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História One Call Away - That... bitch!


Escrita por: Dissorientada

Notas do Autor


Mano!!
Quanto tempo sem postar, e se alguns de vocês sumiram e nem lembram mais de mim eu aceito esse fato porque eu mereço. Fiquei muito tempo sem postar pois estava correndo contra o tempo para passar em um prova e finalizar uma fanfic, e como se já não estivesse ruim o suficiente perdi a senha do meu blog onde estava todos os capítulos de O.C.A.
Mas agora eu prometo postar com mais frequência já que está tudo resolvido agora. Espero que me perdoem e apareçam.
Obrigada pelos favoritos, comentários e visualizações!! Amo você.
Bora ler!!

Capítulo 4 - That... bitch!


Luci Marchevel 

Não tinha ideia de quanto tempo eu estava naquele quarto, sem luz, ventilação e qualquer resquício de limpeza. A cama era pequena e o colchão sobre a mesma era tão fino que eu podia sentir as ripas de madeira a baixo do mesmo, o lençol que a cobria não era nada macio, não que eu liga-se para isso, mas me incomodava sempre que eu me mexia durante as noites presas no meu próprio inferno. 

  A comida era escassa e só vinha quando o Sr. Styles decidia que estava de bom humor para me alimentar. Ele não me olhava quando o fazia, simplesmente jogava um pranto de comida com um copo d'água e sumia do local. O que me deixava despedaçada a cada vez que ele o fazia. Eu posso ter merecido esse castigo, como também não, afinal eu não tinha feito nada de mais. Fui criada para agradar ao meu marido, mas também fui criada para não abaixar a cabeça e aceitar as grosseiras de um homem que vive como se estivéssemos nos tempos das cavernas.

 Estava observando os  únicos raios de sol que entravam no local pela pequena abertura acima da cama. Com a pouca luminosidade podia ver com clareza as manchas no chão, que descobri ser realmente sangue quando cai no chão por estar fraca de mais para ficar de pé. Não sabia o que se passava nesse local antes da minha chegada, mas o qualquer coisa que fosse arrepiava meu corpo só de pensar no homem que olhos verdes cometendo tal atrocidade com alguém. 

 Paro de pensar no meu marido machucando alguém até a morte quando o mesmo abre a porta bruscamente. Me afasto da pequena passagem de ar olhando dentro dos olhos verdes e sem brilho dele, estava magnifico todo de preto e com os cabelos bem arrumados; até pareceria um lord se não tive-se a alma de um homem pré-histórico.

 -Veio me trazer comida? -Pergunto, me sentando na cama e me encostando na cabeceira de metal. 

 Não vejo prato algum em suas mãos e isso me desanima. Estou morrendo de fome, a última vez que comi foi a dois dias atrás e tenho certeza que já estou aqui a mais de uma semana.

 -Não, seu castigo acabou... -Ele fala de modo tedioso, se encostando na porta. Procuro algum sinal de mentira em seu rosto fechado, porém não á encontro.- E hoje temos visitas importantes, então de um jeito ou de outro teria te soltar. Só não pense que estou fazendo isso porque está perdoada, pois por mim você passaria mais longas semanas aqui.

 -Quanto tempo estou aqui? -Sou direta e evito continuar olhando em seus olhos sombrios. Ele não me responde, simplesmente caminha até mim me erguendo da cama e colocando-me de pé. Nossa diferença de altura me obriga a levantar a cabeça para poder olhar para ele. Sinto-me envergonhada, pois devo estar horrível e com um cheiro ruim.

 -Espero que tempo o suficiente para ter aprendido que quem manda aqui e em você sou eu, e se pensar em me desafiar novamente lembre-se o quão bom foi ficar trancada aqui. Agora suba, tome um banho, e desça para almoçar.

 Quero implorar para que me ajude a subir, minhas pernas tremem e tenho absoluta certeza de que cairia a qualquer momento, mas meu orgulho me impede de fazer isso. Consigo chegar ao segundo andar com a ajuda das paredes da casa, tudo parecia estar do mesmo jeito que estava. Sem tirar nem por. Com calma afasto o vestido, que antes era bonito, do meu corpo e entro embaixo da água depois de dias. Nunca me senti tão bem ao sentir o contato da água com a minha pele. Deixo que a água leve a sujeira e qualquer lembrança daquele quarto imundo.

 Quero ficar longe daquele lugar.

 Decido não usar outro vestido, então pego uma saia rosa que vá até os meus joelhos junto de uma blusa branca de botões e visto minhas peças intimas. Me sentia melhor agora estando limpa e com os cabelos arrumados. Minha mãe me ensinou a sempre está bem apresentável independente de qual fosse a ocasião, e á de mim se ela me visse 'desleixada' do modo em que estou. Sem um pingo de maquiagem e brincos. Eu seria uma filha deserdada.

 Chego na sala de jantar com o estômago roncando ao ver a mesa farta. Evito sentar perto do homem que está sentado na cabaceira da mesa, lendo algo no jornal que tem em mãos. Até parecia um marido comum e até seria um marido comum se não me tranca-se em um quarto escondido.

 -Quem são nossas visitas? -Pego um pedaço exagerado do bolo de carne que tem na mesa, enquanto faço a pergunta.

 Ele larga o jornal de modo irritado na mesa, beberricando seu suco.

 -Um casal de amigos meu.

