História Obsceno - Park Jimin - Minha

Seguindo o ritmo lento da música, Sun-hee movimentava-se de forma provocante, olhando fundo nas orbes escuras de Park. Puxou-o pela gola de sua camisa lentamente, conectando seus lábios com um beijo afoito.

-Jimin. –Chamou baixo, visto que sua voz transbordava excitação. –Vamos para o quarto.

Ouvindo isso, o moreno pegou-a depressa pelo pulso e guiou-a até o cômodo. Sun mal teve tempo de pensar durante os segundos de intervalo entre um movimento e outro, Park estava tão sedento quanto ela e isso era nítido. O pouco que pôde concluir sobre aquela casa foi: Era organizada, bonita e tinha espaço suficiente para fazerem o que bem entendessem.

Rapidamente, Jimin soltou o pulso da menina e jogou-a sem pudor sobre a cama, posicionando-se sobre ela. Seus lábios carnudos espalhavam beijos molhados por seu pescoço, enquanto uma das mãos explorava o que havia debaixo de seu vestidinho. Sun-hee arfava, sentindo a ereção de Park pressioná-la e suas mãos acariciarem seu ponto sensível.

Aos poucos, Jimin levantava suas vestes em uma altura que o permitisse explorar mais de sua dongsaeng. Ainda com a calcinha, Sun sentiu a língua do mais velho umedecer sua extensão, tirando a peça em seguida e jogando-a longe.

-Você quer isso? –Indagou, enquanto se levantava e desabotoava a camisa.

As palavras estavam entaladas na garganta da garota. Não conseguia falar. Seu corpo queimava, gritava por mais.

Então, assentiu.

-Ótimo. –Abriu um sorriso pequeno e inclinou sobre a menina, apoiando-se com os dois braços. –Preciso que tire sua roupa também. –Sussurrou rente ao ouvido da menor.

Sem hesitação, logo o vestido ganhou o mesmo destino que as demais roupas. Com uma expressão satisfeita, o moreno foi até o outro lado do quarto, onde retirou a calça, permitindo a garota ter uma excelente visão de seu corpo.

-Por que está se cobrindo? –Referiu ao lençol que a garota punha sobre si.

Não obteve resposta, Sun apenas continuou olhando-o, com um sorrisinho.

-É melhor tirar isso. –Falou e virou-se de costas, vestindo seu membro com o preservativo.

Sun-hee observou-o atentamente, analisou as curvas sutis de seu abdômen e a linha marcada do maxilar. Admirou suas costas bem desenhadas, iluminadas milimetricamente pela luz que vinha da janela, admirou a boca cheinha e o jeito grosseiro de se concentrar no ato. Jimin era como um anjo, um deus, ou qualquer outro adjetivo que poderia ser dado a alguém de tamanha beleza.

Sua mente continuou vagando pelo corpo esculpido do garoto até assustar e ver as pupilas dilatadas do mais velho encontrarem as suas. Seu corpo estremeceu. Park andou depressa até o encontro da mais nova e, engatinhando devagar sobre seu corpo bronzeado, puxou os lençóis com os dentes e falou:

-Eu avisei.

Repentinamente, virou o corpo da garota de bruços, como da última vez, obrigando-a a ficar de quatro para si. Um ardor espalhou pelo lado esquerdo de sua bunda. Sun gemeu alto, arrancando um riso satisfeito do garoto. Em seguida, lado direito. Outro gemido, ainda mais manhoso. Assim, Jimin seguiu, desferindo tapas estalados sobre aquela parte tão atrativa de seu corpo.

-Você quer mais?

Novamente, a garota ficou calada, incapaz de formular qualquer frase. De sua boca, saíam somente arfares e palavras desconexas de prazer.

-Eu quero que me responda.

-S-sim. Eu quero. –Disse pausadamente, recebendo um beijo no topo das costas e uma carícia no lugar dos tapas.

-Boa garota. –Viu o mais velho sorrir e virar-lhe de frente para si. –Mas agora, quero fazer outra coisa. –O garoto iniciou uma trilha lenta de chupões em seus seios, seguidos de uma investida inesperada.

