Era por volta de dez e meia da manhã. Mina estava na escola a qual dava aulas de balé três vezes nas vezes. Seu humor estava absurdamente horrível, desde que lera as palavras finais do bilhete, a ruiva não conseguia sorrir de forma espontânea, era sempre forçadamente, pois ninguém precisava saber de sua tristeza Porém apesar de tudo, Mina não havia tomado o remédio, faria birra dessa vez e ainda a confrontaria quando terminasse suas aulas, já que tinha a intenção de ir até a empresa Hirai para ver Chaeyoung.
Enquanto observava as jovens fazerem os exercícios difíceis que havia passado, estava tentando relaxar. Mas sem sucesso até o momento, já havia bebido duas garrafas de água e contado até dez. Parecia que nada iria melhorar o humor da japonesa naquele dia, apesar de que ainda era de manhã. Não conseguia acreditar que depois de uma noite maravilhosa, Chaeyoung havia conseguido ser tão insensível ao lhe lembrar da pílula e de seu desejo estúpido de não querer filhos. O barulho de alguns toques do vidro atrás de si lhe puxou para a realidade. Acenou para que as garotas fizessem uma pausa e saiu da pequena sala.
—Quem é a minha bailarina favorita? — Disse uma voz familiar, Mina deu um sorriso fraco ao ver de quem se tratava. Estava feliz com a visita, mas ainda estava mal pelas palavras de Chaeyoung. A outra percebeu como ela estava radiante, mas ao mesmo tempo triste, sua pele mostrava uma coisa e seu olhar a outra. —Eita, o que foi Mina?
—Sou eu. — Respondeu brevemente e abraçou a amiga que estava com uma barriguinha linda. —Momo enfim deixou-te sair sozinha? — Perguntou tentando desviar o assunto, não queria contar o que havia acontecido.
—Ela me deixou aqui e foi assinar uns papeis na empresa, daqui a pouco ela vem me pegar. Mas enfim, agora me responde, por que essa pele radiante, mas esse olhar triste? — Disse a mais nova puxando a ruiva para se sentarem em algumas cadeiras que havia ali perto. —A Chae e você ainda tão no mesmo chove mais não molha?
—Não, a gente fez amor essa noite. Foi tão bom. — Disse suspirando e enfim sorrindo boba, Dahyun deu uma risadinha. —Eu estava morrendo de saudades, não compensou completamente, mas foi o suficiente por enquanto sabe.
—Mas isso vocês resolvem hoje à noite. Porém, ainda não entendi por que esta triste. Ela veio com aquele papo chato da camisinha ou gozou fora? — Dahyun sabia mais ou menos dos problemas que Mina tinha com Chaeyoung. A japonesa abaixou a cabeça e suspirou, estava meio sem graça. —Minari, Minari. Responda-me.
—Pela primeira vez, desde que casamos. Foi dentro e não teve historia idiota da camisinha. Como eu disse, foi ótimo. Isso até o dia seguinte. — Começou a explicar, Dahyun alcançou umas balas que havia na mesinha da recepcionista e acomodou-se novamente ao lado de Mina. —Ela me deixou um bilhetinho lindo, até que eu li o PS escrito em letra grande no final.
—Desembucha que dizia essa droga de final? — Perguntou impaciente, Mina riu da mudança de humor da amiga grávida. —Essas balas da recepção são ótimas, onde compram?
—Conveniência do final da rua. Enfim, ela me mandou tomar a porra da pílula por que ainda não estamos prontas para um bebê. Eu quero esganar ela, que saco. — Disse apertando os braços da cadeira, Dahyun revirou os olhos, Chaeyoung merecia uns tapas com certeza. —Só que eu não tomei, quero que se dane. Você sabe o quanto eu quero ter o nosso tigrinho ou a nossa pinguim.
—Relaxa amiga. — Deu um tapinha nas costas. —Essa coisinha pode estar procurando seu ovulo nesse momento ai dentro, a não ser que Chae tenha algum problema. O que certamente não tem, já que vocês fazem exames toda semana basicamente. —E só pra garantir a eficiência, pega ela de jeito essa noite de novo e faz ela por tudo pra dentro.
—Que isso Dubu, capaz dela chegar hoje falando que ta um trapo e dormir até mesmo sem tomar banho de novo. Essa noite ela já dormiu, mas tomou hoje cedo, pois o banheiro estava todo molhado. — Explicou um pouco surpresa, Dahyun estava uma caixinha de surpresas. —Ah, mas chega de falar de mim, como vai à gravidez e como é ter Hirai Momo o dia todo em casa?
—A gravidez vai muito bem. Esses quatro meses tem sido ótimos. — Disse enquanto observava Mina tocar-lhe a barriga. —E ter a Momo em casa esta delicioso. Ela até mesmo tem feito massagem nos meus pés. Ela me carrega sempre que eu peço, traz café na cama e faz amor devagarzinho.
—Achei que tu estavas com repulsa. Mas pelo jeito tu que está com mais fogo. — Disse lançando um olhar malicioso para amiga que corou um pouco. —Momo é uma boa esposa, ela sempre faz tudo que você quer. É assim desde que eram só amigas.
—Temos os mesmos gostos. — Dera de ombros. — Chae também fazia tudo por você. — Disse, lembrando-se do passado onde Son Chaeyoung fazia de tudo por Mina. Tudo mesmo. Rira ao se lembrar de uma cena especifica. — Lembra quando ela subiu em cima da grade do terraço da escola e gritou: “Eu amo a Mina. Amo mais ela do que dormir. Amo mais ela do que respirar!”? Só que ela era bem bobinha e tropeçava bastante, assim quase caindo? Você gritou de um jeito tão desesperado que todos ficaram surpresos. — Dahyun já se encontrava vermelha de tanto rir. Na época a cena não era engraçada, porque realmente Chaeyoung quase se acidentou, mas algum tempo depois aquilo se tornara uma piada entre as amigas.
—Como não me lembrar. Começamos a namorar no dia seguinte quando fomos naquele passeio ao zoológico. — Mina havia rido, mas agora estava cabisbaixa novamente. No começo era tudo tão perfeito, Chaeyoung lhe tratava como a rainha do castelo. Claro que ela não havia mudado seu jeito, mas a atenção que ela estava dando ao trabalho era exagerada. Mina entendia que era devido à ausência de Momo na empresa. Mas se fosse se irritar com todas as envolvidas, ela sequer estaria falando com Dahyun. —Queria que os tempos doces voltassem. Queria que o meu tigrezinho me entendesse, Dubu. O que eu faço se realmente ficar grávida e ela não quiser?
