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História Os Sentimentos de Ulquiorra - Conhecendo o Passado


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


Oláa!
Bem seguindo a sugestão do nosso amigo Firmino eu decidi dedicar um capítulo a cada casal antes do final desta fic. Este é HitsuKarin e o próximo vai ser GrimmNell, deixando o melhor para o final UlquiHime (afinal são os protagonistas, né?)! kkk
Caso eu não tenha dito, eu vou mesmo fazer uma segunda temporada desta fic. Vou dar todas as informações no último capítulo.
Vou postar um capítulo da fanfic da 2ª temporada mas depois aviso que vou ficar uma semana sem postar. Bem era isso...

Boa leitura*

Capítulo 25 - Conhecendo o Passado


Soul Society

 

- Onde vamos Toushirou? - Perguntou pela milésima vez Karin, já saturada por o albino não lhe responder devidamente. 

- Quando lá chegares, vais descobrir. - Ele estava completamente indiferente à raiva dela... Não iria estragar a surpresa só por causa da impaciência dela.

- Ahhh, tu és impossível. - Desistiu. Cruzou os braços, fazendo biquinho, e continuou a segui-lo. Conhecia o feitio do capitão de gelo. Sabia como ele era teimoso. Nada do que ela dissesse ou fizesse o faria mudar de ideias. 

Toushirou sorriu discreto. Estava até a achar graça àquela situação toda. Sabia o quanto ela era curiosa e deveria estar a ser uma tortura para ela não saber onde iam. Lembrou-se que ele foi pedir, pessoalmente, ao Comandante para lhe dar a ele e a uma das suas subordinadas (que nem foi preciso dizer o nome porque era bastante claro a quem ele se referia) um dia de folga. O velho abriu um olho e como compreendendo as minhas intenções ele aceitou.

Ele ia levar a Karin a conhecer a sua vovó de Rukongai. Queria que a sua companheira conhecesse a sua única família, à parte da Hinamori. Aquela senhora tinha sido mais que uma mãe para ele. Teria sempre um lugar especial no seu coração. Era importante para ele que Karin conhecesse-a, como era importante que a sua vovó conhecesse a mulher da sua vida. Nada mais lógico. 

Após chegarem a uma casa no meio da floresta, Karin ficou ainda mais intrigada. Afinal o que eles vieram fazer aqui? A casa não era nem um pouco luxuosa, muito pelo contrário, notava-se o seu desgaste pelos anos. Mas mesmo assim era uma casa linda, parecia uma casa de bonecas, toda feita de madeira com flores. Era até acolhedora.

A porta abriu com um rangido e uma senhora de idade saiu pela porta. A idosa ao vê-los não se assustou ou surpreendeu. Parecia até que os esperava à algum tempo. Ela sorriu docilmente.

- Toushirou-kun, há quanto tempo.

- Ohayo vovó. – Karin arregalou os olhos com as palavras dele e virou-se na sua direcção. Teria ouvido bem? Decidiu não perguntar nada. Por enquanto.

- E quem é esta menina tão bonita? – Karin ficou corada, e meio encavacada apresentou-se - Kurosaki Karin, senhora. Prazer.

- Não, o prazer é todo meu querida. Sempre quis saber quem seria a namorada do Toushirou-kun.- A avó ria e ao ver a expressão deles riu ainda mais. Eles ficaram completamente vermelhos, tinham vontade de se esconder nalgum buraco que encontrassem. Não disseram nada, afinal, eles eram mesmo namorados. Não fazia sentido nenhum contradizer.

- A...rig...atou… - A senhora de idade não parava de sorrir. Achava engraçado o embaraço daquela criança tão ingénua. Por um breve momento perdeu a compostura, assumindo uma cara mais séria. Analisou a Karin de cima a baixo, como procurando defeitos. Quando olhou nos olhos ónix, a Kurosaki sentiu um arrepio na espinha. Parecia que aquela mulher lhe estava a ler a alma!

A avó voltou a colocar um sorriso na cara e convidou-os a entrar, mas antes pediu ao Toushirou que fosse comprar melancias para eles comerem. Ela não conseguia mais andar e carregar sacolas tão pesadas. Ele hesitou um pouco, duvidando que fosse isso mesmo. Mas logo percebeu que ele estava a mais. Ela queria falar com a Karin. Olhou de relance para as duas e sumiu no shunpo, fazer o que lhe tinham pedido.

