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História One More Time - I'll be by your side.


Escrita por: hellojnfpdgo

Notas do Autor


Oláaaaa, meus amores! Como sempre, vou falar um pouquinho aqui!
1º Demorei pra postar por causa do ENEM, estava corrido essas semanas. E aí, quem fez? Como acham que foram?
2º Preciso contar uma coisa pra vocês! Na semana em que comecei escrever esse capítulo, eu vi os meninos que inspiraram os personagens Arthur, Logan, Matt e Anthony! E foi muito louco! Eu já escrevia antes e os via todo dia, mas depois que comecei postar fazia MUITO tempo que não via nenhum deles. E depois que vocês começaram a gostar dos personagens, eu olhava para eles e só lembrava dos comentários do tipo "meu crush". E só pra constar: lembrei de como o menino que inspirou o Arthur, é realmente muuuito parecido com ele hahahaha! Ok, chega!

Boa leitura, espero que gostem!

Obs: Quase coloquei a música de início do Justin e lembrei que a do capítulo anterior já era do Justin, é meu lado belieber agindo hahahaha ♥

❁ Plágio é crime! Caso vejam alguma fanfic com conteúdo igual, por favor, denunciem. ❁

Capítulo 9 - I'll be by your side.


"É como se eu estivesse me apaixonando." – Kiss Me – Ed Sheeran

 

Cheguei na escola e procurei pela minha sala. 

Entrei e sentei na última carteira da parede, peguei os fones e coloquei no último volume. 

Estava concentrada olhando alguma rede social quando vi a mão de alguém pousar na minha mesa. Gelei achando que era o Arthur, e subi meu olhar, vendo Matt. Tirei os fones e ele se sentou na carteira da frente, me olhando. 

— Oi. — ele falou sorrindo. 

— Oi. — sorri. 

— Tá gostando da escola? — ele perguntou empolgado. 

— Matt, é meu segundo dia de aula. — ri sendo óbvia. 

— Não conheceu nada, né? 

— Claro que não! 

— Vou te levar para conhecer um lugar bem bacana, ok? — ele perguntou claramente empolgado. — Quando acabar essa aula, nós vamos! — ele disse sem esperar minha resposta. 

— Ok. — disse rindo. 

Quando bateu o sinal anunciando o fim da aula, olhei para Matt, que já me esperava quase na porta da sala. 

— Temos 15 minutos até a próxima aula, acho que dá tempo. 

Como assim “acha”? E se não der tempo? 

Percebendo que eu não ia responder nada, Matt me puxou para fora da sala. 

Alguns alunos perambulavam pela escola e quando passamos pelo pátio, vi Arthur sentado todo largado em um banco. Ele me viu e me encarou, e eu não desviei o olhar dele. 

— E vocês dois, hein? — Matt perguntou, tirando minha atenção de Arthur. 

— Quem? — perguntei como se não estivesse claro. 

— Você e o Arthur. 

— O que tem? 

— Eu é que pergunto, o que vocês têm? 

— Como assim, Matthew? A gente não tem nada. 

— Parece que vocês se gostam. 

— Claro que não! — ri inconformada. 

— E estão em fase de negação. — ele concluiu. 

— A gente nem consegue conversar sem ter vontade de socar um ao outro. 

— Sei lá, Julie. — ele disse pensativo. — Só quero dizer que o que ele fez com Mary ontem, não foi um acaso, ele não queria dar bola para ela porque estava na sua frente. 

— Não é como se eu não soubesse que ele já ficou com quase o colégio todo. — ri fraco. 

Eu não posso afirmar com toda a certeza do mundo que não sinto nada por ele, eu sinto, mas não sei explicar o que é. O que ele causa em mim quando estamos perto demais um do outro; o jeito que fico quando ele dá o seu sorriso de canto único; a forma como fico encantada quando vejo seus olhos brilharem; todos os choques de eletricidade que sinto quando escuto sua risada; e o incomodo de saber que ele está com outra garota, não são coisas normais. Eu não sinto isso com qualquer pessoa, é só com ele. Posso dizer que tenho uma “quedinha” por ele, e agora, conhecendo um pouco das meninas do colégio, eu sei que esse é o típico sentimento das meninas que querem ir para sua cama, e me sinto horrível por sentir isso. Eu não quero ir para a cama dele, não quero ser mais uma. 

— É aqui. — Matt falou, me tirando dos meus pensamentos e me fazendo perceber que estávamos em frente a uma porta dupla grande. 

— Eu vim aqui no dia que me matriculei, mas não chegamos a descer essa rampa. — lembrei. — Aqui é a quadra? 

— Não. — ele sorriu. 

Matt abriu as duas portas nos dando a vista de um teatro. Era um espaço enorme com muitas cadeiras e um palco grande ao fundo. Fiquei admirada. 

— Entra logo, Julie. — Matt me deu um empurrãozinho para que eu adentrasse o espaço. 

Escutei o sinal soar ao fundo e me lembrei da próxima aula, mas Matt não deu muita importância. 

Passamos por todas aquelas cadeiras e seguimos para o palco. Ele pegou uma coroa que estava no chão e colocou na minha cabeça, logo depois se ajoelhou, o olhei rindo. 

