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História Os Sentimentos de Ulquiorra - Primeira Discussão


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


Oii!
Não houve nenhuma razão especial para postar outro já, simplesmente apeteceu-me kkk
E como este é tipo continuação do anterior, acho que até vem a calhar ^^

Boa leitura*

Capítulo 9 - Primeira Discussão


Hueco Mundo

 

Orihime abria os olhos serenamente. Formava-se um sorriso bobo no seu rosto. Entregara-se a ele! Foi a sua primeira vez! Lembrava-se de cada toque por toda a extensão de seu corpo, de cada beijo, de cada suspiro… O carinho dele. O cuidado para não magoá-la, até parecia que ele tinha-se esquecido que ela já não era humana. Não precisava de tantos cuidados. Mas mesmo assim gostou disso. Quem a podia censurar? Quem não gosta de ser mimado? Não precisava de ser protegida mas sabia tão bem ser protegida por ele.

A nossa hime encontrava-se nos aposentos do Rei de Hueco Mundo. Estava deitada em cima do peito do espada, enquanto com os seus dedos circulava o buraco hollow do seu amado, o número “4” e todos os seus músculos. Ulquiorra estava desperto mas mantinha-se de olhos fechados, agarrando-a possessivamente pela cintura contra o seu corpo.

Não diziam nada. Não era preciso. Palavras naquele momento só atrapalhariam. Ambos sentiam que estavam nas nuvens. Apreciavam a companhia um do outro e só queriam que isso perdurasse.

Orihime vinha a pensar numa coisa a algum tempo e não sabia se haveria de dizê-la ou não… Mordia o lábio inferior, receosa do que pensaria o seu amado. Arriscaria. Afinal, ele já estava habituado às ideias malucas dela, não é?

- Ulqui-kun… Ahum… Eu estava a pensar numa coisa… e bem… Eu preciso ir ao Mundo Humano. - Disse sem rodeios e esperou ansiosa pela resposta de Ulquiorra que não fora imediata. Isso não era bom sinal…

Ele abriu os olhos de repente e olhou para ela, furioso. Levantou-se da cama e começou a vestir-se.

- Não me diga que já está com saudade daquele substituto de shinigami, onna. Se está tão preocupada com ele, nem sei o motivo de ter vindo-me procurar… Fosse logo directa ter com ele e… - PLAFF. Orihime esbofeteou pela segunda vez o quarto espada mas desta vez, ficaria com a marca da sua mão.

A mulher dirigiu-se a um cômodo onde encontravam-se as suas roupas espalhadas. Não tinha pudor algum por encontrar-se despida na frente dele. Não tinha vergonha do seu corpo. E ele era o homem dela, porque haveria de ter vergonha?

Ao mesmo tempo em que se vestia ela falava, como se ele nunca a tivesse interrompido mas desta vez falava asperamente, como se lhe lançasse facas.

- Como já lhe disse eu não perdi os meus poderes de humana. E quero usá-los para proteger aqueles que me são minimamente próximos. Quero reviver alguns espadas e fraccións. Eu preciso de ir ao meu antigo mundo porque foi lá que o primeiro espada e a terceira espada mais os seus respectivos subordinados morreram. Pode não dar certo, mas quero pelo menos tentar. Esses foi alguns dos espadas que eu enxerguei algo a mais neles e vou fazê-lo. Até porque suponho que precise de mais servos leais, Ulquiorra-sama – Inoue praticamente cuspia as palavras. Não gostara das palavras dele, nem do tom dele. Da sua desconfiança. E não iria quebrar perante ele. Ele tinha que aprender que ela não era mais uma das suas subordinadas que abaixava sempre a cabeça quando ele olhava feio ou era mais rude. Não mesmo. Ela evoluiu exactamente para ser vista como igual, não um ser inferior.

O arrancar arregalou levemente os olhos. Aquela mulher dócil que estava com ele até alguns segundos era a mesma que agora estava na varanda a admirar a lua sem lhe dirigir um mísero olhar, respondendo secamente e arrogantemente!? Por um momento, deslumbrou-se com a mulher incrível que ela tornou-se. De facto não era a mesma menina que ele sequestrara e mantivera presa. E gostou disso.

Contudo tinha um pesar no seu peito. Ele sabia que havia sido duro demais… Que havia sido injusto. Mas temia perdê-la. Afinal ele era um monstro. Porque ela apaixonara-se por ele? Logo por ele? Aquele substituto não era comparável a um príncipe encantado? O salvador da princesa? Não fora por ele que chorara durante noites e noites? A sua linha de pensamentos foi interrompida.

- Eu sei no que estás a pensar Ulquiorra. Sei que quando olhas para mim, vês a menina frágil que chorava pelo “Kurosaki-kun”, a garota que sonhava em ser salva e ir viver com o príncipe e ter o seu “feliz para sempre”… E não te culpo por isso. Foi por isso que eu não te procurei quando recuperei a memória, não queria voltar a ser a dependente. Queria que me olhasses de maneira diferente. Eu pensava que o amava mas estava redondamente enganada, isso não era amor. Era atracção. Mas isso não passava de fantasias, Kurosaki-kun era uma ideologia. Mas tu Ulquiorra és a minha realidade, tu melhor que ninguém conseguias analisar-me. Sempre vias o pior de mim: medos, angústias, ódio, … O que eu tentava esconder de todos, tu conseguias ver. Ao início isso era frustrante. Odiava essa tua capacidade. Eu queria ser alguém melhor, não queria que ninguém se preocupasse comigo, queria que todos gostassem de mim. Mas tu mudaste-me. Eu consegui perceber que não precisava de ser outra pessoa ao teu lado, que não teria de temer em mostrar-te o meu pior. Tu não me julgavas. Me compreendias. Afinal todos temos um lado escuro que tentamos esconder. Não penses em ti como “monstro”, vê-te como meu salvador porque tu salvaste-me de mim mesma. E serei te grata para sempre por isso. Ulquiorra eu amo-te, não por seres a melhor pessoa que eu conhecia... Mas porque ao teu lado, me sinto a melhor pessoa do mundo. Mais leve, livre. Feliz. Só tu me dás isso. Por isso, te imploro, não desconfies de mim…

