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História Paixão Obsessiva - Peace Of Mind Is Less Than Ever


Escrita por: Sra_Hiddleston e Flor-bella

Notas do Autor


Hey, hey. :v Depois de um mês Paixão Obsessiva 'vortô'. ^.^

Título do capítulo: " Peace Of Mind Is Less Than Ever - A Paz de espírito está menor do que nunca. " trecho da música Nightmare do Avenged Sevenfold.

Então, boa leitura aí gente. ^.^

Capítulo 9 - Peace Of Mind Is Less Than Ever


Fanfic / Fanfiction Paixão Obsessiva - Peace Of Mind Is Less Than Ever

Um lugar escuro, enevoado. Tinha quase certeza de que já estive ali antes, aquela não era a minha primeira vez naquele lugar.
Eu estava perdido, aflito, procurava desesperadamente por uma saída dali. Meus passos eram lentos, meus olhos observavam a tudo com atenção. Minha mente estava quase reconhecendo o lugar no qual eu fora parar sem saber como.

  Era uma floresta. Uma floresta  assustadora que me passava uma sensação de pavor. As árvores estavam quase totalmente sem folhas, os troncos podres  e galhos semelhantes a garras de monstros assustadores. O chão era enfeitado por árvores mortas tombadas e folhas secas. Para onde eu olhava, via teias  grossas de aranhas, tinha a sensação de sentir os insetos subirem por minhas pernas e braços.

   Sobre o chão, pairava uma névoa densa que se fechava cada vez mais. Apesar de não conseguir enxergar, sabia que tinha outros transeuntes por ali,alguns deles chocavam-se em mim ao passarem pelo caminho. Ouvia também risadas infantis, altas e agudas ao longe que começavam e morriam de repente.
Uma criança trombou contra mim e assim como os outros, tinha a pele gelada, mantinha a cabeça baixa e nao pediu desculpas por quase me levar ao chão.

   Eu já estava no meio do caminho quando dedos frios e magros entrelaçaram meu pulso direito. Tentei fugir de quem quer que estivesse me segurando, estava nervoso demais para assimilar a situação.
E então, para me enlouquecer de uma vez, veio a voz.
Uma voz familiar, antes agradável de se ouvir e agora assustadora. Não havia nada de sobrenatural nela, era a mesma de antes. Porém, soara macabra aos meus ouvidos.

- Mike... - Sua voz, mantendo meus olhos presos em sua face cadavérica numa espécie de hipnose.

   Não podia acreditar, mas sim, era ele, Chester Bennington. Meu amigo, antes cheio de saúde e vivacidade, agora transformado num cadáver que com mãos geladas apertavam meu pulso e chamava por mim.
Meu corpo tremia por inteiro, minha mente pregava-me peças, me fazendo acreditar que enfim tinha enlouquecido; mas eu sabia que estava lucido, que Chester viera do além cobrar-me o que lhe fiz. Veio tirar de mim o que lhe tirei: A vida.

   Fui tomado por uma vertigem que me levou ao chão. Caí de joelhos à frente da figura fantasmagórica do meu amigo. Ele soltou uma risada que me fez pensar em silvos de aves noturnas.
Seus dedos finos tocaram minha pele, me obrigando a ficar de pé. Pendi a cabeça para baixo, não queria olhar para as olheiras profundas, pele seca e cinza, olhos opacos de morte. Chester falou comigo, sua voz se alterava, ora  gentil como cantos de pássaros, ora estridente e agoniante como trovões em noite de tempestade. Ele me mandava olhar para o seu rosto, para o que fiz a ele. Eu balançava a cabeça freneticamente para os lados; não, eu não queria vê-lo!

   Mas, uma vez, afundou seus dedos em minha pele e puxou meu rosto para cima e aproximou do seu. Senti o cheiro de podridão que saiu de sua boca quando chamou meu nome mais uma vez. Tentei gritar, fugir, mas eu estava preso a ele.

   - Não pode fugir, Mike... - Articulou com a voz chorosa. Os olhos estavam bem abertos, encarando os meus. Um sorriso de satisfação enfeitava sua face horripilante. - Sabe o quão idiota é fugir dos seus erros, não sabe? Para onde você for eles te seguirão e te atormentarão. Te lembrarão do que fez a mim.

   Ele me soltou e eu desabei no chão  aos prantos igual a um recém-nascido faminto. O rosto de Chester transmutava entre caretas, e de sua boca, vinham choros, sorrisos e gritos.
Ele parou e se ajoelhou diante de mim, me olhando com desprezo, meneou negativamente a cabeça. Com um sorriso triste e voz angustiante, falou:

   - Você me matou por amor a uma mulher que te despreza. Ela nunca te amará, Mike. Você será como eu...

