querida, eu sou Park Myung-hee, devo honrar meu nome de melhor organizadora de festas do condomínio e do mundo! –Riu de forma boba e apontou uma folha cheia de anotações na cara da amiga.

-O orçamento ficou ótimo. –Passou uma mecha para trás da orelha. –Podemos pagar rapidinho.

-Podemos?

-O “podemos” está no plural porque serei eu e minha família que iremos pagar. –Seus dentes brancos reluziam num sorriso orgulhoso.

-M-mas, isso é muito. –Seus olhos que já eram grandes, arregalaram. –Eu não quero que você gaste tudo isso e eu não posso p-. –Sua frase foi interrompida por um dedo indicador da amiga em seus lábios. –Relaxa mulher. Esqueceu que eu tenho minhas economias? Além do que, você já fez muito por mim nestes três anos, incluindo gastar dinheiro. –Seus olhos, por um mísero momento, marejaram. –Essa será minha maneira de retribuir.

Ambos as meninas sorriram abertamente e se abraçaram, deixando selares uma no rosto da outra.

-Obrigado.

-

 

Durante a correria de preparações, o mundo girava no mesmo ritmo que a cabeça de Sun-hee também rodopiava pelas inúmeras preocupações. Eram tantas escolhas e tantas informações que seu maior desejo era que aquela bendita semana acabasse. O colégio aparentava estar ainda mais rígido e exigente com o final do ano, sendo que haviam cada vez mais provas para se fazer e menos tempo para completar todas as tarefas do dia-a-dia.

Um. Dois. Três. E finalmente, sete dias. A semana por fim acabara e por um certo tempo, Sun viu-se descansar tranquilamente, jogada no sofá espaçoso de sua sala. Graças ao trabalho da mãe, ficava grande parte do dia com seu pai, o qual não lhe era muito agradável, mas que, no fundo, nutria um amor por ela. Os problemas nunca acabariam de uma hora para outra, claro, mas, ao menos naquele sábado de nuvens cinzentas e cobertores quentinhos, Sun-hee sabia que todos eles desapareceriam.

De repente, já faltavam poucos dias para o tão aguardado 06 de setembro, aniversário de Sun. A cada conversa, a amiga de olhos claros falava mais coisas que animariam a tão ansiada noite. Os pais delas haviam sido muito generosos em liberar o apartamento para dormirem e se divertirem, além da enorme área. Com certeza, Sun-hee era mais que grata a eles e a sua amiga e, por isso, sua mente bagunçada pelos preparativos, tentava pensar em uma forma de retribuir aquela maravilhosa surpresa.

-Aigo! Mas já? –A menor revirou os olhos, vendo que mais uma vez, o sino e a entrada do professor interrompiam sua conversa com a mais velha. –Terminamos depois, ok? –Sorriu, piscando e indo para seu lugar.

Sun-hee vagava seus pensamentos por inúmeras coisas que poderiam acontecer durante aquela festa. Claro que Myung planejaria tudo, nos mínimos detalhes, mas, imprevistos acontecem sempre, certo? E era exatamente esta incerteza que fazia o corpo da garota estremecer. E se o Dj não fosse? Se a comida ficasse salgada? Se alguém denunciasse as poucas bebidas que teriam no recinto? E se... O misterioso irmão de sua amiga surgisse? Talvez ele fosse sua maior preocupação.

A menina não tinha muita experiência com garotos. Exceto pela vez que beijou um amigo de sua classe e no fim eles acabaram namorando por um tempo. Contudo, aquilo era uma das coisas que Sun se arrependia amargamente, portanto, não contava de forma alguma como uma experiência. Sua timidez e medo de opiniões alheias eram tão elevadas que chegavam a assustar sua melhor amiga ás vezes, mesmo sendo ela a que mais tentava lhe ajudar a superar isso.

