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História Os Novos Heróis - VI - Novos


Escrita por: LadyPrincess15

Capítulo 8 - VI - Novos


Fanfic / Fanfiction Os Novos Heróis - VI - Novos

O final da tarde foi anunciado por um pôr do sol exuberante, e muita calmaria em Molenwaard, na Holanda. No meio de um campo vasto, com flores e moinhos ao redor, uma casinha cheia de graça era a única construção por ali. Era solitária, mas ainda assim, completava a beleza do lugar e era o lar de uma criatura quase tão doce quanto a paisagem.

Sentada em sua cama, lendo um livro e muito concentrada, os cabelos dourados caíam em seus ombros. Mas algo a tirou de sua leitura. Um barulho insistente na janela de seu quarto a acordou de suas fantasias.

???: O que é... um gato? – Falou a garota, indo em direção à janela.

De fato, um gato negro como Vantablack, com olhos cinzas e muito grande pra ser um gato normal. Parecia ser da raça Maine Coon.

???: Gatinho... que lindo que você é! – A menina abriu a janela e estendeu a mão para o gato, que cheirou. – Estranho... não é muito comum gatos tão bonitos assim perdidos por aí...

De repente, a TV, que estava ligada na sala, fez um ruído. Vozes puderam ser ouvidas do quarto da garota.

TV: Pessoas com poderes sobre-humanos em Nova York salvam a vida de milhares. Não se sabe a identidade de nossos heróis, mas parece que o sonho de muita gente se tornou realidade: eles existem!

O gato soltou um miado baixo, e correu pra dentro da casa, em direção à sala.

???: Ei! Não vai entrando assim não!

Na sala, um homem idoso descansava em uma poltrona, assistindo o noticiário. Ele quase deu um grito quando viu o gato, até porque nunca tinham tido animais de estimação naquela casa. O gato parou na frente da TV, e ficou olhando pra ela.

???: Que gato é esse? Anelise! – Ele gritou. – AAAAATCHIIIM!

Anelise: Desculpa, vovô, a janela estava aberta e ele entrou! Já estou tirando ele daqui, juro!

???: Pois tire logo! Sabe que eu tenho alergia! A-A-AAA-TCHIIM!

Anelise pegou o gato, que miou alto em protesto, e levou ele pra fora de casa, depois fechou a janela de seu quarto e começou a tirar os pelos no carpete da sala antes que seu avô espirrasse mais.

???: Até que enfim. Sabe, sua avó também tinha uma espécie de “perfume” pra gato... eram uns três apareciam aqui em casa todo dia! Sua mãe lembra... só não adoto um porque tenho alergia. Mas acho tão bonitinhos!

Anelise: É. Por falar em mamãe, onde ela está? – Anelise se levantou do chão, limpando com as mãos a saia do vestido rosa que trajava.

???: Saiu com seu pai. Parece que... hoje é que dia?

A garota se apressou a pegar um calendário, e verificou a data.

Anelise: Dia 25 de novembro. Hoje é...

???: O dia de visitar o cemitério.

Anelise: Ainda não entendi direito essa história... há 17 anos eles fazem isso, desde que eu tinha um ano! Agora, eu tenho 18 e ninguém me explicou ainda! Quem morreu?

O velhinho sorriu para a menina. Mas não era um sorriso largo, de felicidade. Era um sorriso que carregava muita tristeza e uma história longa demais para qualquer um querer ouvir.

???: Desde que essa história começou, o único motivo para irem ao cemitério é exatamente o contrário da morte.

A garota olhou pra ele com dúvida.

???: Naquele túmulo em que eles choram há 17 anos, não tem uma pessoa morta. Tem uma pessoa viva. Não há fotos dela porque não teve tempo para tirar qualquer foto. Ela teve que viver. Nem sequer um nome está gravado. Ela não teve tempo pra nada.

Anelise: Vovô... o que está dizendo? Pare de falar asneiras! Conte logo o que tem naquele cemitério!

???: Estou contando! É complicado, Anelise... você nunca entenderia... essa pessoa foi criada por estranhos, mesmo seus pais estando em outro lugar no mundo. Adotada por quem não se importava de morrer. E foi isso que aconteceu. Naquele túmulo, não descansa somente uma pessoa... mas sim 4.

Anelise revirou os olhos, como quem tinha certeza de que não passava de devaneios de seu avô, e foi para a cozinha preparar algo. Do lado de fora da casa, o gato continuava lá, junto à porta.

Gata: Gato? Hum, que audácia! Me chamar de gato! É gata, muito prazer! E o que eles pensam que são pra me jogarem fora? Tratada como lixo... mas, foco, Misty, foco! Você teve o azar de encontrar a pessoa errada... agora tem que procurar a certa. Que está a 5.877,57 quilômetros daqui!