- A senhora quer falar comigo certo? O que deseja falar comigo que o Toushirou não pode ouvir? - Ela não era estúpida. Percebeu muito bem as intenções da avó, e não sabia se isso era bom ou mau sinal. Mas preferiu acreditar na primeira opção. Ela era importante na vida do homem que amava... Não queria entrar em guerra com alguém tão especial para ele. Não o queria magoar. 

A senhora olhou para a jovem à sua frente. O seu olhar determinado. Gostou disso.

- Perspicaz, isso é bom. Sim minha querida, eu preciso de falar contigo... - A senhora abaixou o olhar cabisbaixa, e Karin sentiu uma tristeza perfurar-lhe o peito quando viu isso, queria ajudar a senhora mas não sabia como. - ... Quais são as tuas intenções com o Toushirou-kun? - A pergunta apanhou a shinigami desprevenida. Ela não esperava por algo assim e não compreendeu o porquê daquela pergunta. Percebendo a sua confusão interior, a avó continuou - Ele já sofreu muito, não quero que sofra mais...

Karin olhou com pena para a senhora. A sua preocupação era de uma mãe. Sorriu ao pensar no que a sua mãe diria ao Toushirou, mas logo reflectiu sobre as palavras da senhora de idade. Teve receio em dizer o que pensava, mas teria de dizê-lo.

- Seria desonesta se dissesse que nunca o farei sofrer... Sou uma mulher como qualquer outra. Tenho as minhas falhas, vou sempre magoá-lo de alguma forma. Por vezes vou ter vontade de matá-lo... Vou ter ciúmes e agir como uma boba. Quem não agiria no meu lugar com aquele homem? É demasiada beleza para uma pessoa. -Riu um pouco com a sua frase, mas logo voltou ao tom sério- Vai sempre haver discussões, umas mais fortes que as outras, talvez eu o venha a desiludir. Mas avó, isso faz parte da vida, faz parte do amor. Não se preocupe, as minhas intenções não são más. Sei que o magoarei como ele a mim, mas é por nos amar-mos que lutaremos para superar esses momentos de dor. Dor é inevitável numa vida feliz. Nós só somos felizes quando sabemos o que é a tristeza. 

Karin abaixou a cabeça temerosa que a senhora fosse tratá-la mal, dizer que não era a mulher certa para o seu neto... Qualquer coisa... Menos aquilo.

Ela sentiu uma mão no seu queixo, levantando a sua cabeça. A morena a viu sorrir, com lágrimas nos olhos e abraçou-a. Karin ao início ficara quieta, não sabendo como reagir. Mas depois abraçou-a de volta. 

- Tens razão pequena. Não esperava palavras tão sábias de alguém tão jovem, tenho a certeza que o meu menino vai estar muito bem acompanhado. - A shinigami abaixou a cabeça envergonhada. Não esperava aquela atitude tão atenciosa da senhora, mas estava feliz por saber que acertou nas palavras. Uma única má escolha, uma palavra errada, e estragaria tudo. Sorriu, mesmo sentindo ainda as bochechas quentes. 

 

Do lado de fora da casa, o capitão ouvira toda a conversa. A avó tinha o mandado ir buscar melancias, mas ela ainda tinha algumas guardadas atrás da casa. A sua vovó queria que ele ouvisse Karin, sem ela saber que ele a escutava.

Sentia um calor no seu peito, e um leve rubor formava-se na sua face. Tal como a senhora de idade, ele não esperava por aquelas palavras e não evitou emocionar-se. Sentia-se um afortunado por ser namorado dela. E sorriu presunçoso com o comentário dela à cerca da sua beleza física. Aquela informação lhe seria útil mais tarde. E ele saberia muito bem como usar aquela informação. Afinal, era um capitão e tinha experiência nessa área. Ria com malícia. Mas por agora, teria de voltar para dentro de casa, levando consigo as melancias para a morena não suspeitar do plano deles.

 

Ao passar pela porta, olhou cúmplice para a sua avó que limitou-se a rir. Karin não percebeu nada e antes que ela perguntasse algo, ele foi deixar as melancias na cozinha. A vovó mandou o Hitsugaya sentar-se na sala ao lado da shinigami, enquanto ela preparava sumo e cortava a melancia para eles. Eles ofereceram-se para ajudar, mas ela gentilmente recusou.

Após a senhora se retirar Karin olhou para o Toushirou como esperando uma explicação. O capitão suspirou pesado ao perceber isso.

