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História One More Chance - A verdade.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


E agora um capítulo muito aguardado por vocês!!!!!!!
Perdoem-me a demora...
Boa leitura🌸

Capítulo 12 - A verdade.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - A verdade.

 Point of view América Singer 

Entrei em uma loja que vendia todos os tipos de coisas para praia. Maxon ficou vendo os óculos de sol com a Brice enquanto eu fui dar uma olhada nos biquínis pois eu não tenho nenhum aqui. 

Eram vários modelos, várias cores e no final eu acabei escolhendo um pretinho sem detalhes de curtininha. Experimentei a parte de cima e fiquei me observando no espelho.

Antigamente eu não tinha muito peito, mas meu corpo mudou bastante depois da segunda gravidez, minhas curvas ficaram ainda mais valorizadas apesar de eu não estar me alimentando devidamente desde que vim pra cá. 

- Ruivinha? - ouvi Maxon me chamar atrás da cortina do provador.

- O que foi? 

- Ficou bom? Quero ver... - imaginei que a covinha dele estava marcando a bochecha.

- Seu tarado. Gostei desse aqui, vou levar. Pega a parte de baixo com a moça, já vou vestir. 

- O.K.

Em alguns segundos ele voltou e me entregou a calcinha no biquíni e eu dei um tapa na mão dele só pra não perder o costume. 

- Por nada, mal educada.

Vesti o biquíni e coloquei meu vestidinho Rosa claro por cima. Fui até a mulher que me atendeu e peguei minha carteira na bolsa, mas Maxon apareceu sorrindo pra mim e tomou minha carteira, fechando e guardando na bolsa.

Olhei pra ele furiosa.

- O que foi agora? 

- Seu namorado já pagou, senhorita. Obrigada, volte sempre!

- Vamos? - ele pegou Brice no colo para se defender de  mim e sorriu. 

- Vamos! - ela respondeu e eles saíram na frente.

- Eu quero tanto bater em você, Cálix. 

Ele parou na hora e olhou pra mim.

- Não me chama de Cálix! 

- Por que não, Cálix? 

Ele revirou os olhos e não falou nada. Sorri pra comemorar a Vitória, pelo menos uma coisa deveria servir pra incomodar ele.

- Foi a Marlee, né? - perguntou sério e eu dei de ombros.

Sentamos em uma mesa desocupada e abrimos o guarda chuva. Passei o protetor na Brice e ela começou a fazer o seu castelinho de areia. Passei no meu rosto e depois nos ombros, Maxon passou nas minhas costas e eu fiz o mesmo com ele.

Naquelas lindas e definidas costas e naqueles braços malhados e fortes os quais tive o prazer de experimentar em volta de mim.

- Uau - disse quando eu tirei o vestido.

- Para de olhar pro meu peito.

Joguei o vestido nele e ele riu. 

- São belos e ótimos travesseiro - lancei um olhar 43 pra ele. 

Brice arranjou alguns amiguinhos e ficou brincando com eles um pouco mais afastada de nós. Maxon e eu ficamos bebendo e comendo petiscos. 

- Trabalho em um escritório. É do meu pai. Odeio aquele lugar. 

- E por que continua lá? 

- Porque tem mais coisa em jogo além do meu bem estar. Tipo a Brice. Ele usa ela pra me manipular a fazer as coisas do jeito que ele quer.

- Seu pai é um otário, com todo respeito. Mas e se você saísse desse escritório, trabalharia com o que?

- Fotografia - ele abriu um enorme sorriso - Quando saí de Angeles eu trabalhei como fotógrafo em...

- Imagino você fotografando peitos e bundas - dei de ombros e ele riu.

- Você me ofende com uma simplicidade...

- Só falo a verdade. 

- Ok. É assim? 

- É.

- Tá bom, também vou falar a verdade. Você é muito gostosa. 

Comecei a rir. Mas eu não dei apenas uma risada, dei várias, e eu ri até a minha barriga doer e as lágrimas escaparem dos meus olhos. 

- Ai, Maxon... - falei com a mão na barriga dolorida tentando parar de rir.

- O que foi? - ele riu de mim sem entender - Não entendi.

- É claro que não entendeu você é homem.

- E o que tem a ver?

- Você não tira os olhos dos meus seios. 

Ele ficou vermelho na mesma hora e desviou o olhar para o mar.

- Eu estava prestes a me casar - soltei - Mas tudo deu errado, graças a Deus - dei um bom gole na cerveja e conferi onde Brice estava. 

A brisa do mar estava maravilhosa, o barulho da quebra da onde também. A praia estava movimentada, mas não estava cheia na parte onde estávamos. 

- Você ia se casar? 

- Ia.

Ele ficou pensativo encarando as mãos. 

- Eu também - falou colocando o ray ban na cabeça - Graças a Deus também não deu certo.

Olhei pra ele e não precisei dizer que sentia muito.

- Ela vacilou comigo. Vacilou muito feio comigo.

- Comigo foi a mesma coisa. 

- É esse o motivo? Quero dizer, o jeito que você era a um tempinho atrás... Era por causa dele?

- Não só por causa dele. Tem mais coisa. E você, também tem mau coisa? 

