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História Operação Alfa - Pequenos detalhes


Escrita por: forbiddenfruit

Notas do Autor


Desculpa gente, desde que meu cachorro sumiu eu to numa bad que não tem fim. To tentando ao máximo escrever algo legal. Desculpe se eu não conseguir.
Boa leitura 😘

Capítulo 14 - Pequenos detalhes


Fanfic / Fanfiction Operação Alfa - Pequenos detalhes

Por Rafael 👌

Havia acabado de sair do plantão. Eu trabalhava como pediatra em uma clinica no centro, e acredite pra mim não existia nada melhor. Eu fazia o que amava e agora ia encontrar as duas pestinhas que eu mais amava no mundo.

Estava ansioso para lhes encontrar. Por que eu as amava, claro, mas também queria saber como tinha acabado o plano, se tinha dado certo e se aquele babaca do Peter havia sumido de uma vez por todas de nossas vidas.

Estacionei o carro na vaga destinada ao apartamento de Bruna. É, já que Isabella estava terminando um romance as meninas haviam ficado por ali. Adoraria que ficassem comigo, mas como eu disse: estava em plantão.

Após sair do elevador apertei a campainha do 513 e fui recebido por uma loira sorridente.

- Eu tenho três ótimas dicas!

Apenas sorri encarando Bruna foi quando Valentina apareceu correndo e pulou no meu colo

- Papai, acabamos de ganhar uma grande aliada!

Sentamos todos juntos em uma roda enquanto Bruna tagarelava coisas sobre Isabella, como por exemplo o que ela sentia por mim.

- Você tem certeza? –perguntei pela milésima vez-

- É claro que eu tenho. Ela falou com aquela boca e eu escutei com esses ouvidos.

- Mas o que ela disse exatamente?

- Por céus Vitti! –exclamou batendo nas coxas- Somente acredite: Dulce é louca por você. Ela só cansou de lutar sozinha entende? -ela olhou pra mim e depois fez uma careta- Tá vendo o que você fez? Minhas coxas estão ardendo. Ai!

- Desculpa? 

- Rafael! Isabella! Foco!

- Tá. Tá. Mas e o Peter? O cara não tem nada a ver com isso. Ele é até bem legal.

 Foi então que ao mesmo tempo elas soltaram:

- Bata nesta boca! -exclamou Bruna-

- Você é burro papai? -perguntou Tina-

- Eu não acredito que você falou isso. -resmungou Sophie-

- Eu disse que a inteligência dele não era total. -Valentina disse alternando o olhar entre Sophie e Bruna-

- Vamos ter que explicar devagarzinho. -Sophie respondeu-

- Mas porque não montamos esse plano antes?

- Ei! Eu ainda estou aqui! -falei mais alto atraindo a atenção das três que me deram um sorriso sem graça-

- A mamãe ama você papai.

- Mas o Peter é um cara legal -eu disse e as três me fuzilaram com o olhar- e a Isabella pode gostar dele.

- Isso significa que você tem que acelerar bonitão. Faça a Bella lembrar por que se apaixonou por você. -Bruna falou sorrindo- Você é o nosso galã.

- Mas eu nã...

- Ai meu Deus! O que tem de bonito tem de burro ao dobro!

Bruna berrou e por um momento achei que tivesse acabado por a paciência que ela sempre teve. Então ela respirou fundo e voltou a sentar perto de mim.

- É só ser você Rafael. Você dá de dez naquele perdedor torcedor de Arsenal.

- Perdedor mesmo. –resmunguei acompanhado por Bruna que balançava a cabeça em negativa-

- Por que o papai não faz uma lista de pró e contra?

A voz de Sophie atraiu meu olhar e acendeu uma lanterna nas minhas ideias. Era uma boa ideia. Boa não ótima. Aquela menina era um gênio, assim como o pai, obvio.

Juntamos mais a nossa roda e Bruna preparou papel e caneta. Após algumas discussões chegamos a conclusão que eu tinha todas as qualidades que Isabella desejava, mas deixava desejar em atenção o que o palerma do Peter dava em sobra.

- Então é isso: você vai duplicar as suas qualidades e transformar elas em atenção.

- Que? –perguntei a Bruna. Tinha me distraído-

- Papai querido, -Sophie pôs as mãos diante do meu rosto, eu ri- é só ser você, só que perto da mamãe.

- Ainda não entendi.

- Céus! –Valentina imitou a típica fala da madrinha- Acho que quando eu nasci tirei toda a inteligência que o papai tinha.

- Mas e eu? Eu não ganhei nenhuma inteligência? -Sophie perguntou fazendo um bico-

-Você pegou a inteligência da mamãe ou você acha que ela faz essas burrices sendo esperta?

