O que realmente acabou de acontecer?
Suspirei tentando acalmar meu corpo, sinceramente eu estou ainda sem entender nada e acho que nem tão cedo eu vou entender. Arrumei minha roupa e peguei uma camisa saí logo do quarto, eu espero que a Chaeyeon não tenha percebido nada, meu deus Jungkook o que você faz comigo que eu não entendo?!
— Ele não gostou de mim, não foi? — Chae perguntou quando entrei na cozinha, ela estava mexendo no fogão — Estranho, achei que ele gostaria.
— Ele acabou de te conhecer, Jeon não é muito adepto a amizades sabe? — Ela assentiu — Vai terminar o jantar?
— Sim, deixa comigo. — ela riu e eu me sentei em uma das cadeiras — Será que ele me vê como uma ameaça? Eu dei a entender alguma coisa?
— Não sei — murmurei mesmo sabendo a resposta, aquele ataque sensual que ele havia dado a poucos minutos não foi por livre e espontânea vontade assim, o jeito que ele agiu tinha ciúmes no meio e o que eu não entendo é o porque.
— Ganhou um boquete não foi? — ela perguntou e eu acabei me engasgando com a saliva — Porra, acertei.
— Você é horrível.
— Você ganha um boquete com sua amiga na sua casa e eu sou horrível? — ela riu — Amigo, se você quiser eu faço ele ter ataque de ciúmes e você transar com ele na mesa de jantar.
— Cala a boca, Chae!
— Olha, ele deve achar que eu quero você, percebi pelo jeito dele — bufei — Mas não te preocupa, não vou irritar ninguém, só um pouco talvez.
— Chae, o que você vai fazer?
— Brincar com o seu namorado e o ciúme deles.
-x-
Quando eu achei que ela estava brincando sobre ficar pegando no pé do Jeon por causa do ciúmes, eu sinceramente pensei que estava certo, mas não estava e como sempre eu não estou em nada.
Jeon já estava vermelho e eu queria rir pelo bico que ele tinha nos lábios, Chaeyeon fez questão de contar algumas histórias antigas nossas e ainda passar a mão pelo meu ombro no jantar, não seria nada errado provar o quanto ele encarava a ômega e o quanto eu queria rir, só que assim que o jantar terminou e Chaeyeon se despediu, eu levei um soco no ombro.
— Ouch, o que eu fiz? — perguntei e ele bufou indo para a cozinha — Meu doce.
— Meu doce o caralho. — acabei por rir e ele me encarou — Não é piada para você rir.
— Porque você está assim, amor? — tentei o abraçar e ele se afastou — Amor...
— Vocês já dormiram juntos? Ela já passou algum cio com você? Você já passou um cio dela com ela? — Ele arregalou os olhos e eu gargalhei — Park Jimin!
— Não amor, nenhuma das opções — o puxei para mais perto e dessa vez ele deixou — Só dormi na mesma cama que ela, mas fora isso.
— COMO É?
— Tô brincando — o encostei no balcão e beijei seu pescoço — Olha, Chae e eu somos amigos acho que assim que entramos na faculdade, ela virou dona de uma editora a qual era herança do Appa dela, me perguntou se eu queria escrever um livro e aceitei, somos amigos sim, e ela é uma ômega sim, porém não só ela como eu também nunca tentamos nada.
— Ela não parece mostrar isso — ele fez bico e eu mordi — ai.
— Vive fazendo bico agora, coisa fofa — ele revirou os olhos — E ela só fez esse show aqui, porque percebeu que você estava com ciúmes e me chupou lá no quarto.
— ela percebeu? — ele perguntou assustado e eu assenti — Bom... assim ela pode ter certeza que você nunca vai ter nada com ela.
— Eu acabei de falar que somos amigos, você não entendeu isso?
— Entendi, e você pode me falar várias e várias vezes, porém, é você que está falando e não sabemos o que ela pensa, sendo assim eu preciso mostrar que você é meu. — ele disse como se fosse obvio e eu ri — Quem vai lavar a louça?
— Eu. — selei seus lábios — Vai deitar, você deve estar cansado.