— Julieta! — ele esticou a mão na minha direção. 

— Matt, — falei receosa de ter que cortar a graça dele. — Julieta não era uma princesa. 

Ele pensou por um tempo. 

— Cinderela! 

— Ela usava sapatinhos de cristal, não tênis. — apontei para os meus pés. 

— Droga! — ele reclamou e pensou mais um pouco, um sorriso largo se formou em seu rosto. — Agora vai! Julie, princesinha! — ele esticou novamente sua mão em minha direção. 

Eu ri um pouco do seu entusiasmo e finalmente estendi minha mão para ele. 

Escutamos um barulho na porta e nos olhamos assustados, fiquei paralisada e Matt levantou rápido, me puxando pela mão. 

Fomos para o camarim e paramos, ainda perdidos no que faríamos. 

— A gente vai ficar aqui? — ele perguntou como se fosse eu que conhecesse a escola. 

— Você tem uma ideia melhor? — perguntei enquanto ouvia o barulho dos alunos andando pelo teatro. 

Ele rodou analisando cada canto do camarim e parou seu olhar em um armário. 

— Não! — eu disse quando entendi sua ideia. — Eu não vou me enfiar aí! 

— Vamos, turma! — escutamos a voz da professora e nos olhamos assustados. 

— Merda! — cochichei e ele me puxou para a frente do armário. 

Matt abriu a porta do armário. Não era espaçoso, mas com um esforço nos caberia ali, para a nossa sorte. Entrei primeiro e ele entrou logo em seguida, me espremendo. 

— Eu não imaginei que ia ter aula de teatro logo no segundo dia de aula. — Matt explicou. 

— Eu não imaginei que ia ficar escondida dentro de um armário no segundo dia de aula em uma escola nova! 

— Desculpa. — ele falou baixo. 

— Só me pede desculpa se alguém descobrir a gente aqui, caso contrário, a gente ri disso depois. — falei e pude ouvir ele rindo baixo. 

Estávamos um ao lado do outro e Matt olhava fixamente para as portas. 

— E se alguém abrir a porta? — perguntei pensando na hipótese de alguém nos pegar aqui. 

— A gente cai. — ele disse calmo. 

— Como assim a gente cai? — perguntei inconformada. — A gente não pode cair! — dei um chilique baixo. 

— A gente vai tentar sair daqui quando eles começarem a fazer alguma coisa no palco. — Matt disse como se já tivesse um plano em mente, e eu realmente espero que tenha. 

Estávamos eu e Matt olhando para as portas do armário, provavelmente com o mesmo pensamento: “Estamos ferrados”. 

E tivemos a confirmação disso quando escutamos a professora falar. 

— Laura, pega umas máscaras no armário pra mim? 

Nos olhamos assustados. 

Droga, eu não podia levar reclamação logo no começo do ano, no segundo dia de aula, para ser mais exata. 

— Matt, e agora? — sussurrei nervosa. 

— Laura? — ele se perguntou pensativo e enfiou a cabeça na fresta da porta. — Puta merda, eu conheço ela! — ele sussurrou eufórico. 

Matt passou um braço na minha frente para me proteger quando ela abrisse a porta, ou ele estava com medo de que eu saísse correndo. 

— Ela vai abrir a porta. — ele disse e encostou na parte de trás do armário. 

Meu coração estava disparado e eu só pedia mentalmente para que não desse merda. 

Antes mesmo de ela abrir a porta, Matt colocou o dedo na boca fazendo um sinal de “Xiu”. 

Laura abriu a porta e de início deu um gritinho, então entendeu o sinal de Matt e abafou o grito com a mão. Ela colocou uma mão no coração pelo susto e além de assustada, parecia confusa. 

— O que você tá fazendo aqui? — ela sussurrou para ele. — Quem é você? — perguntou para mim e logo arregalou os olhos. — Ai meu Deus, vocês…

— Não! — interrompi ela antes que ela terminasse de falar o que deduziu. 

— Depois eu te explico tudo, a gente só precisa sair daqui. — Matt pediu, estava mais calmo. 

— Laura? — a professora chamou. — Tá tudo bem aí? 

— Oi! — ela respondeu rápido. — Tá tudo ótimo, é que tem umas coisas aqui, — ela disse olhando pra gente. — e tá difícil. 

— Quer ajuda? — a professora perguntou. 

— Não! — Laura praticamente gritou. — Saiam pela saída da manutenção, a professora tá no palco, não vai ver vocês. 

Saímos do armário fazendo o mínimo de barulho possível e Matt me guiou até a tal saída. 

— Nossa, esses armários de hoje em dia! — escutei Laura rir falando para a professora e ri também. 

Seguimos por um corredor fechado que Matt disse que é para funcionários. Fui o caminho inteiro com medo de ser pega andando por onde não devia enquanto era para estar na aula. Eu realmente sou muito medrosa. 

Saímos perto da quadra aberta e entramos lá. 

— Quer ficar aqui até a hora da saída? 

— Vamos ter que nos esconder nos vestiários? 

Matt riu. 

— Não. 

— Então ficamos aqui. 

Estávamos sentados lado a lado na arquibancada olhando para a quadra vazia. 

