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História Ocean Eyes - Pilot


Escrita por: missoncer

Notas do Autor


Oi amores, essa é minha primeira fic e eu tô bastante nervosa com ela. É uma ideia que sempre quis escrever mas nunca soube como passar isso pro papel e agora tomei coragem pra tentar. Essa fic vai contar os acontecimentos reais de Once Upon a Time, sempre no ponto de vista da Regina. Vou escrever os pensamentos, medos, aflições e sentimentos dela durante as cenas, e com isso vou amadurecendo o sentimento dela pela Emma. Quero fazer tudo ficar bem cru e real, então vou escrever com muita calma, sem pressa pros acontecimentos. Espero MUITO que gostem.

Capítulo 1 - Pilot


Fanfic / Fanfiction Ocean Eyes - Pilot

 Estou no meu terceiro copo de tequila e as lágrimas não conseguem parar de cair do meu rosto. Desde que meu filho Henry, a coisa mais preciosa que eu tenho nesse mundo, desapareceu eu não consigo pensar claramente em nada. Já faz 5 horas e não tenho notícias do paradeiro dele. Será que fugiu de casa para sempre dessa vez? Será que foi por causa daquele maldito livro de novo? Se eu pelo menos tivesse meus poderes nessa cidade medíocre, já teria acabado com isso há muito tempo. Uma simples poção do esquecimento e ele jamais lembraria dessas histórias de novo.

 Olho pela janela e meu coração quase explode de alívio. Vejo Henry na fachada da mansão com uma mulher, e automaticamente vou correndo em direção dele. Não sei o que seria de mim sem ele, o que eu me tornaria sem a presença dele aqui comigo. Abraço ele com toda força que consigo, mas ele se afasta. Odeio quando faz isso.

 - “Encontrei minha verdadeira mãe!” diz Henry correndo para dentro de casa.

 E de repente tudo vira um borrão. Pela primeira vez reparo na mulher que está de pé na minha frente, meio sem jeito e envergonhada. Por um momento  sinto que já a conheço e sofro um arrepio por todo meu corpo. Fico sem palavras por uns segundos, até que consigo falar:

 - “Você é a mãe biológica de Henry?”

- “Oi.”

 Ela dá um pequeno sorriso e eu não consigo parar de encarar. Por um momento eu penso: acabou, tudo está arruinado. Tudo o que eu sempre temi aconteceu e essa mulher chegou para acabar com todos os meus planos. Pensei em mil maneiras de tirar ela dali naquele instante e garantir que nunca mais volte, mas alguma parte dentro de mim queria conhece–la. Uma pequena parte de mim queria que ela ficasse, mesmo sabendo dos riscos dela quebrar a maldição que me custou tanta coisa.

 - “Gostaria de uma taça da melhor sidra de maçã que já tomou?”

- “Tem algo mais forte?” ela respondeu em modo de desafio.

 Guio ela pra dentro da mansão, esperando que ela se surpreenda com a grandeza do lugar. Escolho minha melhor bebida e coloco nos meus melhores copos. Ela faz algumas perguntas sobre Henry e dou respostas curtas, pois não quero que ela se envolva com meu filho.

 - “Preciso me preocupar com você, Miss Swan?” pergunto entregando o copo para ela.

 - “Absolutamente não”.

Ela dá um gole em seu drink e por um momento eu reparo em seus longos cabelos loiros. Aquele idiota do David iria ficar surpreso se soubesse o quanto ela se parece com ele. Sua roupa é horrível, calça jeans com aquela jaqueta vermelha bizarra. Me pego imaginando o que ela deve ter passado sozinha durante todo esse tempo.

 Graham interrompe meus devaneios descendo as escadas, me informando que Henry está bem. Assim que ele se vai, levo Emma para a biblioteca da mansão, a fim de achar um lugar melhor para conversar com ela e saber suas intenções na minha cidade. A tensão imediatamente toma conta do lugar.

 - “Estou sendo mãe solteira, então tenho que deixar tudo em ordem. Sou rigorosa? Suponho que sim. Mas faço isso para o bem dele. Não acho que isso me torna má, você acha?” por algum motivo começo a me explicar para ela. Não quero que ache que não amo meu filho.

 Emma fica desconfortável por um instante. Provavelmente não esperava que eu me abrisse desse jeito para ela.

 - “Acho que ele só diz essas coisas por causa da história dos contos de fadas.” ela comenta dando um gole em seu drink.

 De repente me lembro do motivo de Emma Swan estar aqui e do poder que ela tem de acabar com todo meu trabalho feito por anos e anos.

 - “Que contos de fadas?” tento desviar do assunto.

 - “Você sabe, o livro. Ele acha que todas as pessoas da cidade são personagens de histórias. Como o psiquiatra dele ser o Grilo Falante.” por um instante percebo um brilho em seus olhos verdes.

