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História Ocean Eyes - The Thing You Love Most


Escrita por: missoncer

Notas do Autor


Voltei! Devido a uns 3 ou 4 pedidos e comentários, me animei de continuar a história. Espero que gostem. ♡

Capítulo 2 - The Thing You Love Most


Fanfic / Fanfiction Ocean Eyes - The Thing You Love Most

 

Levanto da cama e percebo que minha cabeça está explodindo de dor. Me arrasto até a cozinha para pegar uma aspirina, e vejo o tamanho das minhas olheiras quando passo pelo espelho da sala. Não me permiti dormir nenhum segundo desta noite pensando em um plano para tirar Emma Swan da minha cidade, e no final da noite decidi que irei recorrer a minha velha e boa estratégia: a ameaça.

Me certifico de que Henry está se arrumando para ir a escola e então vou até o meu jardim. Desde que lancei a maldição e enviei todos nós para essa cidade medíocre, Henry e meu jardim são as únicas coisas que eu realmente amo. Sinto desprezo por tudo em Storybrooke, mas não trocaria meu jardim por nada. Vou até minha macieira, a maior árvore da cidade, cheia de maçãs vermelhas e graúdas e coloco as melhores em minha cesta.

Ando pela cidade fazendo o mesmo caminho de sempre, passo pela clínica do Archie, pela loja do Gold e pelo Granny's. Tudo está aonde deveria estar, menos por aquele fusca amarelo nojento estacionado na esquina. Emma está hospedada ali, e é pra lá que eu vou.

Subo para o quarto dela e bato três vezes na porta. Depois de uns minutos Emma abre a porta, com a expressão desconfiada que imediatamente muda para surpresa quando me vê. Por um momento fico apenas reparando nela. Com certeza tinha acabado de acordar, estava com seus cabelos loiros desgrenhados e com rosto sonolento. Estava com uma blusinha de alça branca, transparente o suficiente para ver seu sutiã, e estava... só de calcinha. Emma Swan estava só de calcinha na minha frente. Meu coração acelera um pouco quando percebo isso e eu fico sem saber o porquê, até que finalmente consigo falar.

- "Você sabia que honeycrisp é a mais vigorosa e resistente das macieiras? Cuido de uma desde criança e nunca provei nada mais maravilhoso que suas frutas", entrego uma das maçãs da minha cesta a ela.

- "Obrigada..." Emma dá um sorrisinho de lado, provavelmente sem entender o motivo daquilo.

- "Espero que aproveite durante sua viagem de volta", deixo claro o porquê estou ali.

- "Na verdade, vou ficar mais uns dias", ela fala em tom desafiador e meu corpo inteiro se arrepia de raiva.

- "Não acho que seja uma boa ideia, Mrs Swan. Só uma de nós duas sabe o que é melhor para Henry."

- "Estou começando a achar isso também."

Meu corpo todo pulsa. De raiva, de ódio, e talvez de... alguma outra coisa. Preciso tirar essa mulher da minha cidade.

- "É hora de ir", falo dando ênfaze em cada palavra.

- "Senão o que?" ela se aproxima de mim.

- "Não me subestime, Mrs Swan. Você não tem a mínima ideia do que eu sou capaz", chego mais perto dela ainda, e percebo que estamos a milímetros de distância.,l

Seus olhos verdes estão mais pulsantes do que nunca, fitando cada partezinha do meu rosto. Depois de me encarar por alguns segundos que pareceram eternidades, ela se afastou e fechou a porta. Por um momento pensei em bater de novo, ninguém nessa cidade fecha a porta na cara da prefeita. Mas eu já tinha falado tudo que precisava, e não sei se aguentaria mais daquela tensão naquele momento.

 

{...}

 

Fui para casa com a certeza de que Emma estaria indo embora até o final do dia, e eu precisava saber o que falar para Henry. A última coisa que eu queria era Henry me odiando mais ainda, ou dele indo atrás dela de novo. Talvez se eu pegasse um pouco da magia que me restou no meu cofre para fazer Henry se esquecer de tudo sobre essa mulher... mas eu não conseguiria. Minha magia é não é forte o bastante em Storybrooke.

Folheio o livro que peguei de Henry, tentando descobrir da onde ele veio e porque Mary Margaret tinha ele. Como alguém escreveu um livro com todas as histórias que aconteceram na Floresta Encantada? É impossível, ninguém se lembra. Talvez o Gold... mas qual seria o interesse dele? Depois de eu ficar um tempo o analisando, de repente observo uma movimentação estranha no meu jardim.

Vou até a janela do meu escritório e sinto uma chama se acendendo dentro de mim com a cena que me deparo. Sinto todos os órgãos do meu corpo derretendo de raiva e eu tenho a certeza que se eu tivesse com magia naquele momento, atiraria uma bola de fogo na cabeça de Emma Swan e assistiria aqueles lindos cachos loiros queimarem lentamente. Emma está lá embaixo, cortando o terceiro galho da minha macieira com uma serra elétrica. Ela está com uma postura relaxada, com um meio sorriso no rosto, quase se divertindo. Por um momento ela para, dá uma olhada na janela em que estou e me encara, me fitando nos olhos com a expressão desafiadora.