Então, finalmente, Sun-hee concluiu:

Park mal tinha começado.

-

Sentiu cócegas gentis em sua coxa. Um dos olhos se abriu, vendo a figura de Park sorrindo pequeno, acariciando-a. Sun correspondeu ao sorriso, recebendo um cálido selar na testa.

-Bom dia. –Deslizou o polegar ao longo do rosto da mais nova. –Acho que devia levantar e se vestir, já que vamos tomar café juntos.

-Jimin. –Falou baixo. –Minha mãe deve estar louca atrás de mim.

-Não se preocupe, eu já resolvi tudo.

-O que?! –Sentou na cama de repente, com os olhos arregalados. –Você ligou para ela?!

O moreno jogou a franja para o lado e suspirou, levantando em seguida.

-Confia em mim? –Estendeu a mão. Sun-hee, confusa, segurou em sua palma e levantou também, encarando o rapaz em seus olhos. –Claro, mas-

-Então relaxe e vá se trocar, tem algumas roupas ali. –Mostrou um closet.

Sem questionar, a garota seguiu em direção ao cômodo e, curiosa, analisou mais uma parte do apartamento de Jimin. Algumas araras com camisas e acessórios preenchiam o ambiente. Havia no canto um pequeno banco almofadado de couro e, sobre ele, uma muda de roupas femininas, certamente destinadas a Sun-hee.

O par de mãos estendeu uma das peças frente a si. Era um vestido branco e simples, no entanto, bonito. Sun-hee continuou encarando o tecido, até deixar um sorriso formar em seus lábios.

Com certa pressa, vestiu a peça e aproveitou para fazer sua maquiagem costumeira. Já que iriam sair, merecia estar no mínimo impecável, visto que se tratava de Park Jimin. Buscou por sua bolsa e de dentro dela retirou suas lentes, o batom escuro e os clássicos cílios. Era hora de colocar em prática toda sua habilidade com maquiagem rápida.

-

Faziam ao menos trinta minutos desde a entrada da garota no pequeno cômodo. O rapaz, impaciente, segurava-se para não ir lá descobrir por que diabos Sun-hee demorava tanto para vestir um simples vestido.

Suspirou fundo e fechou os olhos, até que se assustou ao ouvir o som da porta abrir e arrastar no batente. Dirigiu o olhar diretamente para o local de onde saía sua dongsaeng e, ansioso, observou o caminhar da menina. Tudo passava em câmera lenta, para que o rapaz tivesse o privilégio de analisar cada centímetro do seu corpo.

Park amava sua cor levemente bronzeada, devido ao tempo que tinha passado na América. Amava seu cabelo e o formato de sua boca. Amava como suas coxas saltavam por baixo do tecido branco e amava mais ainda quando ela sorria de bochechas vermelhas.

-Preciso elogiar ou só minha expressão serve? –Perguntou retoricamente, levantando e deixando um selar demorado nos lábios da garota.  –Vamos. –Apoiou sua mão na cintura da menor e guiou-a pela casa que, só agora, teve oportunidade de ver completamente.

-

Após alguns minutos, ambos chegaram a seu destino. Uma cafeteria no centro da cidade, cheia de pequenas flores e colegiais. Jimin escolheu uma mesa, acomodou Sun-hee e saiu para que pudesse fazer os pedidos. Cautelosamente, a menor encarou todas as demais garotas que ali estavam e notou o olhar desejoso delas sobre o moreno.

“Mas que-“

Suspirou fundo, fazendo uma cara de insatisfação. Nunca tinha se sentido tão irritada na vida quanto naquele momento. Quem elas pensavam que eram? Bando de vadiazinhas mirins.

-Sun? O que foi? –Perguntou, depositando ambos os recipientes na mesa e sentando-se.

-Essas. –Expirou com raiva, evitando um xingamento. –Essas garotas ficaram olhando para você como se fosse um pedaço de carne.

-Elas têm bom gosto, que mal tem?

-Como é?

-Eu disse que te amo boba. –Sorriu, dando um gole na bebida e avisando sobre um possível show amador que presenciariam se ficassem ali.