Não que esperasse ter algum tipo de relação com o rapaz. Ela só tinha medo de algo sair dos trilhos. Nem se quer sabia seu nome direito, quem diria, seu jeito de agir e pensar. Seu medo era o que ele pensaria dela, o que diria sobre ela para seus colegas –que por sinal, graças a informações da amiga, eram todos lindos. -, o que ela iria fazer se o irmão de sua melhor amiga a odiasse? Pararia de visitá-la?! Oh não, isso seria demais.

Saindo de seus inúmeros devaneios, deu-se conta que mais uma aula tinha acabado e mais uma vez pararia no mesmo quarto repleto de pôsteres e almofadas coloridas.

 

-

 

-Hoje eu vou confirmar os pedidos, ok? –Passando as alças da mochila pelos braços, deixou o objeto sobre a cama. –Ok. –Falou desanimada.

-Amiga... –A mão da menina acariciou devagar o braço de Sun. –Você está bem?

-Só um pouco sobrecarregada. –Sorriu forçado, soltando o ar preso nos pulmões.

-Entendo... –Penteou o cabelo alheio com os dedos finos. –Quer descansar então? Podemos fazer isso mais tarde.

Assentindo, Sun-hee sentiu seu pulso ser puxado e, arrastando-se pelos corredores brancos e cheios de quadros aleatórios, parando sobre o sofá bege da casa.

-Vamos comer! –Bateu palminhas, dirigindo-se para os inúmeros armários, vendo Sun-hee ajeitar-se para observar melhor o jeito esquisito da amiga. Com certeza, era muito louca.

 

-

 

Os longos fios escuros das meninas se misturavam sobre o colchão. Pela terceira vez na semana, Sun-hee estava dormindo na casa de sua colega.

-Estou sem sono. –Comentou, vendo as pupilas dilatas da menor lhe encararem na escuridão.

-Eu também. –Deu de ombros, suspirando. –Sabe... Acho que meus pais virão amanhã. Essa viagem para o Brasil foi a mais longa que já fizeram. –Sua voz estava pesada. Mesmo sabendo que os olhinhos verdes da menor não a encaravam mais, Sun-hee sabia que Myung estava chorando.

-Que bom que eles estão vindo. –Passou sua mão pelos cabelos lisinhos da menor e puxou-a para si. –Assim você poderá matar a saudade deles.

-É –Suspirou. –Eu terei de fazer isso com toda a determinação, porque, eles vão para Tóquio logo no outro dia.

-Não se preocupe. –Deixou um selar no topo da cabeça da amiga e, cantarolando uma música qualquer de seu cantor favorito, ambos adormeceram.

 

-

 

Filha de uma coreana e um canadense, Myung-hee nascera de olhos verdes, iguais aos do pai e cabelos lisos escuros, como os da mãe. Ambos eram ricos, atarefados e, quase sempre, carinhosos. Donos de uma empresa de smartphones, Seulgi e Logan viviam trabalhando em viagens por todo o mundo e, para não prejudicarem a filha, pediam que o irmão a observasse de longe, sem atrapalhá-lo em suas tarefas também.

 

-Já tem que ir? –O coração de todos ali estavam partidos. –Sim, filha. Logo estaremos de volta prometo. – O homem de cabelos loiros sorriu sem mostrar os dentes e segurou a mala em sua mão.

-Tchau, querida. –A mulher também sorriu e deu um beijo exagerado no rosto da garota. –Nós lhe amamos.

Vendo o casal partir porta a fora mais uma vez, Myung-hee desabou no colo de sua colega e chorou por um tempo indeterminado.

Sun tinha consciência que para toda riqueza havia uma consequência e, infelizmente, para sustentar todos aqueles caprichos vindos da família, o casal tinha de viajar toda semana para realizar negócios de sua empresa. Seulgi não tinha, necessariamente, a obrigação de acompanhar o marido, porém, era ciumenta demais para deixá-lo andar por aí sozinho.

-Sei que deve estar sendo difícil, mas, existem coisas bem mais importantes que estas viagens, amiga. –Suspirou pesadamente, pensando em palavras de conforto. –Além do mais, logo seus pais estarão de volta.

-Tem razão. –Sua voz saiu abafada e, levantando um pouco o rosto, a menina se recompôs. –Vamos lá, temos que verificar se está tudo pronto para depois de amanhã. –Pigarreou.