— Não, eu te ajudo, você lava e eu seco — ele sorriu.
Não tem sorriso que me deixe mais sem reação do que o do Jungkook, parece tão sincero e eu não sei se é só para mim que parece, mas é como se iluminasse minha vida ainda mais.
É, eu sou um idiota apaixonado.
-x-
— Taehyung ainda não teve um cio? — Jungkook perguntou deitado em meu peito.
Depois que terminamos de arrumar a cozinha ele disse que preferia ficar deitado alí na sala por mais um tempinho até o sono chegar, concordei e ligamos a tv e estávamos jogados no sofá, na verdade eu estava jogado e ele por cima de mim.
— Já sim, foi aos 15 anos — suspirei — Foi bem estranho porque eu não sabia o que fazer, e ainda bem que a Chae estava lá e ajudou.
— Hum.
— Meu doce, você pode fazer amizade com ela, não pode?
— Talvez, se você tentar ser amigo do MinSu — ele se ajeitou para conseguir me encarar — E então?
— Tudo bem, mesmo tendo um pressentimento de que esse alfa não é tão boa pessoa assim.
— Ele é irmão do Yoongi, é sim boa pessoa. — ele rebateu.
— Meu doce, não é porque são do mesmo sangue e da mesma família que todos são bons, tem sempre um fruto podre — expliquei e ele bufou voltando a deitar no meu peito — Mas, eu vou tentar ok?
— Ok.
Continuei acariciando seus cabelos e não prestando nenhuma atenção no programa que passava na tv, franzi o cenho ao escutar baterem na porta, Jeon se afastou e eu me levantei para ir ver quem era, o que não é normal a essa hora da noite as pessoas baterem nas portas alheias. Suspirei antes de abrir e não sei direito o que aconteceu, que eu fui parar no chão sem nem antes perceber quem estava na porta.
— Então é assim? — Pisquei várias vezes para tentar entender, me levantei e encarei o senhor em minha frente.
— Jimin? — Jeon apareceu e arregalou os olhos — Appa?
— Eu imaginava que você poderia ir para casa daquele seu amigo ômega, mas não, levei na cara ao me avisarem que você agora dormia na casa de alfas — Eu só tinha visto o pai do Jeon duas vezes no máximo, por isso não liguei a voz a pessoa — Qual o seu problema em ser um garoto direito?
— Olha senhor, eu não sei com qual autoridade o senhor aparece aqui na minha casa, me bate e ainda fala essas coisas para o meu namorado — fiquei na frente do mais velho — Porém, eu posso muito bem chamar a policia e lhe acusar de invasão e também de agressão, porque em nenhum momento eu fui pra cima do senhor para que o senhor chegue aqui fazendo isso.
— Menino, eu te pergunto qual o seu problema — ele começou e eu o encarei confuso — Tantos ômegas que valem a pena, que são ômegas que você poderia chamar de ÔMEGAS, e você vai e encontra o meu filho, você o conhece? Você sabe como ele é? Você tem orgulho de ter alguém assim ao seu lado? Alguém que não segue as verdadeiras normas impostas pela sociedade?
— Eu sinceramente senhor, tenho o maior orgulho mas não vou explicar os motivos que me levam a tal coisa — apontei para a porta — Acho muito melhor o senhor sair, pessoas como o senhor eu não quero na minha casa e nem perto do meu ômega.
— Quero ver até quando vai aguentar, quando for julgado pelos outros na rua por ter um ômega que não faz jus ao seu status — Ele olhou para Jungkook.
— Não sei em que mundo o senhor ainda vive, mas é melhor voltar para a realidade e não a sua — apontei novamente para a porta — Ou o senhor sai, ou eu chamo a policia.
Ele saiu e eu fui até a porta para fechar, me virei e olhei para Jungkook que estava parado olhando para o nada, eu não sei como aquele homem poderia ser considerado um pai. Me aproximei do ômega e o puxei para o meu peito, o abracei e ele pareceu acordar , me apertou forte.
— Não ligue para isso, são apenas palavras e não verdades.
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