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História Orgulho Sombrio - Privacidade?


Escrita por: SrtaRavenclaw

Notas do Autor


Hey gente.
Obrigadas pelos favoritos e pelas visualizações 💕
Beijo no core de vocês

Capítulo 9 - Privacidade?


Christopher

  

  Dez minutos após Lux subir as escadas da mansão, os mestiços e demônios encontravam-se sentados na varanda externa na parte traseira da casa, sem pronunciar palavra alguma desde Joshua dizer o nome da sargenta. O campo aberto que ia até onde os olhos poderiam acompanhar estava verde e plano como em todas as ilhas do país europeu. Joshua e Celiny que cercavam Kieran de forma defensiva estavam atentos ao que o comandante deles observava, não que eles ou mesmo Christopher pudessem direcionar suas atenções para outro acontecimento. 

  Em referência a isso, três fatos estavam muito claros no momento:

  1°: O dia estava lindo para uma ilha que costumava não conhecer muitos assim. 

  2°: A cigarreira de Andrew ficaria vazia nos próximos dez minutos se ele continuasse no ritmo que estava.

  E 3°: Lux e Andrew odiavam-se. 

  Não por motivos iniciais que Christopher assemelhou com base nas atitudes de seu amigo, como raça ou desconfiança secular. Odiavam-se porque cada um havia ameaçado o superior do outro. Isso os transformavam em inimigos juramentados enquanto o orgulho fosse maior que a razão. E mesmo que Christopher não se importasse nem um pouco com tal ação, assim como Kieran que demonstrava a mesma placidade que ele, seus imediatos levavam as atitudes como declarações de guerra pessoais, e não descansariam tão fácil enquanto suas respectivas honras não fossem limpas. Andrew, mentalmente, já havia ultrapassado a distância da mansão entre ele e a mestiça e começara a tortura de dias com a garota, e somente os mortos saberiam o que Lux pensava no momento. Ela poderia demonstrar ser menos impulsiva e explosiva que Andrew, mas por sua atitude momentos antes, acreditava que ela partilhava das mesmas opiniões que o demônio das águas tinha por ela.

  Enquanto os minutos estendiam-se, os olhos dos mestiços e de Christopher acompanhavam o incansável ato de fumar de Andrew, como se os cigarros fossem a chave para a paz interior perfeita. O fumante compulsivo deveria dar a maior das dedicatórias ao seu DNA já que não poderia ter câncer, ou qualquer interferência significativamente pessimista com sua relação com a nicotina, se não estaria ferrado. O silêncio fora rompido por Kieran que, cansado com a atitude de Andrew, ou com sua própria por ater-se a isso, decidiu ser útil.

  - Devemos esclarecer os próximos passos, Regente. - Sua voz era calma e baixa, em completo desalinho com o sorriso de lado que permanecia em sua face. Christopher que focou os olhos dourados do mestiço, assentiu seriamente. - Não podemos proteger a ilha da detecção dos Nemedianos. Não enquanto vocês dois não estiverem familiarizados na forma de manipulação de visão. Se colocarmos ambos dentro de tal abrangente quebra de padrão, poderão perder o senso de localização e controle, o que pode ser uma grande falha suicida. - Enquanto falava, Kieran observava o chão de madeira, contudo, ao pronunciar a palavra "suicida" seus olhos que reluziam á claridade focaram-se diretamente e sem nenhum impedimento educado em Christopher. Andrew, como forma de defesa clássica, jogou seu último cigarro pela metade em algum lugar qualquer e aproximou-se do Regente, numa exposição clara de "se olhar de novo,vai estar morto antes de piscar". Celiny e Joshua ficaram tensos, enquanto Kieran sorriu novamente. Christopher começou a relacionar o quanto o estresse de Andrew alegrava o mestiço. - Isso nos leva a termos atenção redobrada neste lugar. Não podemos treinar ao ar livre, o que nos leva a única opção viável: o ginásio subterrâneo.

  Christopher começou a rir roucamente. Como conseguiram, em tão pouco tempo, revistar toda a casa? Por mais que não sentisse suas presenças perambulando pelo local, deixaram a casa por míseros dez minutos. Com três pessoas revistando o lado interno e uma o externo próximo, seria possível, mas como comunicaram-se sobre todos os locais da casa sem trocarem uma palavra, um gesto significativo? E pior ainda, como entraram no subterrâneo, sendo que os únicos a terem acesso ao local eram ele mesmo, Andrew e um dos servos mais leais a eles?