Caminhando pelo cômodo, vestidos, papéis, acessórios e maquiagens se espalhavam sobre a cama de Myung. Ela queria ter a absoluta certeza de que todo seu esforço tinha sido valoroso, então, devia se certificar de que estaria perfeita para receber sua recompensa: O orgulho de ser, outra vez, a melhor organizadora de festas de todos os tempos.

-A semana passou bem rápido, não acha? –A maior comentou, observando a beleza de seu traje para a festa.

-Sim. –A menina também recolheu seu vestido, colocando-o sobre o corpo e se admirou frente ao espelho.

-Vamos arrasar. –Riu maléfica. –Fala aí, vai ser demais! –Fizeram um toque de mão e sorriram, escolhendo o que iriam usar no grande dia.

Enquanto os objetos voltavam para seus lugares, o telefone tocou, alarmando as duas moças.

-Pode atender? –Myung quase caiu ao olhar para sua amiga de cima da escada que usava para alcançar um compartimento alto do guarda-roupas.

-Claro. –Se dirigiu para a sala, retirando o aparelho de sua base.

 

-Alô?

-“Myu?” –Uma voz diferente e, de certa forma, sexy falou.

-Na verdade, eu sou a amiga dela. –As palavras de Sun-hee saíram bem mais inseguras do que esperava.

-“Você serve.” –Pigarreou. –“Faça um favor para mim, ok? Diga que o irmão dela estará aí depois de amanhã para tomar conta dela.” –Ironicamente, ele riu. –“E por favor, complete com um: Não achou que eles iriam te deixar dar uma festa sozinha, não é?”

-O-ok.

-“Obrigado...” –O rapaz parou de falar e somente sua respiração pôde ser ouvida. –“...Menina que eu não conheço.”  -Riu de novo e desligou, sem esperar qualquer resposta.

Ainda digerindo tais palavras, Sun-hee colocou o objeto no lugar e respirou. Ele viria para a festa?! Oh sim. Ela estava fodida.

-Ele disse que virá. –Falou se encostando no batente da porta. –Seu irmão.

-O QUE?!

-E ele também disse para eu completar com um “Não achou que eles iriam deixar você dar uma festa sozinha, não é?”

-Aish! Meus pais são mesmo uns atrevidos! –Xingou alguns nomes que Sun nem se quer ouviu. –Jimin é um filho da puta!

-Como?

-Jimin! Meu irmão. –Sua voz saía áspera. Sun-hee nem se quer sabia que este era o nome dele. Era tudo tão confuso.

-Você nunca me fala nada sobre ele, queria que eu soubesse que Jimin era seu nome?!

-Não. Me desculpe. –Suspirou. -É que eu não gosto dele. –Bufou e se jogou na cama. –Ele sempre foi meu melhor amigo, mas, quando se tornou maior de idade, só fez me ignorar e me excluir completamente de sua vida. Além disso, ele se acha. –Revirou os olhos.

-Amiga, relaxa. –Sun-hee tentou acalmá-la. Já não bastava seu nervosismo, ter sua amiga irritada seria o fim. –Ele não vai estragar nossa noite, ok?

-Ok. –Soltou ar por entre os dentes.

 

-

 

Apenas dezoito horas. Apenas este intervalo de tempo a separava de completar os tão sonhados dezesseis anos. Talvez, algumas horas antes, Sun estaria bem mais desesperada e nervosa, entretanto, depois de alguns minutos refletindo, concluiu o quanto egoísta estava sendo consigo mesma. Poxa, era seu aniversário, sua festa, seu dia especial! Ela não devia deixar que pensamentos bobos e pessimistas estragassem aquilo. E ela não deixaria.

Com os olhos já moles e cansados, a garota permitiu-se cochilar sobre a cama bagunçada. Os cabelos longos tombavam para o lado e o cheiro de roupa alugada exalava no quarto, dando a certeza de que o dia seguinte seria, sem dúvidas, longo e inesquecível.

