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História Once Upon a Time - The dew of the gray night


Escrita por: httpaozinha

Notas do Autor


oioioioi
quanto tempo

Obg pela paciencia e por ngm ter cometido um crime de ódio contra a minha pessoa. Eu amo vcs, mas tá dificil a vida aq, é roiz.

Esse capitulo é importante pra saber o que vai acontecer daq pra frente, entao segura a emoção, que eu sei que tá confuso. Loguinho as coisas vão se encaixar.

bjao :3

Capítulo 6 - The dew of the gray night


Fanfic / Fanfiction Once Upon a Time - The dew of the gray night

Todas as noites eram sempre os mesmos pesadelos que tiravam-me o sono e traziam-me mais uma grandiosa dosagem de delírio.

Céus... Eu estava ficando louca.

Eles me traziam o mais profundo pavor e somente de lembrar já sentia-me completamente apavorada, meu estômago se contorcia em desespero. 

Papai e mamãe vinham todas as noites me embalar dizendo que tudo ficaria bem, que tudo não passava de um sonho... Mas eu não era tola o suficiente. Aquilo não havia sido um sonho e, por mais que eles me fizessem achar que era, sabia que algo estava acontecendo. Eu só não me recordava do quê eu sentia tanto medo.

Só me lembrava daquilo.

Aqueles grandes olhos vermelhos.

Eu estava a beira da própria insanidade. Minha cabeça latejava sempre que eu - estupidamente - tentava recordar de algo, por menor que fosse. Sempre o mesmo resultado delirante, nada.

Annabel não falava comigo a dias, sentia-me só. Seria por que eu não soube tratá-la? Decerto que não, ela não era dessa forma, tão fria. Tão estranha e isolada! Não que não fosse, mas dessa vez sentia algo estranho em minhas entranhas. "Está tudo bem, irmã! Deixe de ser boba" ela dizia com seu rotineiro sorriso simpático. Será que eu estava realmente ficando louca?

Jihyun não olhava-me, sequer fingia que eu existia. Pergunto-me silenciosa o porquê de tanto escárnio, mas ignoro. 

Papai, mamãe e o Lorde Park estavam mais ocupados que o de costume, mal os via nas refeições, alias, mal via alguém - com exceção é claro das damas de companhia que insistiam em me perturbar. 

E tinha ele. 

Eu não o via mais, não o ouvia mais. Era como se ele jamais houvesse sequer existido. Sentia-me perdida. Quase sem lembranças daquele a quem tanto eu desejava, mas que agora não passava de uma doce lembrança. Seus lábios ainda me assombravam a noite em meus sonhos mais torpes.

Mas neles, eu era livre.

 

 O relógio soava alto no grande salão avisando que a madrugada estava presente. O ranger quase silencioso das arvores traziam a impressão que talvez pudesse chover mais tarde. Fiquei feliz. Uma das poucas sensações que traziam-me conforto era os da chuva estalando graciosamente na janela em meu quarto. Pela manhã eu sentia o bater da brisa fresca em meu rosto que passava sem permissão pelas frestas da porta, as mesmas se encontravam fechadas, cobri-me o máximo que pude de uma maneira confortável entre os lençóis tentando pegar no sono. Os turbilhoes de pensamentos não deixavam.

Silenciosa, desci descalça pelos grandes degraus. Minhas roupas rudes eram um tanto inapropriadas e caso alguém me encontrasse assim, certamente estaria encrencada. “Poderia me fingir de sonambula”, ri dos meus pensamentos estúpidos e continuei em minha caminhada noturna. A porta principal foi meramente aberta, dando a visão da bela lua que crescia parcialmente no céu. A ventania trazia consigo o orvalho e o cheiro amadeirado das arvores. Assim que meus pés tocaram a grama úmida, um espasmo percorreu meu corpo me fazendo suspirar deleitosa, cerrando brevemente os olhos.

Era incrível a sensação de me sentir tocada.

