Eu estava voltando pra minha sala totalmente confuso, Luke já tinha ido para a dele com um lindo sorriso em seu rosto, mas eu estava realmente perturbado com tudo que aconteceu... O fato mais nojento é: Eu tenho uma foto do Tom pegando uma piriguete no meu celular e, se de fato eu quisesse ferrar ele ou qualquer coisa do tipo... Eu não poderia apagar aquela maldita foto.
Eu apenas queria ir pra casa e relaxar, queria tomar um banho relaxante e chorar até tirar toda essa coisa ruim que eu estava sentindo, eu era desse tipo, chorava e ficava frio, eu não gostava, mas era uma das maneiras que eu encontrava para esquecer das coisas.
Mas sabe, apesar de tudo eu estava me sentindo querido, amado e desejado, Luke era um cara bonito, popular, e isso me fez refletir sobre as coisas, será que eu conseguiria chamar a atenção de mais gente desse tipo? Resolvi fazer o teste.
As horas passaram sem que eu percebesse e isso me agradou e muito, me levantei de um jeito até sensual e sai da sala, realmente, eu era o centro das atenções, aqueles olhares estavam sobre mim e alguns sorrisos malicioso começaram a ser formar nos rostos das moças e dos caras que me observavam, sorri de volta e mordi meu lábio inferior de leve enquanto andava pelos corredores, eu estava adorando esse novo joguinho. Peguei meu celular e olhei novamente aquela foto tão odiada por mim e sorri de lado, estava cansado de ser tratado feito uma boneca por esse desgraçado, eu, Bill Kaulitz, estava precisando mudar, eu precisava me soltar e me divertir um pouco de uma maneira que nunca tinha feito antes, não que eu gostasse disso, mas eu queria experimentar algo novo. Gabriel correu e veio até mim meio ofegante, eu ri baixo da expressão dele e sorri com gosto, coisa que nunca tinha feito para aquele pirralho.
- Bill! Eu... – Ele continuava ofegante.
- Se acalme, ou senão vai ter uma parada... – Riu divertido e fui acompanhado por ele, por algum motivo estranho... Sempre que vejo o Gabriel ele está ofegante, esse menino não para de correr.
- Tudo bem, já me acalmei... Eu queria te fazer um convite especial! – Ele sorria e seus lindos olhos verdes novamente me chamaram a atenção.
- Hm... Eu amo convites, pode dizer. – Ele pegava um pequeno folheto que estava em seu bolso e em seguida me entregou, peguei aquele pequeno pedaço de papel e dei uma boa olhada no mesmo.
- Bom, hoje ira ter uma festinha na casa de um dos alunos daqui, e a maioria de nós fomos convidados, eu queria que você fosse comigo, afinal eu percebi que você anda meio desanimado... Então Bill, quer ir comigo? – Aqueles olhos continham um brilho de ansiedade, ele realmente queria que eu fosse para a festa com ele, e com um bom motivo, ele estaria acompanhado por uma das pessoas mais conhecidas daqui, me surpreende que o dono da festa não tenha me convidado.
- Eu não sei se é uma boa idéia, afinal você foi convidado, eu não... – Ouvi um suspiro vindo da parte de Gabriel.
- Bill, você também ganhou o convite? – Olhei para trás e vi Pietro se aproximar.
- Não, mas o Gabriel ganhou.
- Você sabe o motivo de não ter ganhado? – Eu e Gabriel encaramos Pietro, e o danado sorriu malicioso.
- Vamos, me conta... – Fiz um leve bico.
- Não preciso contar, você vai descobrir. – Ouvi uma risada da parte dele, aquilo estava me irritando, odeio quando as pessoas escondem as coisas de mim.
- Ora seu... – Fui interrompido por uma voz que chamava meu nome, quando virei para ver quem era, o vi, maldito pirralho.
- Bill, posso conversar com você? – Eu não acredito que ele estava realmente me chamando! Me aproximei do Trümper com calma e suspirei, olhando naqueles olhos que faziam meu coração disparar.
- O que você quer? – Ele pegou em meu pulso e começou a andar enquanto me puxava com certa força, eu o olhei sem entender o que estava acontecendo. – T... Tom! Me solta!
Ele me puxou para um lugar afastado e logo me encostou contra a parede, colocando uma de suas mãos na mesma, perto do meu rosto, soltei um leve suspiro, eu estava cansado daquilo.
- Bill, quero negociar com você. – O encarei por alguns segundos.
- Hm... Deixe-me ver... É sobre a sua namoradinha, não é? – Sorri de lado, ouvindo um suspiro da parte dele.
- Não, Bill, ela não é importante, mas eu realmente preciso fazer dupla com você. – Virei meu rosto para o lado, eu não gosto dessa situação, a forma que ele fala comigo me machuca...
- Não posso, eu não desejo fazer dupla com um garotinho feito você. – O encarei. - Procure outra pessoa! – O empurrei, mas ele foi mais forte que eu, quanto mais eu tentava o afastar de mim, mais ele se aproximava até ficar com seu corpo colado no meu.
- Bill, você ficou com ciúmes da garota que eu peguei mais cedo? – Meu coração falhou uma batida, eu não conseguia falar, sim, eu tinha ficado com um certo ciúmes mas... Ele não era nada meu, não tinha motivos pra isso, e isso me irrita.