 

-

 

 

Um retoque ali e outro aqui. O olhar de Sun-hee nunca fora tão penetrante. Seus lábios estavam tingidos de um vermelho sofisticado e seu corpo trajava um vestido curto e rendado de preto, cortado por um decote sexy. Os cabelos escuros desenhavam os ombros e costas, e assim como os saltos, deixavam a garota ainda mais bela.

-Olha só... –A amiga invadiu o quarto e bateu palmas. –Está linda.

-Obrigada. –Sorriu timidamente. –Você também. –Observou a maquiagem que destacava o verde dos olhos da amiga e seu vestido claro com um laço na cintura.

-Sempre estou. –Sorriu largamente. –Vamos? Nossas amigas já chegaram.

Receosa, Sun-hee segurou a mão da amiga e não disse mais nada, apenas deixando-se ser guiada.

 

-

 

O barulho dos saltos alarmou a chegada das duas garotas. Com os cabelos impecáveis e as maquiagens ainda mais belas, iluminadas pelas luzes que piscavam no enorme salão, Myu e Sun sorriram, cumprimentando as suas primeiras convidadas.

-Caramba! –Sohyun arregalou os olhos. –Vocês duas estão maravilhosas. –As madeixas loiras da menina se agitaram quando correu para abraçar ambos as amigas.

-Obrigada. –Riram.

Logo, Maggie, Yeri, Lee hi e todas as outras garotas do círculo de amigas estavam ali, babando nos vestidos lindos das amigas e curtindo a música eletrônica que tocava no fundo.

-Olha quem chegou! –Myung praticamente gritou quando viu um dos amigos do irmão chegar. Ela tinha uma queda por ele. Tipo, um penhasco. –Kim Taehyung! –Depositou um abraço no mais alto.

-Oi, Myu. –Sorriu daquele jeito que ela amava. –Wow! Você está diferente. –Analisou-a com o olhar. –Gostei do vestido. –Piscou e, segurando-a pela cintura, andou até o restante das garotas, as quais sorriram exageradamente para ele. Parece que não era somente Myung-hee que o desejava.

Em seguida, outras pessoas chegaram. A cada minuto, um grupo de ao menos cinco se aproximava, já se enturmando e curtindo a ótima trilha sonora. Era impressionante como o ambiente pouco iluminado, repleto de bebidas e música se tornava tão aconchegante com todos ali.

-Menos de quinze minutos e a festa já está cheia. –Sun-hee cochichou para sua melhor amiga e esta sorriu satisfeita. –Ainda falta muita gente.

Conversa vai, conversa vem. Por certo momento a aniversariante havia se despreocupado completamente de qualquer incidente que pudesse acontecer. Naquela mesa de um pub, seus olhos negros brilhavam, observando um dos garotos presentes.

Ela tinha completa noção de que ele era o mais velho ali, mas, era estranho a forma como seu jeito de falar a fazia prender o olhar em si. Pelo pouco que havia assimilado, o rapaz tinha vinte e poucos anos, chamava atenção por sua boa aparência e tinha o nome Jeongyeon.

-Ele é realmente um preguiçoso. –Kihyun riu. Sun-hee não sabia de quem o rapaz se referia, já que, até então, estava admirando o modo como Jeong ajeitava seus fios negros. –Tinham que ver. Ele é o que mais demora para se arrumar.

Yeri soltou uma risada e sendo acompanhada pelo restante, esperou que Kihyun continuasse suas histórias sobre o garoto ainda não identificado.

-Tanto que hoje, olha só quem atrasou? Ele mesmo! Park Jimin. –Revirou os olhos e riu.

Sun-hee, ao contrário do que pensou, não estava ligando mais para o rapaz, afinal, todos ali eram tão amigos dele, era óbvio que ele devia ser super legal e que Myu só estava o implicando.

-Ei pessoal! –Taehyung falou alto. –Vamos jogar alguma coisa?

-Vamos. –Myu, logicamente, foi a primeira a concordar. –O que?

-Bom, eu não sei. –Riu sem jeito. –O que vocês sugerem?