 Nosso dialogo é breve e não passa disso, não quero ser invasiva e nem ficar presa de novo, então paro com as pergunta e como em silencio. Era estranho ter alguém ao seu lado e ainda se sentir sozinha, se as mulheres que suspiram por ele na rua soubessem o quão rude ele é desistiriam dele rapidamente. Ou talvez eu estive-se fazendo drama de mais sobre o assunto. Termino minha refeição e começo a me retirar da mesa, mas sou parada pelo seu tom autoritário.

 -Eles chegaram a tarde, então quero que prepare algo para nossa tarde -Arregalo levemente meus olhos.- Sabe cozinhar, não sabe? -Quero dizer que não muito bem, apenas o básico, mas maneio minha cabeça em concordância.- Ótimo, estarei no meu escritório e não quero ser incomodado. Tire a mesa.

  Estava na cozinha a exatos vinte minutos e tudo o que tinha feito se resultava em ter fervido água para o chá. Estava perdido. Nisso que dava ficar escrevendo cartas para ele, quando deveria estar pensando atenção nas aulas de culinária da minha mãe. Bufo irritada desatando o nó do avental totalmente limpo, enquanto caminho em direção ao escritório do meu marido, só então paro e penso que não sei onde fica. 

  Tem tantas portas no andar de baixo, quanto no andar de cima e isso não facilita a minha procura. Decido começar pelo andar de baixo, mas antes mesmo de dar um passo em direção as portas todas iguais a campainha toca. 

 -Pois não?! -Sorrio para o casal bem vestido a minha frente. A mulher tem pernas longas e um corpo tão magro quanto o meu, parece algo impossível, sua pele levemente bronzeada vem acompanhados de lindos cabelos negros. Ela me intimida com sua altura e seu olhar que demonstra superioridade.

 O casal se olha com deboche, se é que são um casal, se eu os visse de longe diria que eram avó e neta. O senhor parece ter no minimo uns 70 anos, com seus cabelos grisalhos e barriga avantajada na camisa cinza de botões. 

 -Não sabia que o Styles tinha uma empregada. -A mulher mede meu corpo dos pés a cabeça. Empregada? Me engasgo com suas palavras e eles riem de mim.

 -Uma empregada muda e mal educada, não vai nos convidar para entrar? O seu patrão está a nossa espera.

 Não tenho ação alguma, apenas deixo que eles entrem dentro da nossa sala luxuosa. A vareta senta-se no sofá acompanhada da bola de bilhar e tenho que me segurar para não rir no mesmo momento. Eles são apenas um casal comum com todos os outros na cidade, era possível contar nos dedos quantas eram casadas com homens de suas idades.

 -Vejo que já chegaram... -A voz rouca e lenda surge do final do corredor ao lado da escada, em segundos o seu corpo está ao lado do meu e seu braço está em torno da minha cintura de modo possessivo. Os olhares do casal a nossa frente caem direto para aquela cena, posso ver a surpresa no olhar da mulher.- Meu anjo porque ainda está de avental? Vá se trocar.

 Após um beijo, forçado, no topo da minha cabeça subo para me trocar. Escolho algo leve e azul para nossa tarde que tenho certeza que será um dessaste antes mesmo de acontecer. Já não fui com a cara da mulher magrela no momento em que a vi na porta de casa, seu olhar é tão frio quanto o do meu marido e não gosto da maneira em que ela empina o seu nariz. Deixo de lado isso, e passo um pouco de perfume antes de deixar meu quarto.

  Harry está sentado em um sofá sozinho e parece desinteressado no que o senhor barrigudo fala. Ele me descreveu eles como um casal de amigos, mas parece que é o contrario.

 -Então essa é sua esposa -O velho parece ter me notado, quando me olha dos pés a cabeça de maneira nojenta.- Uma jovem muito bonita devo admitir.

 -O senhor não tem que admitir nada, tem que ficar calado e satisfeito com a sua esposa. -Harry é tão rude que quero me desculpar por ele, mas o modo que a mulher devora o meu marido com os olhos me faz engolir qualquer desculpa.- Vem até aqui meu anjo.

 Sento-me ao seu lado, e permaneço inerte no assunto que se prossegue. A única coisa que não deixo passar despercebido são os olhares que meu marido troca com a magrela, que descobri se chamar Juliette Carspan, já estava ficando irritada com isso. Não sinto nada por ele, mas eu era sua esposa e merecia ser respeitada. Minha raiva já começava a dar sinais a cada olhar cúmplice que os dois trocavam discretamente entre um flerte e outro. 

  O marido dela podia ser cego, eu não.

 -Harry querido, pode me ajudar na cozinha? -Com um olhar ameaçador ele me segue até o local. Não sei porque fiz isso, não tenho o que dizer para ele.- Você poderia por favor parar de flertar com a Sr. Carspan na minha frente? 

 Tenho um olhar furioso em sua direção, enquanto o infeliz ri da minha cara como se eu fosse a piada da nossa cidade. Não é algo espontâneo, é forçado e calculista. 

 -Acho que já está sentindo falta do seu quartinho não é meu anjo? -Nego, me afastando do seu toque o máximo que eu consigo.- Então acho bom calar a boca, abaixar a cabeça e voltar para aquela droga de sala antes que seja seu sangue manchando aquele chão! 

 E novamente estava na mãos do meu demônio de lindos olhos verdes.


Notas Finais


Cap curto, eu sei, me desculpem por isso.
Mas então, mereço comentários? Favoritos? Espero que sim.
Amo vocês amoras.


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