  Ainda sorrindo, Christopher completou. - Vocês tem algum senso de privacidade alheia? Invadir a casa de um demônio de classe maior, mesmo sendo por considerar a segurança daqueles que protege é um ato extremamente deselegante.

  Kieran não alterou-se ou se preocupou com a ameaça implícita do demônios de olhos negros. Continuou sorrindo, de forma calma e despreocupada. 

  - Tenho bons métodos de investigação intensiva. - Olhou para Andrew. - Considerando todo o empenho mortífero que vocês direcionaram a todos nós, soubemos nos aperfeiçoar lindamente. A parcela sanguínea de sua raça tirou nossa paz, mas elevou nosso instinto de sobrevivência. - Assim que Kieran terminou a fala, seus companheiros imitaram seu sorriso despreocupado. Gostavam da situação em que se encontravam, e gostavam de ter cartas disponíveis o suficiente para bater de frente com aqueles que um dia os subjugaram. "Ego e orgulho", disse Christopher a si mesmo. Os eternos companheiros de todos os seres racionais.

  O silêncio por parte dos mestiços, envolvidos em segredos e dores internas, realçou a curiosidade de Christopher para certos fatos. Não atropelaria a singela confiança depositada nele com perguntas demais, porém aos poucos tentaria buscar as respostas que procurava.

  - Os Nemedianos conseguem nos rastrear? Digo nós, demônios, já que somos incapazes de nos escondemos tão livremente como vocês. - A cautela de Christopher era imprescindívelmente límpida. Resultado de anos de aprimoramento e de sua natureza fundamental, afinal a escuridão é calma e ardilosa, chega aos poucos e controla seu espaço lertargicamente. 

  - Sim, porém não conseguimos descobrir em que base o reconhecimento acontece. As variáveis vão desde quantidade de poder até de que seguimento os poderes são. A questão é que eles podem sentí-los aqui, e isso nos coloca em perigo. Não podemos esconder o local antes de se aperfeiçoarem, não podemos trazer mais soldados para garantir maior segurança já que não há nenhuma confiança clara ainda, e o mesmo acontece com vocês. Estamos presos em um ciclo, e nossa única saída é a rapidez com que vocês se conectarão com a névoa. - Enquanto Kieran falava, com os olhos distraídos novamente no horizonte e seu semblante sério, Christopher percebeu uma pontada de agonia em sua voz. Ele estava assustado por seu povo, e ainda mais angustiado por ter que colocar seu corpo a prova por demônios, reis demônios, todavia demonstrar tal fraqueza era um ultraje. - Por enquanto, Lyssa ficara responsável por estudar o local e tomar as atitudes certas. - Os olhos de Kieran retomaram o foco, e ele voltou a levantar-se. Os dois acompanhantes seguiram o exemplo. Antes de Christopher poder perguntar, Andrew pronunciou-se.

  - Seria bem mais fácil se vocês nos dissessem quem é Lyssa, não concordam? - Seu tom rouco e arrogante delineava sua irritação.

  Kieran voltou a sorrir, nada amigável ou ironicamente e disse em tom baixo e ameaçador, fixando o olhar em Andrew profundamente. - Lyssa é o nome da garota que você quer matar agora. - Suas pupilas dilataram-se e Andrew acompanhou o sorriso do mestiço. Ódio, raiva, ciúme. As emoções pairavam no ar como fumaça. 

  Kieran desviou de Andrew e foi a caminho das escadas, seguido pelo loira atraente e o garoto ousado. Mesmo possuindo personalidades fortes, perto de Kieran os dois tornavam-se frios e duros. Soldados de mais alto grau. Christopher não poderia deixar de dar os créditos ao comandante.

  Andrew riu sozinho, os olhos azuis brilhando pacificamente, a diversão brincando em seus olhos. Olhando para Christopher que também sorria, o demônio das águas disse.

  - Além de covardes, eles lêem pensamentos? 

  - Na verdade, não é difícil imaginar que você queira matá-la. - Quando a expressão de Andrew não mudou, Christopher completou. - Mas sobre o fato de você querer transar com ela, também não é tão difícil imaginar.

  Andrew concordou com a cabeca, voltando-se para a paisagem a frente.

  - E querendo ou não, você não é o único. - O silêncio confortável recaiu após as ultimas palavras do Regente.


Notas Finais


Tá meio paradinha, mas é porque quero estruturar a historia antes de segui-la sabem?
Então, obrigada novamente, e vejo vocês em breve
😘


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