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História One More Chance - Por enquanto.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Não demorei hein? Rsrs
Boa leitura...

Capítulo 7 - Por enquanto.


Point of view Maxon Schreave

Desci assobiando de elevador e fiquei na portaria, trocando uma ideia com o porteiro enquanto América conversava com Nathalie.

- Sua namorada, é? - ele perguntou.

Abaixei a cabeça sorrindo.

- Não, não

- Ela parece ser bem bravinha, deve ser por isso que você está assim, apaixonado.

- Não estou apaixonado por ela - esclareci - Só achei que.... Não sei. É engraçado, sabe? Quanto mais ela me maltrata, mais eu sinto vontade de ficar perto dela - sorri e ele deu um tapa fraco nas minhas costas.

- As bravinha são as melhores - ele disse - Mas também são as mais difíceis. 

- Com toda certeza. Meu Deus, conheci ela à cinco dias atrás e não sei como ainda não desisti. Porra, ela é a garota mais difícil que eu conheci na vida. E a mais problemática também. E a mais chata. E a mais bonita de todas. Você viu que lindo o cabelo dela? E os olhos? Minha nossa, quando eu bati os olhos nela, naquela noite, já sabia que seria minha vítima. Mas quando ela me deu fora... - sorri ao me lembrar daquele dia. 

Eu ainda tive que pagar a conta.

- E o que isso quer dizer? 

- Não sei - dei de ombros - Não quero um relacionamento sério com ninguém não. Deus me livre. 

- Mas e se acontecer?

- Não vai acontecer. Ela me odeia, me xinga toda hora. Eu gosto pra Caralho disso. Mas a minha praia é pegar e largar. Quem sabe a gente fica e depois vira amigo?

- Maxon! - ele cruzou os braços e olhou pra mim - Você não tem dezoito anos, que porra é essa? Mesmo que não seja ela, você tem que encontrar alguém. Um dia você vai se arrepender de não ter casado e de não ter tido filhos...

Filhos. 

Senti meu corpo todo tremer por dentro. Uma breve lembrança me veio a cabeça.

Uma barriga enorme, oito meses.

Um enxoval rosa completo. 

Um bom homem esperando para ver sua filha. 

Uma ansiedade fora do normal.

Um sonho destruído da pior forma possível.

- Não. Não quero isso. Pra que ter uma mulher se eu posso ter várias? Pra que eu vou querer ter filhos? Eu tenho a Brice, eu sou praticamente o pai dela. 

Ele revirou os olhos.

- Tenho a leve impressão de que isso vai mudar em pouco tempo. 

- Espero que você esteja errado. 

Fiquei mais um tempo conversando com ele. Dean é um velho amigo de verões passados. Temos uma certa intimidade, e por isso confio nele. Ele é uma das poucas pessoas que conhecem o meu passado. 

Mais ou menos uma hora e meia depois, Nathalie interfonou e então eu subi ansioso, torcendo para que América pudesse se sentir à vontade e desabafar com a melhor amiga/psicóloga que alguém poderia ter. 

Nathalie abriu a porta e veio pra cima de mim, para que ficássemos um pouco fora do apartamento. Ela me olhou seria e apontou dizendo baixo:

Se você está vendo nela mais uma diversão, pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Essa moça está magoada demais e o que ela menos precisa é de um idiota enganado ela! 

Fiquei sem reação e então ela suspirou.

- Estou falando sério Maxon. Não brinca com ela. Você é mestre em fazer isso mas por favor, não faça. Ela não precisa de mais um motivo pra sofrer e eu não posso te contar nada. 

- Onde ela está? 

- No banheiro, lavando o rosto. Entra. 

Entrei e fiquei andando de um lado para o outro. Nathalie ficou me observando o tempo todo e eu ignorei. Ela com certeza já sabia o que eu estava pensando. 

América apareceu na sala. Vermelha, olhos cintilando e pouco inchados. Ela olhou pra mim e ficou parada.

- Vamos? - Perguntei e ela concordou sem dizer nada - Nós já vamos. Obrigado, Nathalie. 

- Espero que você volte, América - Ela disse indo abrir a porta mas América não disse nada. Só continuou olhando para o chão. Ela foi a primeira a sair em direção ao elevador. 

Olhei para Nathalie que deu um sorriso triste e apertou meu ombro.

- Se cuida. E cuida dela também. Lembra do que eu te falei.  

- Ta bom - dei um beijo na testa dela e segui América. 

O caminho até o carro foi silencioso, e ela não disse nada. Vê-la daquele jeito me deixou arrependido de ter ido até a Nathalie, mas vai ser para o bem dela. 

- Você está com fome? - Ela negou olhando para o outro lado da janela - Você quer ir no Frizby? - negou - Ruivinha, você... 

- Maxon, me deixa na academia - disse baixinho.

- Mas...

- Por favor. 

- Tudo bem. 

Continuei a dirigir sentindo falta das patadas dela, do sorriso irônico, das reclamações ao meu respeito. Foram apenas cinco dias e eu ja estava acostumado com ela, de um jeito que eu nunca tinha experimentado antes.

Deixei ela na frente da academia e ela desceu do carro. Observei ela ir andando até a entrada mas de repente ela parou e voltou. Desci o vídro do carro e ela ficou olhando pra baixo. Esperei ouvir todos os xingamentos possíveis mas ela me encarou e disse:

- Obrigada. 

