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História Os Sentimentos de Ulquiorra - Palavras


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


Ohayoo
Aqui está mais um capítulo... Aqui as coisas melhoram um pouco.
Espero que gostem ;)

Boa leitura*

Capítulo 16 - Palavras


Mundo Real

 

Após uma noite perturbada, Orihime sentia-se um pouco melhor. Estava conformada. Já não sentia vontade de chorar, chorou tudo o que tinha a chorar.

Era doloroso perder um dos seus melhores amigos. Mas não era o fim do mundo. Ela ergueria a cabeça e continuaria com a sua vida normalmente. Afinal, Ichigo não era essencial à sua vida. Em tempos, pensou que sim mas estava enganada.

Ela precisa de Ulquiorra! Sem ele é que ela teria desabado. E tudo o que ele estava a fazer por ela só a animava mais. Ele era frio, não gostava de mostrar as suas emoções mas estava a ir contra esses princípios para a ver sorrir. Ela sentia-se aquecida por dentro com o seu esforço. Era isso que ela mais gostava nele… Ele ia contra tudo, contra ele mesmo se fosse necessário, por ela.

Neste momento estavam no sofá a comer chocolate. Enquanto ela fora tomar banho, ele com o sonido foi a uma loja próxima e trouxe muito, muito chocolate. Ao início ela não entendeu o porquê… Mas ele esclareceu-a quando disse que sabia que ela tinha uma paixão secreta por chocolates, e que esse doce humano tinha a capacidade de melhorar o humor das mulheres. Ela demorou a processar a informação e foi aí que percebeu…

Estava a ser uma idiota! Ela a chorar pelos cantos, depressiva por causa do seu ex amigo. E ele, a tentar animá-la a todo o custo. Pensou no que ele estaria a sentir ao ver o seu sofrimento. Por sentir-se incapaz. Sentiu-se horrível.

A arrancar correu na sua direcção e agarrou-o pelo pescoço. O espada instintivamente largou os sacos carregados de chocolate para segurar na cintura da mulher. Ele estava surpreso e levemente corado. Não percebia essas mudanças repentinas no humor dela. Uma hora tinha cara de zombie, outra sorria como uma menina de cinco anos? Será que ela estava naqueles dias…?

Ele sentiu que a sua camisa estava a ficar molhada e alarmou-se. Ela estava outra vez a chorar! Ulquiorra já ia perguntar o que aconteceu mas ela foi mais rápida.

- Arigato, arigato, arigato! Eu não sei o que faria sem ti. Tu és tudo para mim. Sei que tens alguns defeitos, como a teimosia… Isso por vezes tira-me do sério mas… - Ela soluçava contra o peito dele, que escutava-a atentamente, não ousou interrompe-la- … Mas é isso que eu mais gosto em ti! As nossas brigas e principalmente as nossas reconciliações. – Ela formou um sorriso malicioso nesse instante mas logo retomou à sua postura séria- Quando era mais nova pensava que o homem ideal era o que não tinha defeitos… - Levantou a cabeça para o olhar nos olhos, ele continuava estático. Ela sabia sempre como o deixar sem reacção. – … Tu mostraste-me mais uma vez o meu erro. O homem ideal não é aquele que não tem defeitos mas aquele que tem os defeitos que adoro. Eu amo-te Ulquiorra. Tu és uma parte de mim, se não um todo… Se não fosses tu eu não aguentaria esta pressão. Já teria desistido mas tu és a minha força. – Os olhos dela brilhavam, não de lágrimas mas pela felicidade que sentia… O seu sorriso era resplandecente. Qualquer um que a visse iria ser contagiado pela sua alegria.

Ulquiorra não se sentiu indiferente à declaração da princesa. Ele gostava de lhe responder. De dizer algo… Mas não sabia. Ele buscava palavras certas, mas não havia. Nada do que ele pudesse dizer descreveria o que ele sentia. Estaria a reduzir em palavras o quanto ele a amava, e o quanto ela era importante para ele.

Eles olhavam-se profundamente. E Orihime sabia. Sabia a guerra interna dele… O quanto ele gostava de se expressar para ela. Ela ria com a frustração do espada ao não encontrar palavras “certas”. Talvez o que eles precisassem não eram palavras.