—Mina. Chaeyoung não quer agora, mas isso não afirma que ela também não queira mais para frente. Se você caminhar no presente com o passado em mente, vai ser pior. Se andar no presente temendo o futuro, então nada vai ser bem resolvido. — Dahyun dizia calmamente, acariciando o ombro da japonesa que suspirava. A expressão da ruiva era tão tristonha que se igualava a um filhote que fora abandonado pelo dono. — Você já se perguntou o motivo de Chaeyoung não querer um filho? Do mesmo modo que você tem certeza do que quer, ela pode estar incerta. Já ousou conversar com ela detalhadamente, pondo não somente o bom, mas também o ruim em jogo. —Perguntou por fim, olhando fundo nos olhos de Mina que negara com a cabeça. Sorriu compreensiva, abraçando a mais velha. — Daijoubu. — Confortara-a usando uma das palavras que aprendera com a esposa. — Chaeyoung te ama!
—E eu amo ela. Vou ir até a empresa assim que acabar a aula e tentar conversar com ela, talvez até almoçar. Tentar ganhar um beijinho quem sabe. — Disse com uma expressão boba formando-se em seu rosto. Nesse momento o celular de Dahyun começou a fazer um barulhinho chato. —Olha Moguri atrás de tu. Já deve estar lá fora te esperando Dubu.
— O que fazer se essa mulher não me deixa em paz? Ela me ama! — Dahyun brincou, abraçando Mina uma ultima vez. — Espero que você resolva esse assunto com a Chae. Quero ver um mini tigrinho ou um mini pinguim bagunçando. — Riu divertida. — Imagina uma baixinha como a Chae e bailarina como você. Ou uma altinha como você e um tigre vesgo como a Chae. — Ambas riram, imaginando a cena.
—Momo te ama desde que vocês usavam fraudas basicamente. — Mina abraçou a amiga com força. —Torce por mim, se tudo der certo vamos ter um pinguim ou um tigrinho brincando com Mohyun ou Momori? Não qual nome vocês vão escolher ainda. Agora vai lá logo, ou ela vai mandar o exercito aqui achando que você sumiu. — Riu.
Dahyun e Mina se despediram. A ruiva ficara para trás esperançosa. A conversa curta, porém significativa havia lhe aberto os horizontes. Conversaria com Chaeyoung, pondo todos os pingos nos “i”, e se tudo desse certo, noutra semana poderia ganhar um presente. Aquele que toda mulher deseja. Sorrira, reconquistando a alegria que tinha perdido horas antes. Foi na direção dos alunos que a receberam com sorrisos, sentindo-se felizes pelo humor da japonesa ter voltado ao de sempre. Uma felicidade contagiante e resplendorosa.
Após o final das aulas, Mina arrumou suas coisas e saiu com o carro em direção da empresa. Estava radiante e feliz novamente, não via a hora de falar com Chaeyoung e enfim resolver tudo, assim talvez seu tigrezinho lhe entendesse e assim elas pudessem enfim ter um bebê. Durante o caminho procurou por seu pen drive e começou a ouvir todas as musicas antigas que costumava ouvir com Chaeyoung quando ainda frequentavam a escola. Cada uma tinha um significado, pois nos tempos em que estudavam, Chae vivia com seus fones, então em cada momento que tiveram uma musica sempre estava tocando.
Estacionou o carro, sendo recebida gentilmente pelo segurança. O conhecia há muito tempo, tanto que também já havia tido o prazer de ser apresentada para a esposa do mesmo. Uma mulher gentil e tão doce quanto o açúcar que conquistara seu coração. A tratava como uma mãe, e era tratada como filha. Quando ambas se encontravam o dia se estendia em conversas, risadas e gastos. Muitos gastos para a carteira dos maridos de ambas que somente podiam lamentar. Sorriu gentil, o cumprimentando e seguindo ao elevador. Todos já lhe conheciam, mas não somente por ser esposa de uma das melhores funcionárias e melhor amiga da chefe, mas também por sua maravilhosa fama como professora de balé, que sempre fora seu sonho.
Mina não precisava enunciar seu nome, a própria Chaeyoung havia pedido para que sua secretaria a permitisse entrar em ser enunciada. O pedido não fora por livre arbítrio, e sim por conta de uma pequena briga que teve com Mina, após a japonesa descobrir que uma das funcionárias estava paquerando Chaeyoung na cara dura, usando o poder como secretária para não permitir que Mina adentrasse a sala da pequena coreana, alegando reuniões e assuntos que nunca existiram. Infelizmente para Mina, a mulher não tinha sido demitida, apenas trocada de lugar com a assistente de Momo que não queria perder a mulher desde que a conhecia há muitos anos, pois a mãe da mesma trabalhara ali até a sua morte.
Hyojung acenou simpaticamente para Mina que também sorria. A secretária nem se importou muito com a presença da japonesa, apenas continuou com o trabalho. Mina abrira a porta com cuidado. Queria fazer uma surpresa. Fazia algumas semanas que não aparecia na empresa, e que muito menos visitava a esposa. Contudo, o sorriso animado, a expressão gentil e o olhar amável foram substituídos pela raiva e o sentimento que sempre tivera em relação ao seu tigre: ciúmes.
Trincou os dentes, vendo a morena tocando o ombro de Chaeyoung em uma proximidade tão grande que os seios fartos prensavam contra as costas de sua esposa. Não pode evitar o xingamento. Um “vaca gorda” passou por sua mente enquanto a passos rápidos caminhou até a mesa. Por Chaeyoung estar concentrada nos papeis e a destruidora de casamentos ocupada demais ao tentar se esfregar contra a baixinha, acabara não sendo percebida. Quis bater em ambas. Na mulher ridícula por estar tentando roubar o seu tesouro e por Chaeyoung não ter percebido o que aquele ser estava fazendo. Como a tapada não tinha sentido aquela gordura toda contra suas costas? Cerrou os punhos tentando não socar ninguém no momento.
—Son Chaeyoung, será que é só eu ficar uns dias sem vir te ver aqui, que sua secretaria toma liberdades que não lhe foram cedidas? — A japonesa bateu com toda sua força sobre a mesa, assustando a menor e recebendo um sorriso debochado da mulher que não movera um músculo para se afastar. Mina cerrou os punhos e trincou os dentes. —Passa de perto do meu tigrinho, por que lugar de vaca é no pasto e não no zoo que é onde os bichos elegantes ficam. Se não serei obrigada a te fazer lamber a porra do chão pra ver que não tem grama aqui pra tu pastar.
