História Une fois - Cap 3

Hinata Hyuuga.

Parece que foi ontem que eu vim morar com a minha avó paterna mas irá fazer um ano daqui alguns meses.

No verão acabei me socializando mais com alguns colegas da escola, acabei também me tornando mais intima de Sasuke.

Nesses meses que voltei pude perceber que a sua relação com o pai não havia melhorado,na verdade apenas piorou.

Sasuke já não é mais o mesmo garoto que eu conheci mas dentro dele o Sasuke de cinco anos ainda está lá. Sasuke agora está mais fechado e suas crises são frequentes apesar dos outros não terem conhecimento disso.

É como se ele tivesse em um casulo somente dele, ele não deixa ninguém se aproximar muito nem mesmo eu.

Passamos o ano novo juntos já que eu consegui dar uma escapada dos olhos protetores do meu primo e fui a praia para encontrá-lo. Conversar com ele se tornou uma válvula de escape para mim, apesar de somente eu desabafar é bom.

Estamos no começo do ano e eu estou ansiosa. Essa semana chegará a lista de aprovados, me escrevi em várias faculdades da cidade. Não queria admitir mas me apeguei a konoha e as pessoas que vivem aqui.

Minha avó ficou orgulhosa sabendo que eu farei a mesma profissão que ela já exerceu um dia, psicologia. Quero entender mais a fundo as mentes das pessoas. Uma em específico me motivou a isso, Sasuke uchiha.

Apesar de termos nos tornado mais íntimos ainda é um mistério para mim sobre o que se passa na sua cabeça, olho para a janela e vejo ele descendo do carro.

Sorrio e pegou minha bolsa. Iremos no aniversário do Ino e ele me dará uma carona, me despeço da minha avó que esta na sala e abro a porta antes mesmo de escutar a campanhia.

-Oi, vamos?

Ele apenas assentiu e foi para o carro, às vezes ainda me incomodo com a falta de diálogo dele.

-Eu estou tão ansiosa, quero muito ter conseguido ir para konoha universit.

Comento empolgada enquanto vamos em direção ao restaurante da mãe da Ino.

-Você vai conseguir.

-E seu irmão?

Pergunto um pouco temerosa, sei a relação que ele tem com o irmão mas ele havia comentado que o mesmo voltará de suna a alguns dias atrás.

-Esta bem, você quer ir lá em casa depois?

O olho surpresa, desde que voltei não tinha ido na casa de Sasuke. Sempre achei isso íntimo demais por isso poucos amigos meus conheciam minha casa.

-Pode ser.

-Aluguei uns filmes, a gente poderia ver. Te levo pra casa depois.

Sorrio e concordo.

Assim que chegamos encontramos nossos amigos sentados mais afastados em uma mesa. Naruto e Sakura estavam com eles, acabei os conhecendo um pouco depois do resto do resto do pessoal.

Sakura estava viajando na época e Naruto também. Eles namoravam mais acabaram o relacionamento antes da viagem, pelo menos foi isso que Ino me controu um tempo atrás.

Outra coisa que me irrita com Sasuke é a maneira que ele muda quando estávamos com outras pessoas, ele vira alguém totalmente diferente.

Ele esta mudando muito e eu acho que isso seja coisa do seu pai. Ele me disse que iria fazer administração por conta dele, precisa dar orgulho a ele.

Horas depois..

Assim que chegamos na casa de Sasuke depois do aniversário de Ino ele me trouxe para seu quarto mas desceu para pegar algumas coisas na cozinha.

A casa é simplesmente enorme e linda, por um momento me sinto deslocada aqui. Já faz alguns minutos que ele desceu e eu ligado para a minha avó dizendo que talvez demorasse mais para voltar para casa.

Estava distraída olhando algumas fotos que haviam na parede do quarto até que ouço uma griatria lá embaixo. Fico meio receosa, não sei se devo me intrometer. Pelo que parece Sasuke está brigando com o pai.

Abro a porta encontrando o corredor vazio, a briga parecia estar se encerrando mas eu consigo escutar a última parte.

-Você é um inútil mesmo, não servirá para nada!

Pelo tom da voz supôs que era o senhor uchiha, Sasuke não tinha uma voz tão grave assim. Fici tentada em descer lá embaixo e falar algumas verdades para ele.

Mal sabe ele o filho que tem, Sasuke nunca o odiou pelo o que ele já fez. No fundo eu sei que ele só é uma criança que precisa de atenção que o pai nunca deu.

Percebo que a briga havia terminado e volto para o quarto antes que Sasuke me encontrasse ouvindo a conversa no corredor. Me deito na cama olhando para o teto, fingindo ou pelo menos tentando, que nada havia acontecido.

Ouço a porta se abrir e fechar e sinto o colchão afundar. Sasuke também olha para o teto, tenho quase certeza que ele sabia que eu tinha escutado a conversa.