Depois de conhecer Mary, uma curiosidade surgiu em minha cabeça sobre Arthur. Sobre as meninas do Guardians e Arthur. E era uma curiosidade que eu provavelmente não queria saber de fato a resposta. 

— Matt, me fala sobre a popularidade do Arthur aqui? — pedi. 

— Ahhh! — ele gargalhou um pouco. — Tá interessada, é? 

— Não! — respondi alto. 

Talvez um pouco. 

— Pode perguntar pra ele. — ele disse e estranhei um pouco, até ver ele apontar para o início da quadra e avistar Arthur, Logan e Anthony. 

Senti uma sensação estranha na ponta da barriga ao vê-los chegar, mas sabia que não era por eles, era por ele. Isso é uma droga! 

Eles riram ao nos ver na arquibancada e vieram até nós. 

— Oi! — falei sorrindo. 

— E aí, Julie! — Logan disse sorridente. — Já tá matando aula? 

— Me diz você! O que tá fazendo aqui? — brinquei. 

— Sabe como é, né? Também não estou a fim de aula. 

— Oi, chatinha. — Arthur disse me dando um beijo na bochecha e eu sorri. 

— Oi, Julie! — Anthony me cumprimentou. 

— Como sabiam que estávamos aqui? — Matt perguntou. 

— A gente não sabia, só viemos depois do fim da aula. — Logan falou. 

— E por que estão aqui? — Arthur perguntou e eu olhei pra Matt, que não respondeu. 

— Matt queria me mostrar o teatro. 

— Mas a sala da Laura foi pra lá e a gente teve que sair correndo. — Matt riu e eu ri junto, lembrando do meu medo. 

— Olha, Anthony! — Arthur riu. — A Laura. 

— O que tem ela? — perguntei confusa, mas pela risada do Arthur, eu tinha uma noção do que se tratava. 

— Eles ficam às vezes, mas o Anthony é babacão e enrola ela. — Logan disse num tom brincalhão, mas claramente reprovava o que Anthony fazia. 

— Por que enrola ela?  — perguntei inconformada. 

— Porque eu quero curtir, quero ser livre, não quero me prender a ninguém. 

Anthony disse e eu desviei meu olhar dele para olhar para Arthur, sei que ele pensa do mesmo jeito. 

— Mas ela gosta dele. — Logan falou. 

E eu me coloquei na situação de Laura, gostar de alguém que quer ser livre deve ser um saco! E eu vou me recusar a ter qualquer sentimento pelo Arthur. 

— E quando estamos juntos sempre acabamos ficando. — Anthony concluiu. 

Não conheço Laura, não sei como é a relação dos dois, mas decidi dizer o que realmente acho. 

— Anthony, quando um gosta e o outro enrola, só tem dois tipos de finais: — respirei fundo e pensei nas palavras antes de dizê-las. — Ou os dois se assumem, ou o que enrola fica sozinho enquanto o que gosta é feliz com outra pessoa. 

Anthony me encarou pensativo, e Logan ficou contente com o que eu falei. Arthur e Matt ficaram quietos e sem reação. 

— Tudo tem sua hora. — Anthony disse por fim. 

Depois de um bom tempo, o último sinal tocou e era hora de ir embora. 

— Alguém veio de carro? — Logan perguntou. 

— Segundo dia de aula, cara! Vamos andar um pouco! — Arthur disse e eu concluí que ninguém veio de carro. 

Anthony, Matt e Logan foram por um caminho, Arthur e eu seguimos por outro. 

Fiquei pensando se seria uma boa perguntar pro Arthur sobre tudo o que eu tinha curiosidade de saber. 

O que Matt me disse ficou na minha cabeça. Arthur teria dispensado Mary porquê eu estava lá? 

Resolvi perguntar. 

— Arthur? — chamei e ele me olhou. — Quem é aquela Mary? 

Arthur ficou um tempo em silêncio, pensando. 

— Ué, a Mary é a Mary. — ele disse óbvio. 

— Ok, vou perguntar do melhor jeito. — disse decidida. — Você já ficou com ela ou ela quer que fique? 

Ele pareceu surpreso com a pergunta e demorou para responder. 

Não ia voltar atrás achando que era invasão demais, já que ele se intrometia tanto na minha vida. 

— Lembro bem de falarem que você já ficou com muitas meninas do Guardians, e você não negou. 

E não podia negar agora, nem podia negar sobre Mary. É notável quando uma menina tem interesse em alguém. É coisa de menina reconhecer isso em outra. Mas os meninos são os típicos “não percebi” e são lerdos demais –ou fingem ser– para notar isso. Mas eu sabia com toda certeza que Arthur não era um desses. 

— Já ficamos, e ela quer de novo, — ele disse calmo e pensativo. — mas sabe… eu não costumo repetir. 

— Repetir? — perguntei para ele confirmar e, quem sabe, dar uma explicação. Eu tinha entendido bem o que ele quis dizer. 

Arthur travou, claramente estava em uma situação desconfortável para ele. 

— Repetir, Julie. — ele disse apressado. — É que eu nunca falei disso com uma menina. — ele pareceu confuso. 

— Porque você não sabe quem vai ser a próxima. — bufei. 