Chaeyoung tremera sobre o olhar da esposa. O conhecia tão bem. Aquele mesmo olhar de um psicopata pronto para por os jogos mortais em ação. Automaticamente levantou-se, derrubando os papei que estavam em suas mãos no chão. Antes que pudesse ir em direção de Mina, acabara trombando no corpo atrás de si, percebendo que o corpo da secretaria da Hirai se encontrava perigosamente perto do seu. Arfou de medo, olhando para a esposa como se estivesse de frente com a morte. Sorriu amarelo.
— Hyori, poderia nos deixar a sós? — Perguntou baixinho. Sentira o olhar de Mina queimar em sua pele. Fechou os olhos, querendo se bater. Não devia tratar a moça com tanta intimidade.
—Claro chefe. Perdoe-me se causei algum transtorno. — Disse já saindo de perto da mais baixa, não imaginava que Mina iria aparecer justo naquele dia. Se Momo soubesse daquele ocorrido, com certeza tiraria seu emprego ou lhe faria ajudar na recepção pelo resto da vida. Caminhou até a japonesa e ficara um aceno de desculpas, porém ao passar por Mina para seguir até a porta ela quase tropeçara no pé que a mesma havia posto em sua frente. —Com licença. — Disse e logo saiu, deixando assim o casal a sós. Mina encarou a esposa que estava evidentemente com medo.
—Será que eu tenho que colocar a porra de uma coleira em você Son Chaeyoung? Essas vacas não respeitam a aliança no seu dedo, vamos trocar por uma maior. — Disse Mina ainda nervosa, ela colocou as mãos na cintura e respirou fundo. —Melhor eu ir embora. Estou nervosa demais e querendo matar aquela vadia. Momo tem que demiti-la.
— Me desculpe. — Chaeyoung suspirou. Caminhara em direção de Mina. Tocara o rosto da japonesa com delicadeza, virando-o em sua direção. Era totalmente visível o quanto a outra estava nervosa, mas acima de tudo chateada. — Eu esqueço que tem gente que não se importa com a aliança no meu dedo. Penso que todos são iguais a mim. Que são tão idiotas pela esposa a ponto de não querer nem respirar perto de outra pessoa. — Sorriu sob o olhar de Mina, deixando um leve selar sobre os lábios avermelhados. — Você sabe que eu só penso em você, não?
—Eu sei Chae. Mas elas não sabem. E aquela mulherzinha não respeita ninguém. Antes dava em cima da Momori, agora é de você. Assim não dá amor. — De repente Mina ficara com um tom de voz manhoso. Ela passou os braços em volta do pescoço da mais nova. —Vim aqui te fazer uma surpresa e vejo aquela piranha se esfregando em você. Estou muito triste. — Fizera bico e sentira as mãos de Chaeyoung lhe segurarem pela cintura.
— E o que eu tenho que fazer para essa tristeza ir embora? — Puxara o corpo da amada, colando ao seu. O fino tecido da roupa da mais velha dava total liberdade para sentir a pele e sua temperatura de modo perfeito. — Em, senhora Son? Tem algo para que esse humor se eleve ao máximo? Tipo, mais de oito mil? — Não pode deixar de brincar um pouco, porém em nenhum momento a voz vacilara, mantendo o tom totalmente malicioso. Deslizou as mãos pelas costas, adentrando a blusa de mangas longas. Acariciou a costas com seus dígitos sentindo Mina arrepiar.
—Não sei, tem tantas coisas que eu gosto quando você faz... Escolha uma que seja adequada para o momento. — Disse e uma leve lembrança de quando ainda eram recém-casadas lhe veio á mente. A japonesa lembrou de que nesse tempo costumava visitar Chaeyoung todos os dias na empresa e que a sala da baixinha virava uma perfeita bagunça, pois não conseguiam se controlar. —Estou absurdamente triste, terás que se esforçar. — Soltou-se da menor e dera alguns passos para trás, cruzou os braços na frente do peito e encarou-a.
— Por você não é esforço algum, pois não preciso pensar. O meu coração age sozinho, por um impulso que vem do fundo da minha alma, preenchendo meu corpo inteiro, incendiando-me de forma magnífica. — Sussurrava sedutoramente enquanto se aproximava de Mina. Sorriu, capturando-a em seus braços. Não poupou esforços, apenas puxou a ruiva sem nem mais o menos para seu colo de uma forma bruta. Girou os corpos, andando rapidamente até a mesa. — Não importa lugar ou hora, sempre ansiarei por seu amor. Inundarei teus sentidos de forma absurda. Todos irão saber que eu te amo querida. — Atacou a boca, iniciando um ósculo cheio de paixão e desejo.
Mina rodeou o pescoço da mais baixa com os braços e entregou-se ao beijo. Era perfeito. Não havia outra palavra que descrevesse a sensação de estar nos braços da Son. Cruzou as pernas e puxou o corpo dela para mais perto. Gostava de sentir o calor que vinha de seu corpo enquanto sua boca era devorada e sua língua acariciada de forma gentil. Parecia que havia voltado para seus primeiros dias de casada. Os mesmos em que Chaeyoung lhe apresentava cada cantinho de sua sala. Um gemido e uma posição diferente em cada um. Uma declaração após cada clímax atingido.
—Ainda me sinto tão chateada. — Murmurou ao cortar delicadamente o beijo. Deslizou suas mãos e apertou os ombros da mais nova. Mandou-lhe um olhar de desejo e mordiscou o lábio inferior. —Preciso uma dose maior do seu amor.
— Irei te amar até extrapolar os limites. Amarei-te tanto que não poderás dar nem um passo sem sentir os efeitos colaterais do que lhe proporcionei. — Sussurrou. As bocas a centímetros de distancia. Os olhos se fitando intensamente. As mãos de Chaeyoung que percorriam maliciosamente pelas cochas da japonesa, ora apertando, ora acariciando. Como Mina estava amando cada segundo. Poderia desfalecer a qualquer momento com aquele sentimento que revestia sua alma. — Irei te proporcionar uma overdose de amor. — Novamente, iniciou outro ósculo. Esse mais lento e calmo. As línguas dançavam sensualmente, entrelaçando-se uma na outra. O beijo causava pequenos estalos eróticos que atiçavam ambas ainda mais. Suspiros e gemidos saiam entre cortados em meio ao choque dos selares molhado. Extasiada Mina agarrava os ombros da amada com força e Chaeyoung desabotoava botão por botão com pressa, desejando que aquele pano estivesse o mais longe possível de seu próprio corpo.