-Jogo da garrafa. –Brincou Jeongyeon.

-Tá aí. –Sohyun sorriu. Podia não estar evidente, mas era óbvio que ela tinha interesse no rapaz. De algum modo, aquilo irritou Sun-hee. –Uma boa ideia. –Piscou.

-Eu só estava brincando, mas ok. –O rapaz comentou, dirigindo seu olhar intenso por todos ali, até parar eu Sun-hee.

-Olha, nada contra, mas não gosto desse tipo de coisa. –Se pronunciou, colocando as mãos sobre a mesa.

-Está com medo? –Minhyuk, o qual não costumava falar muito, decidiu também se pronunciar.

-Claro que não! –Sun-hee estalou a língua. –Então vamos jogar! –Kihyun gritou, não dando a mínima importância para a opinião da menina.

Sentando no chão, usando pequenas almofadas como apoio, todo o grupo foi para um lugar mais aberto, porém, ainda com bastante música e iluminação baixa.

-Eu giro. –Lee hi segurou a garrafa de cerveja vazia no meio.

-Ok, vai. –Todos falaram.

Girando e girando. Era assim que a mente de Sun-hee se encontrava. Depois de ver o rapaz que, até então, era seu "alvo" e Sohyun deslizarem ambos os lábios um no outro por ao menos cinco minutos, começou a se questionar coisas do tipo: “Eu realmente tenho que aturar isso? ”

-Sohyun é uma imbecil. –Maggie bufou. –Ela consegue tudo o que quer.

-Pare de ser invejosa. –Taehyung riu nasalado. –Vai Sun, sua vez de girar.

Já desanimada e sem qualquer vontade de continuar com aquele jogo inútil, As mãos de Sun foram ao encontro da gélida garrafa. Dando um impulso, viu a ponta dar direto para a porta, onde não havia ninguém.

-O mais perto da porta é a Yeri. –Kihyun sorriu de canto.

-Não. Sem chance. –A menina balançou as mãos.

-Por que? –O rapaz provocava. –Não quer beijá-la? –Riu, arqueando a sobrancelha.

-Não! –Exclamou, cruzando os braços. –Você sabe que eu não posso fazer esse tipo de coisa e eu também não tenho a mínima vontade.

-Tudo bem, não vou obrigar você. –Por fim, suspirou e pediu para que alguém rodasse o objeto.

Yeri era cheia de regras interiores. Uma delas é: Nada de relações com alguém do mesmo sexo. Estranha demais para estar ali, numa festa completamente liberal.

-Ora, ora... –Minhyuk riu sádico. –A garrafa decidiu que é a vez de Myu e Taehyung, o casal mais aguardado do século. –A mão delicada da menina ainda segurava o recipiente, este que havia apontado diretamente para Kim.

Uma risada abafada veio de todos. Sabiam que no fim das contas, Myung-hee era muito tímida. 

-Se não quiser... –O rapaz falou pacientemente. –Não precisamos isso. –Sorriu sem jeito.

-Aham... –Maggie e Lee hi riram maliciosas.

-Vão logo! –Kihyun ordenou.

Olhando fixamente um para o outro, Taehyung fez questão de se levantar e puxar a garota para si, levando seus lábios para um encontro singelo aos seus. No fundo, os dois desejavam aquilo com toda a força que tinham dentro de si e claro que aproveitariam aquela noite para saciar toda essa sede.

 

-

 

Muitos minutos tinham passado. Garotas e garotos já estavam cheios de jogar, então preferiram –literalmente – se separar em casais ou grupinhos e ficar fazendo coisas que realmente lhes interessasse.

Era engraçado porque no fim das contas, Sun-hee acabou ficando com o grupo de pessoas alternativas da festa. Pessoas que se tratavam de amigos de Myu e que ela não fazia ideia de quem eram.

-Você é muito gata. –Austin, um americano intercambista, comentou. –Seria arriscado lhe chamar para tomar algo comigo.

