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História Os sobreviventes (Simbar) - Feridas do passado reveladas


Escrita por: NatyMlx95

Notas do Autor


Oi Pessoas!! Mais um capítulo pra vocês! Com grandes revelaçãoes hahahaha! Então boa leitura!

Capítulo 24 - Feridas do passado reveladas


Fanfic / Fanfiction Os sobreviventes (Simbar) - Feridas do passado reveladas

POV LUNA

Eu acordei hoje com uma dor no pescoço. Percebi que tinha dormido em cima das fotos e acabei amassando algumas. Que beleza! Fora que eu dormi de roupa e tudo. Eu realmente dormi demais!

Fui logo pro banheiro. Tirei a roupa e entrei no chuveiro. Fiquei mais tempo refletindo sobre os acontecimentos de ontem do que tomando banho realmente.

                — Luna! Vem logo almoçar! Hoje dormiu mais que a cama hein!

Era a minha mãe gritando lá de baixo! Bom, tive que acordar pra vida. Saí, coloquei uma outra roupa e desci pra almoçar.

***

Eu mal consegui tocar na comida. Meus pais perguntaram se estava tudo bem. Eu disse que sim, que só não estava com fome. Eles me perguntaram se foi por causa do Gastón, e eu disse que não, que estávamos muito bem obrigada. Uma ligação foi o que me salvou de mais perguntas.

             *ligação on*

             G: Luna?

             — Oi Gastón! Tudo bom?

             G: Tudo sim... Acho que precisamos conversar não é?

             — Também acho

             G: Então passo mais tarde aí pra te buscar, umas 17h pode ser?

             — Beleza! Até mais tarde então!

              G: Até!

              *Ligação off*

Eu então voltei a sentar na mesa. meus pais perguntaram quem era e eu falei que era o Gastón e que eu iria sair com ele mais tarde. Então eu consegui comer normalmente e eles não falaram mais nada. Depois subi pro meu quarto e aproveitei pra rever o DVD que ele tinha me dado com ele cantando enquanto eu esperava. É hoje que eu vou saber o segredo do Gastón de uma vez por todas!

POV GASTÓN

Depois de pensar durante a noite toda, eu decidi que a Luna merece saber a verdade. Afinal ela é a minha namorada e também o amor da minha vida. E entre nós não pode haver segredos. Ainda mais um segredo como esse. Então acho que chegou a hora.

***

Já deu a hora de eu ir buscar a Luna. Não vou conseguir conversar com ela na casa dela porque não estaremos sozinhos. Então vou trazê-la pra minha casa mesmo, onde é calmo e dá pra conversar tranquilamente. Isso se não tivermos outra surpresa de novo. Mas dessa vez eu não vou deixar.

Eu buzino em frente a casa dela. Não demora muito pra ela aparecer na porta. Linda como sempre.

              — Oi linda! — Dou um selinho nela

               L: Oi amor! Pra onde você vai me levar?

              — Pensei em ser na minha casa mesmo, pode ser?

               L: Claro!

Então fomos. O caminho foi todo em silêncio, com exceção da música que coloquei pra tocar.

Quando finalmente chegamos, mando ela ir na frente e abrir a porta enquanto eu estaciono o carro. Ela então vai.

Quando eu finalmente entro em casa, percebo que ela está olhando pros retratos na estante em cima da televisão.

                L: Esses retratos não estavam aqui ontem né?

                — Não — Respondi.

                L: E porque você as guardou?

Então eu peguei um dos retratos. Onde tinham meus pais, eu e mais um garoto. Comecei a olhar triste pra ele.

                 L: Acho que entendi. Esse outro garoto na foto do seu lado é o tal Agus né?

Só consegui assentir com a cabeça. Sem perceber uma lágrima caiu no meu rosto e molhou o porta retrato. Senti ela me abraçar por trás.

                 — Oh, eu sinto muito Gas.

Só senti ela me guiando até o sofá. Ainda segurava o porta retrato. Não conseguia soltar mais, é como se minhas mãos estivessem com cola e elas grudaram ali. Então eu comecei a chorar que nem um bebê. A Luna guiou minha cabeça até o seu pequeno ombro, e me fazia carinho na cabeça. Sentia ela mexer nos meus cabelos suavemente. E aquilo de alguma forma conseguiu me acalmar. Eu não sei o que ela tinha, mas até nesses momentos de tristeza ela conseguia fazer eu me sentir bem. Quando eu finalmente parei de chora e me acalmei de vez, ela enfim perguntou.

                  L: Porque você nunca me contou que tinha um irmão?

