No outro dia. Setembro de 2014.
Apartamento do Lewy. No meio de lençóis bagunçados.
Munique na Alemanha.
O sol, ainda que fraco, tocava sua pele descoberta aquecendo suas pernas e braços. Virou-se de lado, tentando cobrir o rosto com o travesseiro e franziu o cenho ao sentir o corpo ser lançado totalmente para o lado oposto. Não deveria ter um corpo ali junto do dela?
Abriu apenas um dos olhos, acostumando-se com a claridade e viu a cama vazia.
Jogou o lençol para o lado, disposta a levantar. Abriu totalmente os olhos e passou a mão direita por eles, apaziguando o desconforto que a claridade do quarto refletia. Quarto branco demais, pensou analisando cada canto do cômodo. Parecia até que os Cullen moravam ali, na casa de vidros.
Procurou pelo chão suas roupas da noite passada. Em vão. Não encontrou nenhuma peça pelo caminho. Então, sacou o lençol da cama e enrolou o corpo nu com ele e foi desbravando o quarto, enquanto o lençol branco deslizava pelo chão parecendo até uma cauda de vestido de noiva.
Abriu a porta a sua esquerda e até se assustou com as luzes que se acenderam. Ok, esse não é o banheiro. Mesmo assim, ela entrou no closet e dentro da gaveta onde estava escrito Uniformy Francesca encontrou uma camiseta branca da seleção polonesa com uma listra vertical e o número 09 na frente e da gaveta ao lado, tirou uma cueca boxer preta.
Saiu do closet e abriu a outra porta. Ah, agora sim o banheiro. Inclusive, ao contrário do quarto e do closet extremamente claros e brancos, o banheiro era todo trabalhado com madeira e mármore escuro, dando um ar místico ao local.
Onde é que esse jogador se meteu?
Deixou o lençol no canto do banheiro e entrou na parte do chuveiro, para uma boa ducha. Lavou os cabelos com o shampoo e condicionador Head and Shoulders e riu lembrando que o jogador polonês era garoto propaganda da marca e realmente usava o produto que fazia marketing.
Ao sair do banheiro, se sentindo renovada e bem limpa – até porque ela tinha usado a escova de dentes que julgava ser a dele -, ignorou a toalha rosa que estava ao lado da toalha preta, pegando essa última para se secar.
Voltando ao quarto, Frances teve que ignorar bastante coisa que antes não havia percebido. Um par de sapatos de salto fino que estavam ao lado da porta do closet, o vestido rosa claro jogado de qualquer jeito na cadeira da mesinha do computador e até mesmo o conjunto de lingerie preto que estava dobrado sob a cômoda perto da janela.
Secou os cabelos, retirando o excesso de água na toalha, e resolveu ir atrás do dono da casa antes que surtasse vendo as tantas coisas de Anna Stachurska que pairavam pelo quarto.
Como não surtar ao perceber que a casa de Robert ainda tinha muita Anna espalhada? Os porta retratos espalhados pela casa, as decorações, até mesmo um bilhete colado de qualquer jeito na foto de comemoração de aniversário de namoro que estava em evidência no corredor perto da porta do quarto.
Era óbvio que Lewan não tinha deixado Anna de lado. Toda a presença da esportista estava pelo apartamento. Era ainda mais óbvio que eles não haviam terminado de verdade, até porque, a maioria das coisas dela ainda estava guardada no closet perfeitamente arrumado e organizado.
Contudo, ao chegar à cozinha, Francesca deixou toda essa preocupação de lado ao dar de cara com uma cena que a faria salivar cada vez que se lembrasse.
Robert Lewandowski estava encostado na bancada da pia, sem camisa, com a mão direita no bolso da calça de moletom branca enquanto bebia um copo de café. Ou do suco da gostosura, como ela e Maxime chamavam as bebidas dele e de Manu. Até porque só bebendo diariamente o elixir da beleza que justificaria a gostosura dos dois jogadores.
- Bom dia, Frances. – ele cumprimentou, erguendo o copo para ela. Francesca apenas encostou-se ao batente do vão da porta, cruzando as pernas e colocando uma das mãos na boca, se dedicando a apreciar a bela visão que era aquele peitoral e abdômen maravilhosos logo pela manhã. – Dormiu bem? – Frances apenas acenou com a cabeça e passou a língua nos lábios quando reparou no movimento que o músculo dele fez quando Rob deixou o copo dentro da pia. – Gostou da visão, Bernardi?