—Então me ama meu tigrinho. — Murmurou entre o beijo. Sentia seu corpo em chamas. Sua mente havia sido inundada por uma avalanche de pensamentos impuros. E em todos eles gemia loucamente enquanto Chaeyoung lhe invadia, de frente, lado, costas, em pé. Deixou suas mãos escorrerem para dentro da camisa da esposa. Sentindo a pele quente dela, podendo deslizar as unhas pela mesma. Arranhando com certa força. Sorriu, pois Chaeyoung se arrepiara no mesmo instante. —Me mata de overdose então amor. Inunda-me toda com seu amor. — Levou as mãos até a camisa dela e passou a ajuda-la com os botões.
Chaeyoung não precisou dizer mais nada, apenas deixou levar-se pelo sentimento que completava a ambas. Sua camisa já não se encontrava em seu corpo, tendo companhia das peças de Mina que não tardara em retirar, deixando-a apenas com aquela saia e as peças intima. Abriu as pernas da esposa, pondo-se no meio destas, esfregando seu membro já rijo na intimidade encoberta de Mina que suspirou ao sentir o contato dos sexos quentes e suplicantes. Enquanto o sutiã era retirado do corpo da ruiva, a morena perdia suas calças que com rapidez era puxada para baixo pelas mãos habilidosas da japonesa que queria aquele pano ridículo o mais longe possível.
------------------------------------------------------------------------
Pouco mais de uma hora havia se passado. A japonesa abriu seus olhos e piscou algumas vezes. Demorou a se tocar de onde estava. Ainda continuava ali na sala de Chaeyoung. Sorriu bobamente e espreguiçou-se no pequeno sofá. Era perfeito para Mina enfim estar revivendo um pouco de seus primeiros dias de casada. Ser amada por Chaeyoung era muito mais revigorante do que todas as vitaminas que existiam no mundo. Percorreu a grande sala com o olhar e parou ao chegar ao pronto principal do cômodo. Chaeyoung estava ali sentada em sua mesa lhe encarando com seu mais belo sorriso. Já havia vestido a camisa, porém mantinha a mesma aberta, suas calças estavam no sofá com Mina, assim como sua gravata.
—Se estivéssemos em casa. Eu sem duvida teria pintado você. Esta perfeita assim ao natural Minari. — Chaeyoung apoiou os cotovelos sobre sua mesa e a cabeça em suas mãos. —Nem consegui voltar a trabalhar. É tão bom ficar te olhando amor. Tem certeza que você não caiu do céu? Parece um anjo. — Disse bobamente e deixou um suspiro lhe escapar.
Mina sorriu tímida. Amava aqueles momentos doces depois de se amarem. Chaeyoung não poupava os elogios, fazendo seu coração saltar de felicidade conta o peito. Levantou-se com calma. Arrumou os cabelos bagunçados enquanto andava em direção de Chaeyoung. Sentou-se no colo da mesma, abraçando os ombros e deixando um selar calmo, porém cheio de amor nos lábios avermelhados.
— E você fica tão fofa. Depois de todos esses anos, ainda não consegui descobrir como você consegue mudar de fofa para sensual e de sensual para esse doce de pessoa. — Apoiou a cabeça no ombro da esposa, suspirando de forma gostosa ao ser acariciada em um delicioso cafuné.
—Também não sei como faço isso. Simplesmente acontece amor. — Chaeyoung mexia nos cabelos de Mina com carinho. Sentiu Mina deixar um beijo em seu queixo. —Você podia vir aqui todos os dias né? Como quando éramos recém-casadas. Todos os dias você vinha aqui pra gente fica juntinho. — Apertou Mina contra seu corpo. —Nha, não vai embora. Não quero voltar a trabalhar, quero ficar namorando você.
— Eu também gostaria de ficar mais um pouquinho. — Selou os lábios. Antes que Chaeyoung aprofundasse o beijo, afastou-se. Se acontecesse algo a mais,- mesmo que um toque leve em seu corpo-, acabaria ficando mais algumas boas horas gemendo o nome da amada. — Mas preciso arrumar muitas coisas em casa. E tem alguns trabalhos dos meus alunos que preciso corrigir. Algumas das minhas crianças vão ir a intercambio fora do país pela dança.
—Ah você vai me trocar por um monte de trabalhos chatos? — Chaeyoung se levantou e tentou agarrar a japonesa novamente. Mas sua tentativa fora em vão, a japonesa foi até o sofá e jogou suas calças. A menor pegou a pega e começou a vesti-la. —Vou tentar chegar mais cedo. Assim jantamos juntas e eu posso fazer aquela massagem que você gosta. — Terminou de ajeitar as calças e se aproximou da japonesa. —Hoje vou fazer tudo que você quiser.
— Tudo mesmo? — Não aguentou, abraçando novamente Chaeyoung, grudando os corpos. O desejo e a vontade foram mais forte, assim deslizando a mão pela barriga lisa da outra. — Eu posso ser bem malvada hoje. — Mordeu o lábio inferior ao sentir o toque quente das mãos alheias em seu traseiro, apertando-os com gosto. Fechou os olhos, apreciando o contato. — Posso pedir coisas bem difícil de fazer. — Suspirou, tendo seu pescoço abusado pela boca quente da esposa. — Preciso ir. — Tentou convencer mais a si mesmo do que Chaeyoung. Rodeou os ombros com seus braços.
—Tudo mesmo. Hoje serei escrava de seus desejos amor. — Selou brevemente os lábios de Mina e começou a empurra-la na direção do pequeno sofá. —Pode ser malvada. Desde que isso não vá me machucar. — Deixou mais um selar pelos lábios dela. —Ah minha bailarina, fica aqui comigo. Eu mando cancelar todas as reuniões. Não me importo se a Momo vai ficar brava. Deixa-me provar seu mel de novo. — Falara manhosa e abraçara Mina com força. —Por favor. Faz quanto tempo que não temos dias assim.
— Chae... — Antes que pudesse terminar o nome da outra, fora empurrada mais, sendo forçada a se sentar. Engoliu toda a saliva quando a mais nova sentou sobre seu colo com cada perna ao lado de seu corpo, prendendo-lhe ali. — Eu realmente tenho que ir. — Segurou os ombros, tentando afastar a outra, contudo, falhando miseravelmente. Por algum motivo se sentia fraca enquanto a outra se encontrava imensamente forte.
—Você tem ou você quer ir? — Encarou os olhos da japonesa por alguns segundos. Num movimento rápido ela se sentou ao lado da mais e puxou-a para seu colo. —Fica Minari. — Selou os lábios da esposa e subiu as mãos pelas costas dela, adentrando a blusa e tocando a pele macia.