O quarto espada desistiu de encontrar palavras. Ele levou a mão dela até ao peito dele, onde estaria o seu buraco hollow se não fosse o gigai. Ela olhou confusa para ele e perante esse olhar ele tentou de esclarecer.

- Os humanos são incompetentes… Busquei em toda a minha memória palavras certas mas não as encontro. Por isso, espero que este gesto te diga um pouco de como eu me sinto… Eu não tenho um coração, mas o facto é que desde que te conheci sinto como se algo acelerasse no meu peito. Eu não tenho esse órgão e por isso fiquei confuso ao início mas depois percebi. – Ele fez uma pausa, respirou fundo e olhou nos olhos dela que estavam a ficar marejados outra vez, mas agora de felicidade- Esse coração que vocês falam são os sentimentos, e todos aqueles “sintomas” provém do sentimento mais poderoso: amor. Eu não tinha esse coração, porque não te tinha a ti. Não tinha nada a ver com o facto de eu ser arrancar ou não, mas eras tu. És sempre tu… Quando te conheci senti pela primeira vez esses sintomas e hoje estamos nesta situação. Gostava de dizer “amo-te”, mas sinto que é pouco comparado ao que eu sinto por ti. Não sei se sentes mas neste momento sinto que o meu peito vai explodir, devido à velocidade do meu coração. Mesmo eu não tendo um, tu deste-mo. Acho que essa é a maior prova do que sinto por ti… - Ele fora interrompido, ao início ficou perturbado com a ação repentina da mulher, mas logo recuperou-se e correspondeu à altura.

Orihime não quis ouvir mais nada, não precisava. Com as duas mãos agarrou na sua face e o puxou para si, beijou-o intensamente. Ansiava pelo seu toque, pelo seu calor. Ela caminhava para trás em direcção ao quarto, sem nunca interromper o que fazia. Mas foi aí que sentiram três reiatsus conhecidas. Separaram-se e tentaram de recompor-se apesar de Ulquiorra não disfarçar a má cara às visitas. Será que era tão bom para as pessoas serem inconvenientes?

Orihime gargalhava com a expressão dele. Mas logo parou de implicar com o espada e abriu a porta aos amigos. Um pouco apreensiva. Mas nada que não conseguisse disfarçar com um dos seus sorrisos falsos.

 

- Kon-nichiwa Kuchiki-san, Ishida-kun, Sado-kun! Por favor, entrem. Sintam-se à vontade! – Ela abriu um dos seus sorrisos irresistíveis e deu passagem aos amigos. Eles cumprimentaram-na e depois viram o Ulquiorra com uma expressão zangada. Pensavam que ele estaria assim por causa da confusão Ichigo. Crianças Ingénuas.

- Orihime nós viemos aqui porque tínhamos saudades e ficámos felizes por estares bem. – Rukia foi quem quebrou o silêncio incómodo. A pequena shinigami sorria, realmente estava muito feliz por a amiga estar bem… e por ela estar muito bem acompanhada!- Nós também ficámos chocados quando soubemos o que te aconteceu… Mas tu continuas a ser a nossa amiga! E não queremos estragar tudo por esse pormenor. Nós gostamos de ti Orihime, sejas tu humana ou arrancar. – A Kuchiki abraçou a amiga que estava incrédula, Ishida e Sado reuniram-se no abraço e fizeram uma roda à volta da ruiva. Riam-se como nos velhos tempos. Orihime não cabia em si de tão feliz que estava.

Ulquiorra também estava feliz por ela. Ao menos aquela shinigami, o humano e o quincy tinham mais escrúpulos do que o outro. Remoía-se por dentro ao lembrar-se das palavras dele. Tentou espantar esses pensamentos e concentrar-se no agora. Mas foi impossível. Ele sentiu uma presença a aproximar-se. E ele sabia a quem pertencia. 

Olhou de relance para a mulher. Ela estava distraída. Óptimo momento para escapar sem ela perceber. Saiu, ouvindo as gargalhadas que vinham de dentro da casa.

 

Ichigo caminhava lentamente à casa da Orihime. Vagava pelas ruas, como se estivesse a ir em direcção à própria morte. Seguiu o conselho da Rukia. Mas não estava muito confiante. Tinha o pressentimento de que algo correria mal. O seu pressentimento concretizou-se quando apercebeu-se de uma presença à sua frente, barrando o seu caminho. Ulquiorra.

