1. Spirit Fanfics >
  2. Obsceno - Park Jimin >
  3. Par de olhos

História Obsceno - Park Jimin - Par de olhos


Escrita por: AluadeNetuno

Notas do Autor


Desculpem estar postando tão tarde. Este capítulo não terá hentai, será bem mais voltado para explicações sobre o passado de Kyung (estarão grifados em itálico) e sobre a viagem da família Park.
Espero que gostem apesar de tudo.

Boa leitura

Capítulo 8 - Par de olhos


Fanfic / Fanfiction Obsceno - Park Jimin - Par de olhos

Saíram os resultados de fim de ano. Kyung andou pelos corredores, a fim de encontrar o folheto de nomes fixado em algum painel. Logo que viu o aglomerado de alunos da sua classe, concluiu que estava ali.

-Passamos! –Comemoravam diversas alunas, abraçando-se por estarem finalmente terminando aquele ano.

Com os olhos concentrados, o rapaz vasculhou a lista, passou pelas letras até chegar no M, onde devia estar listado Min Kyung. Não havia nada lá além de outros nomes desconhecidos. Ele repetiria o ano.

-Eaí, conseguiu nota dessa vez?! –Um garoto pouco menor se aproximou com um sorriso, exibindo seu nome na lista.

-Eu não passei. –Falou baixo.

-Sério? –Sorriu ainda mais largo. –Parece que nosso Min Kyung não conseguiu cola suficiente nesse ano, não é? –Riu alto, empurrando o rapaz pelo ombro.

-Será que pode me deixar em paz ao menos hoje?

-Não fique achando que terei pena de você. –Prensou-o contra uma parede e o encarou. –Continua sendo o mesmo idiota, só que dessa vez, tenho mais um motivo para te zoar.

Com os olhos fechados, o garoto suspirou, ouvindo os passos do menor enquanto ia embora. Quando se deu conta, estava sozinho no corredor, com os olhos lacrimejando pelo seu fracasso.

Min Kyung nunca fora o mais inteligente, tampouco se esforçava para isso. Sempre fora ofuscado por seu irmão, que por sinal, nem se quer estudava na mesma escola. Ele tinha noção de seu fracasso, contudo não era isso o que o feria. Suas lágrimas surgiam por saber que Jimin estaria sempre ali para atormentá-lo.

Não.

Park não era melhor que ele por ter passado para o ginásio antes. Park não era melhor por ser popular ou por ter uma namorada.

Aquela seria a última vez que aquele maldito encostava um dedo em si.

 

-

 

Uma mensagem fez o celular de Sun-hee vibrar. Deixando os cadernos de lado, a garota notou que o torpedo se tratava de sua amiga, então abriu-o.

-Meus pais estão voltando. Estarão aqui na próxima semana.

-Wow! Isso é bom.

-Estou empolgada! Mas você ainda não disse se poderá vir com a gente na viagem...

-Prometo que te dou a resposta amanhã no colégio.

-Ok. E prometa que vai explicar quem foi aquele cara que nos deu carona.

-Tudo bem. Posso terminar minha tarefa?

-Pode :) Boa noite.

-Boa noite.

 

Devolvendo o celular a seu devido lugar, Sun-hee prosseguiu sua lição. Não era como se adorasse escola, mas sabia que não teria tempo de fazê-la depois. Ainda mais com Jimin por perto e essa tal de viagem com Myu.

Sua relação com Seulgi e Logan não era tão grande, visto que o casal vivia fora, trabalhando em suas linhas fordistas de smartphone. Eles mal tinham tempo para os filhos, então Sun não podia exigir que se quer lembrassem de seu nome. Ao menos, nas vezes que se viram ambos mostraram-se educados e gentis.

 

-

 

Algumas semanas se passaram. Era cansativo, pois nas últimas aulas os professores conseguiam arranjar ainda mais trabalho para os alunos. Sun e Myu estavam exaustas, no entanto permaneciam animadas para os longos meses que teriam pela frente.

Deitadas no sofá bege da sala onde tantas coisas aconteceram, as duas assistiam um programa aleatório, aguardando a tão esperada chegada dos pais da menor. Seus olhos brilhavam, juntamente com o coração que palpitava acelerado.