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O grupo estava reunido mais uma vez. Na mesa de jantar da casa de Justin, todos estavam sentados, menos Maddie, que andava de um lado pro outro, impaciente.

Justin: Kyle, dá pra sentar? O que você tem?

Maddie: Pouca vontade de ficar sentada.

Justin: Não faço nada enquanto você não sentar.

Maddie: Tá bom, então! Eu sento. – Ela se sentou, contrariada.

Krystell: Eu só queria saber o que tá acontecendo aqui...

Justin: Temos outra missão. Eu recebi um bilhete. Ele diz que hoje, temos que ir ao anoitecer em um determinado local. Salvar duas pessoas. Que estão sendo torturadas. A gente precisa ir lá agora.

Henry: Tá... mas onde é mesmo?

Justin: Em uma fábrica abandonada aqui perto. O teto pode cair em cima da gente a qualquer momento. Interessante, não?

Voz: Senhor Stark, me permite fazer uma observação? – Uma voz preenche o ambiente, e faz Liz se ajeitar na cadeira, desconfortável.

Liz: Pensei que esse sistema maldito tinha quebrado.

Voz: Também senti sua falta, anão de jardim. E meu nome é Voz, não sistema maldito.

Justin: Não quebrou não. Ela nunca quebra. E, se quebrasse, quem iria me lembrar de beber?

Voz: Talvez seu corpo que já tá viciado.

Justin: Permissão concedida.

Voz: Eu só queria perguntar... se um teto já caiu na cabeça da loirinha aí, pra ela ser tão baixa... amassou legal.

Liz: AAAAAAHHHHHHH! EU VOU ACABAR COM VOCÊ! VOCÊ NÃO QUEBRA? AGORA VAI QUEBRAR! – Liz pegou um vaso de flores de vidro e jogou num dos alto-falantes espalhados pela sala.

Justin: Ei! Te lembro que a casa é minha!

Liz: Tem razão... e o sistema também... – Liz olhou pra Justin com um sorriso maligno.

Issac: A gente não tem uma missão? Que tal irmos pra missão? Missão! – Issac riu nervoso.

Liz deu uma risada maligna e correu pra cima de Justin, subiu nas costas dele e começou a puxar os cabelos do garoto.

Liz: Acabe com ela! Nunca mais quero ouvir essa voz!

Voz: Se eu pudesse comer, pegaria uma pipoca...

Henry: Liz! SOLTA ELE!!

Maddie: Caramba! Eu só queria que ninguém brigasse uma vez na vida!

Enquanto Justin gritava, o resto do grupo separava ele de Liz, mas sobrou pra Issac, que ganhou um olho roxo.

Issac: AAAI! Valeu! Que tal ir pra missão agora? – Ele disse, enquanto esfregava o olho.

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Quando chegaram, Krystell ainda colocava sua bota.

Krystell: Sempre, quando lia os quadrinhos achei que fosse fácil colocar essas roupas! Agora eu me arrependo de ter nascido!

Maddie: Que lugar destruído... por onde começamos a busca? – Maddie viu alguma coisa de canto de olho, mas ignorou.

Krystell: Que tal nos separarmos, vai ser mais rápido encontrar... seja lá quem for. – Krystell também viu, mas não achou que fosse importante.

Justin: Ok. Issac e Liz, vão pro lado direito, Luana e Krys, pro lado esquerdo, Henry vai com elas e eu e a Maddie vamos por dentro.

Liz: Não quero ficar com ele! – Ela fez uma cara feia.

Issac: Nem eu! – Ele apontou pro olho, que quase não estava mais roxo, mas ainda era um pouco visível.

Krystell: Henry vai com o Issac então, e a Liz vem com a gente.

Liz: Proposta melhor: Henry vai com a Krystell, Issac com o Justin e eu, Luana e Maddie vamos juntas!

Justin: Tanto faz quem vai com quem! Temos vidas pra salvar! – Justin falou, estressado. A armadura nunca pesou tanto. Mas então ele viu algo de canto de olho.

???: Me ajudem!

O grupo se virou e viram um cara alto, devia ter o tamanho de Justin, cabelos castanhos e olhos azuis. Ele estava segurando o braço encharcado de sangue, e correu na direção deles. Justin franziu as sobrancelhas.

???: São os heróis, não são? Eu... fui atacado! Me ajudem, por favor!

Justin levantou uma sobrancelha e fechou a cara de vez. O cérebro dele pareceu funcionar mais rápido, e as batidas de seu coração (mecânico, mas coração) aceleraram. Ele olhou o rapaz do pé até o último fio de cabelo: Justin não gostava do que via.

Justin: Vamos embora. – Ele se virou e começou a andar.

Maddie: Espera aí! Não vamos deixar ele aqui! – Maddie segurou o braço de Justin.

