Vinicius On~
Parei bruscamente depois daquela frase, me virei e caminhei em direção dela, como assim gravida?, definitivamente eu não devo ser o pai.
- E o que eu tenho a ver com isso?
- TUDO POR QUE VOCÊ É O PAI.
Gargalhei - Impossível, não daria a uma criança a humilhação de ser teu filho
- É, você não disse isso quando pediu pra mim ficar de quatro pra você!
- Eu estava bêbado
- Bêbado ou não vai assumir as coisas que você fez, começando a cuidar da mãe do seu filho.
- Você ta louca, nunca vou terminar com a Polly pra ficar com você! - Disse com raiva.
- Ah não? - Disse levantando uns papeis - Ouvi dizer que você perde a sua vaga na universidade se descobrirem que é pai, agora imagina o que farão se descobrirem se não da atenção a mãe do seu filho? - Riu sínica - Vai lá com ela meu amor, ela vai precisar de você quando você dar essa notícia - Sorri segurando minha mão.
Me soltei da sua pegada e caminhei pesado até o carro, entrei no carro e liguei o mesmo, sai em um cavalo de pau, estava na avenida a caminho da minha casa, Polly continuava em silêncio.
- Polly…eu…- Tentei dizer algo
- Me leva pra casa - Disse seca
- Você…
- Só quero ir pra casa!
- Não podemos mais ficar juntos…eu…
- SÓ ME LEVA PRA PORRA DA MINHA CASA!! - Gritou
- Eu não tenho culpa!
- Não Vinicius você não tem culpa! Você ter engravidado ela não foi culpa sua! VOCÊ ter acabado com tudo que fazia sentido também não foi culpa sua! - Disse saindo do carro e batendo a porra entrando em casa.
Como eu deixei tudo isso acontecer? Meu Deus, meus estudos, meu futuro na universidade, meu cargo na empresa, o meu namoro, tudo corre um grande risco, por minha causa. Bati com força o punho no volante, acelerei o carro e fui para casa, eu precisava falar com os meus pais.
Estacionei em casa, como dizer para o seu pai que planejou praticamente toda a sua vida que você a jogou fora por umas doses de tequila e sexo sem compromisso?, respirei fundo e sai do carro, entrei pela porta da frente e Clarice veio toda animada na minha direção.
- Agora não Clarice! Cadê o meu pai?
- Ele esta na empresa, foi arrumar o seus documentos para sua nova posição na empresa.
Me virei e sai pela porta praticamente correndo, entrei no carro e sai de ré. Semáforos inúteis, abre logo estou tentando salvar o resto da minha vida!, o semáforo abriu e em menos de 10 minutos eu estava diante do grande prédio, joguei as chaves para o manobrista, no elevador milhões de formas diferentes passaram pela minha cabeça de como contar isso. Entrei em sua sala e ele estava na sua sala prestes a ir para a sua reunião.
- Filho! - Disse alegre em me ver
- Precisamos conversar!
- Ta, mas fala logo pois preciso arrumar seus documentos para sua admissão daqui a seis meses.
- Eu vou ser pai! - Joguei as palavras no seu colo antes mesmo dele respirar.
- O que? - Seu sorriso se fechou
- Eu sempre tomei cuidado, mas nesse dia eu estaca bêbado e nem me lembrava de nada.
- COMO PODE SER TÃO IRRESPONSÁVEL??? - Gritou nervoso batendo com os punhos serrados na mesa.
- Eu….. - Não tinha argumentos, sabia da merda que eu tinha feito
Agora meu pai andava de um lado para o outro com uma mão na cabeça, estava em pé do outro lado apoiando os braços estendidos na poltrona encarando o chão.Ele apertou um botão no telefone e sua secretaria atendeu.
- Pois não Senhor o que deseja?
- Quero que compre um apartamento na praia, não muito longe daqui, quero que adie a reunião para amanhã a tarde, e que cancele a conta bancaria do meu filho, e reduza sua mesada, ele só passará a ganhar 10 mil por mês nada alem disso, tire os carros dele deixe ele somente com um casual nada mais.Só isso obrigada - Disse e desligou
- Pai…eu…não
- Você vai sair da minha casa! Vai viver com essa garota ou seja lá o que ela for até ela ter essa criança, não quero nenhum processo para resolver.