Não preciso olha-lo para saber que ele esta chorando, foi só preciso um soluço. Eu não sei como ele se sente mas sei que não é bom, ainda mais como ele é..

-Não chora.

Peço me virando para poder encara ló, ele permanece parado olhando para o teto.

-Eu nunca deveria ter nascido, tudo isso é culpa minha.

Eu já perdi a contas de quantas vezes falei isso para mim mesma desde que a minha mãe partiu. Eu sei que ele também sente falta da sua mas ele mais do que eu sabe como é ter um pai ausente e a culpa que achamos ser nossas por eles serem assim.

-Olha. Não é justo com você ficar se culpando assim, como se tudo que acontece com todo mundo, no fundo, fosse exclusivamente culpa sua. As pessoas são responsáveis pelos próprios atos, ainda que de vez em quando elas tentem agir como se outros fossem os culpados, é só porque assim é mais fácil.

Falo o abraçando. Sei o quanto é difícil para ele estar chorando assim na frente de alguém, ainda mais como ele é uma pessoa orgulhosa. Ele finalmente esta se abrindo..

Meses depois.

-Fica frio, por que você está gritando?

Pergunto pela terceira vez tentando acalma ló. Eu sei que preciso ter paciência por ele apesar de estar frustada demais para isso.

Estamos na metade do ano e alguns meses atrás Sasuke decidiu sair da casa do pai, então alugou um apartamento no centro da cidade.

Assim como ele passou em administração, ru consegui passar em psciologia. Não há curso melhor para mim, finalmente estou conseguindo entender melhor Sasuke e a única coisa que eu preciso é ter paciência.

A relação com o pai dele só se tornou mais conturbada, ainda não tive a oportunidade de revelo e agradeço por isso. Acho que não conseguiria me segurar e falaria coisas que estão entaladas na minha garganta a um tempo.

-Deite se, tudo já foi feito antes. 

Peço o guiando até a cama do seu quarto. Estou o ajudando com a reforma que ele tanto queria fazer no quarto então ele acabou tendo uma crise de ansiedade.

Eu sei que ele não esta mais indo ao psiquiatra, muito menos ao psicólogo. Aos poucos tento convencê-lo a voltar, eu não posso o obrigar a nada.

Insisti tanto para que ele fosse mas Sasuke nunca me escuta, ele anda cada vez mais stressado. Seu pai o ajudou com o apartamento mas com a condição dele trabalhar na empresa da família, o que acaba sobrecarregando meu amigo. 

Ele acabou de voltar de viagem. Tinha ido para uma conferência com o pai, acabou ficando por lá uma semana e voltou diferente demais para mim.

-Se você apenas deixar como está você verá, eu não sou uma pessoa boa Hina. 

Falou colocando a mão no rosto. Eu preciso desabafar e como eu sempre fazia isso com ele, por que não desabafar sobre ele?

suspiro e me sento ao seu lado na cama.

-Eu gosto de você do jeito que você é,l quando estamos dirigindo no seu carro e você está conversando cara a cara comigo..

Ele me olha confuso, talvez por não saber aonde eu quero chegar.

-Mas você se tornou outra pessoa perto dos outros. Você está cauteloso, como se não conseguisse relaxar. Você está tentando ser legal mas parece um idiota para mim. Diga me, por que você tem que deixar as coisas tão complicadas?

Pergunto o olhando nos olhos, ele não sabe o que me responder por isso ficamos alguns minutos em silêncio. Até que eu decido falar novamente, já que estou desabafando preciso contar tudo que estou sentindo.

-Eu vejo o jeito que você é. Agindo como se fosse outra pessoa, me deixando frustada.

Eu sei que a vida é assim, você cai,se rasteja e se quebra mas droga, eu nunca pensei que gostar dele fosse difícil assim. Desvio o olhar para a varanda, quero chorar mas não antes de dizer tudo.

-você acha que eu me sinto bem vendo você mudando até comigo?

Pergunto ofegante por ter falado muito rápido mas tenho a certeza de que ele havia entendido cada palavra.

-Me desculpa. Eu não queria isso, eu não sabia que você estava se sentindo assim.

Falou se levantando e começado a dar voltar no quarto me deixando procupada.

-Droga, Hinata. Você não consegue entender que eu só consigo agir assim com você. Eu não consigo me abrir para as outras pessoas, por que eu te amo. 

Falou me olhando, eu não sei se é uma brincadeira de mal gosto da parte dele mas se for tera me feito cair direitinho.

Sorrio e me levanto me aproximando dele que logo enxuga minhas lágrimas. Droga, ele não deveria ser tão complicado assim. 

-Eu sei que não sou uma pessoa fácil de se lidar mas eu prometo me esforçar, eu vou me esforçar por você mas por favor não me deixe.

E mais uma vez ele pisa no seu tão precioso orgulho por mim, sorri largamente e o beijo.