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História Os Sentimentos de Ulquiorra - Meia Hora


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


Oi, oi!
Bem está aqui mais um capítulo! O próximo será um capítulo especial: dedicado ao casal IchiRuki <3
Outra coisa eu estive a pensar, e lembrei-me de fazer uma segunda temporada desta fic. Acham boa ideia? Acho que farei isso e uma oneshot do SesshoumaruXRin da série Inuyasha, quando acabar esta fic.

Boa leitura*

Capítulo 17 - Meia Hora


Mundo Real

 

Já estava a escurecer e os amigos de Orihime tiveram de ir embora. Ela despediu-se deles com um sorriso. E foi ter com Ulquiorra que estava a olhar a lua pela janela, distraído. Ela reparou na mudança do espada. Estava distante, demasiado pensativo.

Ela aproximou-se dele sem chamar a atenção, abraçando-o pelas costas e depositando um beijo na sua nuca.

- O que aconteceu Ulqui-kun? Não digas que não aconteceu nada… – Vendo que ele ia dizer algo, adivinhou as suas palavras- Eu reparei que tu ausentaste-te num determinado momento, e segundos depois a Kuchiki-san ficou apreensiva. Estava sempre a olhar para uma direcção… De onde vinha a reiatsu do Kurosaki-kun.

Ulquiorra fechou os olhos com força. Ela sabia. Não adiantava negar, ela queria saber o que eles conversaram. Não deixou de ficar um pouco surpreso, ela não estava chateada nem algo do género. Muito pelo contrário, estava descontraída e atenciosa.

Ela era sempre assim mas não esperava que neste momento ela também o fosse… Afinal ele omitiu que esteve a falar com o shinigami. Esperava uma atitude diferente por parte dela. Ela sempre o surpreendia. O quarto espada sorriu de canto com o seu próprio pensamento.

- Ele queria vir falar contigo para se desculpar e eu não permiti. Sei que não tinha esse direito, tu é que decides se o deves ou não desculpar. Mas estavas bem com os teus amigos não queria que a conversa dele estragasse tudo… E de certeza que iria estragar o ambiente.

- É, nisso tens razão… Se ele tivesse aparecido, iria ficar tudo arruinado. Mas se ele me procurou para falar acho que não custa nada escutar…

- Ele não te ouviu onna.

- Quando queremos mostrar que somos superiores, temos de aprender a fazer coisas boas aos outros Ulqui-kun, mesmo quando eles não as merecem.

O espada não gostava do rumo da conversa, sabia onde iria dar. Não era uma questão de ciúmes… Mas ele sabia muito bem que se a conversa não corresse bem, o estado em que ela ficaria. Era isso que temia.

Estava de braços cruzados, tentava-se acalmar. Sentiu ela a descolar das suas costas e pela sua visão periférica, olhou para trás. Viu o seu olhar determinado. Ela iria mesmo com aquilo até o fim?

Suspirou. Não adiantava, ela iria falar com ele. Só poderia ter esperanças que não ocorresse nada de errado.

- Se ele te machucar, não quero saber de guerras nem nada, eu mato-o. E aí nem tu me impedes Hime. – Olhou sério para ela, não estava a brincar quando dizia aquilo.

Ela chegou-se ao pé dele, e com a sua mão direita levou os cabelos negros rebeldes para trás da orelha do espada. Sorriu serenamente para ele.

- Não te preocupes. Tenho a certeza que desta vez tudo irá correr bem. Eu vou a casa da família Kurosaki para conversar com ele e resolver este problema. – Ele não gostou nem um pouco dessa ideia, iria começa a protestar e a dizer que ele iria com ela, mas ela foi mais rápida- Não Ulqui-kun, eu vou sozinha. Este problema é meu, tenho de ser eu a resolvê-lo. Não podes fazer isso por mim. Peço-te que me compreendas e que não fiques zangado. – Ele fechou os olhos e acenou. Iria fazer o que lhe pedira. Ulquiorra aproximou-se dela e beijou-lhe tenramente a sua testa. Permaneceu nessa posição alguns minutos, como se pedisse internamente que ela voltasse bem.

- Dou-te meia hora para voltares. Se dentro desse tempo não estiveres aqui, eu vou buscar-te.

Orihime deu um último sorriso e desapareceu no sonido. Sabia como o arrancar era pontual e levava a sua palavra a sério. Ela teria de despachar-se.

 

Kurosaki Ichigo estava sozinho no quarto. A sua família e a Rukia, que chegara há pouco tempo, estavam a jantar tranquilamente. Não sentia fome. Com toda esta confusão perdera o apetite.

Remexia nos seus cabelos rebeldes, pensativo. As palavras do quarto espada não saíam da sua cabeça. Só conseguia pensar no quão baka havia sido. A Rukia passava a vida a chamá-lo de idiota e agora via que ela tinha razão.

