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História Palavras que guardei - Palavras que você guardou


Escrita por: fuckflowr

Notas do Autor


Oi ♥
Espero que gostem desse capítulo '3'
Ele foca mais no Harry e tals
Boa leitura ^,^

Capítulo 2 - Palavras que você guardou


 

      Durante todo o seu sexto ano, Harry sentiu coisa desconexas em relação a Gina Weasley. Dissera a sí próprio não ser nada, além de um bobo ciúme fraternal, já que praticamente vira a ruiva crescer. Isso foi algo que ocupou bastante sua cabeça durante aquele ano, além, é claro, da pergunta que Hermione não parava de repetir: quem é o príncipe mestiço?

      Harry não estava nem um pouco preocupado com isso; afinal, porque estaria, quando, graças ao livro, estava se saindo tão bem em poções, que sempre fora uma de suas piores matérias - ficando atrás, apenas, de adivinhação? Mas Hermione insistia nisso, e acabava atrapalhando Harry em outro assunto: Malfoy.

      Draco Malfoy estava diferente naquele ano, e Harry tinha certeza de que o garoto se tornara um Comensal da Morte. E, apesar de todos revirarem os olhos, e repetirem incontáveis vezes que Harry estava obcecado, o gryffindor sabia que estava certo. Por isso, ignorou todos os comentários, e continuou a seguir o loiro, a procurar saber cada um de seus movimentos, fosse pessoalmente, pelo Marauders Map, ou pelos Elfos Domésticos, Monstro e Dobby.

       — Harry, Voldemort jamais transformaria alguém de dezesseis anos em um Comensal. Tira isso da sua cabeça. – Hermione disse, após ele repetir ter certeza disso. Harry simplesmente olhou para os amigos.

      Eles não notavam? Não notavam que Harry também não queria que aquilo fosse verdade, apesar de todas as provas que vinha tendo? Não percebiam que, apesar de tudo, ele não queria que Draco estivesse se afundando tanto no lado das trevas? Tudo bem, Harry entendia. Ele e Malfoy eram aqueles inimigos clichês, que não cansavam de implicar um com o outro, mas havia coisas que Harry guardara apenas para sí. Coisas que jamais se atreveria a contar para os amigos, ou a quem fosse.

      A primeira vez que vira Malfoy, na loja da Madame Malkin, notara a forma relaxada do garoto, tal como reparara nisto no trem. Draco Malfoy falava muita merda, isso era um fato comprovado. Mas ninguém reparava em como tudo parecia automático? Como se ele fosse uma máquina, treinada para falar e agir daquela forma.

      Outra coisa que notara era como o loiro sempre ficava quando o pai estava por perto. Lucius Malfoy, apesar de tudo, era um homem intimidador, mas Harry não achava que alguém poderia ser tão frio ao ponto que Lucius era com Draco. Com o próprio filho.

      Harry jamais se esqueceria da expressão que tomara o rosto do garoto quando renegara sua amizade. Uma mágoa tão grande, como se não estivesse acreditando que aquilo era possível. Harry, muitas vezes, desejava ter um vira tempo, apenas para voltar naquele dia, e pegar na mão do garoto. Aceitar ser o seu amigo. Transformar o trio em um quarteto. E, talvez, pudesse mudar um pouco os amigos, e fazer eles se darem bem.

      Mas Harry jamais admitiria em voz alta, naquele momento, com Hermione lhe lançando um olhar de repreensão, enquanto Rony se enchia com bolo de caldeirão e suco de abóbora, que a ideia de Draco ter passado a seguir Voldemort, era algo que o assustava mais do que achava ser necessário.