Ao longe, duas imagens das quais eu não reconheci, deixaram-me atordoada. Pensei em retornar para dentro de casa e esperar por algum sinal, ou quem sabe, avisar papai que poderia haver intrusos em nosso território, mas sendo tola e estupidamente curiosa, caminhei em passos lentos até eles. As palmas de minha mão soavam frias e quando o vento batia, tentava tolamente me proteger.

Deveria voltar?

— Milady? O que faz aqui?

Era possível que meu coração batesse tão rápido dessa maneira? Ouvir a voz delicada de Park me trazia os bons sentimentos guardados que eu tanto lamentava ter perdido.

— Caminhando. – tentava friamente não demonstrar minha alegria em vê-lo, infelizmente assim que meus olhos cruzaram com os seus, deixei que um tímido e quase nulo sorriso escapasse. Jimin sorriu com os olhos. – E quanto a você?

— Tomando conta de Jihyun. – seus olhos seguiram até as duas figuras que conversavam sem que pudéssemos ouvir. – Vê? Ele está conversando com Annie.

— Annie, Mrs. Park?

— Perdoe-me. – Mais um sorriso gentil foi colocado em suas bochechas rechonchudas. – Ela está feliz não está?

Perdida na vasta imensidão de seu sorriso, o observava inquieta. Não havia me dado conta que suas vestimentas estavam tão improprias quanto as minhas. Senti um rubor desconfortável nas maçãs do rosto e desviei o olhar de seu peitoral desnudo.

Park Jimin era tão belo quanto à lua.

— Porque me deixou?

O vento batia com teimosia em meu corpo, mas o calor que eu sentia era tão forte quanto ele. O herdeiro fechou os olhos sendo seguido por mim. Era como se agora eu estivesse perdida no paraíso. O roçar das arvores umas nas outras trazia um doce sentimento de calmaria, o que de longe era presente. Temia que o mais velho pudesse ouvir as batidas frenéticas de meu estupido coração. Ora olhava-me, ora desviava o olhar – tímido talvez – mas nunca deixando de transparecer sua doçura. Seus lábios pareciam ressecados e em seu olhar, estava marcado que suas noites de sono não estavam sendo as melhores.

Era tão deprimente vê-lo assim. Senti vontade de abraça-lo mas me contentei em ficar parada.

— Sinto muito meu anjo. – seu olhar era mantido baixo, quase me fez ter pena – Não falaremos de nós. Veja...

Ao longe – mesmo na vasta escuridão – pude reconhecer Annie e Jihyun. O garoto a tomava em seus braços e selava seus lábios aos dela. Meus olhos levemente esbugalharam e se não fosse por Park, eu provavelmente teria corrido até eles, mesmo que inconsciente.

— Aonde vais?

— Ele... Ele a beijou.

— Isso lhe incomoda? – perguntou com um resquício de voz, ainda de cabeça baixa.

Decerto que não, mas trazia-me o doloroso sentimento de confusão, quase que eu podia me sentir abandonada. Eu queria entender os segredos que estavam sendo escondidos, queria poder saber sobre seus sentimentos, sobre suas angustias, sobre suas descobertas.

Jogada na grama, apalpei o orvalho sentindo-me livre e perturbada. A ventania levava as madeixas de meu cabelo e um par de olhos curiosos me fitava perguntando silenciosamente o porquê de eu estar tão confusa.

Nem eu conseguia entender, tudo não passava de uma grande coisa sem sentido. Ou quem sabe eu estivesse tendo mais um dos meus infinitos sonhos lúcidos.

— Estou ficando louca!

De mansinho, quase imperceptível, seus braços rondaram meu corpo me carregando para fora de toda aquela escuridão. Era engraçado ouvir seu coração bater forte, ele era quente como o sol ao meio dia. Mesmo estando em uma situação vergonhosa, ainda sim me sentia confortável de me aconchegar em seus braços que me carregavam para algum lugar desconhecido. Os grilos trilavam nos arbustos, era como se estivessem criando sua própria sinfonia, se eu os odiasse menos, seria até bonito de se ouvir, quase tão bonito quanto o bater insistente do coração daquele que me tinha em seus braços.