Anahí gargalhou e eu revirei os olhos sorrindo. Cada dia que passava eu acreditava mais nessa teoria. Elas eram gênios. Um pouco antes de irmos embora o telefone de Bruna tocou.

- Espera! -Bruna disse e nós paramos- Isso. Vocês também. -então voltou a atenção pro celular- Espera ai caramba. Eu to vendo onde liga a.. achei! Oiii! -ela sorriu dando careta pra tela do celular-

- A gente tem que ficar aqui olhando ela falar com o celular? -Valentina perguntou-

- Eu acho que a madrinha de vocês tem problemas. 

- Vamos saindo devagarzinho e ela não vai ver. -Sophie sussurrou-

Nós começamos a dar passos pequenos e silenciosos pra trás enquanto íamos puxando a porta para fecha-la.

- Podem parando ai. -Bruna falou em um tom alto que nos assustou. As meninas deram um grito, e ao correr chocaram de frente uma com a outra caindo uma para cada lado. Elas ja levantavam prontas para uma nova tentativa de fuga quando eu levantei Sophie que se agarrou nas minhas contas, no entanto Valentina seguiu um caminho qualquer passando entre as minhas pernas e no fim acabamos todos no chão. 

- A idéia de fugir foi deles senhora. Eu não queria fazer nada. -falou Valentina levantando do chão e todos caimos na gargalhada-

- O que vocês acham que estão fazendo?

 Valentina, eu e Sophie nos entreolhamos e rapidamente fomos nos ajeitando.

- Tem como alguém ser morto via celular? -cochichou Sophie-

- Só se ela jogar o celular na gente. -disse Valentina no mesmo tom-

- Se a gente for fugir temos que armar um plano melhor. -eu falei e elas concordaram-

- Cadê vocês? -a voz de Isabella saiu do aparelho- Quero ver vocês. Vamos! Eu não vou matar ninguém.

 Soltamos a respiração que estávamos prendendo e as meninas correram pra frente da pequena tela.

Elas passaram alguns minutos conversando e Isabella dizendo o quanto estava com saudades. Ela parecia exausa, apesar de ter dito milhares de vezes que estava bem e que só ia terminar mais um capítulo pra deitar um pouco. A principio não dei muita atenção a isso, mas a caminho de casa minha mente começou a maquinar.

Isabella havia passado o dia inteiro em frente ao computador conversando apenas com os personagens que ela tanto gostava de criar, provavelmente não havia comido direito e devia estar cansada ao extremo para preparar uma boa refeição. Conhecendo Isabella da forma que eu conhecia sabia que isso acabaria em alguma doença já que a imunidade dela era tão fraca. Foi pensando nisso que eu decidi virar na primeira curva em direção ao mercado.

Sophie, Valentina e eu nos dividimos pelo supermercado quase vazio buscando as coisas que iriamos precisar. Eu cuidaria do prato principal, Valentina da sobremesa e Sophie... Bom Sophie era responsável pela alegria. Eu não sabia o que queria dizer, mas não devia ser ruim.

 Elas entraram no carrinho que eu peguei e nos colocamos a postos.

- Preparar...

- Apontar... -Sophie continuou-

- E vaaaaaaaai! -Valentina gritou-

 Saímos correndo pelo mercado como se o carrinho fosse um carro de corrida. O mercado  quase vazio então tínhamos liberdade  de correr pra todo lado.

- Aqui papai. Estaciona! -pediu Sophie parando no corredor de doces-

- Busco você em alguns minutos. Não sai daqui e se alguém tentar encostar em você..

- Eu chuto e grito. Eu sei. Vai papai.

 Virei em alguns corredores com Valentina rindo a cada curva. Quando estava entrando no corredor que eu queria Tina disse que precisava ir no corredor logo a frente. Tinha algo como revistas e DVD's por ali.

Quando nos encontramos no caixa eu tinha um pacote de macarrão, almondegas e demais temperos. Sophie tinha um pote de sorvete e um tipo de cobertura. Tina tinha o tal kit alegria que era nada mais do que um jogo de tabuleiro e um filme.

 Sorridentes entramos no carro e seguimos em direção ao nosso objetivo.


Por Isabella 👏

Eu estava acabada, destruída, cansada e acabada mais uma vez. Depois de horas sentada em frente a aquele computador escrevendo feito louca e comendo uma besteira ou outra de vez enquanto eu havia finalmente terminado. Sabe, eu amava escrever, mas tinham algumas vezes que aquilo acabava comigo.