Olhavam-se. Não era como os outros olhares que tinham tido. Este não era de desafio. Ulquiorra olhava com fúria para o shinigami, e este por sua vez não ousava enfrentá-lo. Por muito que lhe custasse admitir sabia que ele tinha razão. Ele foi um mostro para a Inoue. Ele só estava a protege-la… Dele. E tinha que lhe dar razão. No lugar dele faria o mesmo. Aliás, no lugar dele ele fez o mesmo. Mas os papéis inverteram-se. Ele imaginava o estado da amiga para que o espada ausenta-se da casa dela para a proteger, fora do gigai. Kurosaki sabia que ele não queria lutar, mas se tivesse de lutar para o afastar dela, fá-lo-ia.

- Nem penses que dás mais um passo em direcção da casa dela, ontem fixes-te o suficiente. Por acaso não te chegou? Queres magoá-la ainda mais, Kurosaki Ichigo? – O shinigami sentiu o desprezo nas suas palavras, principalmente quando o espada pronunciou o seu nome. Não o iria permitir passar, isso estava nítido.

- Tenho de lhe pedir desculpa… Fui longe demais… Tenho mesmo de falar com ela Ulquiorra. – Ele apelava ao bom senso do espada. Missão falhada. Ulquiorra não permitiria que a sua onna sofresse mais por causa dele.

Ulquiorra num impulso agarrou-o pelo pescoço. Os olhos verdes transmitiam tudo o que ele sentia… Raiva, ódio, desprezo… Ele não conseguia encarar a face do espada. A culpa e a vergonha não lho permitiam.

- Ainda bem que percebes-te o teu erro, shinigami. Mas é tarde demais. Tu podias ter evitado esta situação. Podias ter evitado que ela chorasse toda a noite, que se contorcesse de dor… Podias ter pedido desculpas antes de ter saído. Mas não o fixes-te! Não te importas-te o suficiente. Perdes-te a tua oportunidade. Alguma vez pensas-te pedir-lhe desculpa naquele momento? De deixar o orgulho de lado por ela? Não! Então porque haverei de deixar-te passar? Para cultivares o seu sofrimento? Para prolongar a sua dor? É isso que chamas de amizade? De proteger os que amas? Afasta-te dela ou serei eu a afastar-te.

Ichigo sentia-se cada vez mais mergulhado na escuridão. Saber da dor da companheira piorou o seu estado. Queria fazer algo para que ela o perdoasse. Mas sabia que ainda era cedo demais, ela não o queria ver. A prova disso é que ela permitiu que o espada de olhos verdes não o deixasse aproximar-se mais.

Abaixou a cabeça, escondendo o rosto. Perante este acto de rendição, ele largou o shinigami no chão. E caminhou de volta para casa da mulher.

Por breves momentos, sentiu pena do estado deplorável do ruivo: estendido no chão como o deixara. Não mexera sequer um músculo. Mas não deixou abalar-se. O substituto de shinigami teria de aprender a lidar com as consequências que as suas palavras causaram. Não era pedir “desculpas” e tudo ficava resolvido. Como se nada tivesse acontecido.

 

Quando entrou no humilde apartamento, viu eles a judiarem o pobre peluche Kon. Vestiram-lhe um vestido vermelho e colocaram uma peruca loira. Era clara a expressão enfadonha do espírito modificado. Riam às gargalhadas. Contudo, não evitou pensar que naquele círculo faltava um ruivo com um certo temperamento alto.

 


Notas Finais


Uma coisa a pedir: Mandem-me um link da música que mais gostam do Bleach, por favor?Obrigada!
Um aviso: Estou a prever acabar esta fic no vigésimo quarto capítulo. E penso criar uma outra fanfic. Queria saber qual o casal que vocês gostariam de ver... Pode ser do Bleach, Naruto ou Inuyasha. Só não penso fazer outra Ulquihime (isso vou fazendo outros oneshots) ou HitsuKarin. Tenho um pequeno receio com esse casal... Não é que não gosto, é o meu top 2 do Bleach! E já fiz um oneshot deles! Mas tipo a fanfic "A Paixão do Capitão de Gelo" da Charlote-chan intimida um pouco (no bom sentido, sou doida por essa fanfic) eheheh


Beijinhos, beijinhos e muitos moranguinhos


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