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História Onde tem ódio tem amor - Problemas e soluções


Escrita por: GreenTop

Notas do Autor


Hey!

Tecnicamente esse não é um capítulo, mas sim a continuação do anterior. Por isso ele é curtinho. Preferi postar ele à parte porque o próximo possui coisas deveramente importantes, então gostaria que as coisas tivessem atenção total. Mas, como as informações dessa partizinha também são importantes, não poderia deixar de postar. Ficou muito confuso? kkkkkk

Bom, de qualquer forma,
Boa leitura!

Capítulo 97 - Problemas e soluções


Podia não ser exatamente o lugar mais confortável do mundo, mas repousar sua cabeça sobre as coxas de Natsu dava-lhe uma sensação de proteção, como se em contato com ele sua mente continuaria em paz. Não que planejasse adormecer ali. Seria rude com a visita, mesmo que Levy fosse quase como sua irmã, porém estava tão cansada que sentia não ter mais controle sobre seus sentidos. Sequer dava atenção para o assunto da conversa entre os dois, só sabia que era algo relacionado a jogos. Ouviu as palavras “League of Legends”, “Adc”, “Heimer”, “mid”, “rage”, mas não fazia a menor ideia do que elas significavam. Exceto o nome do jogo. Era assunto deles, ela não tinha conhecimento algum sobre aquele mundo, então não adiantava muita coisa tentar entender sobre o que falavam.

Só percebeu que tinham mudado de assunto quando ouviu seu próprio nome ser mencionado na conversa. Ergueu o olhar, encontrando uma pequena McGarden a encarando.

― O que foi? ― Perguntou.

― Estava pensando, essas revistas vivem inventando coisas sobre você. Será que já inventaram que você estava grávida?

― Sei lá ― nunca olhava o que escreviam a seu respeito. Geralmente eram críticas infundadas que não valiam a leitura.

― Vamos ver ― Natsu comentou, esticando-se para abrir o notebook deixado sobre a mesa de centro ao mesmo tempo em que a amassava com seus braços. Digitou rapidamente a pesquisa e logo apareceram alguns resultados. Clicou no primeiro.

A manchete dizia “Estaria a herdeira de Jude Heartfilia grávida?”. Naquela época não era relevante o suficiente para ser mencionada no título principal, então colocavam o nome de seu pai. A matéria trazia um pequeno texto e uma foto dela com Natsu na praia. Ajeitou-se para conseguir enxergar melhor. Não se incomodava com a mentira, mas fora definitivamente uma especulação completamente absurda.

― Essa foto é daquela viagem que todos fizeram para a praia. Nós nem estávamos juntos ainda.

― Não estavam juntos oficialmente, porque eu lembro que já naquela época tinham trocado muita saliva ― Levy disse, provocativamente. Lucy pegou a almofada mais próxima e a acertou em cheio no rosto, fazendo-a rir.

― Mas se olhar bem ― Natsu falou, apertando os olhos ―, você estava meio cheinha mesmo.

― Era estresse por ter que te aguentar. Babaca.

― Aham, sei.

Natsu saiu da página, procurando o próximo link que pudesse ser interessante. Achou algo, porém tinha a impressão de que não seria exatamente engraçado. O título dizia “Motivos que levam a crer que Lucy Heartfilia pode afundar a economia do país”. Todos os itens diziam respeito a vida pessoal da jovem, nada relacionado com sua capacidade.

― Me deixa ver isso.

Sentou-se no sofá, puxando o notebook para o seu colo. A maior parte se tratava apenas de coisas absurdas, como por exemplo sua preferência por valorizar seus funcionários ao invés da extrema produtividade, tratando o fato de modo negativo, sem nenhum tipo de dado comprovando o ponto de vista. Aquilo não a incomodava, mas um item específico do artigo falava sobre sua adolescência rebelde, e aquela parte sim chamou sua atenção. Mais precisamente a riqueza de detalhes da matéria. Falavam de tudo, de como em muitas noites ela escapava de casa para ir encontrar-se com um misterioso namorado em bares, da gravidez indesejada, da rejeição por parte do pai da criança, da morte de seu filho e até mesmo da tentativa de suicídio.

Não havia como um simples jornal saber aquelas coisas. Seu pai escondeu tudo ao máximo para que ninguém soubesse. Não queria sua imagem e a imagem da filha prejudicadas, então ela vivia praticamente em reclusão durante aquelas confusões em sua vida. Poucas pessoas tinham conhecimento daqueles fatos. O único modo daquele canal de comunicação ter tido acesso às informações seria se alguém de dentro do círculo de confiança de seu pai as tivesse vendido, e isso era um problema sério.

― Relaxa, não importa o que esse site diz ― Natsu comentou, percebendo a tensão em seus ombros.

― Não é o que o site está dizendo, Natsu, é como ele conseguiu descobrir tudo isso. Poucas pessoas sabiam. Como acha que eles conseguiram a informação?

Ele não precisou responder. Era bastante óbvio.

― Essa matéria é bastante velha, não é? ― Levy perguntou. Lucy conferiu a data e assentiu. Havia sido publicada pouco tempo depois de assumir o comando da empresa de seu pai. ― Então, provavelmente ninguém levou a sério ou poucas pessoas viram. Não tem com o que se preocupar.