Minha mente estava exausta e eu só pensava em subir para o quarto, tomar um banho e dormir até 12h de manhã, mas ai a minha campainha tocou de forma insistente. Resmunguei passando a mão pelo rosto e segui para a porta ajeitando os meus cabelos em um coque, mas a visão que eu tive ao abrir a porta foi a melhor de todo o meu dia.

Com bolsas nas mãos Valentina e Sophie sorriam acompanhadas de Rafael.

- Será que podemos cuidar de você?

Rafael perguntou e eu sorri dando passagem para os três. Sophie saiu correndo com a sua bolsa para a cozinha enquanto Valentina fazia o mesmo só que em direção a sala.

- O que estão fazendo aqui? –perguntei me encostando no batente da porta-

- Viemos cuidar de você.

- Mas eu estou bem, não estou doente nem nada.

- Eu sei, mas se eu bem te conheço você ia subir direto sem comer nada descente e ia acabar doente.

- E...?

- E eu me preocupo contigo.

Inevitavelmente um sorriso brotou nos meus lábios e a vontade de me jogar nos braços de Rafael falou mais alto. Em menos de um segundo meu corpo tocou o dele e trocamos um abraço apertado. Olhei em seus olhos e quando imaginei que ele ia beijar meus lábios sua direção mudou para minha testa. Eu sorri. A sensação de proteção e carinho me invadiu por completo.

- Obrigada.

Sussurrei antes de me soltar do abraço e subir para um banho. Ainda sentia seu olhar sobre mim.

Durante o banho eu deixava a água quente cair levando embora meu cansaço mas infelizmente ela também levava o aroma que havia colado em meu corpo. Eu estava feliz! Queria acabar aquele banho o mais depressa possível para descer as escadas e encontrar todos lá embaixo preparando tudo pra mim.

Não conseguia acreditar que Rafael estava mesmo ali, simplesmente por se preocupar comigo, por querer cuidar de mim. Inevitavelmente comparei Rafael e Peter, e imaginei se em algum momento Peter seria capaz de fazer algo desse tipo por mim. Só por se importar. Algo em mim dizia que não.

Terminei o banho, escovei os cabelos e vesti meu pijama favorito. Era um shortinho branco e uma camiseta. Simples mas especial pra mim, mão me lembro porque.

Assim que desci as escadas pisquei duas, três, quatro vezes para ter certeza de que aquilo estava acontecendo.

A mesa estava não estava arrumada nem nada disso mas o aroma delicioso invadiu minhas narinas e fez meu estomago roncar tão alto que todo mundo olhou pra mim.

- Desculpa!

Cada um soltou uma risada e voltou a atenção para a sua tarefa. Valentina que veio até mim e me puxou pela mão.

- Venha mamãe. Vamos nos distrair enquanto o jantar não fica pronto. –ela falou-

Correndo na minha frente Valentina sentou no sofá e pediu que eu me deitasse. Assim eu fiz apoiando a cabeça no seu colo e ela começou a acariciar os meus cabelos.

- Esse filme é muito legal. A Barbie é uma fada! 

- Nós ainda não vimos esse. -sorri pra minha filha e ela sorriu de volta feliz. Desde os dois anos ela amava ver esses filmes e eu nunca resistia. Eu e Rafael sempre fomos crianças nos corpos desses adultos que agora somos-

- Depois vamos terminar aqueles da Disney. 

Então um mundo colorido apareceu e eu tenho que admitir que a história não era tão ruim, era até divertida, interessante. O filme estava quase no fim quando Rafael anunciou que o jantar estava pronto.

Nos reunimos diante a mesa e Rafael nos serviu um maravilhoso macarrão com almondegas. Sinceramente, era o melhor que eu já havia experimentado. Claro que ele cozinhava de tudo um pouco, mas aquele macarrão era definitivamente a minha paixão culinária.

- E como ficou a sua história Bellinha ?

Rafael perguntou me afazendo arregalar os olhos de surpresa. Nunca. Em todos nossos anos de casados Rafael me perguntara sobre minhas histórias, sinceramente eu até achava que ele as odiava, até agora.

- Ahm... Bom, ficou bem divertido após todo aquele suspense.

- Tenho certeza que ficou magnifico. –eu sorri em resposta- Adoraria lê-lo. Quando vai ser publicado?

Dessa vez foram os meus lábios que se abriram. Isso era real? Que realidade paralela era aquela?

- Talvez ao final deste ano, mas se quiser eu posso te enviar por e-mail o que ainda tenho no computador.

- Ia ser ótimo.

Apenas sorri e voltei a comer o macarrão um pouco mais contente. Talvez aquilo tivesse relação com o prazo que tinha em nossa pequena aposta, mas não me importava. Eu estava feliz por ter aquele momento.


Notas Finais


É isso. Espero que gostem.
Beijinhos na ponta do nariz 😘


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