- Você não tem ideia do quanto. – a italiana mordeu os lábios e abriu um sorriso lateral quando seus olhos secaram o corpo dele, sem pudor algum. Os olhos de Francesca foram desde o cabelo desalinhado, desceram pelos ombros maravilhosos e largos, passaram pelo peitoral definido e tentador, foram até os gominhos na barriga perfeitamente esculpida dele para finalizar a varredura no pequeno caminho de pelinhos abaixo do umbigo que levavam até a perdição total.
- O que vamos fazer hoje? – ele perguntou, sorrindo maliciosamente para ela.
- O que você quer fazer hoje? – ela perguntou num tom baixo e rouco.
- Tomar café da manhã com você.
- E depois?
- Ah... depois? Depois eu quero te pegar como ninguém nunca fez, Bernardi. – ele disse fazendo Francesca tremer inteira – Tão gostoso que você vai ter vontade de desmaiar. – ela podia sentir as pupilas dilatando enquanto a respiração acelerava. Robert não desviava os olhos dos delas por sequer um segundo e estava difícil para ela manter-se em pé. Ele esperou por um momento, como se aguardasse uma resposta. Até parece que Francesca era capaz de dizer algo coerente depois disso. - Você sabe que eu vou te beijar, não sabe?
- Sei – ela respondeu, incapaz de desviar o olhar do dele, mas ao mesmo tempo, incapaz de formar frases. Quando ele se aproximou, ela fechou os olhos, aguardando.
Apenas para se decepcionar ao sentir os lábios de Robert em sua testa.
Francesca estava prestes a dizer isso a ele quando sentiu o dedo longo dele encostando em seus lábios.
- Shh... – ele disse, ainda olhando para ela intensamente, daquela maneira que fazia o coração acelerar. Seus lábios roçaram em cada uma das pálpebras dela, numa tranquilidade que a matava.
Como ele podia estar calmo?
Depois do que ele disse, como ainda conseguia ser tão... gentil?
O toque suave dos lábios macios dele, agora sobre as bochechas dela, ia deixando a italiana cada vez mais nervosa e impaciente, enquanto o polonês desgraçado parecia saborear o momento.
Lewandowski beijou a outra bochecha, em seguida deslizando os lábios para o canto dos dela, afastando-se antes que ela pudesse virar o rosto e aprofundar o beijo como ela queria.
Francesca grunhiu frustrada e ele riu baixo antes de iniciar outro beijo no canto de sua boca.
O jogador desceu brevemente para o queixo dela antes de subir novamente. Frances sentiu sua respiração no rosto dela e sabia que eles estavam há menos de um centímetro de distância.
Um segundo depois e não existia mais centímetro nenhum.
Quando Robert sugou o lábio inferior dela delicadamente, o mordiscando em seguida, Francesca perdeu o controle.
Suas mãos encontraram os cabelos dele e ela o puxou, com força, lançando os lábios contra os dele numa fúria absurda. As mãos de Robert não perderam tempo e agarraram a cintura dela, a puxando de encontro a ele de súbito.
Francesca não conseguia conter os gemidos que reverberavam pela garganta dela a cada movimento de Robert e isso o incentivava mais. Céus, Robert Lewandowski sabia beijar! Francesca nunca havia acreditado no tal beijo perfeito, mas o jogador estava mudando seus conceitos. Ele sabia exatamente onde tocar, quando tocar, o quanto de pressão aplicar para deixá-la trêmula. O corpo de Francesca era uma fogueira, o coração uma bateria e os pensamentos uma massa confusa de desejo e desespero.
Ele quebrou o contato quando a necessidade de ar falou mais alto. As mãos de Francesca escorregaram para frente do corpo dele, acariciando o peitoral com as pontas dos dedos, esperando a respiração voltar ao normal, os olhos ainda fechados e a cabeça levemente abaixada. Frances sentiu a testa de Robert se encostar ao topo da cabeça dela com a respiração tão descompassada quanto a dela própria.
Bernardi ergueu a cabeça quando finalmente recuperou o controle do próprio corpo. Robert colocou uma mexa do cabelo para trás da orelha dela antes de quebrar o silêncio.
- E agora? – ele perguntou, em tom suave.
- Agora? – ela repetiu, franzindo a sobrancelha e mordendo o lábio inferior – Foda-se o café da manhã! Você vai cumprir com o que disse agora a pouco. Porque eu quero você. E quero aqui. Nessa cozinha.