― Mesmo assim, preciso descobrir quem vazou essas informações. Se for alguém que ainda tem acesso a informações confidencias, pode acabar me prejudicando no futuro. Preciso falar com o Jun.

Com o braço ao redor do ombro da jovem, ele a puxou para mais perto.

― Você vai precisar voltar para lá essa semana, então não esquente a cabeça com isso agora. Faz mais de um ano que essa notícia está aí. Pode esperar mais alguns dias sem se preocupar se ela vai causar problemas. Ok?

Relutantemente, já que quando um problema invadia sua cabeça, não conseguia parar de pensar sobre até resolvê-lo, concordou.

― Ok ― respondeu, sentindo os lábios de Natsu encostarem em sua bochecha. Segundos depois, o celular dele começou a vibrar em seu bolso. Viu a postura do garoto também enrijecer ao ver o nome na tela.

― É do trabalho. Preciso atender.

― Tudo bem ― disse, estranhando a postura de seu noivo.

Ele abandonou a sala, indo até o quarto e fechando a porta atrás de si antes de atender. Lucy não poderia escutar aquela conversa.

― Onde você está quando eu preciso da sua ajuda? ― Disse, sem sequer esperar a outra pessoa dizer qualquer coisa.

― Resolvendo os seus problemas ― Alexei respondeu. ― Leslie me disse que você precisava falar comigo sobre a Lucy. Aconteceu alguma coisa com ela?

― Mais ou menos. Ainda não, mas acho melhor tomar previdências antes que aconteça.

― Do que está falando?

― Ontem à noite ela desmaiou, e quando acordou disse que tinha sonhado com aquele cara ― não precisava mencionar o nome, Alexei saberia. ― Ela estava em pânico, não sei exatamente o que aconteceu no sonho, mas pelo que ela me disse foi bem ruim. Havia uma marca na cintura dela quando acordou. Como ele consegue fazer isso? Invadir os sonhos dela dessa forma? Ela não tem um Koscheivich dentro do corpo, isso não deveria ser possível.

― Não é tão impossível assim se você parar para pensar. A carga genética dela torna possível. De certa forma, é como se o Koscheivich fosse um parente distante, existe uma ligação entre eles. Faz com que seja mais fácil para ele invadir a mente da Lucy, embora provavelmente o deixe exausto. Tenho certeza de que se isso voltar a acontecer, vai demorar um bom tempo.

― Se você sabia que poderia acontecer, por que não tomou uma providência?

― Não é como se eu tivesse tido a oportunidade de testar essa teoria.

― Tem que ter algo que sirva para impedir que ele invada a mente dela dessa forma. Quem sabe o que ele pode fazer da próxima vez ― ele soltou o ar preso em seus pulmões. Queria que a situação fosse mais simples. Com ele, tudo bem, poderia aguentar alguns ataques de Koscheivich vez ou outra, mas aquilo acontecer com Lucy o preocupava mil vezes mais. ― Talvez ela devesse saber. Lucy está ficando cada vez mais desconfiada. Odeio ter que mentir desse jeito para ela quando sei exatamente o que está acontecendo.

― Não conte. É para a própria segurança dela. A ignorância é uma benção às vezes.

― Isso é só um ditado conformista. Não dá para esconder a verdade para sempre.

― Se ela souber ficará mais em risco. É isso que você quer?

Ele não respondeu. Era óbvio que não.

― Tudo bem, mas o que vamos fazer? Se ele voltar a agir dessa maneira.

― Talvez a solução que eu estou buscando para você possa ajudar nessa situação também.

― O que você está procurando?

― Quando eu encontrar você vai saber. Enquanto isso, faça o melhor que você pode.

― Como se eu já não fizesse ― disse. O problema era que sempre parecia perder. Seu inimigo estava sempre um passo à frente. Alexei encerrou a ligação.

Independentemente do que ele estivesse tentando encontrar, Natsu esperava que funcionasse, pois sozinho sentia-se inútil. Vivia dizendo a si mesmo que iria proteger Lucy, de que nunca deixaria que algo acontecesse com ela, mas se não fazia a menor ideia de como faria isso, de que adiantava? Eram só promessas vazias até encontrar uma forma efetiva de protegê-la.

Tinha que confiar em Alexei, e, do mesmo modo como dissera para Lucy que os problemas dela não iriam a lugar algum, precisava dizer a si mesmo. Voltou à sala. A jovem estava se despedindo de Levy, acenou de longe para a pequena antes dela sair.

― Alguém problema? ― Lucy perguntou.

― Não, nada de mais ― respondeu. Ela caminhou em sua direção, abraçando-o.

― Eu guardei um pedaço de pizza para você ― aproximou sua boca do ouvido do rapaz, sussurrando. ― Mas se quiser comer outra coisa, também está guardado para você.

Ele riu, abraçando-a pela cintura.

― Parece que alguém está pronta para um segundo round.

― Pode apostar que sim.

Ela então tomou seus lábios para si, e, com um beijo daqueles, tornava-se fácil esquecer qualquer problema... 


Notas Finais


Comentários sempre importantes ;) os números caíram bastante, o que é meio triste, mas tudo bem, só tentem fazer um esforcinho para dizer sua opinião, ok? É muito importante pra mim.

E, como é o último capítulo do ano... Feliz ano novo, pessoal!!! Espero que tenham um ótimo 2017 e vejo vocês ano que vem o/
Love,
Green


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