— Ter eu tenho. Agora querer é outra coisa. — Murmurou entre o beijo. Rebolou contra a já ereção. Seu corpo incendiou-se novamente. Em meio ao ósculo passou a tentar tirar a blusa mais uma vez no dia, deslizando-o como da vez anterior pelo corpo magro até atingir o chão ao ser jogado com sem delicadeza. — Porra... porque você gosta de me desconcertar? — Parou o beijo e pendeu a cabeça para o lado, dando liberdade para Chaeyoung que brincava no local de todas as formas, causando arfares e arrepios no corpo da japonesa que se contraia de excitação.
Tudo parecia perfeito. Mina novamente estava entregue para Chaeyoung. A mais nova sugava o pescoço da japonesa enquanto suas mãos subiam a saia dela. Porém nem tudo era como o casal queria. Haviam se esquecido do mais importante: a porta estava destrancada. Duas batidas foram dadas, mas elas simplesmente não ouviram. Mina estava mergulhada no prazer que a menor estava lhe dando com poucos movimentos. A maçaneta da porta fora girada. Mina gemera baixo, uma das mãos da mais nova entrara em sua calcinha. Por fim, a porta fora aberta.
—Chefinha. A Moguri mandou as plantas que você queria ver. — Jeon Somi havia adentrado a sala da menor. Ela começara a falar, mas fora pausada pelo choque de ver o casal daquela forma no pequeno sofá. —Oh, perdão. Eu juro que bati na porta. Não me demita Chaeyoung.
Chaeyoung olhara de modo fuzilante para Jeon que tremera perante aquele olhar. Mina rapidamente se ajeitava. O rosto totalmente vermelho denunciava que estava quase morrendo de vergonha. Somi caminho rapidamente até a mesa, deixando as plantas sobre a mesma. Sorriu amarelo, correndo logo em seguida. Poderia não ser demitida, mas obviamente seria xingada. Quando a porta bateu, Mina já estava devidamente arrumada, extremamente envergonhada e totalmente excitada. Olhara para a baixinha que tinha um bico emburrado. Sorriu e fora até ela.
— Estou indo meu amor. — Beijou os lábios. Apenas uma bicadinha de leve, saindo da sala logo em seguida, deixando para trás uma tigresa tristonha, mas de certa forma, animadinha.
—Ah que droga! Eu vou matar um hoje. — Socou a mesa de trabalho e voltou a se sentar em sua cadeira. —Momo nem pra mandar as plantas só amanhã. — Apanhou os papéis enormes e começou a olha-los. Revirou os olhos e jogou tudo no lixo. — Onde ela está com a cabeça. Não são essas plantas. Meu momento com Mina foi cortado e eu nem recebi os papéis certos. Vou matar a Momo.
Debruçou-se sobre sua mesa e começou a emitir sons de choro. Estava frustrada, só não chamou Somi em sua sala, pois iria xinga-la de todos os nomes ruins possíveis e não queria fazer isso. No fim das contas, ela provavelmente havia batido na porta, mas devido à tamanha animação as duas não haviam ouvido. Após se acalmar razoavelmente, a baixinha desejou mentalmente que Mina chegasse bem em casa e lhe esperasse com animação. Pois iria terminar o que haviam começado.
--------------------------------------------------------------------------
— Dois copos de açúcar. Três colheres de manteiga. Quatro colhes de chá de canela em pó. — Anotava tudo certinho, da mesma maneira em que a mulher da televisão ditava ao despejar os ingredientes em uma batedeira. Mina cruzou as pernas, apoiando o caderno em seus joelhos, ajeitando sua posição. Ficar curvada no braço do sofá já estava fazendo sua costa doer.
—Porra. Que dor. — Escutou a voz baixa de Chaeyoung, logo em seguida o barulho da porta se fechando. Sem pensar duas vezes desligou a televisão e jogou o caderno atrás da estante. Não queria estragar a surpresa, e como a outra era curiosa, era capaz de tentar descobrir, e por ser fraca diante a fofura da esposa, não demoraria nem três segundos para estar no colo dela dizendo exatamente tudo. Maldita deliciosa fraqueza.
—Meu tigrinho chegou. — Disse a japonesa animada. Ela correu até a esposa e abraçou-a com força. —E chegou mais cedo. Não querendo ser chata, mas acho que hoje vai chover. — Riu baixo, mas fora cortada pelos lábios de Chaeyoung nos seus. Sorriu boba ao vê-la afastar-se um pouco e encarar seus olhos. —Não tem jantar ainda. Mas tem café na cozinha. Pega um pouco e vem sentar. Vou te fazer uma maravilhosa massagem nos ombros. — Finalizou com um tom de voz mais sensual e piscou para a menor.
Sentou-se no chão, a frente do sofá após se servir de café. Mina se colocara atrás de si, fazendo-lhe ficar no meio de suas pernas. Sentiu as mãos macias deslizar o blasé para fora de seu corpo, restando apenas á camisa social. Imaginou diversas cenas, onde todas terminavam em uma japonesa gritando com todo o folego seu limite. Sorriu de canto quando botão por botão fora desabotoado para que aquele pano também saísse de seu corpo.
— Porque voltou tão cedo? — Perguntou baixinho, depositando um beijo no vão do pescoço da baixinha. Sorriu internamente ao vê-la arrepiar-se e até mesmo tremer de leve por conta do contato repentino.
—Estava cansada de ficar na empresa. Queria ficar com você amor. — Disse entre um suspiro e outro. Era tão bom sentir as mãos delicadas de Mina deslizando por seus ombros. —Depois que você foi embora, eu fiquei um tanto desconcentrada. Senti-me frustrada por terem nos atrapalhado. Momo também me mandou as plantas erradas. Muito estresse para pouco eu. Ninguém melhor que você pra tirar esse sentimento ruim de mim. — Fechou os olhos apreciando a massagem da esposa.
— Não precisa mais se preocupar, vou aliviar seu corpo. — Deslizou as mãos pelos braços, indo e vindo lentamente. Voltara para os ombros, apertando-os com força e certa com calma, fazendo a outra murmurar e gemer baixinho ao sentir o alívio, –mesmo que pouco- em sua costa. — Então a Momo lhe entregou os papeis errado? — Quis rir, aquilo era bem a cara da outra japonesa, e tudo havia piorado desde a gravidez da esposa, onde ela apenas conseguia raciocinar direito quando o assunto era ela e o bebê.