— Como assim? 

Arthur tinha entendido o que eu quis dizer, mas a pergunta me pareceu como se ele quisesse saber o meu ponto de vista. 

— Nunca falou disso com uma menina porque, digamos, você ficou com Mary e não pretende ficar de novo, mas não fala isso pra ela porque se um dia você sentir vontade de ficar outra vez, vai lá e fica, até porque ela quer. — falei firme e ele não respondeu, parecia pensar no que queria falar. 

— Muito espertinha você. — ele forçou uma graça e praticamente deu um fim no assunto, fugindo da resposta. 

— Ainda bem, né?! — e eu forcei normalidade, mas aquilo soou como um aviso para ele. 

Não ligo para “quedinha” nenhuma, não ligo para sensação estranha perto dele, e não ligo para o brilho encantador dos olhos dele. Só tenho a certeza de que não quero ser uma dessas que ele pega por pegar. 

Ele não dispensou Mary porque estava comigo, ele simplesmente já ficou com ela e agora foge. E de quantas mais daquela escola? Eu prefiro não saber. 

— E como foi lá com Matt? — ele mudou o assunto. 

— Ele me mostrou o teatro. 

— Foram no camarim? 

— Sim. 

— E o que rolou? — ele perguntou e pude notar seu tom malicioso. 

— Não rolou nada! 

— Ah, Julie, qual é?! — ele riu sarcástico. — A gente não leva meninas pro camarim vazio a toa. — ele disse perturbando a minha mente. 

Não queria saber disso. Não queria imaginar quantas meninas ele levou pra lá. Não queria aceitar o fato de que o Arthur é o tipo de menino que eu detesto. 

— Eu não sei você, mas Matt realmente não me levou pra lá a toa, me levou porque estávamos fugindo da professora. — expliquei tentando manter a calma. 

— Sabe que se não tivesse chegado ninguém, algo aconteceria, né? 

— Sabe que nem todo mundo tem a mente podre igual você, né? 

Ele sorriu, um sorriso tão debochado que me fez ter tanta raiva dele naquele momento! 

Nossa rua não estava longe e nós dois ficamos em silêncio pelo resto do caminho. 

Por que nunca conseguimos conversar direito? 

 

####

 

Estava andando pelos corredores apressada para achar minha sala a tempo, já que o sinal já havia batido. Subi a escada lendo o número da sala no papel pela milésima vez, e quando virei o corredor, dei de frente com uma pessoa batendo nossas cabeças. 

— Merda! — exclamei nervosa. — Olha por onde anda. 

Quando consegui olhar para a pessoa, vi que era a ruiva do dia em que Matt e eu fomos para o teatro, Laura. 

— Olha, então a menina do armário é nervosinha? — ela perguntou rindo fraco. 

Eu realmente espero que esse ocorrido do armário não se espalhe, e que eu não fique conhecida como “a menina do armário”, como ela acabara de me chamar. 

— Desculpa, eu não vi que era você. — falei um pouco sem graça por ser grossa com uma amiga dos meninos, e que acima de tudo, parecia ser tão legal. 

— Tudo bem, tô acostumada com as pessoas esbarrando em mim. — ela disse dando de ombros e rindo novamente. — Vou saber seu nome? Ou “menina do armário” tá bom pra você? 

— Não! Meu nome é Julie. 

— Laura. 

— É, eu sei. — falei sorrindo para não parecer grossa. — Eu estou indo para a sala de geografia. 

— Olha que bom, somos colegas de aula. — ela sorriu e me levou até a sala. 

 

####

 

— Então, — Laura disse enquanto saíamos da sala para o intervalo. — agora pode me contar como sabia de mim. 

— Eu sou amiga dos meninos. — disse um pouco receosa, não sabia como contar que “eu sabia que o Anthony enrolava ela”.

— Que meninos? 

— Matt, Arthur, Anthony, Logan e Gabriel. 

— Como assim??? — ela perguntou um pouco alto, parecia empolgada. — Você estava na festa de despedida do Gabriel??? 

— Sim, — falei sorrindo um pouco. — fui eu que organizei com a ajuda do Arthur. — disse e me lembrei do quão estranho foi aquele dia, de como eu e o Arthur nos demos bem e logo depois parecia ter dado tudo errado. 

— Mentira?! — ela ainda falava alto. — Quando eu soube que eles tinham uma nova amiguinha e que ela tinha organizado uma festa para o Gabriel e eu não sabia de nada, jurei matar ela! Mas agora que sei que é você, fico mais tranquila. — ela sorriu amigável. — Como não nos vimos lá? 

— Talvez a gente tenha se visto, mas não nos conhecíamos. — disse forçando a minha mente para lembrar de algo, mas eu realmente não lembro de a ter visto aquele dia. — E aquele dia eu estava com a cabeça um pouco ocupada. 

Eu contaria tudo o que estava sentindo sobre o Arthur para ela, visto que eu já sabia sobre ela e Anthony sem ela precisar me contar. 

Laura e eu nos demos bem logo de cara. Foi como se fosse tudo planejado; nos esbarramos, a conversa foi instantânea e já parecia uma amizade de anos. 