- Quando nós morremos, a maioria perde as memórias. A nossa família passa a ser aquele que nos acolhe. Criamos laços familiares fortes, de união, e não propriamente de sangue. Foi assim com a vovó e com a Hinamori. Tu conheces uma das minhas avós. A vovó Haru no Mundo Humano mas nunca conheces-te a vovó de Rukongai e eu queria que conhecesses. – Ele não evitou ficar corado com as suas próprias palavras. – Ela é muito importante para mim. Não me rejeitou por eu ter o cabelo branco, assim como tu ficas-te indiferente à cor do meu cabelo... Não senti discriminação, pelo contrário senti que me apoiou e muito. Sempre me encarei como diferente, como se fosse uma aberração mas a vovó disse sim que eu era diferente, mas porque era especial e que um dia me dariam valor por isso. Vocês são essenciais para mim e eu queria que se dessem bem. - O albino falava sem olhar directamente nos olhos dela, já lhe era difícil confessar tudo aquilo, e ainda ter de olhá-la nos olhos... Era muita vergonha!

Karin sentiu que estava num sonho. Num sonho que não queria acordar. Estava radiante, felicíssima. Ele estava a contar uma parte do seu passado. Uma fase difícil. Estava a confiar nela… E por isso está a dar-lhe a conhecer parte do seu passado, da sua história. 

Aproximou-se dele. Ele mantinha a cabeça baixa para esconder o rosto avermelhado. E ela sussurrou na sua orelha:

- Enganas-te Toushirou. A cor do teu cabelo não me é indiferente, nunca foi para ser mais precisa… O teu cabelo é das coisas que mais me atrai em ti. – O hálito morno dela arrepiava o capitão que ficara surpreso com as suas palavras. O seu peito parecia que ia explodir, o coração acelerou consideravelmente, e por minutos deixou de respirar. Que mulher era aquela? Hyourinmaru respondeu ao seu pensamento: A dona do teu coração, mestre.

Toushirou sorriu perante a resposta simples, mas verdadeira, da sua zanpakutou. Karin tinha a sua testa encaixada entre o pescoço e o ombro do Hitsugaya. Inspirava profundamente o ar, como se memorizasse o seu cheiro. Menta. Era um cheiro fresco muito bom. Condizia com o sabor de seus lábios. Não eram doces tampouco eram amargos, simplesmente eram irresistíveis. Um sabor viciante.

Ele olhava toda a extensão do rosto e pescoço dela, até que uma curiosidade invadiu sua cabeça. Ela sempre elogiava o seu cabelo. Mas ele raramente fazia isso com o dela. Reparou que nunca a tinha visto com os cabelos soltos desde que eles cresceram. Um sorriso malicioso estava presente na face do albino e ele com uma das mãos, puxou a fita branca que prendia o cabelo dela.

Os cabelos negros caiam como se fossem uma cascata. Cabelos negros como a noite, mas brilhantes. Pareciam a noite que era iluminada pelo luar. Eles não eram muito compridos, iam ligeiramente um pouco abaixo dos ombros.

O rosto da shinigami enrubesceu com o acto repentino dele. Tentou recuperar a sua fita mas de nada adiantou. Ele era mais forte e rápido que ela. Que injustiça!

- Toushirou! Devolve isso agora! Não gosto de ter os meus cabelos soltos! – Ela implorava vermelha, não gostava nem um pouco da brincadeira. O capitão por sua vez, olhava para ela com volúpia. Os cabelos soltos davam-lhe um ar mais inocente, quase angelical. Uma faceta dela que conhecia muito pouco. Isso atiçava os seus desejos mais primitivos.

- Acho muito bem que penses assim Karin. Se és bela com eles apanhados, és uma perdição com eles soltos. Quero ser o único a ver-te assim…- Enquanto falava, voltava a apanhar os cabelos que ele mesmo tinha soltado. E som um sorriso travesso, deu-lhe um pequeno beijo. Um tocar de lábios. Mas o suficiente para a temperatura dos corpos de ambos alterar. Era impressão sua ou a sala aqueceu em alguns segundos?

Logo a avó entrou na sala com a melancia e o sumo. Ai não! Tinham-se esquecido completamente dela! E pelo sorriso da senhora, ela viu tudo! Karin escondia a cara por debaixo das mãos, tendo vontade de sumir dali. Toushirou não estava em melhor estado, comia olhando o pôr-do-sol como se não tivesse acontecido nada. 

Recordações invadiam a mente do capitão, e lembrou-se com alguma nostalgia dos tempos em que vivia em Rukongai. Lembrava-se do porquê de amar tanto a despedida do sol. E lembrou-se também, com um sorriso enorme no rosto, o porquê de amar ainda mais as noites de lua cheia. 


Notas Finais


Beijinhos minaa *--* Espero que tenham gostado, foi feito meio à pressa ihihih

Jya nee. ♥


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