                  — É que isso é muito doloroso pra mim, ainda mais do jeito que aconteceu.

                  L: Eu sou sua namorada! Eu acho que você pode confiar em mim. Eu estou aqui pra caso você queira desabafar, e me contar toda a história.

                  — Tem razão. Eu confio muito em você. E é por isso mesmo que eu vou te contar tudo. Você é tão especial pra mim, que nem o Matteo que é meu melhor amigo e conheço há mais tempo sabe ainda.

Respirei fundo e comecei.

                   — Então, Agustin Perida, mas conhecido como Agus, era meu irmão mais velho. Ele teria 22 anos se tivesse vivo. Ele morreu fazem dois anos. Ele era um dos garotos mais populares do colégio. Era um atleta! E por isso tinha conseguido passar pra Educação Física na mesma faculdade onde estudamos hoje. Eu adorava ele! Eu queria ser como ele quando crescesse, apesar da nossa diferença de idade ser de apenas dois anos.

                    L: Mas onde o Nico entra nessa história? Como ele conheceu seu irmão?

                    — Calma que eu já vou chegar lá. Meu irmão era um ótimo aluno e filho. Além de ser um irmão incrível pra mim. Até que o Nico apareceu na vida dele. Isso aconteceu quando ele tinha quinze anos, e tinha entrado pro ensino médio. Eles se conheceram no primeiro dia de aula, eram colegas de turma. Desde então não se separaram mais. Eles faziam tudo juntos. Se tornaram os melhores amigos! Mas tinha um problema: Agus era gay, e acabou se apaixonando pelo Nico.

Percebi a Luna fazer um O com a boca parecendo não acreditar nisso. Mas ignorei e continuei assim mesmo.

                     — E isso começou a se tornar um problema depois de um tempo. Porque o Nico começou a ficar com várias meninas e incentivava meu irmão a fazer o mesmo. Mas ele não ficava com nenhuma, porque como eu já disse, ele tinha outra preferência. Então o Nico começou a desconfiar dele e um dia o confrontou. Foi quando Agus confessou o porque e o beijou. Por incrível que pareça, o Nico retribuiu o beijo. Mas depois o empurrou e mandou ele pro inferno e foi embora o deixando sozinho. Lembro que nesse dia ele voltou arrasado pra casa e chorando. Mas quando eu perguntei o que tinha acontecido ele disse que não era nada.

                      L: Que horror! Coitado! Ele deve ter sofrido muito!

                     — Mas ainda não acabou! Isso não é o pior! Ele ficou sem falar com meu irmão por quase um mês! E aí ele começou a ficar deprimido. Não queria mais comer, e nem conseguia dormir. E seu rendimento no colégio caiu. Meus pais começaram a ficar preocupados. Mas ele não falava nada e ficava irritado se insistiam. Só eu sabia da verdade, mas não podia falar nada porque tinha sido proibido! Mas aí surpreendentemente, o Nico procurou ele e eles se entenderam. De repente ficou tudo bem de novo. E o mais estranho é que ele começou a sair com uma garota!

                      L: Ué, como assim?

                      — Pois é, nem eu entendi! Mas ele me disse que tinha esquecido essa história de ser gay, que tinha se enganado e agora estava feliz com essa garota. Mas eu não acreditava nisso. Mas deixei afinal ele realmente tinha voltado ao normal, e eu não queria estragar isso.

Mas um dia, enquanto ele foi tomar banho, eu vi o celular dele aberto e sem querer eu vi uma conversa dele com o Nico. E uma foto deles dois se beijando! Foi ali que tudo fez sentido pra mim! Ele estava ficando com o Nico escondido de todo mundo! Isso explicava porque ele voltou a ficar feliz. Mas meu irmão apareceu no quarto bem na hora e tomou o celular de mim e ficou furioso comigo. Me chamou de fofoqueiro e falou pra eu nunca mais fazer isso de novo. Eu tentei me desculpar mas ele não ouviu. Só não me expulsou do quarto porque o quarto era dos dois. Mas no dia seguinte ele veio se desculpar comigo por ter gritado e me fez jurar que não contaria pra ninguém o que eu vi. E foi o que eu fiz. Se ele tava feliz, pra mim era o que importava.

Mas o tempo foi passando, e eu percebi que ele estava voltando a ficar triste. Eu sabia que algo estava errado, e insisti pra saber o que estava acontecendo. Ele me disse pra eu não me preocupar, que era um probleminha com o Nico, mas nada de mais. Eu o conhecia bem e sabia que aí tinha coisa. Mas ele se calou.