— Você conversa muito com o Anthony? — ela perguntou como quem não queria nada, mas eu sabia sua verdadeira curiosidade. 

— Mais ou menos, mas eu sei sobre vocês. — fui sincera. 

— O que você sabe? — ela perguntou num tom assustado que quase me fez rir. 

Olhei por cima do ombro de Laura e vi os meninos juntos, vindo em nossa direção. 

— Olhem quem já se conhecem! — Logan falou animado assim que chegaram. 

— Pois é, — Laura concordou. — A menina do armário e eu nos conhecemos há uns dois dias. — ela riu quando terminou de falar. 

Eu gelei olhando para Matt, que estava com a mesma expressão que a minha. Nenhum dos meninos sabia. 

— Menina do armário? — Arthur perguntou franzindo a testa, que era mais ou menos a cara de cada um. 

— É que… — olhei para Laura e tentei explicar, mas não tinha como eu falar “fiquei dentro de um armário com Matt”. 

— Nos conhecemos de frente ao armário dela! — Laura disse apressada, me interrompendo e salvando a situação. 

Matt riu. 

— Vocês duas juntas não vai prestar! — Anthony disse. 

Talvez ele tenha medo de que eu diga para Laura a minha versão do relacionamento dos dois. 

— Acho que vocês vão pirar a gente. — Matt disse. 

— Olha, eu ia dizer o mesmo! — Logan disse rindo. 

— Se ficarem de TPM juntas, a gente vai excluir vocês da rodinha! — Arthur disse nos fazendo rir. — Se a Julie sozinha já é chata, imagina com a Laura! 

Reviramos os olhos praticamente juntas, e foi aí que eu percebi que eu estava exatamente onde devia estar. Acredito em destino, e certamente Laura apareceu por obra dele. 

Os meninos saíram e Laura me encarava sorridente, ansiosa. 

— O que foi? — perguntei confusa. 

— Então quer dizer que “a menina do armário” na verdade é “a menina do Arthur”? 

— O quê?! — praticamente gritei. 

— Me conta tudo! 

— Não tenho nada pra contar. — respondi simples. 

— Eu percebi alguma coisa, — ela encostou o dedo indicador no queixo, pensativa. — só não sei direito o quê. Posso chutar que ficaram? 

— Não! — respondi rápido e senti meu coração batendo forte. 

— Mas vão. 

— Não vamos. — garanti e ela me olhou rindo, claramente duvidando.

— E por que não quis falar sobre o que aconteceu com Matt?

— Achei melhor não.

— Motivo?

— Ele ia implicar comigo.

— Por uma razão!

— Não fala o que você acha.

Laura riu junto comigo. Não nos conhecíamos há muito tempo, mas eu sabia exatamente o que ela estava pensando: que estava rolando algo entre Arthur e eu.

Escutamos o sinal bater e fomos para as salas. Eram aulas diferentes. 

Entrei na sala e avistei todas as carteiras individuais ocupadas, então sentei em uma de dupla que estava desocupada. 

O professor adentrou a sala e junto com ele alguns alunos atrasados, Arthur era um deles. Ele me olhou e sorriu, veio até a carteira vazia ao lado da minha e se sentou. 

— Oi, de novo! 

— Oi! — sorri. 

Enquanto o professor passava a matéria no quadro, eu mexia disfarçadamente no celular, e diversas vezes vi Arthur abaixar a cabeça para ver o que eu estava fazendo. Que garoto curioso! 

— Julie? — ele me chamou baixo para que o professor não escutasse. 

Não desviei meu olhar do caderno e continuava copiando a lição, Arthur me encarava e eu me sentia nervosa pelo seu olhar cravado em mim. 

— Eu. 

— Por que a gente não se dá bem como nos damos com as outras pessoas? — ele perguntou calmo. 

— Não sei, Arthur. — dei de ombros, mas ele não parou de me encarar. 

É mesmo possível que ele estava falando sério? 

— E se a gente começar de novo? 

— Como assim? 

— Eu posso começar a ser uma pessoa fácil de lidar. 

Parei de escrever instantaneamente e olhei para ele. 

Ele realmente estava falando sério, e pelo jeito, se culpava por não nos darmos bem. Ele lembrou do que eu disse no dia do almoço dos nossos pais. E estava disposto a ser melhor? 

— Eu posso parar de ser um ogro. — ele disse e eu franzi a testa, pude ver um sorriso torto brotar em seus lábios. — É, eu sei que me chamou assim. 

— Vou matar o Gabriel! — falei rindo. 

— E aí, topa? — ele sorriu.

Será que pra sermos amigos eu teria que pedir pra ele parar de sorrir assim pra mim? 

— Topo. — sorri percebendo que ali seria um recomeço. 