Sun-hee, que agora sabia perfeitamente os horários de Jimin, estava tranquila por saber que não teria que lidar com seus olhares durante o reencontro familiar.

-O que diabos vou falar para eles? Só nos vimos umas três vezes na vida. –Bufou.

-Dá para não reclamar? Eles são praticamente seus pais também.

Vendo a morena revirar os olhos, Myu riu soprado, encorajando-a a não ser tão tímida. Por mais que tenham se visto pouco, ela sabia que seus pais consideravam-na parte da família.

De repente, um som se fez presente. A maçaneta girou devagar, logo a porta se abrindo e revelando um casal muito bem vestido. Dois sorrisos preencheram ambos os rostos.

-Myung! –Falaram os dois, acolhendo a garota em um abraço caloroso e cheio de saudade. Logo em seguida, abraçaram Sun-hee, que os observava timidamente próxima a porta.

Os saltos pretos adentraram a casa, perfumando-a com uma fragrância certamente importada. Os cabelos escuros da mulher caíam sobre os ombros, dando-lhe um ar de superioridade juntamente com a maquiagem desgastada. Seus olhos analisavam o recinto minunciosamente, parecendo matar a saudade de cada centímetro dali.

Algum tempo depois, o homem também adentrou o local. Não era de duvidar o porquê de Seulgi ter se apaixonado por Logan. Ele era o tipo ideal de qualquer mulher. Mesmo com seus prováveis quarenta e poucos anos, continuava charmoso, com seus olhos claros e sotaque americano.

-É estranho estar de volta. –Concluiu assim que pôs as malas no chão. –E ainda mais estranho ver a casa tão organizada com Myu morando aqui. –Riu, vendo a filha fazer uma careta.

-Vocês estão tão crescidas. –A mulher comentou, passando os dedos por entre os fios das meninas paradas em sua frente. –Estão maduras agora. –Sorriu pequeno.

Após certo tempo de conversa, o casal se recolheu para o quarto, onde iriam arrumar as roupas em seus lugares e descansar da viagem. Não era nada fácil passar tantas horas dentro de um avião.

Assim que deram as costas, Myung e Sun se jogaram no sofá novamente, comentando sobre o quão bem arrumados estavam e sobre como seria o vôo, visto que Logan lhes entregou um folheto com todos os detalhes.

-Eu nunca fui tão longe. –Comentou a mais velha.

-Nem eu. –Expirou. –Isso vai ser muito divertido, mas tem um problema.

-O que?

-Definitivamente não vamos poder andar sozinhas. Não sabemos nada de espanhol.

-Mas seus pais também não. –Sun falou, percebendo que só tinha piorado a situação. –E agora?

-Ah não. –A menor pôs a mão no rosto, com um olhar frustrado. –Só podem estar brincando!

-O que foi agora?! –Perguntou, já ficando afoita.

-O único fluente em espanhol da família é o Jimin! –Disse alto. –Estava tudo bom demais para ser verdade!

Naquele momento, Sun-hee engoliu seco. Se fosse nesta viagem com Park, a probabilidade de que iriam estragar tudo era de 1000%. Com aquela sede incessante por sexo e a péssima mania de encará-la certamente entregaria o jogo.

-Mas será que ele vai realmente poder ir?

-Claro que sim. A faculdade já o liberou para as férias e o trabalho termina hoje mesmo. –A menina de olhos claros falava cada vez mais desanimada. –Que droga.

Teria de arranjar uma desculpa para não ir. Precisava mentir ou todo seu conto de fadas acabaria levando com ele toda sua amizade com a família Park.

 

-

 

-Venezuela?! –Perguntou.

-É mãe! Mas eu não tenho certeza se quero ir.

-Por mim você está liberada, mas se estiver concordando só por consideração, melhor nem ir.

-Vou pensar melhor. –Suspirou. –Qualquer coisa te aviso.

 

Desligou a ligação, vendo as mensagens ansiosas de Jimin lhe questionando. Devia mentir? Sua mente cogitava tantas possibilidades que lhe davam medo. Não queria mentir, porém não queria arriscar. Seu pulmão inflava rápido, pressionando-a a digitar uma resposta simples.

“Sim.”

Logo que mandou, sentiu o aparelho vibrar em suas mãos, anunciando uma nova chamada.

 

-Estou indo aí.- Falou curto e grosso, sem deixá-la responder.

