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História Os Sentimentos de Ulquiorra - Família em Las Noches


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


Oláa!
Bem aqui está o último extra! Pois é, amanhã é o último capítulo! Eu sei que para alguns a fanfic pode ser muito curtinha mas eu nunca pensei em fazer uma fic tão grande como esta kkk

Boa leitura*

Capítulo 27 - Família em Las Noches


Hueco Mundo

- Onna, diz de uma vez por todas o que se passa. – Ulquiorra já estava a ficar impaciente. Orihime o chamara para conversarem sobre algo sério, a sós. Ele ficou preocupado com a expressão dela e seguiu-a até aos seus aposentos. Mas até agora ela só enrolava e não dizia nada. Sem contar que mexia exageradamente as mãos e não lhe fitava os olhos. Pela expressão dela não era muito grave mas mesmo assim não deve ser algo muito leviano. Ela temia a sua reacção e não estava a perceber o porquê isso.

- Certo, vou directa ao assunto. – Finalmente, Ulquiorra não evitou de pensar. Orihime olhou com receio para ele, a sua voz saiu meio trémula e por vezes engasgava-se, isto quando não comia as palavras. Mas graças ao ouvido apurado do quarto espada, ele percebeu tudo na perfeição.- Foi há dois meses, eu… eu estou grávida Ulquiorra! – Ela gritou a última parte. Tinha medo de ele não querer a criança. E não o censurava por isso. Rei do Hueco Mundo ser pai! Não cabia na cabeça de ninguém, e na dele deveria caber menos. Um filho é uma bênção, mas o que pensar se esse filho aparece num mundo cruel e sangrento? Em meio de guerras, em que todos os dias é uma luta pela sobrevivência...? Não sabia o que pensar. Não sabia se chorava de felicidade e corria a abraçar o moreno ou se agachava-se no quanto, sentindo-se uma irresponsável, por não ter evitado o sofrimento de uma futura criança.

Ulquiorra arregalou os olhos como nunca antes. Nem mesmo quando a reencontrara. Sabia que aquilo era possível de acontecer, mas nunca esperou. Também não era possível Orihime virar um hollow, tornar-se uma espada e manter as suas memórias e aconteceu, era o que dizia uma voz irritante na cabeça do quarto espada. Agora ele percebia a preocupação dela, e reparou que isso aumentava a cada segundo que o seu silêncio se prolongava. Viu a ruiva a abaixar a cabeça e o corpo dela começar a tremer. Imaginou o que ela estaria a sentir, e o que estaria a passar naquela cabeça idiota. Sorriu de canto e caminhou na direção dela.

Abraçou-a, apertando o seu peito contra a cabeça dela. Como confortando-a. Ela ficou surpresa pela atitude dele mas manteve-se em silêncio. Não ousou abrir a boca e ele também não o fez.  

Pegando no seu queixo, obrigou-a a olhar para ele. Seu olhar sério, mas a princesa de Las Noches interpretou algo novo no seu olhar: felicidade e amor. Quer dizer, ela já tinha visto aqueles sentimentos… Mas agora estavam diferentes… Como seu fosse algo mais paternal!? Seria isso possível? Ele estaria mesmo feliz com a gravidez dela? Sentiu uma lágrima escorrer pela sua face direita que logo foi limpa pelo dedo pálido do espada.

- Cada dia que passa, me tornas mais humano Hime. – Ela simplesmente deixou de conter o impulso de abraça-lo e beijá-lo inúmeras vezes o seu rosto. Ele estava feliz! Ele aceitara! Que mais poderia ela pedir?

 

 

- Força Hime! Tu consegues! – Nelliel estava a ficar preocupada com a amiga. O parto já durava cinco horas e Orihime tinha cada vez menos força. Ela suava muito e estava mais pálida que o próprio Ulquiorra. Ela deveria estar um pouco vermelha pelo esforço, mas não! Ela estava branca como a cal. Aporro ajudava Nell, e este também já começara a assumir uma expressão preocupada. Se continuassem a demorar assim, ela ou a criança poderiam sofrer as consequências. A situação não estava nada favorável.

Fora do laboratório, as coisas também não estavam melhores. Ulquiorra estava desesperado. Aflição estava escrita em cada parte do seu rosto. Ele ouvia os gritos da sua Hime, ouviu os gritos cessarem mas o parto não acabar, e ouvia… Ou melhor, estava a ouvir cada vez menos a respiração dela. Estava a falhar, ele tinha que impedir que a ruiva sofresse mais, antes que ele a perdesse. Sofria, ao pensar que com isso poderia estar a matar o seu próprio bebé. Mas ele tinha que analisar as coisas friamente… Filhos poderiam ter outros (mesmo que não fosse a mesma coisa), mas mulher só teria aquela e sempre seria assim.

Não era que seus filhos fossem substituíveis, porque não eram, mas se tinha de escolher, escolhia quem ele amou em primeiro lugar. Se ele amava aquela criança, era porque amava a mãe dela! Porque amou a mulher de olhos cinzentos primeiro. Sem ela, aquele bebé também não existiria.