 

####

 

Uma semana se passou desde que Arthur e eu resolvemos parar de nos atacar. Se isso funcionou? Sim, em partes. Por que? Porque as implicâncias não acabaram, e confesso que até sentiria falta se acabassem. Nossas briguinhas ainda estão presentes, mas agora num nível mais leve. Nós ficamos juntos sem sair na porrada, e ele até me contou sobre as peguetes dele, mas isso foi um problema, pois eu não soube conter meu ciúme. Sim, ciúmes! Essa droga de quedinha aparece em mim toda vez que ele sorri ou me abraça, e é um saco, pois ele faz muito isso. Até acho que ele dá aquele sorriso bobo de canto de propósito. Se ele sabe dessa quedinha? Óbvio que não! Arthur é do tipo que se deu mole, ele pega. Não vou dar esse gostinho pra ele. Não vou ser a amiga bobinha que é apaixonada pelo melhor amigo, principalmente quando o melhor amigo é o Arthur. E é por isso que a cada dia que passa, eu tento mais e mais afastar essa quedinha de mim. Mas isso se torna complicado quando ele joga charme e até me provoca falando que um dia nós vamos ficar. Laura só falta grudar nossas cabeças quando estamos juntos, mas Anthony não dá tempo pra ela fazer isso. Eles ficam absolutamente toda vez que se veem, eu já me acostumei. Nenhum dos outros meninos sabem dessa minha tal quedinha, e que permaneça assim! 

Só nessa semana que se passou, eu devo ter adquirido umas dez inimigas que resolveram me odiar por simples ódio gratuito, já que eu ando com o cara que elas desejam. Arthur me disse para não ligar, mas ele mesmo dá bola para elas, e me usa para provocar ciúmes e se sentir desejado pelas meninas do Guardians. Ele é realmente um babaca mulherengo. 

Arthur me chamou para um jantar que os pais dele organizaram com alguns homens importantes –que ele não me disse quem eram. Eu neguei, e claro, ele insistiu até a última fração de paciência que me restava. Falei que iria se a mãe dele me dissesse que não tinha problema eu ir. E ele conseguiu, Lia me ligou pedindo para que eu acompanhasse Arthur. 

E cá estava eu, há quase quinze minutos me olhando no espelho me perguntando se o vestido vinho estava bom, ou se eu trocava pelo azul. 

— Você está linda! — minha mãe disse enquanto comia pipoca sentada em minha cama. — Por que toda essa indecisão? 

— Porque o Arthur disse que vai ter uns homens importantes, deve ser um jantar sério. 

— O Arthur é palhaço, vai ver só tem ele e os pais. — minha mãe brincou e eu ri. 

— Ok, chega disso! Tá ótimo assim! — falei decidida. 

Descemos para a sala e meu pai estava no sofá. 

— Se não fosse o Arthur, eu ficaria com ciúmes. — meu pai falou rindo. 

Ele gosta mais do Arthur que eu. 

— Bobo. — eu ri fraco. 

Saí de casa e segui até a casa do lado. 

Toquei a campainha. 

Lia abriu a porta e deu um sorriso largo ao me ver. 

— Querida, como você está linda! 

— Você também está. — falei sentindo meu rosto queimar. 

— Arthur está lá em cima, acho que já está pronto. Sobe lá. — ela apontou para a escada. 

Ela disse que acha que ele já está pronto, o que significa que posso chegar lá e ele estar pelado. 

Bati à porta.

— Espera, mãe! — ele esbravejou. 

— Filho, abre logo! — falei rindo. 

— Ah, entra. — a voz parecia mais calma. 

Abri a porta e o vi em frente ao espelho. Ele se virou em minha direção e eu senti um descompasso surreal nos batimentos do meu coração. 

Arthur estava com uma calça jeans escura, e tinha acabado de abotoar a camisa social branca. Até mesmo sem estar pronto, já estava lindo. 

Ele me olhou um pouco perdido. 

— Tá legal? — ele passou a mão pelos cabelos escuros, sem jeito. — Não queria colocar camisa social. — ele resmungou. 

— Está lindo. — falei com sinceridade e ele voltou o olhar para mim. 

— E você está maravilhosa. — ele disse calmo e sua voz soou um pouco rouca, e eu comecei sentir meu rosto queimar outra vez. 

Fui até ele e peguei em seu braço, para ajudá-lo com a camisa. Dobrei a manga até a altura dos cotovelos, depois fiz o mesmo com a outra. 

— Arruma aqui. — ele pediu mostrando a gola da camisa. 

A gola estava toda bagunçada, pois pelo jeito ele tinha vestido a camisa na maior má vontade. Dobrei a gola e passei a mão por sua extensão, finalizando o trabalho. Percebi que Arthur me olhava fixo e subi o meu olhar de encontro com o seu. Ainda com as mãos na gola de sua camisa, fui incapaz de me mover enquanto ele repousava suas mãos sobre minha cintura. 

Senti minha respiração se descontrolar enquanto ele me encarava, e enquanto sentia seu perfume me invadir devido à proximidade. A cada milésimo de segundo que passava, eu sentia um tambor no lugar do coração. 

— Arthur?! Julie?! Vamos! — Lia gritou, nos assustando e nos fazendo dar um pulinho para longe um do outro. 

Descemos as escadas e Lia nos esperava. Encontramos Jack no carro e partimos. 

Arthur se ajeitou do seu jeito largado no banco traseiro do carro, estava mais para o banco do meio, enquanto eu estava ao lado da janela. 

