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História One More Chance - Prólogo.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Olá, leitoras!
Essa é a minha segunda fic com personagens da saga A Seleção e dessa vez o team é Maxerica.
Como disse na sinopse, a fic é baseada na série de livros dos irmão Maddox.
Espero que gostem, esse é apenas o começo da história.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Prólogo.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - Prólogo.

Point of view América Singer 

Juntei os últimos pincéis da maquiagem e joguei na necessaire. Peguei o resto das coisas e coloquei na minha bolsa grande. Olhei para Celeste que estava encarando o próprio reflexo no espelho enquanto mexia na sobrancelha. 

- O que? - perguntou olhando pra mim.

- Estou esperando, vossa alteza. 

- Vai se foder.

Ela pegou as coisas dela e me mostrou a língua.

- Sem educação. 

- Só pra você. 

Nos despedimos de Bariel que continuou atendendo uma cliente e então fomos para o lado de fora do salão de beleza onde trabalhamos. 

- Você paga a cerveja hoje - ela falou enquanto procurava a chave de sua camionete velha. 

- Você vai beber, você paga. 

- E você vai ficar olhando, é? 

- Não vou beber hoje. 

- Tá grávida?

- Sim, Celeste. Nasce semana que vem. 

Entramos no carro e ela dirigiu até o C&W, o melhor bar para pessoas que curtem cerveja barata de Carolina. 

No verão passado quando eu me mudei pra cá, conheci Celeste. Dividimos um pequeno Loft e as despesas e também a gasolina. Eu não gosto de dirigir o carro dos outros mas as vezes quase mudo de ideia, ela simplesmente não sabe dirigir como uma pessoa normal, não sei como ainda estamos vivas. 

Entramos no bar, o segurança nos cumprimentou e então deixou a gente entrar. Estava cheio de universitários e adolescentes se achando os adultos; a pista de dança estava cheia de gente animada dançando ao som de Aerosmith com luzes improvisadas piscando. Sentamos em uma mesa alta perto da porta e logo o garçom chegou.

- O de sempre, gatinho - disse Celeste piscando e ele se alegrou. 

Em alguns minutos, ele logo apareceu com duas cervejas e dois wraps de frango. 

- Eu quero uma cherry coke - falei e empurrei as duas latas para Celeste que comemorou.

- É pra já...

- Deixa eu ver com quem eu quero flertar hoje - disse Celeste estreitando os olhos para olhar a multidão - Ames olha, olha, olha! - ela disse cochichando para mim.

Me virei para trás disfarçadamente e vi um grupo de garotos entrando no bar e entre eles uma mulher loira agarrada com um deles, loiro e lindo.

Um outro garoto, dessa vez moreno e com a pele levemente bronzeada entrou sorrindo com dentes tão brancos que chega brilharam. Ele também era lindo. 

Mas quem me chamou atenção foi o loirinho de barba rala que tinha olhos claros que eram notáveis até mesmo de longe. Ele estava usando uma regata preta que chamou toda atenção para os seus braços e eu fui pega por ele enquanto o encarava.

Virei o rosto de volta para a minha amiga sem noção. 

- Gostei do Moreno - ela disse sem tirar os olhos dele. 

Dei de ombros e revirei os olhos.

- Anem, Ames! - ela segurou minhas mãos e fez bico. O garçom deixou a cherry na mesa e saiu. 

- Já disse que não.

- Mas porque?

- Você sabe.

- Mas você tem...

- Tenho nada. Vou ao banheiro. 

- América! - ela ficou reclamando enquanto eu saía dali.

Espremida por toda a multidão de gente dançando, pulando e fedendo, cheguei até o banheiro com dificuldade.

Olhei minha cara no espelho sujo.

Eu estava morta de cansada. Hoje tinha sido um dia corrido, seis maquiagens em menos de quatro horas. Acordei cedo pra ir pra academia dar aula, de manha e de tarde. Estou morta, como sempre. 

Minha bochecha estava levemente rosada e mesmo cansada meus olhos azuis estavam acesos. Meu cabelo longo e vermelho estava preso em um coque despojado no todo da cabeça com alguns fios triscando a minha bochecha.