   - Não! Cale a boca! Suma da minha cabeça, suma! Você está morto... eu te matei! Eu te matei!

   Eu gritei ensandecido, batendo os punhos fechados nas laterais da cabeça. Saliva saia da minha boca e respingava no rosto de Chester, mas ele não fez esforço algum para se limpar; apenas sorria, sorria diabolicamente da minha loucura.
Empurrei-o para trás e corri para  o mais distante possível dele, mas aonde quer que eu fosse, escutava seus gritos como se estivessem dentro da minha cabeça: " Você não pode fugir de mim, Mike!"

   Acordei com o coração aos pulos. Estava ensopado de suor, joguei as cobertas para o chão e foi aí que vi a marca roxa    no meu pulso direito.
Analisando-a de perto, vi que as marcas se pareciam com dedos. Não, eu não podia achar que... não, fora só um pesadelo, um dos muitos que me atormentam desde que Chester morreu. Provavelmente a marca fora deixada pelo bracelete de couro que usei o dia todo. Mas se pareciam tanto com dedos; não Mike, não pense nisso! Você não acredita  no sobrenatural, fantasmas não existem. O que existe é consciência pesada e a sua está pesando uma tonelada.

O despertador do celular soava estridente sobre a cômoda, peguei o aparelho e desliguei o alarme. Não iria  me pertubar pelo pesadelo, Chester está morto e eu não acredito em Espiritualismo.

   Após um longo banho na banheira do quarto da minha mãe, senti-me um pouco melhor. Vesti uma camisa preta do Velvet Revolver, calça jeans azul e um tênis qualquer, peguei meu notebook e mochila, e desci as escadas para a cozinha. Raramente, tomo café em casa em dia de aula, prefiro comer algo no campus, mas naquela manhã eu estava faminto.

   Uma forte dor de cabeça estava me matando, eu já estava acostumado com a dor, desde que Chester morreu e os pesadelos começaram, a dor de cabeça me atormenta.

   Comia torradas com suco de laranja quando ouvi a porta da sala se abrir e a voz de minha mãe. Ela entrou na cozinha logo depois, com Estrela em seu colo. A cadelinha abanava o rabo e lambia seu rosto.
Sorri para ela, que veio até mim para beijar minha testa. Colocou Estrela no chão, lavou as mãos e ligou a cafeteira.

   Minha mãe trabalha como assistente médica no centro cirúrgico do Hospital San Luís duas vezes por semana, quando casou com Eric decidiu focar mais na vida doméstica do que na profissional, o que acho um erro, já que ela é muito boa no que faz. No entanto, já fazia quatro dias seguidos que ia trabalhar, sendo que há dois não vinha em casa. Isso porque estava cobrindo um colega que estava em lua de mel e tirou uma semana de folga.

   Me senti mais tranquilo com a presença dela de volta em casa. As mães tem esse poder.

   O café ficou pronto, ela encheu sua xícara de porcelana com a beirada quebrada e sentou na cadeira perto da minha.

   - Michael... - Disse, se esticando para beijar minha bochecha. Eu poderia dizer que odeio essa mania dela, mas a verdade é que adoro receber seus beijos. - Que saudade, meu filho.

   - Também tava com saudades. Quando volta pra casa? - Perguntei

   - Hoje à noite, só vim trocar de roupa. Como foram esses dias sem mim?

   - Normais. - Respondi, mordendo minha torrada.

   - E Eric? - Deu um gole no café. - Você o tratou bem?

   Dei de ombros.

   - Mike...

   - Mal o vi esses dias - Peguei meu copo e dei uma golada no líquido adocicado. - Mas acho que o vi antes de ontem, antes de ir pra faculdade.

   Minha mãe se endireitou na cadeira, tornou a encher sua xícara e indagou:

   - Hum... vocês conversaram?

   - Eu não chamaria aquilo de conversa. Ele só disse que Estrela estava muito agitada e que a levaria ao Parque Lincoln. - Sem eu perceber, meus joelhos começaram a pular nervosamente. Falar neste parque, me trazia más lembranças.

   - Já falei ao Eric que não quero que vá a este parque sozinho. O maníaco que atacou Chester ainda pode estar rodando por lá, à caça de uma nova vítima.

   - Eric sabe como se proteger.

   - De qualquer forma fico preocupada.

  Comecei a roer as unhas, sentindo o peito afundar e imagens do pesadelo voltarem à vida na minha cabeça.