 

-

 

Algum tempo já tinha passado quando a garota ouviu um som fora da casa. Park havia chegado. Sem enrolação, abriu a porta, vendo-o abraçá-la com força. Não sabia exatamente o que aquilo significava, mas tinha certeza que ele estava feliz com a resposta que recebeu.

-Não sei nem como comemorar isso. –Disse rente a seu ouvido, expirando rapidamente.

-Você pode começar fazendo o que faz de melhor. –Falou baixo, observando o moreno a soltar devagar e fitar sua expressão.

-Onde sua mãe está?

-Trabalhando, como sempre. –Respondeu de imediato, demonstrando que ele poderia fazer o que queria desde que chegou.

Sem mais nenhuma palavra, Park sorriu, levando-a para dentro, onde iniciou uma série de beijos afoitos ás cegas. Claro que comemorariam daquela forma. Um método o qual Sun-hee certamente nunca enjoaria.

 

-

 

Aos poucos, as roupas que antes ocupavam o guarda-roupas, iam preenchendo as malas. Ambas as meninas mal conseguiam se comunicar de tanta animação e euforia. O quarto parecia ficar cada vez mais bagunçado, até que finalmente Sun e Myu fecharam as bagagens, conferindo a lista que mostrava tudo o que precisariam durante os dias de estadia no exterior.

-Certo, pegamos tudo. –A menor sorriu largo. –Agora só nos resta esperar até o horário combinado.

-Eu acho que meu coração vai explodir. –Colocou a mão no peito. –O que você sabe sobre a Venezuela?! O que vamos fazer lá afinal?

-Olha, eu não sei em qual século você vive, mas temos um computador aqui com uma ferramenta de pesquisa incrível que pode nos dar todas as informações que quisermos. –Disse apontando para o notebook sobre a cama.

-Ótimo, então já pode ir pesquisando sobre o clima. –Ambas sentaram na cama e iniciaram as pesquisas.

A curiosidade de Myung-hee e a mais velha parecia interminável, visto que gastaram horas apenas lendo sobre a cultura do país e de seu continente. Era um lugar com praias, um clima relativamente quente e mulheres de pele bronzeada. Um estereótipo clássico da América Latina, como descrevia o site. Por fim, quando notaram, era hora de se arrumarem para um longo voo que as levaria para tal local.

Apressadas e um tanto nervosas, as garotas iniciaram o processo de arrumação. Logo, Seulgi apareceu para auxiliá-las com as malas e demais vaidades que precisavam ter para enfrentar as próximas 27 horas. A mulher, mesmo aparentando não ter tempo para si, possuía um cabelo e pele impecáveis e sabia bem quais dicas dar para as mais novas, sempre com um sorriso encantador nos lábios.

 

-

 

Logan caminhava na frente, com algumas malas. Logo, seguiam Seulgi, Myung-hee e Sun. Estranhamente, de acordo com as informações que tinha recebido, Jimin iria se atrasar, mas á tempo de entrar no avião antes do embarque. A garota não sabia se sentia ansiedade pela viagem ou medo de que o rapaz não chegasse.

Apesar de todo o emaranhado de sentimentos, conseguia reparar nos últimos detalhes da cidade antes de partir. Um frio brando fazia-se presente, para marcar aquela saudade assim que chegassem ao calor ocidental. Apesar de já ter ido para aquele lado do mundo, Sun-hee não sabia como era exatamente o hemisfério sul e sua curiosidade a corroía por inteiro a cada passo que dava sobre o pátio do aeroporto.

Sentaram-se todos nos respectivos lugares de aguardo. Não ficariam muito tempo ali, visto que estavam bem na hora da chamada. Todos os presentes tentavam arranjar distrações, exceto Sun-hee, que permanecia atenta á procura de Park. Seus olhos corriam entre as multidões, até se fixarem em uma pessoa específica.

-Meu. Deus. –Pronunciou baixo vendo-o se aproximar.

O que ele tinha que o fazia ser tão bonito? Será que eram os olhos de Sun-hee? Não era possível que somente ela tinha impressão que a presença de Jimin entre aquelas pessoas as faziam parecer meros mortais.

-Olha quem chegou. –Apontou Myung-hee. –Olha só para aquelas pernas de fora. –Riu baixo, cutucando a mãe.

