História On The Jail - ( Larry Stylinson ) - "Fucking Idiot."

                                                                          PRIMEIRA SEMANA

                                                                              P.O.V Autora

 Louis estava tão triste e solitário naquele lugar, que não conseguia passar um simples minuto sem derramar uma lágrima. Ele não sabia o quê seus pais estavam achando, ou se ao menos sabiam que ele estava ali na solitária, mas se soubessem, ele apostava que estavam sentindo nojo de ter um filho como aquele.

 Ele simplesmente não poderia acreditar no que Harry fez consigo, fez com que levasse a culpa de quatro pessoas que ele mesmo matou.

 A comida que ele recebia durante o dia era podre, e ele tinha certeza que aquela comida fizeram no mínimo um mês antes de tão horrível e estragada que parecia, o gosto me fazia querer vomitar, e tinha mofo no café da manhã.

                                                                                  PRIMEIRO MÊS

                                                                           P.O.V Louis Tomlinson

 Meu estado era deplorável, não podia ser de menos, eu não comia bem. Estava magro e fraco como nunca estive antes. Minhas costas doíam como o inferno por causa daquela cama sem colchão nenhum. E eu estava congelando por causa do frio que estava fazendo naqueles últimos dias.

 Em alguns momentos dos dias, eu pensava que estava prestes a morrer, meu coração batia lentamente, eu soava frio e ficava difícil de respirar. E, sinceramente? Eu me sentia aliviado, achando que finalmente poderia acabar com tudo aquilo, mas eu acordava... Sempre acordava.

                                                                                 UM ANO E DOIS MESES

Eu estava caído no chão, provavelmente inconsciente. Mas acordei assim que um chute foi desferido na minha perna. Choraminguei de dor e abri meus olhos, tendo a visão de um policial.

- Levanta logo, Tomlinson! Anda, hora de sair daqui, por enquanto.

  Me levantei lentamente. Ele simplesmente prendeu minhas mãos com uma algema e me empurrou para fora daquele lugar. Passamos pelo corredor, onde pude ouvir vários gritos e coisas assustadoras, mas na verdade eu nem estava ligando para tudo aquilo.

 Assim que saímos do corredor, o mesmo policial me levou até minha cela, ela estava vazia.

- Pegue uma toalha para o banho, você vai fazer uma visitinha para fora daqui... – Ele me disse, com seus braços cruzados. Eu estava muito confuso, eu pensei que estava indo embora, mas... Uma ‘visitinha’?

- Pra quem? – Senti minha garganta secar e coçar ao falar, fazia muito tempo, muito tempo mesmo que eu não falava nada.

- Um parente seu morreu, então vai passar uma semana em sua casa até o funeral. Me disseram que era uma tal de.. Char... Charlottie Tomlinson? – O resto do meu coração se quebrou. Minha irmã. Lottie... – Anda logo com isso, Tomlinson.

 Eu peguei uma toalha que estava em cima da minha cama. Ela continuava em cima da cama, pois desde a última vez que estive aqui, ela estava lá. Naquela mesma posição. Saí da cela, sendo acompanhado pelo policial, que me levou até o banheiro.

  O lugar não estava completamente vazio, dois chuveiros sendo ocupados. Um dos homens tomando banho eu conhecia, Liam.

- Louis? Oh, meu deus Louis! Você foi liberado! Eu senti tanta a sua falta, baixinho. – Ele veio para me abraçar, o que fez eu me assustar um pouco, ele estava pelado. O policial que me acompanhou, o impediu de me tocar.

- Volte para o que estava fazendo, detento. Tomlinson não tem muito tempo pra ficar de conversinha.

 Liam se afastou, com uma cara de triste em seu rosto. Talvez por eu não ter dito nada à ele, ou pelo policial não ter deixado que me abraçasse. Eu não queria me importar com aquilo naquele momento. Apenas retirei minha roupa e fui para debaixo do chuveiro, lavei completamente todo meu corpo tirando os resquícios de toda a sujeira e o mal cheiro que eu tinha por ter ficado naquele lugar por mais de um ano. Eu sentia meu corpo fraco, talvez por estar faminto.

 Depois do banho, me enxuguei e vesti a mesma roupa da qual eu vim. O policial me levou até uma sala, que eu reconhecia como a sala de visitas do bloco visinho ao meu. Eles me entregaram uma caixa, a abri e vi que eram roupas. Minhas roupas. Franzi a testa e olhei para os policiais.