- Você terá uma ajuda com os gastos da criança até se formar e arrumar um emprego por conta propria
- Mas pai eu não gosto dela
- Nada de mas! Pensasse isso antes de te-lá levado ela pra cama. Agora saia daqui. - Disse e se virou para as enormes janelas tomando um gole do seu uísque.
Sai de lá sem questionar mais nada, desci até a entrada o manobrista me deu um corolla gli 2016, peguei as chaves e entrei no mesmo, meus bens já estavam lá dentro, incrível como esses vira latas fazem perfeitamente o que meu pai pede,dirigi de volta para casa, eu realmente precisava descansar.
Vinicius Off~
Abner On~
Mais um dia de rotina, acordei com a gi do meu lado me levantei para correr, sai do banheiro e gi estava com um micro short preto e um top cinza, tênis preto e um rabo de cavalo.
- Posso correr com você hoje?
- Claro - Sorri vestindo a camisa branca.
Saímos de casa e nos alongamo um pouco
- preparada? - Perguntei
- Não - Sorriu e começou a correr do meu lado
Começamos a correr, ta na verdade eu estava praticamente andando rápido pra acompanhar o ritmo dela.
- Seus pais não reclama de você…ufa… de passar esse tempo todo…. Fora de casa?
- Não - Sorri - Eu to mantendo contato com eles, e praticamente eles não para em casa.
- Trabalho? respirar, sempre viajando - Sorri
- Eu sei como é - Sorri ofegante
- Ah qual é, só correu 1km até agora - Sorri correndo de costas na frente dela
- Se você cair eu vou rir, e muito
Voltei ficando do lado dela e conversamos por mais tempo, depois de meia hora conseguimos correr os 3km e paramos para respirar
- Meu Deus…- Disse bebendo água - Como você consegue?
- O nosso treinador é meio rígido quando se trata de castigo nos treinos
- Como assim?
- Tipo de vinte a mais voltas no campo, então me acostumei, sempre aprontava com o resto do time - Sorri
- Como conseguiu entrar nesse colégio? - Ela Sorriu
- Ganhei uma bolsa, depois que decidi que não queria mais ficar na minha antiga escola - Voltamos a correr
- Por que quis sair de la? - Quis saber
- Você é bem curiosa sabia? - Sorri
- Desculpa! Só queria saber mais sobre você - Disse corada
- O nome dela era Bianca - Foi a única coisa que disse
- Entendi - Ela disse e não perguntou mais nada.
- E você? Não namora? - Vi ela ficar desconfortável
- Não!
- Mas e o Travis? - Ela parou de correr na mesma hora me encarando
- Como sabe dele?
- Qual é, primeiro a anotação na sua redação, depois o bilhete no seu armário, eu não sou tao burro assim.
Ela continuou a correr e eu fui atrás dela, ela começou a correr pra valer e tínhamos uma distancia de uns 10 metros, estava perto dela mas deixei a distância entre nós até resolver levar isso a sério, comecei a correr pra valer e já estava do lado dela em alguns segundos.
- Desculpa se disse algo errado - Disse
- Você não disse!, talvez ele goste de mim, mas não sinto nada tao magico por ele, apenas uma atração simples - Ela disse ofegante, já estavamos perto da casa dela e ela continuou correr mais rápido.
- Então não sente nada por ele?
- Nada em especial - Disse parando na frente da casa dela.
- Tudo bem, não irei contar pra ninguém - Sorri fraco
- Obrigada - Sorriu doce
- De nada
- Abner! - Disse me encarando, aqueles olhos verdes, ofegante e com o rosto brilhando devido ao suor me fez querer beijar ela de novo.
- Oi - Disse encarando as mechas do seu cabelo que se prendiam no rosto.
- Você é um ótimo amigo - Me deu um beijo na bochecha e entrou em casa.
Legal, por que não me deu uma facada? Ia doer bem menos.
Abner Off~
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