Orihime terminou o seu monólogo e abaixou a cabeça. Esperava do fundo do seu coração que ele percebesse o que ela queria dizer. Que não enxergasse aquilo como um drama.

Ulquiorra sentiu-se miserável por voltar a ser o responsável da sua dor. Mas também sentiu-se o ser mais afortunado com as suas palavras. Elas tiraram um peso de cima das suas costas. Ele foi até ela e confortou-a, não a conseguia ver sofrer.

- Desculpe… Não voltará a acontecer… Para variar, você está certa, onna. Tem a minha palavra, isto não irá se repetir. Não voltarei a desconfiar de você. Contudo, isso não significa que eu confie nele. – Mesmo assim era percetível o tom enciumado do quarto espada. Orihime não se deu ao trabalho de esconder o seu riso e perguntou cínica/brincalhona:

- Ciúmes, Ulqui-kun? De um humano?

- Andas muito tempo com a Nelliel, nem penses que sou aquele incompetente do Grimmjow. – Replicou não achando graça nenhuma à piada dela. Mas isso era de esperar. Afinal, era o Ulquiorra! No entanto, isso só aumentou ainda mais a gargalhada da arrancar.

- Podíamos ir todos ao mundo humano! Podíamos ir às compras, comprávamos roupas e muita, muita comida. Não me leves a mal, mas vocês não são muito originais com receitas culinárias. Acho que vou ser a cozinheira oficial de Las Noches, eu merecia tipo um título, uma alcunha, isso! A Nell-chan pode-me ajudar nisso… E, oh oh vou arranjar uma farda… O Ishida-Kun tinha óptimas ideias para fardas, ainda me lembro de algumas… Podia ser rosa… Ou branco… hum…

Orihime continuava a divagar no seu próprio mundo de fantasia enquanto Ulquiorra há muito deixara de a ouvir… Ainda havia a antiga Orihime nela. Isso fez um breve sorriso brotar no espada mais gélido de Hueco Mundo.

- Eiii Ulqui-kun, por acaso estás a ouvir-me? – Só agora percebeu que o espada estava no mundo da lua e não lhe ligava a nenhuma. Fez cara de emburrada, com um beicinho que o espada descreveu como “adorável”. – Tenho a tua autorização para espalhar a notícia? – Perguntou esperançosa.

- Que notícia? – Ulquiorra arqueou uma sobrancelha, estava com o pressentimento que não vinha boa coisa.

- Que os melhores espadas que Las Noches já viu tem direito a férias exclusivas no Mundo Humano, no antigo apartamento de uma antiga humana. Enquanto uma nova arrancar fazia pesquizas para aumentar a nossa família. Ulqui-kun, vá lá!! Temos de aproveitar, ainda somos jovens! Temos que aproveitar o fogo da juventude! A não ser… - Orihime assumir uma postura irónica e maliciosa- … que o ex quarto espada já não aguente umas férias fogosas noutro mundo. Bem eu tenho que aceitar que nem todos tem a mesma pedalada. Talvez eu tenha pegado um pouco pesado contigo, precisas de um tempo, eu aceito. É só… - Foi interrompida bruscamente por dois braços que a apresaram contra a parede. Atingira em cheio no orgulho dele, era exactamente esse o seu objectivo. E acertou em cheio.

Ele num tom sedutor (lê-se “sexy”) disse bem perto do seu ouvido, como se certifica-se de que ela ouviria mesmo.

- Amanhã mesmo estaremos no Mundo Real. Manda todos preparem-se. E quando lá chegarmos… acertamos as contas e mostro-te quem “precisa de tempo”. Espero que a língua não seja a única coisa afiada que tenhas. - Dito isso afastou-se para tomar um banho.

Orihime não conseguiu evitar sentir vários arrepios pelo corpo inteiro. Este lado do Ulquiorra… Sempre a surpreendia. O corpo dela tornava-se gelatina… Tornava-se tão frágil, submissa.

Com um sorriso no rosto começou a saltitar em direcção da porta, olhando de relance para trás.

- Isto de passar de prisioneira para primeira-dama, tem as suas vantagens. Quem diria que ser a namorada do Rei do Hueco Mundo fosse tão… hum… prazeroso!?

O quarto espada ouvia as suas gargalhadas pelos corredores e ele próprio achara piada ao comentário, nada inocente, da sua mulher. Isso estava a tornar-se mais frequente. Tinha de ter cuidado. Já nem se reconhecia. Mas ao lado dela, até que era irrelevante. Ele sabia que Inoue Orihime destruía todas as suas barreiras. Não conseguia ser imune a ela. E nem queria. Com esse último pensamento foi tomar um banho gelado.


Notas Finais


Qualquer erro é só avisar iihih

Beijinhos


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