Robert sorriu maliciosamente e a puxou bruscamente pelos braços, virando o corpo de Francesca e deixando-a de costas para ele e de frente para a pia. Ela fechou os olhos, sentindo ele se aproximar dela por trás. O ar se tornou carregado, quente... quando ele finalmente colocou as mãos na cintura dela, Francesca curvou arfando e apoiou na bancada com as suas mãos. Ele riu baixo e lentamente desceu uma mão até a barra da cueca dele que ela usava, enquanto a outra mão segurava a barriga dela, puxando o corpo de Francesca mais ainda para ele.
- É isso que você quer? – ele perguntou, escorregando os dedos por dentro da peça íntima que ela usava. Em um movimento, a peça caiu aos pés dela e por lá ficou.
Robert acariciou a coxa dela em pequenos círculos, pressionando o corpo com mais força contra o dela. Quando Francesca rebolou de encontro ao quadril dele, Lewan mordeu os lábios dando um leve tapa na bunda descoberta dela.
Ele aproximou os lábios de sua orelha, subindo a mão até atingir o ponto úmido entre as pernas dela. Com um dedo passou a acariciar o clitóris de Francesca, que gemeu precisando de ar. Sem maiores avisos, ele deslizou dois dedos para dentro dela. Frances apertou os dedos na bancada, tentando juntar forças e um gemido reverberou pela cozinha num som desesperado, necessitado.
- Gosta disso? – Lewan perguntou, visivelmente orgulhoso de si mesmo. O corpo dela tremia e, se não fosse por Robert ou pela bancada, ela não conseguiria se manter em pé. Os dedos dele se moviam para dentro e para fora dela, numa tortura lenta e deliciosa.
- Sim... – ela respondeu, se sentindo meio tonta.
- Bom saber... – Robert continuou com as carícias e toda vez que ela quase atingia o orgasmo, ele parava, dando um beijo em sua nuca, voltando a movimentar os dedos quando o corpo dela acalmava da sensação pré orgasmo.
Parecia que Robert estava gostando imensamente de deixá-la maluca. Francesca virou a cabeça para olhá-lo, encarando-o desesperada para depois sorrir maliciosa.
Robert a encarou com um meio sorriso nos lábios, apenas esperando o que ela ia fazer. Francesca virou de frente para ele, colocando as mãos no laço que prendia a calça que ele usava e tocou de leve a pele exposta abaixo do umbigo. Sorriu extasiada ao ver a ereção que marcava na calça branca, mordendo o lábio.
Quando o polonês foi colocar as mãos no rosto dela, para puxá-la em um beijo, Frances foi mais rápida e pegou a mão direita do jogador, levando os dedos dele para os lábios. Ela envolveu o dedo dele com a boca, e sorriu mais ainda ao ouvir o gemido rouco que escapou dos lábios do próprio Robert.
Francesca levou a mão direita até o membro dele, acariciando-o por cima da calça enquanto a mão esquerda tratou de puxar o laço, deixando a calça solta. Tratou de se deliciar com a cena, pendendo a cabeça um pouco para o lado, ao ver Lewandowski apenas de cuecas pretas da Calvin Klein.
A moça não perdeu tempo e passou a masturbá-lo com a mão por dentro da cueca dele. E a mesma tortura a qual ela fora acometida anteriormente, ela fazia com Lewan.
Seus movimentos alternavam entre rápidos e lentos e ela não deixava de beijar o pescoço dele, provocando-o.
O olhar de Robert não era apenas desejoso... ele estava descontrolado. Antes que Francesca pudesse reagir, se viu sendo pressionada contra a bancada novamente. O corpo de Rob foi colado ao dela por trás e as mãos dele acariciavam o corpo dela sem nem um pouco da suavidade de antes.
- Chega de brincar, sim? – ele falou ao pé do ouvido dela, mordendo o lóbulo de sua orelha após.
Com um movimento rápido, Robert tirou a camiseta da Polônia que ela usava. Subiu as mãos pelo seu corpo, abaixando um dos bojos do sutiã que ela usava, agarrando o seio dela com força. Francesca se apoiava na bancada com as duas mãos, totalmente arfante e deixando os nós dos dedos quase branco devido à força que ela fazia para se manter de pé.
Lewan levou as mãos paras as costas de Frances, tirando o sutiã com um movimento rápido. Quando ele tirou as mãos do corpo dela, Frances pode ver, pela visão periférica, o pacote prateado no chão.