—Não ria amor. Aquela lá deve estar com a cabeça nas nuvens. Precisa focar mais, se eu não presto atenção teria dado besteira. — Disse toda mole. As mãos de Mina eram maravilhosas. A japonesa parecia ter o dom de lhe massagear. —Nossa amor. Suas mãos são de anjo. Uma massagem no corpo todo não seria nada mal. Ou talvez um bom banho quente com você. Aliás, já se banhou? — Sugeriu e questionou a esposa com um tom malicioso.
— Eu tive que tomar banho. Você fez um estrago em mim. — Sussurrou a ultima parte de uma forma arrastadamente sedutora. Apertou de leve o ombro da mais baixa de um modo tão malicioso, acariciando logo em seguida com uma paixão devastadora que fizera a outra gemer baixinho. — Eu não poderia andar com aquela calcinha enxercada. Com o seu néctar preferido escorrendo por minhas cochas. — Provocativa. Queria provocar Chaeyoung, e ao ver a tigresa apertar o tapete entre os dedos percebera que estava conseguindo.
—Não era pra ter ficado de tal forma. Eu pretendia te enxugar no escritório mesmo, mas aconteceu aquele pequeno imprevisto. — Chaeyoung jogou a cabeça para trás e abriu os olhos encarando a japonesa. —Por outro lado, eu não me aliviei. Estou tão duro que chega a doer. — Disse manhosa e um bico fofo formou-se em seus lábios.
— Está durinho, é? O que será que eu faço, em?— Mina usou uma voz tão fofa, achando graça da expressão de Chaeyoung que lhe fazia delirar. Acariciou os cabelos negros, enrolando os curtos fios em seus dedos. Inclinou a coluna e depositou um selar nos lábios alheios. No começo fora apenas um toque, mas não demorou pra Chae pedir permissão e Mina a conceder. A japonesa entre abrira a boca um pouco para que o músculo lhe invadisse e assim desse inicio ao ósculo ardente e apaixonado.
Chaeyoung fora se levantando e empurrando o corpo de Mina contra o sofá. Até que por fim a japonesa se deitara por completo e a menor alojara-se entre suas pernas. Cortou o beijo para encara-la por alguns minutos. Gostava de ver a expressão de desejo da amada. Um pensamento imundo passou por sua cabeça, seus olhos focaram-se nos lábios avermelhados dela.
—Se você pudesse ler pensamentos, saberias o que eu gostaria que fizesse. No entanto, sei que o que fizeres vai ser perfeito. Pois eres perfeita. Minha amada bailarina, a qual amo incondicionalmente. — Disse voltando a encarar as belas orbes negra de Mina. Não estava com presa, podia ficar encarando-a por toda a noite. —Você me tira do sério de varias formas, sabia?
— E você abala meu coração só pelo fato de existir. — Abraçou a mais nova, passando os braços pelos ombros e as pernas pela cintura. Sentiu seu corpo fervilhar, imaginando certas coisas. Cenas maravilhosas e pecaminosas invadiam seu ser a ponto de já conseguir sentir sua calcinha fazendo cosplay de oceano. Sorriu de canto, puxando Chaeyoung, beijando-o novamente. Em meio ao beijos suas cochas foram abusadas com apertos fortes. Não duvidava que ficasse marca mais tarde. Mina passara a se esfregar contra o corpo de Chaeyoung. Os seios se espremendo um contra o outro e o membro roçando em sua intimidade faziam-nas arfarem.
O beijo mantinha um ritmo gostoso. Chaeyoung levou as mãos até ao laço que mantinha o robe da ruiva preso. Queria sentir o calor de Mina, tocar seu corpo sem empecilhos idiotas. Após abrir o mesmo, deslizou as mãos na pele quente. Arfou entre o beijo ao constatar que Mina estava nua.
—Não se deu nem ao trabalho de vestir-se. Planejou me seduzir Minari? — Murmurou enquanto deslizava os lábios pelo pescoço. —Se continuar assim, eu não vou deixar você dormir tão cedo mocinha. — Sussurrou antes de sugar a pele sensível, onde provavelmente uma marca se formaria. —Sabe que amanhã vou jogar golfe com a Momo, e se eu perder hora?
— Estou na minha casa, se eu quiser fico pelada. — Murmurou, apreciando a boca que caminhava deliciosamente por sua pele, ora lhe sugando, ora lhe mordendo. Fincou as unhas na costa da amada. — Que a Momo se foda. Eu quero você, e não é ela e esse maldito golfe que vai me impedir. — Gemeu, se prendendo ainda mais no corpo da outra, rebolando sobre o membro. — Necessito ser preenchida novamente. Eu quero que você me ame outra vez.
Fechou os olhos prazerosamente ao ter as mãos da outra deslizando por seu corpo, passando pelos montes, deixando um apertar de preencher as palmas. Indo até a barriga onde um arranhado lento e sádico fora desenhado até atingir sua intimidade, brincando com seu centro de maneira torturante, prendendo-o entre o indicador e médio.
—Se é assim, então fica pelada pra mim. — Afastou a mão do centro da ruiva e levantou-se por um breve momento. Sentou-se no sofá e ajeitou-se bem. —Me tira do sério minha bailarina. — Lançou um sorriso desafiador para a esposa e cruzou os braços na frente do corpo. Estava morrendo de vontade de Mina, mas estava se fazendo de forte. Fingindo que seu autocontrole era bom.
— Eu vou mostrar para você qual é a verdadeira identidade do diabo. — Mina sorriu totalmente maliciosa e levantou-se indo em direção do som. Não demorou muito para uma música totalmente sensual inundar o ambiente. — Eu sou seu pior pecado, meu amor. — Piscou e mordeu o lábio.
Chaeyoung arrepiou-se, sentindo a batida penetrar sua alma e doma-la cruelmente, tratando de embriagar seus sentidos. Sua respiração falhou ao ver o primeiro ato de sua esposa, onde o rebolado se unificava a uma intensa descida até o chão. Os joelhos pousaram como pena no carpete. A cintura se remexia lentamente e as pernas se abriam ao deslizar calmamente pelo pano. Os cabelos vermelhos dançavam belamente, e o corpo se contorcendo em posições poderosas e perigosamente pervertidas fazia com que a baixinha perdesse quaisquer pensamentos lógicos, sendo perfurada com os pensamentos de querer tocar aquela pele alva e marca-la com sua boca e mãos. O olhar sensual, chamando-lhe silenciosamente estava lhe instigando a fazer muitas coisas, e todas elas selvagens.