Park foi ao encontro de uma árvore, sussurrando um “feche os olhos”, que sem delongas eu obedeci. Ainda permanecia sentada junto a seu corpo caloroso. Mesmo com a vontade de abrir os olhos, continuei sem dar importância a minha teimosia.

Estávamos sentados em um dos galhos de um baobá não muito antigo afinal. Seus troncos eram fortes, então não causava-me nenhum tipo de preocupação. Preferi ficar em silencio aproveitando o conforto que Jimin me causava.

O sol logo nasceria. Seria um belo amanhecer, estava certa disso.

— Você está impaciente... Ouço seu coração, Emily.

Seus dedos passeavam por todo meu tronco, parando no limite dos botões que mantinham minhas vestimentas fechadas.

— Pensei que tivesse me esquecido.

Um deles foi solto, minha respiração estava ligeiramente comprimida. – Respire meu anjo. – Ele disse. Como se fosse tão simples assim. – Queria lhe mostrar o mais belo nascer que eu já vi. Ultimamente tenho passado muito tempo aqui.

— Percebi.

— Não me trate tão friamente, querida. – pediu.

— Por que minha irmã beijava Jihyun, Park? – tentei questioná-lo, algo que talvez não desse certo.

Mais um botão fora rompido. Lá onde o sol ia nascendo, e estávamos os dois em silêncio, sua mão adentrava quase sem permissão meu corpo, tocando-o timidamente, como se quisesse decorá-lo. Era lindo.

— Minha doce rouxinol. Oh, Emily, você me tortura! — ele exclamou. — Com esse olhar penetrante, e apesar disso fiel e generoso, você me tortura!

Então nos beijamos. Deliciosamente eu sentia seus lábios acariciarem os meus. Minha pequena mão afundava pelos seus fios negros e eu sentia seu toque cada vez mais firme em minha cintura.

— Faça minha felicidade, que eu farei a tua, querido.

Voltamos a nos beijar depressa, com toda aquela fome um do outro. O vento fresco batia sobre meu corpo parcialmente visível causando alguns arrepios. A voracidade que o herdeiro me possuía causava-me delírio. Suas mãos prenderam as minhas acima de minha cabeça e seus lábios quentes e molhados foram ao encontro do meu pescoço. Ouvia resmungos irritadiços, suas mãos não eram mais gentis e agora apertava-me com tamanha força que chegava a machucar.

Quis chorar.

Em meio a aquele turbilhão de sentimentos tomei o seu rosto vendo aquilo que eu não queria ver, então chorei feito uma garotinha.

Jimin estava quente e seus lábios sangravam. 

Tão rápido quanto cheguei a aquela situação, o empurrei com a força que nem imaginava que existisse. – Me solte!

Assustada e confusa o apertei contra mim desejando que ele soubesse tudo que eu sentia. Um frenesi dele me atormentava. Tentei acalmá-lo mas estava tão atordoado que me deixou triste.

— Não me machuque!. - implorei enquanto chorava - Jimin, por favor, eu não quero temer te perder! 

Seu olhar vagueava por meu corpo fazendo com que o sentimento de pavor crescesse ainda mais. Tomou meu pescoço com ambas as mãos com certa força, um cheiro forte me invadiu.

 

Durma querida.

 

Houve um estrondo, um baque, e um estrepitoso matraquear perto; e pensei apenas em proteger os olhos que se encontravam tão molhados quanto o orvalho que eu sentira mais cedo. Fechei com força os mesmos. “Vai passar, apenas durma” tentava me convencer daquela verdade fajuta.

Antes que minha visão ficasse completamente tomada pela penumbra, senti seus dentes perfurarem minha carne. 

 

 

 

— Perdoe-me, meu amor,

 


Notas Finais


eu vo att todas as ff
aa


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