Ela se aproximou do cara e começou a examinar seu braço. O desconhecido olhava bastante pra cara de Maddie. Justin começou a ficar vermelho.

Justin: Kyle! Anda logo! Temos mais o que fazer! – Ele puxou o braço dela.

Maddie: Não vou sair daqui! Vão na frente, eu levo ele pro hospital!

Justin: Madison, não vai levar ninguém a lugar nenhum! – Ele gritou, e o pessoal olhou pra ele. Estavam surpresos.

Issac: Madison? Ele não chama ela só de Kyle? – Issac cochichou para Henry, que assentiu.

Maddie ignorou completamente Justin e começou a levar o rapaz para longe dali. Foi quando Justin enlouqueceu de vez. Ele estendeu uma mão e um pequeno míssil saiu da armadura, que foi parar perto de Maddie e do cara, e causou uma pequena explosão. Pequena, mas conseguiu jogar os dois longe.

Maddie (tossindo): Qual o seu problema? Quer me matar? – Ela tentou se levantar.

Justin foi até ela e empurrou com as mãos os ombros de Kyle, não deixando ela se levantar.

Justin: Quando eu disser pra se afastar de alguém, se afaste. Não gosto desse cara. – Ele falou baixo, em tom ameaçador.

Maddie: Quem é você pra me dizer o que fazer? Um ricaço superinteligente? Você não é ninguém, Justin!

Liz: Ao vivo!

Justin: Como assim? Quer dizer que a ladra moradora de rua quer ter razão? Pelo menos eu nunca roubei!

Krystell: Só eu que tô constrangida? – Ela sussurrou para os outros.

Maddie: Seu insuportável! Por que não vai pro inferno? – Ela se levantou e ajudou o homem a se levantar.

Ela caminhou apoiando ele no ombro (mesmo ele sendo muito mais pesado) e dessa vez, Justin não tentou impedir. Ele se virou de novo para o resto do grupo e saiu andando pra dentro da fábrica, sem falar nem olhar pra ninguém.

???: Obrigado. Por mais cedo. Você é muito gentil, não sei como posso agradecer.

Maddie: Não precisa agradecer. Faria isso por qualquer um. A propósito qual seu nome?

Maddie estava ao lado de uma maca de hospital, com o cara que tinha salvado.

???: Nathan. O seu é Madison, não é?

Ela sorriu sem graça. A confusão tinha acontecido, então. Não foi um pesadelo.

Maddie: É.

Nathan: Madison é um nome muito bonito. Posso te chamar de Maddie?

Maddie: Claro! Só... queria te pedir uma coisa. Poderia não... contar isso pra ninguém? Estamos tentando manter uma identidade aqui.

Nathan ficou calado por um tempo, olhando pra Maddie. Ele sorriu e ela sorriu junto.

Nathan: Claro! Mas... posso pedir um favor?

Maddie: Depende... não vou me jogar de um penhasco.

Nathan: Claro que não! – Ele riu. – Eu só queria saber... como é o rosto da minha heroína. Se isso não for problema, claro.

Maddie sorriu. Ela definitivamente não achava um problema mostrar o rosto. Se ele não contasse... mas ela tinha acabado de conhece-lo. O bom senso a obrigava a recusar.

Como Maddie não respondia, Nathan foi aproximando a mão lentamente do rosto dela, até tocar a máscara. Ela não reclamou. Então ele tirou.

Nathan: Mais linda do que eu imaginava... – Ele falou tão baixo, que foi como se ele estivesse pensando em voz alta. – Prometo que não conto pra ninguém. Juro! Pela minha vida!

Maddie: Obrigada. Seria... um pouco desagradável se descobrissem.

Nathan: Eu que tenho que agradecer... obrigado por me trazer aqui. Obrigado por salvar minha vida. E obrigado por ter enfrentado aquele arrogante por mim. Ele é o que seu? Irmão, pai, namorado?

Maddie riu com as possibilidades. Pai? Justo, ele estava dentro daquela armadura e não se podia ver o rosto...

Maddie: Um amigo... arrogante, como você disse, e também muito metido, grosseiro e cruel.

Nathan: Logo vi. Uma coisa... Maddie. Faça mais uma coisa por mim, antes de ir embora. – Ele olhou pra ela, com cara de cachorro abandonado.

Maddie: O quê?

Nathan: Não se... tente não arrumar confusão com aquele cara. Não enquanto eu estiver longe demais pra te proteger. – Ele disse, enquanto limpava com a mão um pouco de sangue que tinha no rosto de Maddie, por conta da explosão.

Maddie: Não se preocupe, vou ficar a, pelo menos, 6 metros de distância. – Ela sorriu. – Agora eu tenho que ir.

Maddie se levantou e saiu.



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