E nisso se passou o ensino médio inteiro. Três anos. Um dia ele estava feliz, em outro triste. Meus pais estavam começando a se preocupar de novo. Ainda mais que era o último ano dele. Suas notas oscilavam entre boas e ruins. Mas eles nunca associaram isso ao Nico. Ele era tão ótimo ator que nem meus pais perceberam que ele era má influência. Só eu percebia, mas não podia falar nada, porque eu tinha jurado ao meu irmão.

No final do ano retrasado, meu irmão chegou muito bêbado em casa. Por sorte meus pais não estavam em casa, eles tinham saído pra uma festa da empresa onde eles trabalham e geralmente voltam bem tarde. Senão ele teria ficado de castigo pra sempre! Ele começou a fazer o maior escândalo e a chorar. Eu entrei em desespero e torcendo pros vizinhos não escutarem. Eu só tinha quinze anos e também tinha acabado de entrar no ensino médio, e eu tinha concluído o primeiro ano. Eu falava pra ele ficar quieto porque os vizinhos poderiam escutar e ele só sabia gritar que não se importava, que a dor que ele estava sentindo era forte demais. Eu não entendi nada, e só o levei pro nosso quarto. Ele deitou e só sabia chorar e chorar. Eu não sabia o que fazer e só perguntava o que tinha acontecido, mas ele só sabia falar coisas sem sentido. Até que eu tive a ideia de levá-lo pra debaixo do chuveiro. Nunca tinha bebido, mas eu já sabia que água gelada ajudava. Então eu liguei o chuveiro e fiquei olhando a água cair em cima dele, até ele recuperar a consiência. Ele perguntou onde estava e eu disse que em casa. Ele então começou a chorar e disse que o Nico tinha terminado com ele. Eles tinham acabado de se formar na semana anterior. Agus me disse que o Nico tinha passado pra melhor universidade do país assim como ele. Apesar de tudo, ele conseguiu passar na faculdade. Enfim, o Nico terminou com ele dizendo que não podia mais fazer isso. Ele não queria sair do armário e assumir o relacionamento deles. E ainda o ameaçou dizendo que se ele tentasse contar alguma coisa ele o mataria. E que na faculdade ele teria que fingir que não o conhecia. Então quando ele o deixou ele foi pro primeiro bar que encontrou e encheu a cara. Ele disse que nem sabia como tinha conseguido chegar em casa.

                   L: Meu Deus Gas! O Nico o ameaçou de morte? Então quer dizer que...

                   — Não exatamente Luna. Ele não o assassinou, mas ainda sim foi o responsável pela morte dele.

                   L: Não estou entendendo!

                   — Calma que já vai. Eu já estou acabando. No dia seguinte ele parecia bem de novo. Ele dessa vez soube fingir muito bem. Afinal as festas de fim de ano estavam chegando, e ele não queria estragar o natal nem o ano novo pra ninguém. Por isso ele esperou...

                    L: Esperou o que Gastón? — Ela já estava ficando desesperada.

                    — Esperou tudo isso passar pra se matar! Meu irmão cometeu suicídio Luna! Ele se matou!

A Luna ficou chocada. Ela estava tentando processar cada palavra que eu tinha acabado de dizer.

                     L: Meu Deus Gastón! Que tragédia!

                     — Um belo dia eu acordei e percebi que meu irmão não estava na cama. Eu estranhei. Raramente ele acordava antes de mim. Então eu fui no banheiro e percebi que estava trancada pelo lado de dentro. Eu bati, mas ninguém me respondeu. Então eu desci pra ver quem é que estava faltando. Vi meu pai e minha mãe e nada do Agus. Então voltei pro banheiro e voltei a bater dizendo pra ele que eu sabia que era ele quem estava lá. Mas não tive resposta mais uma vez. Então desci pra avisar meu pais que o Agus estava trancado no banheiro, mas não queria sair e nem falava nada. Então eles me seguiram e começaram a bater e a chamar também, mas continuamos sem resposta.

Eu então voltei pro quarto e quando eu abri a gaveta do criado mundo eu encontrei uma carta. Meu coração já começou a disparar ali naquele mesmo momento. Eu peguei e abri e comecei a ler. Meu irmão dizia que se eu tivesse lendo aquela carta era porque ele já estava morto.  Era uma carta de um suicida. Ele dizia que não iria agüentar ver o Nico todos os dias sem poder falar com ele e fingindo que não o conhecia. Ele disse que tinha feito outra carta pros meus pais, e que era pra eu entregar a eles. Que essa era só pra mim.

