Desânimo e preocupações haviam transformado minha vida em um prolongado outono, uma atmosfera medonha. Em um sedento tempo de mudanças, profiro uma silenciosa prece. Desejo que a primavera gelada leve embora a tristeza incrustrada em meu coração.
Sinto o perfume de uma brisa ocasional, trazida depois de um dia de chuva e me recordo dos seus gélidos dedos convidando-me a afogar em um mar de obsessão. Quero estar ao seu lado para sempre, sentir seus lábios me resgatando bondosamente dos meus tormentos.
Mesmo que as flores de cerejeiras representassem a fronteira entre a morte ao inverno e glória ao verão, o meu acinzentado eu, resolve pinta-las em tons alaranjados. Pois antes não existia cores em meu mundo. Mas já fui salva par de olhos verdes realistas, que coloriram o meu ser.
Lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto avermelhado. Depois que você se foi, todos os dias se tornaram tarde de outono: mórbidos e sombrios. O vento dourado carrega lentamente as folhas secas, carregadas de angústia.
As ruas que costumavam nos acolher, me retorce os olhos. Se tornam vazias e enfadonhas, assim como tudo. Eu não deveria ter o deixado escapar sobre os meus dedos! Se eu ao menos pudesse ter feito algo para impedir que você fosse...
Os dias vazios e as noites nubladas insistem aparecer, choro na esperança de levar os meus sentimentos até você, de um coração amargurado e necessitado. Vou guardar as memórias dos nossos momentos para sempre, juntamente com a minha esperança e preocupação. Elas me farão mover para frente.
Pois você é insubstituível no meu coração Ulquiorra. Para todo o sempre.
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