      Também não admitiria para Rony, enquanto este falava mal do Slytherin, que havia certas coisas que admirava no garoto. Como, por exemplo, sua determinação. Se Draco queria irritar Harry, Rony e Hermione, ele faria tudo o que estivesse ao seu alcance para conseguir - e, de fato, sempre conseguia. -, sua ambição, o fato de sempre querer chegar mais longe, de sempre achar um lugar melhor do que o que se está. Adorava o fato do outro ser o que queria, falar o que pensava, sem ao menos fingir se importar com o que os outros pensavam sobre si.

      E era por pequenos momentos que Harry temia a ideia do Slytherin ter seguido os passos dos pais.

      Porque sempre havia um brilho em seu olhar, quando observava Harry. Um brilho que o Gryffindor sabia não estar lá, um brilho que surgia sempre que o via.

      Mas Harry desejava, realmente, estar enganado. Desejava que Draco Malfoy ainda fosse o mesmo garotinho de anos atrás, que estendera a mão para ele, lhe oferecendo sua amizade.

      E mesmo que o grifinorio jamais fosse admitir, havia três coisas que ele precisava para ser feliz:

      Primeiro, os melhores amigos. Hermione Granger e Ronald Weasley. Sem eles, não teria sobrevivido aos anos em que passara em Hogwarts.

      Segundo, Hogwarts. Aquele lugar que fora seu único e verdadeiro lar. O único lugar onde se sentiu verdadeiramente bem vindo, e amado.

      Terceiro... Draco Malfoy. Ok, Harry sabia que esse passo deveria ser de Gina Weasley, sua namorada. Sabia que deveria ser o nome dela ali, escrito. Que ele deveria se sentir maravilhado por ter a garota. Mas, ao escrever a lista, fora o nome de Draco Malfoy que brilhou em sua mente. Suas brigas, a maioria tão infantil... Mesmo o garoto tendo se tornado um Comensal da Morte.

      E Harry quase queria chorar, ao se lembrar daquele menino tão infantil que o loiro fora outrora, que simplesmente o odiara ao não querer ser o seu amigo, e depois fizera de tudo para irritar ele e os amigos. Mas, agora... Draco crescera. E como todos, deixara a inocência e desejos bobos de criança para trás.

      E era por isso que ele queria chorar. No ano anterior, Draco havia se transformado em alguém irreconhecível. Sempre tenso. E foi quando Harry o pegou chorando no banheiro da Murta Que Geme, que sua alma se quebrou, e escorreu para o chão, junto às lágrimas do outro. Aquelas lágrimas que carregavam tanto sofrimento, tanta dor.

      Harry nunca pensara muito sobre a vida do garoto. Apenas o achava um grande mimado. Que sua família, provavelmente, era uma daquelas que davam tudo ao querido filho. Mas, talvez... A vida do menino não fosse tão boa. E naquele dia, ao ver Draco olhar para ele com tanta raiva, uma raiva que fazia sua pele queimar, que Harry percebeu que, talvez, ele pudesse ter piorado tudo.

      Draco Malfoy. Seu pequeno Draco, tão inocente, tão infantil. Tão irritado, tentando encontrar uma forma de irritá-los.

      E era isso que Harry pensava, na casa de Gui Weasley e Fleur Delacour, deitado em uma cama.

      Queria voltar para Hogwarts.

      Queria voltar no tempo.

      Para anos antes, para o Expresso de Hogwarts.

      Queria ter apertado a mão daquele menino loiro, tirar aquela expressão magoada de seu rosto, e talvez... Pudesse fazer com que ele e os amigos se dessem bem.

      Queria Draco Malfoy.

      Queria o menino rindo, como sempre o via fazendo com os amigos (no caso, sempre Pansy e Blaise), desejava, mais do que tudo, ver aquela expressão desafiadora em seu rosto, sempre que estava rodeado por Crabbe e Goyle.

      Ainda havia tanto no sonserino que Harry queria desvendar... Mas agora, já era tarde demais. 


Notas Finais


Enfim, não ficou exatamente o que eu queria, mas já reescrevi ele um monte de vez, então...
Não revisado, qualquer erro me avisem :3


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