Eu nem terminei de ler e gritei pro meu pai arrombar a porta pelo amor de Deus. Ele ficou sem entender e eu gritei ainda mais alto pra ele fazer isso e rápido. Ele então começou a empurrar e forçar a porta até que ela abriu. Quando olhamos lá pra dentro, vimos a pior cena da nossa vida. Meu irmão jogado em um canto perto da pia, e sangue pra todo lado. Minha mãe saiu correndo em desespero pra ligar pra emergência e meu pai o pegou no colo. Ele havia cortado os pulsos. Eu só sabia olhar em desespero e chorando muito. Me abaixei perto dele e ficava gritando o nome dele sem parar! Mas ele não respondia. Ele já estava gelado.

Quando ambulância chegou, já era tarde demais. Acho que já era tarde bem antes. Ele já estava morto. Minha mãe só chorava e meu pai ficou pálido. Ele não faziam a menor ideia de nada! E até hoje não sabem! A causa da morte foi constatada que foi suicídio devido a grande perda de sangue causada pelos cortes.

O Nico nem apareceu no enterro. Mas ele logo soube, afinal as notícias voavam. E eu nunca mais soube dele. Até que o reencontrei na faculdade. Mas assim como ele pediu pra que meu irmão fizesse, eu que fiz. Fingi que não o conhecia. Graças a ele meu irmão nunca teve a oportunidade de fazer faculdade e seguir seus sonhos. Por muitas vezes pensei em me vingar dele. Mas percebi que não valia a pena. Até aquele dia em que ele resolveu ameaçar o Simón e a Âmbar naquele dia da piscina.

                 L: Peraí, aquele dia que você sumiu, você esteve com ele?

                 — Sim. Fui ameaçá-lo o expor pra todo mundo caso ele os denunciasse. Eu tinha a foto do beijo deles, e usei isso contra ele. Por isso ele logo desistiu.

                  L: Meu Deus Gas! Eu jamais poderia imaginar isso! Eu... eu... Ai Gas, eu sinto muito mesmo!

E ela começou a chorar também. Ironicamente eu que comecei a consolá-la.

                  — O Matteo e você foram as melhores pessoas que poderiam aparecer na minha vida! O Matteo veio como uma nova chance de eu ter um irmão de novo, e de bônus ele me trouxe você! Eu não quero nunca perder nenhum de vocês dois, jamais!

                   L: Se gosta tanto do meu irmão, deveria contar a verdade pra ele também!

                   — É eu deveria sim. Um dia eu conto, eu prometo!

                   L: Eu nem me imagino perdendo o Matteo! Apesar das nossas brigas e implicâncias, eu o amo muito!

                   — Eu sei que sim meu amor!

E dei um beijo nela. Um beijo calmo e demorado. Como seus lábios eram doces de beijar! Mas nessa hora estavam salgados por causa das lágrimas.

                    L: Amor, já está tarde! Meus pais daqui a pouco vão me ligar pra saber onde eu estou!

                    — É verdade. Passou tão rápido! Obrigada por me ouvir minha Lua! Tirei um grande peso das costas!

                    L: É pra isso que eu estou aqui meu lindo! Pode contar comigo sempre!

Demos mais um beijo e fomos em direção a porta.

***

POV YAM

Hoje finalmente minha irmã começou. A primeira parte do plano começou. Ela está rastreando o endereço de IP do dispositivo que postou o vídeo manipulado. Espero que não demore muito pra conseguirmos uma resposta.

Hoje também o Ramiro veio aqui em casa conhecer meus pais. Eu estava apreensiva, porém muito animada. Meus pais são tranquilos e tenho certeza que iriam gostar dele. E foi o que aconteceu. Eles o adoraram! Almoçamos, ele conversou com meu pai, que fez o papel dele de pai, com aquelas perguntas clichês...

Porém no final deu tudo certo. Eles aceitaram o meu namoro e disseram que o Ramiro é um ótimo rapaz! Ai estou tão feliz! Agora eu e Ramiro somos oficialmente namorados! Agora só falta a minha amiga Âmbar! Mas isso só vai acontecer se tirarmos aquela ruiva falsificada de circulação. E pra isso precisamos que a Tamara descubra o IP já!

Eu já estava ficando impaciente, até que finalmente ela fala o que eu tanto queria ouvir:

                T: Yam! Acho que consegui!


Notas Finais


Que história triste a do Gastón não é gente? Que dó! Mas em compensação terminamos com uma ótima notícia! Será que Tamara conseguiu mesmo? Só saberemos no próximo capítulo, beijinhos no ar!


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