 - “Me desculpe, não faço ideia do que está falando.”

 - “Quer saber? Não é da minha conta. É seu filho.”

 Emma se levanta e eu me sinto aliviada. Abro a porta e fico a observando sair da minha mansão e ir em direção ao seu fusca amarelo. Quanto mais longe ela ficava, mais aperto eu sentia em meu peito. E foi ali que soube que Emma tinha que ir embora da minha cidade de qualquer jeito.

{...}

Passei a noite em claro, pensando no risco que eu estava correndo agora. De certo modo, sempre soube que esse dia chegaria. Sempre soube que Emma uma hora ou outra viria para Storybrooke. Ela é fruto do amor verdadeiro, é óbvio que acharia seu caminho para casa. Mas eu achava que eu estaria pronta pra isso, que eu a expulsaria antes mesmo dela ter a chance de ameaçar minha maldição. Não entendo o que deu em mim. Provavelmente estou tanto tempo presa nessa rotina sem magia, que desacostumei a ser como eu era. Não tem a ver com Emma, tem a ver comigo.

{...}

 No dia seguinte mais tarde, Emma está na porta da minha casa de novo, com Henry ao seu lado. Ele fugira mais uma vez e eu estou farta disso tudo. Preciso dessa mulher longe daqui, longe de mim. Preciso ter meu plano sobre controle de novo. Preciso do meu filho obediente de volta, sem essa porcaria de livro que perturba a minha vida.

 - “Vejo que ele simpatizou com você.” minha voz tem um tom amargo de ironia.

- “Sabe o que é mais louco? Ontem foi meu aniversário. E quando assoprei a vela, eu fiz um desejo. Que eu não ficasse sozinha no meu aniversário. Então Henry apareceu.”  seus olhos estavam mais brilhantes que nunca.

 Eu não podia deixar isso acontecer. Não podia deixa-la vencer essa batalha. Eu já tinha ganhado, ela não iria arruinar tudo.

 - “Você sabe o que adoção sigilosa é? É o que você pediu. Você não tem nenhum direito sobre o Henry. Então eu sugiro que você entre em seu carro e saia da minha cidade. Porque se você não fizer... eu vou destruir você. Mesmo que seja a última coisa que eu faça.” disse soltando todo ódio que eu tinha guardado em meu peito.

Por um instante, Emma fica sem reação. Achei que ela viesse pra cima de mim, ou talvez começasse a gritar. Quando virei as costas, ela disse:

 - “Você o ama?” seu rosto estava confiante e por um segundo me senti intimidada.

 - “Como é?”

 - “Você o ama?” ela repete, imóvel.

 - “Claro que o amo.” digo quase sem forças, esperando que essas fossem minhas últimas palavras dirigidas a Emma.

 Quando fecho a porta de casa, sinto uma mistura de raiva e medo. Medo do efeito que essa mulher tem sobre mim. Raiva por não ter terminado com isso desde o primeiro momento que ela pisou nessa cidade. Subo no quarto de Henry para verificar se ele está lá, e finalmente pego seu livro. Isso vai terminar aqui e agora, não vou deixar mais nada sair do controle mais uma vez.

{...}

Depois de andar em círculos pelo meu escritório durante um tempo, decido tomar um banho de banheira para tentar me acalmar. Acho que nunca tinha me sentido tão impotente, e preciso colocar minha cabeça no lugar. Penso no que fazer para Henry gostar de viver comigo. Eu o amo mais que tudo e só quero o seu bem, e me dói vê–lo querendo se afastar de mim. Desde que aquela imprestável da Mary Margaret deu aquele livro a ele, meu filho só vive fugindo de casa e falando sobre contos de fadas. Meu plano está por um fio e é tudo culpa daquela mulher. Emma Swan. Quem diria que iria crescer e se tornar... isso. Snow White deveria me agradecer por ter tirado essa menina de perto dela e ter dado a oportunidade dela crescer mil vezes mais corajosa e determinada que ela. Mas isso não importa, o que importa é que Emma vai voltar pra onde veio e tudo vai se encaixar novamente.

 Vou para meu quarto e ligo para Graham passar a noite comigo. Coloco uma lasanha no forno e encho duas taças de vinho, e quando passo pela janela, vejo algo errado. O relógio da cidade. O relógio voltou a funcionar. O tempo voltou a passar. Ela vai ficar.


Notas Finais


Espero muito que tenham gostado desse iniciozinho. Fiz um capítulo pequeno para começar e saber se vocês gostam. Nos próximos capítulos pretendo aprofundar bem mais nos pensamentos e sentimentos de Regina durante as cenas dela com a Emma. Me digam o que acharam, é muito importante para eu continuar. ♡


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