Ele me encarava e toda vez que eu tirava a minha atenção do vidro e o olhava, ele desviava, quase sempre deixando escapar um sorriso de seus lábios. Como eu adoro esse joguinho de encarar, virei a cabeça em sua direção e permaneci o olhando, esperando ele olhar de novo. 

Arthur virou sua cabeça para mim e sorriu quando me viu o olhando, me fazendo sorrir junto. Ele arrastou devagar sua mão pelo banco do carro e encontrou a minha, a segurando. Fiquei olhando nossas mãos por alguns segundos até compreender o que ele queria, então virei a palma da mão pra cima e ele entrelaçou nossos dedos. 

Não tive coragem de encará-lo, então voltei a olhar para o vidro. 

Não sabia o motivo daquele gesto, só sabia o quanto tinha gostado, e principalmente, sabia o quanto gostar disso era errado. Porque ele não faz o tipo que fica de mão dada, não faz o tipo sorridente, não faz o tipo fofo e encantador. Mas ele estava aqui, com seus dedos entrelaçados nos meus, sorrindo o tempo inteiro da forma mais fofa e encantadora que eu já vi. E eu não sei o por quê. Talvez seja uma das mil maneiras de como conquistar uma garota, e droga, como isso está funcionando! 

O carro parou e com muita relutância soltei minha mão da dele. 

Entramos no restaurante e seguimos Lia e Jack até uma mesa que já havia algumas pessoas. Eu estava com tanta vergonha que fiquei grudada no Arthur o caminho inteiro, enquanto ele aparentava uma cara de bunda. 

Lia nos guiou para nossas cadeiras e eu agradeci mentalmente por ser ao lado dele. 

Quem diria, eu querendo ficar perto do Arthur! 

Depois de algum tempo esperando algumas pessoas, a mesa estava completa. 

Todos falavam de negócios e Arthur parecia irritado, quis perguntar o que ele tinha mas confesso que fiquei com medo de ele ser grosso, então preferi ficar quieta. 

— E o nosso garoto? — um homem perguntou olhando para o Arthur. — Está empolgado? 

— O garoto tá super empolgado. — Arthur disse irônico, sorrindo forçado. 

Fiquei um pouco perdida, sem entender o motivo de sua ironia. 

— Ele tá um pouco indeciso no que quer, mas creio que logo reconhecerá essa oportunidade. — Lia disse sorrindo simpática para Arthur. 

Olhei para ele e o vi mexendo a mão impacientemente em cima da mesa, então ele fechou o punho se levantando da mesa e me assustando. Não só a mim mas a todos que estavam ali. 

— Que droga, mãe! Me dá um tempo! — ele disse alto. — Eu não quero nada disso, eu tô cansado! 

Arthur empurrou a cadeira e saiu da mesa. Todos no restaurante olhavam curiosos para nós. Eu estava completamente parada, sem saber o que fazer. Não fazia a menor ideia do que tinha acontecido ali, mas todos na mesa sabiam. 

Arthur saiu do restaurante e Lia aparentava estar decepcionada, Jack estava irritado. 

Eu me sentia tão perdida! 

Queria tanto ir atrás dele. Olhei para Lia um pouco desesperada, meio que pedindo permissão para sair, ela fechou os olhos calma e sussurrou um "Vai".

Saí da mesa sem olhar para mais ninguém e fui até o lado de fora do restaurante. Procurei por todos os lados e ele não estava lá. Pra onde ele podia ter ido? 

Andei por toda a entrada do restaurante e já estava desistindo quando um velhinho me abordou. 

— A senhorita está procurando um rapaz? — ele perguntou e eu demorei para responder. — De camisa branca que saiu do restaurante com pressa? 

— Sim! — disse eufórica. 

— Ele foi para o estacionamento. — ele apontou em uma direção. — Espero que ele não tenha aprontado nada lá dentro, viu? — ele riu fraco. — E que esteja bem, ele passou aqui com um semblante tão pra baixo! — o velhinho disse tristonho amolecendo o meu coração. 

— Ele não aprontou nada. — sorri simpática. — E eu também espero que esteja bem! 

Fui em direção ao estacionamento e procurei por Arthur. Passei quase que de carro em carro, olhando para todos os lados, mas nada dele. 

Escutei um barulho fraco e senti um gelo na espinha. O lugar era pouco iluminado pelas luzes amarelas, e tinha muitas árvores ao redor, mas, mesmo assim segui em direção de onde o barulho tinha vindo. 

E lá estava ele. Sentado num banco de madeira com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos no rosto. 

Parei de andar e fiquei receosa de continuar. Ele podia estar num momento dele, podia não me querer ali. 

— Eu sei que você tá ai. — ele disse ainda de cabeça baixa. — Não vou surtar, relaxa. — ele me olhou, me motivando a ir lá. 

Fui até ele ainda em silêncio e sentei ao seu lado. Não tive coragem de falar algo, só o observava. Ele agora estava de cabeça levantada, mas ainda com os cotovelos apoiados nos joelhos. 

— Pode me falar o que aconteceu ou não quer falar sobre isso? — perguntei hesitante. 

Arthur demorou um pouco até me olhar. 

— Eu não aguento mais. — ele disse baixo e passou as mãos pelo rosto. 

Fiquei quieta por um momento, pensando no que falar. 