Estava imerso nos seus pensamentos quando sentiu uma brisa penetrar no local e uma presença instalou-se no local.

Estes shinigamis!  Nunca respeitavam a sua privacidade. Odiava que entrassem pela janela do seu quarto. Mas os shinigamis sempre ignoravam as suas reclamações. Olhou para cima, rabugento. Iria começar a reclamar quando por fim notou quem estava na sua frente.

- I..nou…e?  - Estava atônico com a sua visita. Não a esperava ver e muito menos que fosse ela que o procurasse. Ele parecia que estava a ver uma assombração.

- Hai, desculpa invadir o teu espaço, Kurosaki-san. – Ela falava formalmente, já imaginava uma reacção assim por parte dele. No lugar dele, também o estaria.

O shinigami não deixou de reparar na forma como ela o tratará, com severidade. Doeu. Mas não quis passar uma impressão errada, como se a sua presença o incomodasse.

- Nada disso Inoue, não tem qualquer problema… Só, só não te esperava ver aqui. Não que a tua presença me desagrade! Não é nada disso, só estou surpreso… Mas isso não quer dizer que eu não quei…- Foi interrompido por uma leve gargalhada da mulher. Essa desarmou-o completamente. Não esperava que ela risse para ele como se nada entre eles tivesse acontecido, ficou atordoado.

- Gomen, gomen Kurosaki-kun – Ela limpava as pequenas lágrimas que estavam no canto do olho, ainda com um pequeno sorriso no rosto- Não devia rir assim de ti, é falta de educação. Só achei cómico a forma como ficaste nervoso. E balançavas as mãos tentando explicar-te – Logo, se recompões e voltou à sua postura de anterior. Ichigo não gostou nada disso, ele queria ter uma conversa agradável e pelos vistos isso não seria tão fácil. – Eu sei que o Ulquiorra não permitiu que fosses falar comigo, espero que não o leves a mal. Ele só estava preocupado comigo.

- Eu sei Inoue, seria muito injusto se estivesse chateado com ele. Nem tu, nem ele merecem aquilo que eu fiz. Bem ele talvez um pouco… - Fez cara emburrada, lembrando como o espada sempre o chamara de fraco e inútil.

- Compreendo que não seja fácil para nenhum dos dois… Mas eu não quero mais brigas e por isso vim procurar-te e tentar acalmar as coisas. Sei também como os nossos amigos estão a sofrer, e eu só quero acabar com isso… - Ela parou de falar de repente. Estava pasma. Era impressão sua ou ele estava a rir? Estaria a fazer pouco dela? Talvez o Ulqui-kun estivesse certo e não devia ter vindo. O arrependimento já estava a começar a fazer-se presente.

- Não devias estar aqui Inoue. Não depois do que eu te disse… Eu é que devia ter-te procurado e sim eu fiz isso, mas talvez eu tivesse fugido antes de bater na tua porta. Não deves falar como se fosses tu que tivesse de pedir desculpa. Não troquemos de lugar, se há alguém que deve pedir desculpa esse sou eu… Perdoam-me Inoue. Fui um péssimo amigo e quebrei a minha promessa de te proteger. – As lágrimas corriam livremente na face do shinigami, ela ficou perplexa pela declaração dele. Não deixou de emocionar-se. Ele estava de cabeça para baixo, não se dignava a olhar nos olhos dela. Faltava-lhe a coragem.

Ela abaixou-se na sua altura e limpou as lágrimas do shinigami.

- Não vou mentir Kurosaki-kun, as tuas palavras magoaram-me muito… Deixaram marcas muito profundas para serem esquecidas. – Ela falava tristemente e isso entristeceu ainda mais Ichigo, as esperanças de que um dia ela o perdoasse estavam cada vez mais pequenas- Por muito amigos que sejamos, vai haver sempre algo entre nós. Mas farei de tudo para esquecer essa mágoa. Por nós, pelos nossos amigos. Eu quero voltar a ser tua amiga Kurosaki-kun. – Ela sorriu para ele, que não deixou de retribuir. – Vamos começar do zero?

Ele abraçou forte amiga, transmitia toda a gratidão por ela. Agradecia aos céus por esta oportunidade, nem louco a desperdiçaria. Ele afastou-se um pouco dela e sussurrou para ela:

- Estão a observarmos e se não me afastar agora ele pode matar-me. O Ulquiorra é sempre assim tão ciumento?

Orihime riu com o seu comentário. Também já tinha percebido a presença no espada a vigiá-los. Afastando-se lentamente do shinigami, com um belo sorriso, limitou-se a responder.

- A meia hora já passou.

 


Notas Finais


Qualquer ideia ou crítica é só dizer ;)

Beijinhos


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