História Teen Wolf - Paixão e confusão - Dia da viagem

Lydia narrando

Acordei hoje as 10:00 da manhã, abri a janela, tomei banho e lavei o cabelo. Hoje vai ser um longo dia, voo de 8 longas horas pra Orlando e depois uma hora de carro até o porto do navio. 

Peguei meu celular e mandei mensagem pro grupo dos meus amigos, eles já sabiam da minha viagem e todo mundo tava se lamentando por não poder passar a primeira semana de férias com eles indo no clube todos os dias. Pelo menos o navio tem Wi-Fi, então vou poder conversar com eles.

Eu levantei, tomei banho, guardei o resto das coisas na mala, almocei com meus pais, vi um pouco de televisão e fui finalmente me arrumar pra viajar. Já eram 14:30 e meus pais estavam colocando as malas na frente de casa, o táxi chegaria a qualquer momento. Fiz um coque no meu cabelo pra não bagunçar ele no avião, já que vamos passar a noite lá, e vesti uma calça leggin com uma blusa bem larga e um top preto. 

As 14:55 o táxi chegou, e chegamos no aeroporto as 15:30. Despachamos a bagagem, fizemos check-in e lanchamos num restaurante meio esquisito mas que tinha uma batata frita deliciosa, e o que conta. Embarcamos 16:45, bem em cima da hora, quase que fecharam o portão! 

O avião decolou 17:30, e eu capotei nos primeiros 10 minutos, até ser acordada com a minha mãe falando pra eu jantar. Olhei no celular e eram 20:00, pedi pra aeromoça qualquer coisa com arroz e ela me deu um treco esquisito pra caramba.

- Mãe, essa bagaça parece um pântano, que merda - reclamei.

- Lydia que vocabulário e esse? “Merda”? E isso é sopa de legumes com arroz minha filha.

- Tá, eu não vou comer isso.

- Filha, era isso ou lasanha.

Dei um grunhido porque todo mundo ama lasanha e eu odeio, e aí alguém perto de mim começou a rir, não consegui ver quem. Parecia meio familiar, sei lá, levei o maior susto mas minha mãe interrompeu meus pensamentos me dando um prato de arroz com feijão.

- GRAÇAS A DEUS!

- Graças a sua mãe, de nada.

- Tá, BRIGADA - dei um beijo na bochecha dela.

Eu devorei a comida rapidinho, não comia desde 16:15! Quando eu terminei meus pais já tavam dormindo, eles tentam dormir o máximo de tempo possível no avião pra passar rápido, eu teria feito isso se não fosse pela minha linda e fofa mãe balançando um prato de pântano/sopa de legumes na minha cara. Enfim.

Comecei a fuçar os filmes que tinham naquela TV mini da minha cadeira, e encontrei "Como eu era antes de você". O ator é ma-ra-vi-lho-so. Enfim, no final eu tava chorando um rio, e a aeromoça até trouxe água pra mim! Eu tenho tendência a chorar demais em filmes, toda vez que eu vejo Diário de uma Paixão eu choro... 

Como já passava de 23:00 e a gente chegaria em 3 horas, fui dormir. A minha mãe resolveu repetir a delicia de noite no café da manhã.

- Lydia, amor, acorda! Olha só, tem pão na chapa!

- Mãe eu não estou com fome, eu quero dormir, você pode me dar o privilégio de dormir? - falei com deboche.

Ela me olhou como se eu fosse louca, e então enfiou o pão na minha cara

- Come primeiro - ela deu uma risada e voltou a tomar café.

Comi aquele pão na chapa revoltada pra caramba, mas pelo menos comi, e ele tava com gosto de isopor. Blergh. Enfim, com o fusorário a gente chegou às 5:30 da manhã em Orlando, e eu tava mas dormindo que andando pelo aeroporto. Meus pais foram pegar a bagagem e eu chamei um táxi, às 6:30 a gente já tava no carro. Nem lembro como a gente chegou lá.

Fiquei olhando o sol nascer pela janela e me lembrei que estava prestes a conhecer o tal Stiles. Os pais dele são um amor, eles me adoram! Espero que ele também seja....

Acabei caindo no sono e acordei duas horas depois na frente do lugar de embarque. Fizemos check-in antes de entrar no navio, deixamos as malas na entrada. Eu fui seguindo meus pais por um corredor mini muito estranho, mas aos poucos ele foi ficando mais claro e eu pude ver pra onde a gente tava indo.

O Loft do navio é gigante, tem lustres pelo teto, cheio de escadas, tapetes e sofás... pelo visto ali é o centro. Meus pais me chamaram e disseram pra eu ir pro quarto enquanto eles acertavam as coisas na recepção, e eu obedeci, estava exausta. Nosso quarto era no 5º andar, e eu subi e fui seguindo um corredor que mais parecia um labirinto, haja curva naquele negocio! 

Quando eu tava quase no meu quarto, número 234, eu virei uma curva e bati literalmente de cara com uma pessoa.

- AI MERDA - gritei - Oh, sorry! 

- It's okay, no problem... - a pessoa começou a falar mas parou.

Resolvi olhar pra pessoa que eu tinha quase derrubado, e aí eu vi quem era. Ele na hora começou a abrir um sorriso, e eu virei poça ali mesmo. Era ele. O garoto lindo. O garoto cujo nome eu não descobri e que eu fiquei na West Night. Ele tava bem na minha frente.