- Tem. Infelizmente tem. 

- Fodidos no amor - levantei o copo e levei à boca.

- Fodidos no amor - ele fez o mesmo.

Ficamos um bom tempo em silêncio até que ele decidiu contar mais coisa. 

- Namorávamos desde a faculdade. Nos formamos juntos em direito. Ela ficou grávida e nós nos amávamos ,ou eu achei que era assim, por isso ficamos muito felizes com a gravidez. Decidimos nos casar depois que a bebê nascesse, estava tudo planejado, tudo perfeitamente pronto. Dois meses antes do nascimento a vaca revelou que não criança não era minha, disse isso na minha cara com simplicidade. Depois ela foi embora e sumiu, graças a Deus - ele falou numa simplicidade que me incomodou. Será que um dia eu conseguiria me abrir desse jeito pra alguém e contar sobre meu passado? 

- Não era pra ser. Você teve sorte até - falei. 

- Deixa eu adivinhar, com você foi pior? - ele deitou um pouco a cabeça como um cachorrinho quando pede carinho e por alguns segundos não consegui fazer nada além de olhar pra ele. 

- Depende do ponto de vista - dei de ombros - Talvez um pouco. 

- É, deve ter sido. Pra você ser tão machucada assim... - falou e eu decidi que já não era mais necessário eu dizer o resto.

Almoçamos na praia e ficamos mais um pouco até que o lugar começou a encher demais. Fomos pra casa, Brice dormiu no caminho. Quando chegamos, dei um banho nela que estava dormindo em pé e depois coloquei uma roupa nela enquanto Maxon tomava banho no outro banheiro. Deixei ela na cama e fui tomar banho também. 

Sai do banheiro a tempo de ver Maxon subir a calça de moletom e quando ele olhou pra mim exibindo a covinha, virei a cara envergonhada. Apertei a mão que segurava a toalha. 

- Será que tem como eu colocar minha roupa? - perguntei.

- Claro - sorriu safado - Ou como eu disse, se não quiser... - revirei os olhos - Ok. Já estou saindo...

Ele fechou a porta. Coloquei um short jeans rasgado e minha regata lilás. Penteei o cabelo, passei creme nas pernas e fui pra sala descalça, a casa estava limpinha pois a empregada veio hoje de manhã enquanto a gente ficou na praia. Ela deu em cima do Maxon, isso até eu aparecer e fuzilar ela com o olhar. Foi engraçado. 

Maxon estava no Macbook dele. Me sentei no sofá e Fiquei encarando a televisão, mas não estava assistindo ela.

- O que foi? - ele perguntou.

- Daqui a treze dias é o casamento da minha irmã.

- Você vai?

- Não. Quero dizer, não sei - dei de ombros.

- É a sua irmã.

- Ela me odeia. 

- Quê? - ele perguntou confuso. 

- Minha família é toda cheia de defeitos. Aliás, ela é o defeito propriamente dito. Ninguém gosta de ninguém, eu não tenho nada contra ninguém, mas prefiro evitar a falsidade deles. Mas é o casamento dela. E se eu for, posso dizer a eles que me deixem em paz e posso saber como eles estão, mas vou ter que enfrentar tantos fantasmas do passado...

- Eu posso ir com você, se você quiser. 

Olhei pra ele e comecei a rir.

- Seria uma ótima péssima ideia. Mas eu não sei se vou.

- Se você for eu posso ir?

- E eu vou dizer o que? Que você é meu noivo? - ele riu pra mim - É! Ótimo. Estou bem, estou seguindo em frente e vocês não podem mais se meter na minha vida - ensaiei - Olha só, você disse algo de útil. 

Ele sorriu se achando.

- Eu sou um gênio. E vou casar com você... 

Revirei os olhos sorrindo.

- Ah, percebi hoje e em vários outros dias que você leva muito jeito com criança - ele disse - A Brice te adora, as suas alunas também. 

- Eu amo crianças, bebês...

- Você pensa em ser mãe? - perguntou com um sorriso enorme e esperançoso.

A pergunta foi como um tiro no peito. 

- Era meu sonho - falei tristonha.

Era?

- Era. Acho que nunca vou ter um. 

Eu imaginei o quanto ele estava pasmo me olhando. Eu ia contar. Se ele quisesse saber, se perguntasse do jeito certo, eu iria contar.

- Você já tentou ter filhos? - perguntou assustado com a voz vacilando e eu concordei com a cabeça.

- Fiquei grávida duas vezes. 

- Você perdeu as duas? - Maxon estava quase apavorado e então decidi olhar pra ele.

- A primeira eu perdi porque não me cuidei direito. Eu era muito imatura, tinha dezenove anos. Estava passando por momentos difíceis na época e nada favoreceu. Não era planejada, mas era dele.

- Seu noivo? - Perguntou com veneno na boca.

- Na época era só namorado. 

- E a outra? - ele se aproximou de mim preocupado.