Aos poucos, o rapaz se aproximava, com uma bermuda marfim e uma blusa branca, coincidentemente a mesma que usava quando transou com Sun-hee pela primeira vez. Não duvidava que Jimin tivesse posto aquela de propósito.

-Filho! –Exclamou a mulher, assim que o moreno chegou a seu destino. –Que saudade que eu estava de você. –Abraçou-o, parecendo pequena em seus braços.

Um sorriso exuberante se formou nos lábios de Park. Assim que cumprimentou todos, uma voz robótica anunciou o embarque do avião. Era hora de partir rumo ao melhor dia que já teve, concluiu.

 

-

 

Park Jimin. Como odiava aquele nome.

Desde que havia reprovado duas vezes, nunca mais se sentira capaz nem se quer para revidar as provocações, no entanto, sua percepção havia mudado. Kyung não podia se deixar derrotar assim, mesmo na desvantagem.

Com o passar do tempo, Park parou de lhe incomodar com frequência, mas Min continuava a observá-lo. A analisar seu comportamento e sua personalidade. Era centrado o suficiente para poder citar cada mania sua, cada falha e qualidade. E por saber tanto, acabou recebendo a informação de que tal estava namorando.

No princípio, aquilo não tinha valor algum, contudo, vendo o casal exibir tanta felicidade e perfeição, deduziu que algo não estava certo. Park Jimin não poderia ser capaz de fazer alguém feliz. Ele era amargo, sabia bem disso.

 

 

 

-Por que você não chamou Taehyung? –A garota de olhos claros perguntou para o irmão, que estava logo a sua frente.

-E por que você queria que ele viesse? –Sorriu irônico. –Aposto que a doce Seulgi não iria ser tão boazinha se soubesse de vocês.

-E o que temos nós dois? –Bufou.

-Ele tem 21 anos. Você 15. –Olhou-a por uma última vez antes de pôr seus fones.

Indiretamente, Sun-hee ouviu a conversa. Pegou-se questionando qual a diferença entre eles, Myu e Taehyung. A divergência de idade era basicamente a mesma, visto que Sun só era um ano mais velha e os amigos tinham nascido no mesmo ano. Afinal, que lógica era essa a de Park?

No fim das contas, a garota acabou por adormecer, olhando as nuvens e o imenso azul do céu pela janela. Era tão majestoso que a última coisa que pôde fazer antes de dormir foi sorrir.

 

-

 

Um som se fez presente próximo a seu ouvido. Era sua amiga lhe chamando impacientemente.

-Olha! –Sentiu-se ser balançada pelo ombro assim que abriu os olhos.

A única visão que teve foi de várias luzes de uma cidade que ainda não sabia qual era. Alguns prédios e nuvens compunham a paisagem que via, deixando-a ainda mais perfeita. Não se lembrava de ter visto algo tão bonito desde a última vez que viajara de avião.

-Estamos sobrevoando a China, quase chegando a Nepal. –Comentou observando o mapa digital que lhes fora disponibilizado. –Logo, vamos pousar para descansar.

Sun-hee não conseguia dizer nada. Estava estática olhando para todas aquelas construções que pareciam tão mínimas vistas de cima. Seu coração estava acelerado.

-Já fotografou isso?

-Eu queria te acordar antes. –Sorriu empolgada. –Afinal de contas, o que é uma foto sem uma modelo. –Pegou sua câmera de dentro de uma pequena bolsa e iniciou uma sessão desajeitada de fotos.

A garota estava tão empolgada e imersa naquela atmosfera que nem notou, mais uma vez, um par de olhos negros te observando. Só que, desta vez, estes olhos eram acompanhados de um sorriso.

 

 

 


Notas Finais


Esse capítulo tbm não foi revisado, mas vou tentar corrigí-lo o mais breve possível.

Seulgi e Logan, pra quem ainda tá boiando, são os pais da Myung-hee e do Jimin, ou seja, são todos Park!
Seulgi NÃO é inspirada na menina do Red Velvet, porque ela é muito nova, então minha inspiração para uma modelo que não conheço.

Eis aqui uma foto dela : http://68.media.tumblr.com/c88d8fb1675629c4c6e930f239893fff/tumblr_njgfa31f4k1r1obk0o1_1280.jpg


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...