- Eu... Não... Me solta, Tom! – Ele segurou meu rosto com uma de suas mãos e me fez olhar para ele, aqueles olhos tinham um brilho diferente, era intenso, tão intenso que senti todo meu corpo fraquejar.
- Bill, eu preciso de você, só aceitarei fazer dupla com você, me use da maneira que desejar, portanto que você o faça.
- Eu não quero! – Senti lágrimas descerem delicadamente pelo meu rosto, nessa hora meus olhos se arregalaram enquanto o observava, eu não tinha conseguido controlar meus sentimentos, o céus isso é vergonhoso! Tom aproximou seus lábios de meu rosto e deu beijinhos pelo mesmo, seus beijos eram suaves, mas seu piercing me dava um certo arrepio. – O... O que está fazendo?...
- Estou cuidado de você. Me desculpe... Que situação Bill, isso é irritante, e a culpa foi minha! – Ele bufou nervoso, e eu o encarava sem entender nada.
- Olha Trümper, eu não tenho nada a ver com a sua vida amorosa, mas jamais pensei que você, o cara “certinho” fosse querer transar na escola! – Tentei me soltar novamente, mas ele continua a me prender, mas sem me machucar.
- Eu sei! Calma Bill, eu... Eu preciso conversar! E me explicar... Quero dizer... Eu não tinha notado que você retribuía os meus sentimentos.
Eu o olhei incrédulo, como assim eu estava retribuindo os sentimentos dele, que papo é esse?
- Olha Tom, não sei que merda você tem na cabeça em pensar que eu estou retribuindo algo. – Me arrependi de ter digo aquilo, o garoto me encarou seriamente e fixamente em meus olhos, eu estava começando a tremer.
- Ok Kaulitz, terei que ser mais claro. É o seguinte, eu te quero! Desde o dia em que botei meus olhos em você! Fui claro?
- O... O que?! – Arregalei os olhos.
- Será que você não entende? Bill, olha... – Naquele momento eu gelei, senti-o segurar em meu queixo de forma carinhosa e seus olhos foram ao encontro dos meus. – Eu realmente gosto de você, desde sempre. Mas... Como você sempre foi distante, eu pensei que você não gostasse de mim como eu gosto de você, então eu resolvi tentar esquecer, entendeu? A garota não é importante, eu estava preocupado é com você! – Eu não conseguia crer no que ouvia, porém, ao observar aqueles olhos tão intensos, infelizmente, eu só via verdades ali, eu já não tinha controle de mim, dos meus sentimentos, aquele pirralho me tinha em suas mãos... Eu me senti um tremendo idiota por isso.
- Me quer? Não brinque comigo, Trümper... Estou cansado desse seu joguinho infantil! Como ela não é importante? Não me coloque no meio das suas desculpas! – Minha voz saiu com um tom de magoa, eu me lembrei da garota, do modo que eles estavam se agarrando, aquilo me deu nojo.
- Bill, eu te quero mais do que tudo! Não estou brincando, eu te desejo, Kaulitz. Pare de ficar imaginando coisas que não existem! Eu vou te provar que estou falando a verdade.
Fechei meus olhos com calma e o que eu senti quase me fez perder o fôlego, seus lábios se moveram sobre os meus de forma carinhosa e intensa. Eu não consegui me afastar, aquele calor... Aqueles lábios... A única coisa que consegui fazer foi me render.
Nossos lábios se moveram em um ritmo perfeito, era tão gostoso... Nem com o Luke foi dessa forma, meu corpo estava todo arrepiado, eu queria mais, eu queria poder sentir o sabor do seu beijo, Tom pareceu entender o que eu queria, ele entreabriu sua boca, e um perfeito encaixe se fez, levei minha língua até a da dele e o beijei com vontade, era um beijo urgente, cheio de desejo que até então eu desconhecia, meu piercing se esfregava na língua dele somente para provocar, aquele beijo me levava aos céus... Senti o corpo dele se arrepiar e aquilo me agradou e muito, Tom levou uma de suas mãos até meu corpo e me alisou com vontade, aquilo estava me deixando mais quente do que de costume, soltei um gemido baixo ao sentir sua mão descer até o meu membro já desperto e foi ai que eu acordei pra realidade.
- Tom... – Minha voz saiu como um gemido, e aquilo parecia ter o agradado, ele levou uma de suas mãos até meu rosto e segurou meu queixo, com a outra mão ele pegou algo e colocou por dentro do meu bolso da calça, eu o olhei e percebi que ele estava me observando, meu rosto ficou totalmente corado ao ver a maneira que ele me encarava.
- Bill, você não sabe o quanto eu esperei por isso... – Tom soltava um suspiro baixo enquanto começava a acariciar meu rosto. - Me desculpe por hoje... Eu sempre gostei de você, sempre te admirei. Mas como eu disse, você sempre me ignorou.
- Eu... Sempre o ignorei?
- Sim, você mesmo disse que não gosta de pessoas mais novas, mas eu não quero mais isso, eu vou te mostrar que vale a pena ficar comigo. – Naquele momento meu coração disparou, eu não sabia o que falar, o que responder, aquele pirralho sabia como mexer comigo. – Bill... Venha para minha festa, eu te mostrarei o que eu realmente quero.
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