   Minha mãe continuava a falar sobre Eric e sua obssessão pelo caso de Chester. Minha vontade era de fugir dali, não gostava de falar sobre Chester com ela ou meu padrasto. Mamãe pensava que era por causa do trauma de ter perdido meu amigo, já Eric associava minha soturnidade ao uso de drogas.
Eu tinha emagrecido bastante desde a morte de Chester, estava mais recluso e estressado. Meu padrasto tinha todos os motivos do mundo para desconfiar que eu seria capaz de fazer qualquer coisa ruim, afinal, eu sou um enteado nojento para com ele.

   As vezes desconfiava que Eric já sabia de tudo. Minhas suspeitas aumentaram quando ocorreu uma série de acontecimentos algumas semanas atrás: Chester, era  extravagante, gostava de tudo que era diferente. Uma de suas extravagâncias era a coleção de anéis de prata que mantinha em casa.
  De todos os anéis, o único que ele usava era um  horroroso de caveira com pedras coloridas, Chester dizia que era seu amuleto da sorte, por isso não saia de casa sem ele. Infelizmente, naquela noite, o anel não foi capaz de salvar-lhe a vida. Depois que o matei, peguei o anel para mim. Não sei o que me levou a fazer isso, o fato é que peguei o anel e o guardei no meu quarto. Mas numa manhã chuvosa, misteriosamente, Eric aparecera na cozinha, pálido, dizendo a minha mãe  que recebera o anel de Chester - o mesmo que eu imaginara ter guardado bem. - num envelope branco, junto com uma carta digitalizada que dizia o seguinte: " Seu criminoso está mais próximo do que imagina... "
  Eric surtou com a carta. Lembro claramente de vê-lo varar as noites em seu escritório, trabalhando em cima da nova evidência. Minha mãe, cansada de dormir sozinha, travou uma discussão feia com ele, daquela vez pensei que finalmente fossem se separar, no entanto, após três dias dormindo em sua sala na delegacia, meu padrasto entrou em casa com um grande embrulho na mãos. Ajoelhou-se em frente à minha mãe, e, bem, você já deve saber o resultado de sua artimanha. Ele aguentou firme por dois dias inteiros, então, no terceiro dia, já estava de volta a sua rotina normal. Horas a fio de trabalho duro em seu escritório e muitos presentes caros a mamãe.

   Depois do ocorrido, percebi que Eric está diferente, está mais aflito... taciturno. Também não tem trocado muitas palavras comigo, pensei que chegara a conclusão que com o auxilio de Mabel e Aliça, dei cabo da vida de Chester Bennington.
No entanto, exclui tal possibilidade quando numa quarta-feira, na hora do almoço, meu celular tocou. Era uma mensagem de Mabel:

   " Mike, venha até a Long Road, ao rancho dos avôs da Aliça. É urgente! "

   Mandei outra mensagem para ela:

   "Passo aí mais tarde. Tô ocupado agora."

   Mabel respondeu imediatamente:

    " Não. Venha agora. Aliça está tendo um ataque de fúria. Mike, aconteceu uma coisa muito grave e não sabemos como proceder. Estamos perdidos... "

   Ok, se Aliça, a mais sangue-frio do trio, não estava agindo perfeitamente, então a coisa era séria, larguei meu prato na pia e corri para o carro. Meu coração andava tão agitado esses dias que achava que teria um ataque cardíaco a qualquer momento. Merda, merda, merda! Eu não parava de me perguntar o que tinha feito da minha vida.
Há alguns meses, eu era um garoto normal, razoavelmente feliz. Não me sentia  um lixo quando minha mãe sorria para mim e não tinha medo de Eric descobrir algum podre sobre mim.

  Aliça atirava coisas na parede de madeira do celeiro, nos fundos da propriedade de seus avós. Ela estava descabelada, gritava palavrões e lágrimas desciam negras por causa do rímel por seu rosto.

   - Droga. Como assim descobriram? - Perguntei, depois de Mabel me contar que alguém havia descoberto nosso segredo.

   - Eu nao sei. - Suspirou, secando os cantos dos olhos. - Apenas mandaram a carta para a casa da Al.

   - Por sorte, nem minha mãe nem meu pai a abriu. - Aliça Falou.

   Eu tinha vontade de me matar ali mesmo, algum canalha mexeriqueiro havia descoberto nossa mentira. Mabel fazia um grande esforço para não chorar e Aliça tentava se acalmar.

      - E então, quem mandou a carta disse se vai nos dedurar? - Perguntei.

   - Não - Mabel não conseguiu segurar e soluçou. - Ele quer uma troca. Um favor... Sim, foi isso que ele escreveu.

   Mordi a língua com força, prevendo que algo muito grave estava por vir.

   - Favor? Que favor?


Notas Finais


Outch, Mas que capítulo foi esse, gente?
Comentem aí o que acharam, e mandem um estoque de Rivotril pro tio Shinoda se acalmar das 'loucura' dele. Hahaha.


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