—Você acaba comigo assim Minari. — Murmurou de forma arrastada. Levou as mãos até as próprias calças e abaixou-as em um movimento rápido. Seus olhos perdiam-se nos movimentos de Mina. A ultima vez que a vira dançar daquela forma, fora quando completaram um ano de casadas. Era perfeito poder vê-la novamente fazendo aquilo. Seus movimentos eram sensuais e delicados. Às vezes parecia que a mesma movia-se em câmera lenta. Isso era torturante para a baixinha. —Hoje eu vou acabar com você, querida. — Sussurrou quando começara a procurar algo pelo bolso da calça.
Mina aproximou de Chaeyoung. Segurara as mãos da pequena, levando-as em seu corpo. Ajudara os dedos a abusar de sua pele. Assim seguiu por alguns segundos onde as mãos dançavam junto dos da ruiva ao ritmo da música. Extasiada e querendo mais, Chaeyoung se levantou e invertendo as posições jogou Mina no sofá, pondo-se no meio das pernas dela, atacando a boca em um beijo selvagem e desejado.
— Você é toda minha. — Mordeu a língua de Mina levemente, puxando-a para fora da boca. Fazia questão de olhar nos olhos de Mina enquanto sugava o músculo, chupando-o como se estivesse sorvendo um sorvete quase derretido.
—Sou toda sua meu tigrinho gostoso. — Disse ao afastar seus lábios dos de Chaeyoung. Levou uma mão até a barriga lisa da mais nova e deslizou os dedos por ali. Parou ao chegar ao elástico da única peça que ainda mantinha-se no corpo da amada. Levantou o olhar e encarou Chaeyoung de forma pervertida. —Tira isso aqui. Liberte-se pra mim e acaba comigo. Me fode gostoso como você sempre faz. — O tom era inocente, mas no olhar havia um desejo de menina sem juízo.
— Porque você não tira para mim, em? — Perguntou com mais desejo ainda, olhando para Mina de um modo tão pervertido que chegava a ser palpável. Sorrira despudoramente ao ouvir a japonesa gemer e vê-la umedecer os lábios com a língua. Chaeyoung mordera o lábio inferior, segurando os fios vermelhos, enrolando-os em seus dedos. — Você pode tirar com a boquinha. Vem, tira de mim, eu permito.
—Como queira meu bem. — Sorriu inocente e aproximou o rosto da peça. Segurou o elástico com a boca e as laterais com as mãos. Desceu a peça lentamente enquanto observava a mais nova suspirar e morder o lábio inferior. A ruiva abaixou boa parte daquele pano indesejado e por fim o soltou, deixando que o mesmo deslizasse até tocar o chão. —Livre e duro. Do jeitinho que eu gosto. — Murmurou e roçou os lábios membro, porém não fizera mais do que isso. Levantou a cabeça deixando um beijo pela barriga lisa e recostou-se no sofá. Encarou Chaeyoung com desejo e levou o indicador até os lábios, mordendo a ponta do mesmo. Abriu as pernas e sorriu de forma levada. Levou as mãos até coxas e deslizou-as por ali um tanto ansiosa. —Sou toda sua oppa.
Chaeyoung atacou Mina em um beijo selvagem. Enquanto as bocas satisfaziam-se, as mãos de Mina agarravam os ombros de Chaeyoung e as de Chaeyoung brincavam entre as pernas da outra, roçando a ponta dos dedos pelo sexo pulsante, acariciando o clitóris, deslizando até a entrada, causando gemidos insatisfeitos a japonesa ao ameaçar penetrar, porém nunca o fazendo. A baixinha estava amando os gemidos insatisfeitos da outra. Amava provoca-la.
— Toda minha. — A morena sussurrou eroticamente, separando as bocas e afastando-se um pouco. — Você me deixa louca. — Deslizou a mão pelo membro em um vai e vem lento. — Vou te preencher toda. — Terminou de dizer e estendeu a mão em um canto do sofá, pegando um pequeno plástico. Dessa vez não se esqueceria da proteção.
Mina observou a menor por alguns segundos, piscou algumas vezes. Não acreditava no que estava vendo, Chaeyoung dessa vez não iria desistir da proteção. A japonesa suspirou frustrada e tomou a proteção das mãos da menor. Recebeu em troca um olhar sem graça de Chaeyoung, a menor estava obviamente pensando que Mina iria lhe fazer o favor de colocar o preservativo. Porém a japonesa jogou a pequena embalagem para qualquer canto da sala e se levantou de forma brusca do sofá. Chaeyoung arregalou os olhos, estava surpresa.
—Ou você esquece-se de colocar essa droga. Ou esquece-se de fazer amor comigo. — Cruzou os braços em frente ao peito e olhar furiosa para a menor. —Qual o problema de me engravidar? Somos casadas Son Chaeyoung, não há um ou dois anos. Mas há cinco anos, porra. Eu quero um bebê seu. Porque é tão difícil pra você entender isso amor? — Os olhos de Mina se encheram de lagrimas e as mesmas começaram a escorrer por seu corado rosto. —Eu não sou o suficiente pra ser a mãe dos seus filhos?
—Não diga isso, Minari. — Chaeyoung levantara-se desesperada e tocara o rosto dela, limpando as lagrimas com seus polegares. — Eu te amo muito e eres mais que suficiente como mulher e mão dos meus filhos. — Olhara fundo nos olhos da amada, sentindo o coração rachar no meio ao ver a imagem tão triste da outra. Era a primeira vez que a via daquela forma. — É que eu acho quer ainda não estamos prontas para um bebê. É muita responsabilidades, e não podemos ter um sem planejamentos. — Fora sincera, dizendo o que realmente achava. Não tinha a plena certeza se estavam prontas para serem pais, e acima de tudo, não tinha a plenitude se poderia se um pai exemplar. Tinha medo, um devastador medo de não ser o que a japonesa esperava.
—Para de dar desculpas desse tipo. Esse discurso seu já é velho. — Mina se afastou e apanhou seu robe. Usou o mesmo parar secar o restante das lagrimas e suspirou. —Se você e eu não somos responsáveis, o que Momo e Dahyun são? Elas não planejaram nada. A mesma condição que Momo tem você também tem. Ambas ganham bem, tem casa própria e são pessoas de bem. — Lagrimas escorreram de seus olhos, mas ela as secou rapidamente e manteve a distancia. —Você me ama, mas não consegue me entender e ainda por cima não me fala o real motivo desse seu medo idiota. Só sabe me dar essas desculpas. — Disse levando as mãos até os cabelos e os ajeitando. —Quer saber. Se estiver com fome tem macarrão instantâneo na geladeira. Eu vou deixar um lençol no corredor e seu pijama. Quero ficar sozinha. — Mina passou pela mais nova indo em direção ao quarto.