Antes que eu percebesse, já estava correndo em direção a ela, com os punhos fechados tão forte que minhas unhas quase encravaram na minha pele.

- "O que você pensa que está fazendo?" deixo transparecer toda minha raiva, incapaz de disfarçar.

- "Colhendo maçãs."

- "Você está louca?", falo quase gritando, desacreditada que ela realmente teve a coragem de fazer aquilo.

- "Não, você está louca se acha que pode me ameaçar. E se você vier me procurar de novo eu vou voltar para colher o resto desta árvore, porque irmã, você não tem ideia do que sou capaz."

Por um momento não consegui fazer mais nada além de olhar para seu rosto. Tinha mil coisas que eu podia fazer naquele instante para assusta-la, mas não conseguia. Algo na expressão dela me intimidava, me arrepiava, me causava coisas que eu não sabia o que era. Ao mesmo tempo que queria mata-la, também queria mergulhar dentro de toda aquela mistura de sentimentos que ela me fazia sentir. E enquanto eu me perdia completamente nos meus pensamentos, Emma Swan virou as costas e saiu andando. Ela foi embora depois de me ameaçar e eu não fiz nada. Eu não fiz absolutamente nada.

 

{...}

 

Graham está falando na minha cabeça enquanto colho as maçãs que caíram dos galhos da macieira. Ele está tentando me convencer a deixar Emma em paz, e isso me faz ter mais raiva ainda dela. Além de me tirar meu filho e ameaçar a minha maldição, aquela maldita mulher quer me tirar o único homem que resta nessa cidade que posso chamar as noites para me satisfazer.

- "Isso tudo só vai prejudicar o Henry" ele tenta me convencer.

E de repente, vem uma ideia na minha cabeça. Uma ideia horrível mas que se funcionar e Emma for embora, talvez valha a pena. Deixo Graham falando sozinho e vou para o meu escritório, digito o número de Emma e a convido para voltar aqui em casa. Digo que precisamos fazer as pazes, para o bem de Henry.

Depois de exatos 15 minutos, Emma está de volta a minha mansão. A convido para entrar e sentar, e com muita desconfiança, ela aceita. De acordo com o horário, Henry já deve ter chegado e como sempre deve estar em seu quarto revendo a matéria da escola. Mas como eu conheço bem o meu filho, ele vai descer assim que ouvir a voz de Emma.

- "Quero começar me desculpando, Mrs Swan", digo servindo um copo de tequila.

- "Como é?" o rosto de Emma estava imóvel.

- "Devo aceitar o fato de que você quer ficar aqui. E que quer levar meu filho."

- "Espera, como? Não quero tirar nada de ninguém"

Ela estava completamente relaxada na poltrona do meu escritório. Seus pés estavam em cima do sofá, e seus braços apoiados no joelho. Ela falava tudo muito calmamente, dava pra peceber que estava sendo honesta.

- "Então porque quer ficar aqui?"

- " Só quero me certificar de que Henry está bem. Não pretendia ficar mas quando vi como ele é confuso e problemático, me preocupou. Ele acha que todas as histórias são reais... a criança não sabe separar realidade da fantasia. É loucura."

Emma de repente fica séria, com a expressão preocupada e triste. Ela realmente se importa com o Henry, mas isso não me interessa. Ela tem que ir embora. Assim que ela termina de falar, Henry aparece atrás da parede e eu sei que meu plano foi um sucesso.

- "Você acha que sou louco?"

Por um momento me senti mal por ter feito isso. Por um momento, ao ver o rostinho do meu filho, me senti péssima. Mas logo passou quando vi a expressão no rosto de Emma. Henry saiu correndo antes que ela pudesse se explicar, e ainda de costas pra mim, ela pergunta:

- "Há quanto tempo ele estava aqui?" sua voz era de completo ódio.

- "Tempo o suficiente", tento conter o sorriso nos meus lábios, mas a tentativa foi em vão.

- "Você sabia que ele estaria aqui", Emma estava devastada.

- "Se eu sei que meu filho vem para casa almoçar toda Quinta Feira as 17h antes da terapia? Claro que sei. Sou a mãe dele", falei me sentindo vitoriosa.

- "Você não tem alma. Como diabos você ficou assim?"

Emma virou as costas e foi embora, e por algum motivo, a sensação de vitória desapareceu. O que ela disse ficou ecoando na minha cabeça por horas e isso me fez odia-la mais ainda. Nunca nada que já me falaram tinha causado esse efeito em mim. Eu nunca realmente me importei. Por que agora estou me importando? Por que o que Emma Swan diz me importa? Eu não queria me importar. Eu não queria sentir nada disso, só queria ela longe daqui.

 

 


Notas Finais


Espero muito que estejam gostando da forma que estou desenvolvendo a história original do ponto de vista da Regina. Se estão gostando, deixem um comentariozinho. Isso motiva muito a continuar. ♡


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