História Operação Alfa - Dagoberto

Por Valentina ��
- Como assim ela está saindo as escondidas?
Perguntei quando Sophie me contou o que tinha escutado da conversa da dinda com a mamãe.
- Eu não sei Tina! –Soph se jogou na cama lambendo um pirulito- Só sei isso que eu falei.
- Ai Soph como você é lenta! –exclamei batendo a mão na testa-
- Desculpa. –ela pediu com aquela carinha fofa e eu sorri. Me sentei do lado dela e abracei-
- Está tudo bem Soph.
- Como nós vamos ajudar o papai se a mamãe vai nos dar outro papai?
- Ela não vai dar papai nenhum. Vamos mandar ele embora.
- Com tinta? –ela sorriu pra mim e por um momento eu achei que ia dar certo, mas ai lembrei-
- Ela vai desconfiar. Nós usamos tinta com aquele outro.
Sophie fez um biquinho e cruzou os braços. Sabia que dali ia sair alguma coisa então comecei a falar.
- Vamos por tudo em ordem. –falei ficando de pé e andando de um lado pro outro igual um capitão de soldado- Ainda não conhecemos esse Peter. –Sophie concordou- Mamãe vai ter que nos apresentar ele. –Sophie concordou de novo- Mas quando...?
Eu parei no meio do quarto e comecei a pensar. Sophie me imitou. Ficamos quietinhas um tempão e eu já tinha esquecido que tinha que pensar quando a Sophie gritou:
- O jantar!
- Jantar? Que jantar? –perguntei coçando a cabeça. Não lembrava de jantar nenhum além do que ia ter de noite, mas esse tem todo dia-
- Lembra que a mamãe falou que amanhã vamos jantar em um lugar especial?
- Sei. Deve ser o McDonald’s.
Sophie bateu a mão na testa e bufou. Ei! Essa atitude era minha! Ladra!
- O jantar deve ser para conhecer o tal de Peter.
- Oh! –eu abri a boca surpresa. Como eu, a mais esperta da família não pensou nisso?- É verdade.
- Depois eu que sou a lenta. –Sophie revirou os olhos-
Eu olhei pra Sophie de cara feia e ela caiu na gargalhada. Sentamos uma do lado da outra com um bloquinho de papel e uma caneta. Se passaram quase que uns vinte minutos inteiros e não conseguimos nada.
- Que droga! –me joguei na cama cruzando os braços-
- Não fica assim. –minha irmã passou a mão na minha cabeça-
- O papai tem que voltar Soph. –resmunguei-
- Vai ficar tudo bem. Sou sua irmãzinha, vou te ajudar.
Sophie deitou do meu lado e nos abraçamos. Eu sabia que tendo a Sophie comigo, tudo ia dar certo.

[...]

Já eram cinco da tarde. Eu e Sophie estávamos no jardim andando com todo o cuidado pela grama molhada para não sujar os nossos sapatinhos. Nós íamos para o tal jantar importante para conhecer o tal Peter. Mamãe não falou nada sobre ele não, mas eu e Soph tínhamos descoberto.
Ainda não tínhamos um plano, o que nós deixava tristes por que não íamos poder ajudar o papai. Papai esse que não sabia o que estávamos fazendo, nem que sabia do que nós sabíamos sobre a aposta. Pois é.
- Tina! Tina! Corre aqui!
A voz da minha irmã me alertou e eu larguei uma florzinha no chão e sai correndo até chegar perto dela.
- O que foi? O que foi? –eu perguntei-
- Já sei como vamos afastar o tal de Peter. –Sophie cantarolou-
- Como? –eu perguntei tentando ver o que ela escondia dentro da bolsa-
- Tina, quero que conheça o Dagoberto.