— Você é uma idiota, Son Chaeyoung. — A baixinha murmurara para si mesma ao ver que Mina já não estava mais na sala. De modo raivoso socou o sofá com força, assim seguindo por diversos instantes, desferindo seu punho contra o almofado enquanto palavras odiosas eram proferidas contra si mesmas de forma venenosa. — Porra, você sempre estraga as coisas. — Quis gritar sua insatisfação, mas contentou-se em se dar tapa no rosto. Um e forte tapa que fizera um estralo ecoar no ambiente e uma marca vermelha ser desenhada perfeitamente em sua bochecha. — Que saco. — Deixara lagrimas manchar o tecido da blusa que pegava do chão com pesar. Suspirou, se sentindo quebrada por dentro e inundado por um sentimento de desespero, temendo o pior. E se Mina desistisse do amor de ambas? E se ela se cansasse de tantas desculpas? Perguntas e mais perguntas açoitavam os pensamentos de uma baixinha que fora em direção do bar no canto da sala, se servindo de tequila. Precisava se embriagar e esquecer-se da sua burrada, só assim poderia tentar minimizar um pouco da frustração em seu peito. Claro, se conseguisse. O que sabia que seria uma missão impossível. Havia somente uma coisa no mundo que não conseguia se esquecer-se, e essa era a tristeza da japonesa, qualquer que fosse principalmente se fosse ocasionada por si.
Mina colocou as coisas da baixinha no corredor e se trancou no quarto. Atirou-se na cama e agarrou o travesseiro da menor com força, suspirou sentindo o cheiro dela que tinha o mesmo. Despencou de chorar. Seu coração doía, sabia que Chaeyoung estava escondendo alguma coisa. Pois aquelas desculpas não faziam mais sentido. Tinham uma vida estruturada, não faltava nada e nem faltaria. Talvez devesse desistir de tudo. Não havia tomado à pílula, mas de que isso importava agora. Tinha quase certeza de que se engravidasse Chaeyoung iria lhe deixar, pois era claro como água que ela não queria um bebê.
—Talvez eu devesse ir embora. Talvez Sana me deixe ficar uns dias em sua casa, até que eu decida minha vida com a Chae. — Sussurrou para si mesma entre um soluço e outro. —Eu amo tanto meu tigrinho. Mas ela não confia em mim pra se abrir. O que eu faço? — Limpou o rosto com a costa da mão. — Droga.
--------------------------------------------------------------------
—Biscate. Atende! — Cambaleando, Chaeyoung caminhava em direção do sofá. Tinha perdido a conta de quantas doses de tequila tinha entornado. Bebera tanto, tentando se afogar em suas magoas, que não duvidava que brincando tivesse bebido duas garrafas inteiras. O telefone se encontrava grudado em sua orelha. Já estava se irritando, pois já era a terceira vez que tinha caído na caixa postal. — Porra Momo. Estava fazendo o que? — Perguntara de modo embolado assim que a outra atendera. Percebera que a japonesa estava afobada, mas pouco se importou. Precisava de ajuda.
—Porra! Eu é que pergunto: o que diabos você estava fazendo? Parece bêbada. Onde esta a Minari? — O tom de voz da japonesa mostrava sua irritação. Seu olhar á todo momento se desviava para seu quarto, local onde se encontrava Dahyun. —São dez e meia da noite. Por que diabos esta me ligando ao invés de estar dormindo de conchinha com a Mina?
—Estou te ligando por que sou uma idiota. — A voz chorosa e atropelada, típico de bêbado fez com que Momo rolasse os olhos. A japonesa apenas fez um som nasal, pedindo para que Chaeyoung continuasse o mais rápido possível. Ainda tinha coisas pendentes com certa branca de neve. — Eu fiz uma burrada das grandes e agora o meu pinguim está bravo comigo. — Quase berrou e catarreou como se fosse um bebê.
—Aish já até imagino. Tu fizeste a mesma coisa de sempre. E agora ainda por cima esta bêbada, não adianta chorar agora. Vai tomar um banho frio Simba e... — Momo não terminara de falar, pois ouvira sons agradáveis que vinham de seu quarto. Sentiu-se ansiosa para voltar para sua Tofu. —Vamos fazer o seguinte leãozinho: amanhã eu vou à empresa e a gente conversa direito. Tô com um assunto pendente e preciso resolver agora. Pode ser?
— Fazer o que. — Soluçou. —Mas se tu não aparecer eu vou te buscar de trator. — Mais um soluço. — Você sabe que eu te amo, né? — Jogou-se no sofá, sentando-se de qualquer jeito, quase quebrando sua coluna, assim, reclamando de dor. Já não sabia mais o que estava fazendo ao certo. Sua mente e seu corpo estavam atuando no modo automático. — Você é a minha irmãzinha. — A ladainha começou. Pensou Momo batendo o pé. Queria desligar o telefone e ir correndo para a sua tofu.
—Eu sei. Também te amo Simba. Mas agora vai fazer o que eu mandei. Amanhã sua irmãzinha vai te ajudar com a Pinguim. — Disse de forma carinhosa, sabia que Chaeyoung estava bêbada. Porém mesmo assim não queria ferir seus sentimentos sendo grossa. —Eu vou desligar agora. Você vai tomar banho e dormir. É capaz de amanhã cedo Mina já ter te desculpado, confia em mim.
—Ela vai ter me desculpado? — Soluçou, limpando as lagrimas. —Espero que esteja certa. — Suspirou. Um longo suspiro que na imaginação de Momo a fez parecer um velho. —Boa noite.
—Boa noite. Amanhã estarei na empresa ás sete e meia te esperando. — Disse e logo encerrou a chamada. Desligou o celular por completo e jogou o aparelho sobre o sofá. Um suspiro de alivio saiu de seus lábios. Olhou-se dos pés a cabeça e sorriu, ainda estava animada. —Tofu meu amor. Não dorme que seu rei tá chegando.
—Sua rainha tá precisando de uma massagem real. — Momo quase teve um enfarte ao adentrar o quarto e encontrar uma bela Dahyun com as pernas abertas e um sorriso completamente safado em sua direção. —Você foi malvada, daddy. — Um bico fofo, mas que não a deixara menos sensual moldara os lábios vermelhos por contas dos vários beijos e mordidas. —Me deixou toda animadinha aqui para atender ao telefone. — Levantou-se, ficando de joelhos sobre o colchão. Estendera o braço na direção da japonesa que vinha em sua direção totalmente faminta. — Você vai ter que me recompensar. — Mordera o lábio inferior, vendo a loira segurar sua cintura e colar seus corpos. —E eu quero ser bem recompensada, oppa.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.