Grimmjow impedia que o moreno entrasse no laboratório e cometesse alguma estupidez. Mas compreendia a sua dor. Nem queria imaginar estar no seu lugar, ficaria doido. Se até ele, o espada mais frio, está naquele pânico, nem queria imaginar-se a ele mesmo…

 

Orihime revivia cada momento junto do amado, como se nunca mais voltasse a viver aquela felicidade. Fechou os olhos, tinha de pelo menos salvar o seu filho ou filha. Não sabia porquê mas acreditava que seria uma menina. Sorria ao imaginar como ela seria, seria parecida com ela ou com o pai? Uma dor profunda invadiu todo o seu corpo. Teria de fazer força, uma última vez, nem que isso a arrebentasse por dentro mas teria de fazê-lo!

Obrigou o corpo a contrair-se e mandar para fora aquele ser dentro dela. Orihime berrava de dores, lágrimas misturavam-se com o seu suor; sentia-se a rasgar ao meio. As dores eram insuportáveis… Mas por fim ouviu o choro de um bebé. Abriu um pouco os olhos e viu nublosamente, um bebé no colo da Nelliel. Viu aquele ser lindo que ela e o amor da sua vida geraram e riu como uma boba, ignorando as dores que sentia ao fazer isso.

- Minha filha... – Com o seu último sussurro, permitiu que seus olhos se fechassem e tudo ficou escuro.

- Hime-chan… Oe, acorda hime…- Nelliel sacudia os ombros da ruiva, tentando despertá-la mas nada, não acreditava que aquilo era o fim.- ORIHIME! – Gritava, abraçando-se ao corpo da amiga. Aporro tinha a menina nos seus braços com o olhar baixo. Não conseguia encarar aquela situação.

 

Ulquiorra ficou ralado ao escutar os gritos da sua onna mas acalmou-se quando ouviu o choro de um bebé. Estava radiante. Sentia-se tão bem. Como nunca se sentiu. Ele realmente tinha muito a agradecer àquela ruivinha. Mas alarmou-se novamente ao ouvir o grito da ex espada. Ela nunca tratava a hime pelo nome, a não ser que fosse algo muito grave… Ouvia o choro dela. E por um momento parou. Seria aquilo que ele estaria a pensar? Ela estava …? Não se mexia, seu corpo não lhe obedecia. Seu rosto não expressava nada mas o seu peito transbordava de sentimentos…  

Ele entrou na divisão, cambaleando. Tentava manter o próprio corpo em pé. E viu a cena que o desarmou completamente. Aporro com a sua filha no colo, sua linda filha, sorriu ao vê-la mas os soluços da espada tiraram-no das suas divagações. E aí o mundo caiu-lhe os pés. Inoue estava pálida como nunca a vira, a única cor que se destacava na sua pele era o vermelho de seu sangue. Nell não largava o corpo dela, percebendo assim a mensagem desse gesto.

Sentiu os olhos lacrimejarem pela segunda vez na sua vida, mas pelo mesmo motivo. Aproximou-se da cama, agarrando fortemente na mão da onna. Nelliel afastou-se e saiu do quarto com Aporro para lhe dar privacidade. A mulher de cabelos verdes olhou uma última vez para o moreno, sentindo dó por ele. E fechou a porta.

Ulquiorra simplesmente não aceitava aquilo. Outra vez não! Tudo por sua culpa, devia ter tido cuidado, velado pela sua gravidez e assim o parto não teria corrido assim. Lágrimas escorriam pelas suas lágrimas eternas verdes. Suspirou, apertando com mais força a mão sem vida. Trincava o seu próprio lábio superior, revolta. Como permitiu que aquilo acontecesse outra vez?

Estava tão imerso na sua própria raiva que não notou em dedos finos acariciarem a sua mão. Só percebeu isso, quando chamaram o seu nome com delicadeza. Uma doçura que ele só conhecia numa voz.

- Ulqui-kun… Ela é linda, não é?- Ela olhava para o espada carinhosamente, feliz. Ulquiorra não percebeu o que passava, mas aí olhou para uma luz no ventre dela e viu que era a regeneração dos acontecimentos. Ela estava conseguir curar-se? Teve vontade de rir, mas conteve-a. Ainda tinha uma reputação a defender.

- É Hime, só espero que no futuro isso não me venha a ser um problema… - Orihime piscou os olhos algumas vezes, com a boca entreaberta, e começou a gargalhar. Ela acabara de nascer e ele preocupado já com os futuros pretendentes da sua filha? Que pai ciumento, e controlador! Era um disparate preocupar-se com isso. Ou talvez nem tanto assim.

Ele tinha a testa franzida, não queria pensar nisso agora, neste momento queria aproveitar o facto de ela estar com ele. Contudo não gostava de ser alvo de piada e ela sabia disso. Bufou. Ela o puxou pelo pulso, ainda rindo, dando-lhe um pequeno beijo. Mas transmitindo tudo o que sentiam. Por vezes são as coisas pequenas que fazem grandes coisas.

-  Yue…- Disseram os dois ao mesmo tempo. Riram levemente com a sincronia deles.

- … Significa Lua. A lua que testemunhou todo o nosso amor, tudo pelo que passámos para estarmos hoje aqui. – Concluiu Orihime com um brilho especial no olhar.

- A nossa filha será o testemunho da nossa história, Hime.

 


Notas Finais


Bem, agora que a pequena Yue nasceu vou contar qual será o casal principal da história da segunda temporada: Aiko & Yue. Vai ser sobre o romance deles, mas claro... Vai ter sempre os outros casais. Na realidade, uma parte da segunda temporada vai ser a criação dos filhos dos dois casais. Quero aprofundar este lado de pai ciumento do espada mais kawaii ihihih ihihih
Espero que gostem da ideia ;)

Beijinhos, Sayo!


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