Eu estava vestindo meu vestido Preto de alcinha que era um pouco rodado na parte de baixo mas totalmente simples, comprei em uma loja popular por aqui. Meu all star branco estava marronzinho. 

Fiquei me olhando mais um tempinho.

Minha mãe com toda certeza morreria do coração se me visse nesse estado, ela me faria escutar para o resto da vida. 

Sai do banheiro e tentei voltar para o meu lugar pela pista de dança movimentada, o único lugar que eu tinha para chegar até o outro lado. Me aproximei da mesa e percebi que algo estava errado. 

Olhei para o lado, para o outro, e tinha certeza que aquela mesa era a minha. Meu wrap de frango e minha cherry estavam lá. As cervejas e o wrap da Celeste também. Mas ela não estava lá, e sim o cara loiro de camisa regata preta que eu vi entrar no bar.

- Oi? - falou sorrindo quando me aproximei - Eles saíram para dançar, tomei a liberdade de me sentar aqui. Algum problema? - perguntou jogando charme, me olhando e virando o copo de cerveja dele.

Folgado. Detesto folgados.

- Sim - soltei. 

Ele deu de ombros como se não se importasse e isso me irritou. 

- Não vai sentar?

- É claro que eu vou, é o meu lugar. 

Arrastei minha bunda pro Banco e sentei. Afastei as duas latas de cerveja e a minha cherry. Ele me olhou sem entender.

- Você não vai beber?

- Claro que não. Você estava sozinho aqui com as bebidas e com o meu wrap.

Ele fechou a cara.

- Você está insinuando que eu...?

- Estou. Garçom! Outra Cherry. 

Ele ficou me encarando severamente. 

- Que foi?

- Tudo bem, você está certa. Não se pode confiar nas pessoas. 

Ele virou o rosto e olhou para a morena que estava na pista de dança tentando chamar atenção do bar todinho. Ela deu uma piscadinha pra ele quando percebeu que ele a estava olhando e ele, como cumprimento, levantou o copo de cerveja. Revirei os olhos.

- Você deveria ir falar com ela.

- Já está me dispensando, ruiva?

- Estou. E não me chame assim.

- Porque não, ruiva? 

Encarei ele. O garçom entregou a minha Cherry e encarou o cara a minha frente. 

- Tudo certo por aqui? - perguntou desconfiado. 

- Eu sei me virar. Valeu.

Olhei ao redor e procurei Celeste. Nem sinal dela. 

- Ela saiu com o George. 

- Não perguntei. 

- Grossa - ele falou com simplicidade - E então, você tem namorado? 

- Pra você eu sou até casada. 

Ele sorriu e balançou a cabeça.

- Gostei de você.

- Não deveria. 

Ele levantou, deu a volta na mesa e estendeu a mão pra mim. Olhei para aquele palmo grande e branco e depois olhei pra ele com desdém. 

- Quer dançar? - perguntou mostrando uma pequena covinha no meio da bochecha. 

Confesso, o convite era tentador. Mas a ideia de dançar com um cara, ter um homem colado em mim novamente me fez lembrar de coisas que eu sempre lutava para esquecer. 

- Você está me zoando?

- Não - falou sem entender nada em sua inocência - Estou te chamando para dançar comigo.  

Bufei.

- Sai daqui, cara.

- Maxon - Ele riu e se apoiou na mesa.

- Dá pra você parar com isso?

- Isso o que? 

- Esse sorrisinho idiota na cara. Estou contando alguma piada? Isso está me irritando.

- É só que... - Ele riu e balançou a cabeça - Você é... engraçada. Engraçadamente diferente, e eu nem sei se essa palavra existe. 

- Já que você quer tanto ser agradável, faz um favor? - me levantei e coloquei a alça da minha bolsa no ombro. Fiquei frente à frente com ele, perto o bastante para beijá-lo.

Seu sorriso aumentou, ele ajeitou a postura e me olhou nos olhos, esperançoso. O perfume dele era diferente, bom até, eu quase perdi o foco.