— Os meus pais, eles querem que eu trabalhe com eles, que eu participe dos negócios. — ele disse como se fosse um fardo. 

— Qual o problema nisso? — falei sem entender. 

Arthur respirou fundo. 

— Julie, desde que eu tinha 15 anos eles esperam isso de mim. — ele me olhou com tristeza. — Sabe o que é crescer ouvindo que você não tem futuro? Que vão te enfiar nos negócios pra você não crescer sem rumo? Eu escuto isso faz dois anos. 

Arthur falava com angústia, e eu não consegui falar alguma coisa. Não conseguia imaginar meus pais falando isso pra mim, não conseguia imaginar Lia falando isso pra ele. 

— Às vezes eles só querem te ajudar. 

— Julie, com 15 anos escutar que você não tem futuro, não é uma ajuda. 

— Talvez seja pelo seu jeito meio festeiro. — falei e logo percebi que eu não estava ajudado nada. 

— Sabe aquele cara que falou comigo lá dentro? — ele perguntou e eu concordei com a cabeça. — Meu pai já encheu tanto o saco dele, que ele tem uma vaga garantida pra mim na empresa desde o ano passado. Foi aí que comecei a sair pra festa todo fim de semana, voltar só de manhã pra casa, beber até não aguentar mais. Passei a não me importar com nada e nem ninguém. Eu estava revoltado, só queria que desistissem de mim. — ele abaixou a cabeça de novo e aquilo estava quebrando o meu coração. 

— Ei, não fica assim. — me aproximei dele passando uma mão em suas costas, e com a outra peguei em seu rosto, o fazendo olhar para mim. — Se você não quer, não faça. Não precisa provar nada para ninguém! Eu não duvido de você e de seu futuro, porque você vai ter um sim, e eu sei que vai ser brilhante! Não precisa ser o que eles querem que você seja. Seja apenas você mesmo e está incrível assim. — terminei de falar o olhando nos olhos. — E eu estarei ao seu lado.

Arthur pousou uma mão em minha perna, e encolheu o ombro para o seu rosto, onde minha mão estava. Parecia pedir carinho, e assim eu fiz. Ele fechou os olhos um pouco, e depois me olhou. Parecia tão calmo agora. Ele se aproximou um pouco de mim, e quase não havia mais distância entre nós. 

— Os dois aí! Não pode ficar aqui. — um homem de terno, provavelmente segurança do estacionamento, falou. 

Nos afastamos tão rápido que foi como se aquele momento não tivesse acontecido. Mas eu sabia que sim, ainda sentia o calor de sua mão em minha coxa. Ainda sentia meu coração descompassado. 

— É que banco é pra sentar, né?! Achei que podia. — Arthur disse e o homem nos olhou nervoso. 

— A gente já está saindo! — disse apressada. 

— Vamos no McDonald’s? — ele falou baixo. 

— Eu? 

— Não, Julie, o segurança. — ele disse irônico rindo fraco. 

— Vamos. — falei rindo também. 

Eu estava tão preocupada com ele que não tinha percebido que não tínhamos comido nada. 

Saímos do estacionamento e eu logo avistei o velhinho, que sorriu para nós quando viu Arthur e eu de mãos dadas. 

— Encontrou ele, afinal. — ele disse e Arthur me olhou confuso. 

— Foi só um pouquinho difícil, mas encontrei sim. — sorri. 

— Espero que tenham tido um ótimo jantar. — ele falou. 

— Na verdade, nós não jantamos, aconteceu um imprevisto. — falei um pouco pra baixo lembrando da cena. 

— Então voltem outro dia! Vou adorar vê-los outra vez. — ele sorriu. 

— A gente vai voltar. — Arthur falou firme, e dessa vez me deixando confusa. 

Nos despedimos do senhor e estávamos atravessando a saída quando o escutei dizer: 

— Belo casal! 

E corei, sentindo Arthur apertar minha mão. 

Depois de dois quase beijos, ainda fomos chamados de casal. 

 

####

 

— Desculpa. — Arthur disse baixo. 

— Pelo que? — perguntei. 

— Por termos perdido o jantar. 

— Nós não perdemos nada. — disse olhando ao nosso redor, no McDonald’s, que estava quase vazio. 

Arthur sorriu e pegou uma batata minha. 

— Ei! — chamei sua atenção. 

— O que? — ele perguntou com um sorriso bobo no rosto. 

— Amigos, amigos, comidas à parte. 

Ele riu e pegou outra. Teimoso! 

E assim terminamos a nossa noite, muito bem arrumados comendo hambúrguer e batata frita em uma lanchonete do McDonald’s.


Notas Finais


GENTE, todos os meus feels por esses dois! Esse capítulo tá tão maravilhoso! ♥
Só queria dizer que meu ex crush (vulgo menino que inspirou o Arthur) fazia isso de me encarar e desviar HAHAHAHA.
Muito amor por esse velhinho ♥
E agora descobrimos porque o Arthur é assim! Será que ele muda pela Julie?

Espero que tenham gostado, pois esse capítulo é um dos meus favoritos.
O que acharam???
Obrigada por todo o apoio!
Até o próximo, beijooooosxsx! ♥ ♥


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