- Por nada, ruivinha...

E saiu. 

Me senti aliviado, feliz até. Mas a única coisa que eu queria era poder voltar la, buscar ela e ficar fazendo companhia pra ela enquanto ouvia ela me xingar de qualquer coisa e dizer que eu sou amostrado...

Fui pra casa do meu pai ver como Brice estava já que não tinha mais o que fazer naquela tarde e percebi que o carro dele estava na garagem.

Maravilha.

Entrei em casa e a empregada que eu não conhecia me disse que ela estava no quarto brincando. Subi as escadas e cheguei de surpresa. Ela levou um susto, logo começou a sorrir. 

- A gente vai sair hoje!? - perguntou fazendo bico. 

- Não, hoje não, Bri. 

Ela cruzou os braços e fechou a cara, igualzinho a mamãe. 

- O papai mandou eu ficar aqui dentro. Ele disse que também não pode sair hoje. 

Ele nunca pode. 

- Onde ele está? - perguntei.

- No quarto - Ela disse pegando a boneca para trocar a fralda - Com a amiga dele. 

Saí do quarto fechando a porta e fui até o longo corredor, onde uma das portas se abriu e meu pai saiu de lá, seguido por uma loira. 

Bufei. 

- Com ela também? - perguntei apontando para o quarto de Brice. 

- Meu filho - ele tentou disfarçar - Que bom que você apareceu. Precisamos conversar sobre...

- Sobre a Brice - falei  - Você tranca a sua filha no quarto pra comer uma vadia no outro? 

- Maxon! - ele gritou e então respirou fundo, se recompondo - Cala a boca agora. Você destruiu a sua vida, por pura desobediência. Não venha agora atrapalhar a minha e a da sua irmã! Não vamos mais discutir sobre isso. Você já pode ir embora, Alex. 

Ele entregou um envelope para a loira que desfilou o corredor inteiro e passou do meu lado. Senti nojo dela e me afastei quando tentou triscar em mim. 

- A Brice precisa de você! Do mesmo jeito que eu precisei, do mesmo jeito que a minha mãe precisava! E você está repetindo esse seu maldito erro pela terceira vez!

- Com você eu só trato negócios porque infelizmente você é o meu herdeiro. Se continuar com essa palhaçada eu vou proibir você de entrar nessa casa e chegar perto dela. Fui claro?

Cerrei os punhos.

- Que porra você quer agora? - perguntei me controlando. 

- Você precisa começar a frenquantar mais as reuniões. A visitar mais os outros escritórios. Enfim, ser mais autêntico. Você só tem feito merda desde que chegou em Angeles. Nunca te vi em uma reunião. Eu não vou ficar bancando um vagabundo. Se você quer ser chefe, tem que aprender a ser um. Quero você amanhã bem cedo no meu escritório particular. Não quero desculpas, não se atrase.

E então ele voltou para o quarto dele. 

Me segurei para não quebrar tudo. 

Ele sabia perfeitamente me manipular. 

Mas eu detestava o que ele fazia. Detestava ter que fazer a faculdade que ele escolheu pra mim, detestava ter que seguir a carreira que ele decidiu.

Nos últimos três anos, fiquei longe daqui. Morei Belcourt. Eu não conseguia suportar tudo o que me cercava, tudo me lembrava coisas que eu queria esquecer.

Fiz um curso de fotografia durante esse período e meu pai não sabe. Eu trabalhei com o que eu gostava durante esse tempo. Foi uma boa escapada para o sofrimento que eu estava sentindo.

Graças à Nathalie eu fui embora e descobri no que eu era bom, descobri que eu precisava fazer alguma coisa por mim.

E eu fui.

Mas agora não posso largar meu pai e a carreira promissora que ele jura pra mim. Não vou continuar com esse negócio quando ele me passar tudo. Não quero e não posso. 

Eu só vinha na época de verãopara ver Brice ou então ela ia para onde eu estava porque era maldade demais deixá-la passar as férias com meu pai, Alias, com as empregadas. 

Voltei pro quarto dela que estava olhando pensativa pro tapete Rosa aos seus pés.

- Você brigou com o papai de novo? - perguntou e eu fui pra perto dela.

- Estávamos brincando, Bri.

- Não, vocês estavam brigando. Brincar é o que você e a tia Ames fazem. Você e o papai so brigam.

Suspirei e abracei ela.

Brice não tem nada de besta, é esperta e inteligente como a nossa mãe. Eu olhava pra ela e via Amberly todinha, da aparência a personalidade. Ficar perto dela era a melhor forma que eu encontrara para superar a falta que a minha mãe faz.

- As coisas são difíceis para os adultos - falei por fim e ela me abraçou.

- Quando você vai me levar pra morar com você? - perguntou fazendo bico - Não quero mais morar aqui...

- Quando eu puder vou levar você comigo, princesa.

- Você promete? 

- Eu prometo - beijei a testa dela.

Minha irmã, minha vida, minha rainha, o amor da minha vida... Brice representa tudo isso. Desde que minha mãe se foi, ela é a única na minha vida. Por enquanto.


Notas Finais


Não teve continuação do cap passado mas em breve, em outros vocês terão as verdades reveladas...
Espero que tenham gostado, não deixem de comentar, bbs!
Beijossss 🌼🌺🌸


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