- Paga a conta - virei a lata de Cherry e bati ela na mesa. Ele me olhou desentendendo do assunto.

Dei de costas e ele segurou meu pulso. 

- Você está zoando, ruiva? 

Olhei pra ele e foi a minha vez de dar um sorrisinho.

- Não.

Sai do bar na maior tranquilidade ainda sorrindo com a carinha de esperança dele em mente e fui pro carro. Eu estava sem a chave então encostei na porta esperando que Celeste misteriosamente aparecesse em alguns segundos.

- Ah nem, Ames! QUAL É? 

Celeste gritou vindo na minha direção. 

- Já vamos? 

- Porque você não gostou dele? Ele é lindo! É charmoso! É gostoso! E com certeza estava doidinho pra ficar com você!

- Celeste...

- Eu não sei mais qual é o seu tipo. Me diz, você gosta de mulher? Porque se for, tudo bem! Mas além de você ficar na seca, você ainda estraga os meus esquemas! O George quando viu você fugir do amigo gatinho dele, foi lá e me deixou plantada!

- Celeste, não quero fazer isso - implorei e ela baixou a guarda - Você está careca de saber disso, não força. Por favor.

Ela bufou. 

- Desculpa - ela veio me abraçar tristonha - É tão difícil pra mim saber que eu talvez nunca vou planejar o seu casamento e te ajudar a escolher o seu vestido de noiva...

Revirei os olhos e sorri.

- Vamos pra casa, Cele. 

Entramos no carro e ela dirigiu horrivelmente de volta para o nosso loft que ficava em cima de uma loja de roupas populares.

Subimos pela escada que dava para a porta de entrada do loft. Ele tinha uma sala que possuía uma Ilha que dividia a cozinha e a sala ao meio e também tinha uma varanda normal ali, onde era a nossa lavanderia.

A vista que ela tinha, dava para um pequeno parque Verde e bem cuidado.O resto da casa é basicamente dois quartos e um banheiro, tudo muito pequeno mas limpo e arrumado - so de vez em quando. 

Celeste foi direto para o banheiro tomar um banho e eu me sentei na sala. Nem liguei a tevê, nem a luz. Apenas o abajur ao meu lado. 

Olhei para as minhas mãos. Na direita, no dedo anular, costumava ficar a minha aliança. Em pouco tempo, na esquerda, um de ouro com pedras preciosas seria colocado ali, logo após eu dizer que sim. 

E antes mesmo de perceber, minha visão estava começando a embaçar e eu me lembrei de tudo, de cada detalhe do pior dia da minha vida. Cada vez que eu me lembrava de tudo daquilo, a dor se mutiplicava dentro de mim.

Mas eu não sabia o porque daquilo estar acontecendo, nunca acontecia com muita frequência, só quando eu passava por momentos que me lembravam um passado de boas lembranças.

Quando ouvi que o chuveiro tinha sido desligado, entrei pra cozinha e bebi um pouco de água. Passei a água da torneira no rosto para disfarçar e então fui até meu quarto pegar a minha toalha. 

Quando ela abriu a porta, entrei rapidamente no banheiro e me tranquei.

Sentei no chão de costas para a porta mas não chorei, só fiquei tentando pensar no sorriso daquele babaca e esquecer da minha imagem refletida no espelho, vestida de noiva, com a barriga crescendo mais a cada vez que eu o experimentava, achando que a vida era perfeita, que eu estava num conto de fadas. 

América... - a voz dela Estava abafada por trás da porta - Eu sei que você está sentada no chão agora e que está sofrendo. Se você quiser, pode abrir a porta pra mim. Posso te ouvir chorar e desabafar pra mim também. Posso fazer cafuné no seu cabelo e posso deitar sua cabeça no meu colo. Ou posso segurar a sua mão ou simplesmente te fazer companhia. Só por favor, me deixa te ajudar?

Sem mais motivos para segurar o choro, abri a porta para ela e deixei que entrasse. 


Notas Finais


O que acharam? Gostaram? Devo continuar?
Não deixem de comentar e favoritar!
Espero que tenham gostado e quem sabe, até o próximo!
Beijos♡


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