Por fim, continuaram em um silêncio confortável, tomando seus cafés e observando o balançar das árvores do lado de fora. Era um dia úmido e quente, típico daquela época do ano, a qual todos aproveitavam para usar suas roupas de calor e exibir sua apropriação cultural americana.

-Chegaram. –Apontou para a porta de vidro. –Os caras que vão cantar.

Sun-hee olhou curiosa para o local, avistando dois rapazes estranhamente familiares. Os dois caminharam lentamente por entre as mesas, encarando sem a mínima vergonha o rosto de todos. Ambos posicionaram-se no mini palco, configurando a altura do microfone e aquecendo a voz.

-Olá a todos. –Sorriu. –Eu sou Min Kyung e esse é meu irmão Min JiHoo, esperamos que apreciem nossa música. -Seu olhar vagou pelos clientes e fixou-se em Sun-hee, a qual se demonstrou desconfortável.

A voz melodiosa do segundo rapaz iniciou a canção, imergindo todos em uma atmosfera calma e romântica. Consecutivamente, Kyung seguiu, adicionando sua voz grave a música. Durante a troca de versos, todas as meninas encaravam quase que babando para ambos os garotos, no entanto, os olhares deles só observavam a uma. E é exatamente quem você está pensando.

-Por que aqueles filhos da puta estão te olhando assim? –Park soltou, visivelmente irritado.

-Você está com ciúme? –Perguntou mesmo sabendo a resposta.

-É melhor eles pararem de te olhar assim, ou eu-

-Jimin. –Sun-hee pousou sua mão sobre a dele, fazendo-o olhá-la. –Por favor, ignore-os, sejam quais forem os motivos para estarem olhando para cá. Não estrague nosso dia, ok?

-Ok. –Respirou fundo, deslizando seu dígito sobre os dedos da menina.

A música prosseguiu durante um tempo, assim como o insistente olhar de Kyung e Jihoo sobre Sun-hee. Os versos longos e notas altas preenchiam o recinto, até que finalmente, cessaram. Todos, inclusive Sun, bateram palmas freneticamente, assim ambos os irmãos agradeceram, ouvindo sons estridentes e pequenos elogios vindos de colegiais.

-Sun-hee? –Perguntou um dos Min. –Lembra de nós? –Sorriu simpático, ignorando completamente o olhar de Park fuzilando-os.

-Sinceramente, não. Desculpe. –Respondeu simples.

-Somos seus ex-colegas de trabalho. Trabalhamos durante alguns meses naquela loja de mingau. –Jihoo manifestou-se, também sorridente.

-Ah sim! Caramba, quanto tempo! –Exclamou empolgada, ouvindo um pigarrear.

-Desculpa atrapalhar, mas estamos de saída. –Jimin fingiu um sorriso e puxou Sun-hee, que mandou um acenar desajeitado para os irmãos.

-

-Conhecia mesmo eles? –Perguntou, com a cabeça apoiada no volante.

-Sim, trabalhamos juntos há um tempo. –Falou baixo, ouvindo a respiração pesada de Park.

-Por que não me disse?

-Eu nem me lembrava do rosto deles, queria que adivinhasse?! –Indagou incrédula com o questionário que o rapaz estava lhe fazendo.

-Não gostei da forma que aqueles imbecis sorriram para você.

-Jimin, quer me explicar o que está acontecendo? Por acaso quer me transformar em um bebê? Eu sei muito bem com quem me relaciono, principalmente quando se trata de trabalho.

-Sun-hee, olhe bem para mim. –Segurou o rosto da menina entre as mãos, forçando-a a lhe encarar. –Você só tem 16 anos, acha mesmo que é tão esperta e experiente assim? Eu vi como eles te encaravam. Estavam te desejando!

Park mantinha as orbes conectadas com as de Sun, seu polegar alisou o lábio inferior da garota e, suspirando, finalizou:

-Eu não vou deixar nenhum idiota estragar o que temos, Sun. – Falou sério, mordendo o lábio em seguida. -Você é minha. Toda minha.