- O quê? Vai querer ir pra casa com esse uniforme sujo? Tudo bem, cada um com seus gostos. – Ele estava prestes a tirar a caixa da minha mão, mas eu a puxei para mais perto do meu corpo, fazendo –o com que desse uma risada divertida. – Vai se arrumar, garoto.

 O policial me apontou para um quartinho, parecia um pequeno quarto de limpeza. Era escuro, o cheiro me fazia querer espirrar, era poeira. Retirei o uniforme e coloquei a roupa que estava na caixa. Uma calça jeans preta, uma camiseta branca com uma figura colorida no meio e um tênis.

 Apenas saí do lugar com as mãos no bolso e olhei para os dois policiais.

- Tomlinson! Agora está até parecendo gente. – O policial se aproximou de mim, reconheci seu sorriso como malicioso, me esquivei e cruzei os braços. – Ah, tá bom. Você pode ir almoçar, mas seja rápido! E não fique de conversinha com ninguém, depois volte direto pra cá que vai ser levado para casa.

  Depois disso, fui direto para o refeitório. O lugar estava cheio, e assim que adentrei o lugar, todos me olhavam. Alguns surpresos por causa da roupa que eu usava, alguns surpresos por simplesmente me verem. Vi um moreno alto se levantando e correndo até mim, Zayn. Mas eu não queria, não queria falar com ninguém. Me esquivei e fui direto pra fila, como estava vazia, apenas peguei uma bandeja e peguei o que sobrava do almoço. Olhei em volta e não achei nenhuma mesa vazia.

- Louis! – Ouvi a voz de Zayn me chamando, ele já tinha voltado para sua mesa. A que ele sempre se sentava.

 Caminhei até a mesa, avistei Liam sentado na frente do moreno. Estava pronto pra me sentar, mas eu vi um par de olhos verdes ao lado de Zayn, então me virei pra me afastar sabendo quem era ali.

- Louis! Senta logo aqui. – Novamente era a voz de Zayn.

 Respirei fundo e revirei os olhos. Dei meia volta e me sentei, ao lado de Liam. Coloquei a bandeja na mesa e foquei meu olhar apenas nele, começando a comer o pouco que tinha naquela bandeja. Eu sabia que todos ali estavam me olhando, e aquilo me irritava profundamente.

- Louis, podemos conversar? – Eu reconhecia aquela voz. Harry. Não respondi.

- Louis? – Agora era a voz de Liam. Respirei fundo. – V-você não está conseguindo falar, Louis? O que aconteceu? – Ele parecia assustado agora. Olhei pra ele com uma expressão de bravo, mexi minha cabeça negativamente e voltei a comer.

- Louis, eu não queria ter feito o que eu fiz! Eu juro que não queria que te levassem para a solitária.. Eu só queria que você ficasse mais tempo comigo e.. – Harry tentava se explicar, mas eu perdi a paciência e bati a mão na mesa com força e me levantei.

- Cala a boca seu filho da puta! Você acha que é assim? Você tem o que você quer, quando quer, a hora que quer? Deixa eu te falar uma coisa: Não é assim. Você é um mimado, idiota do caralho, um monstro! Harry, é isso que você é, um monstro psicopata.

 Eu percebia o medo nos olhos verdes de Harry, e também algumas lágrimas. Eu não me importava, naquele momento, ele poderia simplesmente ir pro inferno que eu não iria ligar pra ele. 

- Sua mente não tem cura, é a verdade. Você vai morrer sozinho, porque ou todos vão te abandonar, ou você vai acabar matando. E adivinha? Você vai gostar! Porque é isso que monstros fazem, gostam de ver a morte dos outros. – Joguei a bandeja da mesa enquanto eu gritava.

 Todos estavam em silencio, Harry estava chorando de verdade. Seus olhos, seu nariz e bochechas estavam vermelhos enquanto as lágrimas rolavam pelo rosto dele. Os detentos daquele lugar me olhavam, todos quietos. Liam e Zayn estavam com seus olhos arregalados, me olhando e olhando para Harry.

- Quando eu voltar, Harry, eu não quero que você fale comigo, não quero que você toque em mim e não quero que você olhe para mim! Tá me ouvindo seu desgraçado? – Harry olhava para baixo, até eu bater novamente na mesa e falar em um tom mais alto e ele me olhar assustado, mexendo sua cabeça positivamente. – Ótimo.

 Fui para fora do lugar, indo direto para o lugar em que os policiais mandaram para que eu fosse quando terminasse de comer.