Robert ajeitou o corpo dela com as mãos na lateral do quadril largo de Francesca. A súbita invasão de Lewan a fez exclamar, surpresa. Ela estava tão pronta para ele que num movimento firme ele estava totalmente dentro dela. Ele mal deu tempo dela se acostumar com a sensação, antes de deslizar totalmente para fora e em seguida para dentro de novo, fazendo Francesca solução com o puro prazer da sensação. O corpo deles se encaixavam perfeitamente. Frances recuperou os movimentos do próprio corpo, movendo o quadril para perto dele, rebolando na ereção de Lewandowski.
Ele desacelerou os movimentos apenas para inclinar o corpo na direção do dela. Frances sentiu o tórax dele encostando-se às suas costas e depois ele esfregou o nariz de leve no pescoço dela, em um gesto carinhoso.
- Se prepare, Frances. – mordeu o lóbulo da orelha dela, levando uma mão para o cabelo dela, segurando com força as madeixas escuras.
Ele aumentou os movimentos, fazendo Bernardi gemer sem pudor pela cozinha. Segurava com força na bancada, enquanto ele a tomava naquela posição, cada vez mais rápido. A outra mão de Robert deslizou pela barriga e ventre dela, chegando ao clitóris, que ele passou a estimular com os dedos. Francesca grunhiu com a nova onda de prazer, sentindo os músculos internos se apertarem à volta dele.
- Robert... – murmurou com dificuldade.
Os movimentos dele não pararam, tornando difícil para Francesca respirar ou falar alguma coisa.
Ela sentiu outra vez o orgasmo chegando... Robert aproximou os lábios da orelha dela, murmurando com a voz baixa e sensual.
- Vamos lá, Frances... Goza para mim.
Com o pedido dele, o orgasmo de Francesca a atingiu como uma avalanche, forçando um grito primitivo a passar pela garganta dela. Foi necessário usar toda a força de vontade para não desmaiar após a onda de prazer intenso que a dominou, fazendo a visão dela escurecer momentaneamente. Robert não parou os movimentos durante o clímax dela, o que intensificou ainda mais as sensações.
Frances recuperou os movimentos a tempo de virar o rosto e ver Lewan com o maxilar travado com força, a respiração escapando em suspiros descontrolados. Passaram-se alguns segundos até ele reabrir os olhos, encarando-a com um misto de tortura e satisfação.
Ela sentiu o cabelo ser liberado do aperto de mãos dele e logo depois Robert saiu de dentro dela, fazendo-a voltar à posição de pé.
Um momento se passou enquanto eles se recuperavam e Robert se afastou para se livrar da camisinha.
- Bom dia, Frances. – cumprimentou, voltando para a cozinha, num misto de ironia a encarando com os olhos azuis e o meio sorriso que faziam suas bochechas ganharem evidência.
- Bom dia, Lewan – ela repetiu o cumprimento, pegando o rosto dele nas mãos e beijando a covinha que ele tinha no queixo, abrindo um sorriso de satisfação. Robert franziu o cenho para a expressão dela. – Sempre quis beijar seu queixo. – lançou para ele uma piscadela, procurando as próprias roupas no chão.
- Precisamos conversar sobre essa sua “Maria Chuteirice”. – Lewan comentou, colocando a cueca – Todas vocês não possuem só um jogador. – continuou, pondo a calça e amarrando o laço – Eu quero saber quem são os outros do seu top Five.
- Não existe um Top Five – Frances desconversou, abotoando o sutiã, de costas para ele. – Nós temos top de times, não de jogadores.
- Estou nessa estrada há longos anos, Bernardi... – Robert se aproximou, abraçando-a por trás, beijando o ombro desnudo. – Depois conversamos sobre isso. Sua roupa está na lavanderia, segunda porta a esquerda. Vamos sair para comer algo, to com preguiça de cozinhar.
- Tudo bem. – Frances respondeu calmamente saindo pela cozinha apenas de sutiã.
Robert pendeu a cabeça para o lado, reparando na bunda dela. Era uma bela visão...
Ele voltou seu olhar pela cozinha, colocando o copo de café na pia, pensando no que acabara de acontecer ali. Sempre quis transar na cozinha, mas Anna sempre encheu o saco em fazer sexo fora do quarto, porque era onde as outras pessoas sentavam, comiam e visitavam. Fodam-se eles! Ele pensava revirando os olhos toda vez que ela falava isso.
Agora vinha Francesca, cheia de vida e tesão, falando que queria fazer sexo na cozinha? Difícil ignorar o pedido dela ou superar o que aconteceu.
Antes de seguir para o quarto, a fim de pegar uma camiseta, ouviu a porta ser aberta. Franziu o cenho. Não estava esperando ninguém. A não ser que...
- Anna?
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