Sorrindo de forma idiota, Sun-hee se deixou levar pelas delicadas mãos do rapaz. O olhar azulado penetrava o seu com intensidade e, bem no fundo, a menina sabia que o que ele queria era sexo.

-Então, está fazendo 16 hoje? –Questionou, bebendo um pouco do seu drink.

-Sim.

-Bom, não temos idades tão diferentes. –Concluiu, lançando um sorriso matador. –Eu tenho 20.

-Entendo. –Sua visão já se tornava turva devido ao excesso de álcool.

Lentamente, sentiu uma forte vontade de vomitar e, correndo sem dar satisfações para o acompanhante, Sun-hee parou frente a um vaso sanitário, aguardando aquela sensação horrível passar.

 

-

 

-Droga. –Resmungou lavando a boca. Por sorte, havia trago sua bolsa e nela estava sua preciosa escova de dentes e o creme dental. –Vou ter que retocar isso. –Passou outra camada do batom vermelho.

Saindo do recinto, a menina não viu seu acompanhante no mesmo lugar, então concluiu que provavelmente havia ido buscar outra garota na multidão que se concentrava ali. Sua visão já tinha a nitidez de antes e, mesmo com a leve dor de cabeça, a garota suspirou fundo e decidiu que, definitivamente, sua noite não acabaria ali, nos primeiros shots.

As pernas expostas se moveram em direção a pista de dança, local que estava preenchido por muitas garotas, dentre elas, Myung-hee.

-Onde está Taehyung? –Perguntou, interrompendo a dança da menor.

-Ele foi lavar o rosto. –Riu. –Está bêbado.

-Eu também. –Seus lábios abriram um sorriso tosco e, cambaleando um pouco, finalizou. –Mas estou bem melhor.

-Entendi. –Myu ajeitou o cabelo. Sem muitas palavras, aguardou que a nova música começasse, arregalando os olhos em seguida. –Amiga! A nossa música! –Riu alto e movimentou a cintura, de olhos fechados.

[ Music: Na Na – Trey Songz ]

Tendo um espaço maior para mostrar seu melhor lado, Sun-hee passou os cabelos para trás, levantando os braços e os descendo devagar, enquanto remexia lentamente a cintura marcada pelo vestidinho. Descendo as mãos até os pés, empinou a bunda um pouco e jogou os cabelos com todo seu poder, olhando cada movimento de seu corpo. As coxas eram exibidas com gosto, assim como o decote destacava suas curvas juvenis. Mordia os lábios devagar, preenchendo-se com a vibe mais desconhecida e maravilhosa de sua vida, era a primeira vez que Sun-hee dançava tão abertamente, sem ligar para quem estava ali.

Seus dedos finos dirigiram-se a cabeça, onde alisou os fios e sorriu dando mais uma rebolada e descendo até o chão, de acordo com o ritmo. Por fim, jogou os braços para o alto e fez um último movimento, o qual aprendera com suas poucas aulas de dança.

Assim que abriu seus olhos, notou como todos lhe observavam. Um espaço enorme havia se formado no meio da multidão e, analisando todos com o maior cuidado possível, notou a presença de Myu, que a encarava boquiaberta.

-Acho que exagerei. –Falou se aproximando.

-Você estava linda. –Sorriu satisfeita, mas este sorriso logo se desfez. –Tenho que te mostrar algo. Vem comigo. –Sua mão guiou a amiga para um lugar um pouco mais vazio. –Fique aí.

Possivelmente preocupada, Sun suspirou fundo, pensando que algo tinha acontecido. Aos poucos, os sons dos saltos da amiga se fizeram presentes, logo em seguida, sua voz.

-Quero lhe apresentar uma pessoa. –Seu olhar se dirigiu a alguém que ainda não tinha aparecido. –Meu irmão, Jimin.

Foi aí que uma silhueta apareceu por detrás da garota. Naquele momento, Sun-hee sentiu uma batida do coração falhar.


Notas Finais


Música que inspirou boa parte da história
https://youtu.be/5082NM1H-io
Vejam a tradução dela tbm ㄱuㄱ

BEIJUS <33 espero q tenham gostado :/


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