- Eu tinha vinte e dois anos, ia me casar com ele. Eu estava muito feliz, era uma garotinha, Sarah. Estava tudo dando certo, eu já estava com uma barriga enorme, oito meses. Faltava uma semana pro nosso casamento... flagrei ele na cama com duas garotas que seriam madrinhas do nosso casamento, duas garotas que ele dizia ser primas dele e que ainda nem eram de maior. Foi horrível. Eu achei que estava delirando, mas era real. Saí correndo, peguei meu carro e comecei a dirigir pra longe dali até que acabei batendo no ônibus. Acordei alguns dias depois no hospital com o braço quebrado, com a notícia de que ela não tinha sobrevivido... ele foi me ver... chorou como uma garotinha ajoelhado perto da minha cama pedindo perdão, ele parecia arrependido mas eu não era capaz de perdoá-lo. Éramos amigos e namorados desde sempre, eu amava ele mais do que me amava e senti mais ódio de mim do que dele por ter sido tão burra. Naquele dia, eu não tive forças pra esganar ele então tirei meu oxigênio e tentei fingir um suicídio só para que ele saísse de la e um médico entrasse, não conseguia mais ouvir a respiração dele. Uma semana depois quando tive alta, meus pais ainda tentaram arrumar a minha situação com ele, e eu descobri que além daquilo ele ainda tinha uma filha, que era casado com uma outra mulher. O filho da puta tinha uma vida dupla. Aliás, várias. Meu pai sabia um pouco disso, mas pra ele o importante eram os negócios e minha mãe o apoiou e eles me bajularam de todas as formas possíveis, colocaram em cima de mim até a ruína dos negócios deles. Por isso eu fugi e vim pra cá, não queria continuar naquele inferno. Por isso sou tão otária com as pessoas, porque metade da minha vida foi uma mentira planejada e porque eu não consigo confiar em mais ninguém do jeito que eu confiava nele que destituiu a minha vida como se destrói um copo de vidro jogando ele no chão. Eu perdi todos os meus planos e todas as minhas esperanças e é por isso que eu não consigo seguir em frente, acho que simplesmente estacionei na vida. 

Ele estava chocado e parou de olhar pra mim. Fiquei surpresa por não ter chorado, nenhuma gota sequer.

- Desculpa, América - disse depois e um tempão encarando minhas mãos - Desculpa por ter julgado você, eu sinto muito... Eu... Eu nem sei o que dizer! Esse cara... sua família... - ele colocou a mão no queixo - Desculpa mas eu nem sei o que dizer.

- Você não tem culpa - apertei o ombro dele.

Maxon olhou pra mim com os olhos tristes.

- Por favor não me olha assim - pedi e ele fechou os olhos, balançando a cabeça. 

- Desculpa, América - seus olhos fixaram-se nos meus - Você também não tem culpa. Eles tem culpa, eles fizeram isso com você. 

Concordei com a cabeça.

- Os últimos meses pra mim tem sido um períodos de trevas - sorri sem graça - Mas aí, quando você apareceu me atormentando, achei um jeito melhor de ocupar a cabeça - falei meio sem jeito.

- Espera... - ele riu pra mim - Você tem pensado em mim?

- Em um jeito de te exterminar da face da terra - corrigi - Mas acho que se você for exterminado, não vou ter onde morar então acho melhor você ficar aqui mesmo - dei de ombros sentindo meu rosto quente enquanto ele ria.

- Tudo bem - disse se aproximando mais de mim e colocando a mão no meu rosto - Imagino o quanto deve ter sido difícil pra você, pior que pra mim. Mas a vida é assim, talvez não era pra ser. Talvez não fossem eles, talvez seja eu... você... - ele encostou o nariz no meu e foi como se eu tivesse levado um choque de calafrios bons. Me aproximei - Eu vou te polpar do serviço sujo de roubar o primeiro beijo - cochichou aproximando a boca da minha. 

Eu já estava com os olhos fechados, com as mãos subindo pelos braços dele. Eu queria tanto aquele imbecil...

- América? - cochichou e eu abri os olhos.

O rosto lindo dele, que mais parecia um desenho, estava tão perto do meus, os olhos fechados... Me aproximei mais dele até encostar nossos peitos. 

 - Podemos tentar ter a nossa família, futuramente - disse baixinho e aquilo me magoou.

Ele não disse por mal, mas me fez mal ouvir aquilo. 

Ele não sabia o que estava falando e nós nunca poderíamos ter uma família. 

Perdi todo o clima daquele beijo e quando os lábios dele tocaram os meus, achei que esqueceria mas ouvi meu telefone tocar e aquilo foi minha desculpa.

Me afastei dele e não consegui olhar em seus olhos.

- Preciso atender - falei me levantando e ele segurou minha mão.

- Ruivinha, algum problema? - olhei pra ele. que estava confuso.

- Preciso atender.

Fui até o quarto e fechei a porta. Desliguei o celular e nem vi quem estava me ligando, apenas sentei na cama e fiquei olhando Brice dormir enquanto passava a mão no rostinho macio dela e pensava que eu jamais poderia fazer isso em um filho meu. 


Notas Finais


E quando a gente vai achando que vai dar certo... Ainda tem mais coisa!
Espero que tenham gostado de finalmente descobrir o passado deles dois e do capítulo todo!
Beijosssss e até a próxima!


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