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História Palhaço - Eu sei não saber sobre isso


Escrita por: BrunaR05

Notas do Autor


Hi guys! Agradeço aos favoritos, espero que estejam gostando, por joje é só isso mesmo <3

Capítulo 4 - Eu sei não saber sobre isso


  Jimin POV

 Os próximos meses foram bem proveitosos para mim, nos estudos, com Cindy e eu comecei a trabalhar numa loja de coisas para música e acessórios para eletrônicoa, camisetas de banda, cds, sim ainda vendem cds, posters, até cards de kidols que algumas meninas compram, eu não comprava nem a de Yu gi oh , mas dava renda a loja então não ia reclamar, trabalhava a tarde até umas oitos horas da noite e aos finais de semana durante a manhã, mas nem todos pois revezava com um colega, ele se chamava Taehyung, também era da faculdade, mas nunca procurei saber seu curso. Com essa correria toda era poucas vezes que eu consegui falar com Jung Kook, quando eu estava no dormitório ele estava fora fazendo algo misterioso que eu não sabia o que era, achei até que ele se drogava, mas estava muito saudável pra ser isso.

 Nesse meio tempo acabei conhecendo os pais de Cindy por mensagem de vídeo, ele faziam jus ao estereótipo americano, mas eu não quis comentar isso com ela, e foi na última das conversas que eu me lembrei de que ela só ficaria um ano na Coreia, minha grande habilidade de viver o momento e esquecer tudo ao redor. Sempre que eu tocava no assunto ela fugia e me persuadia como sempre. As férias de verão chegariam em algumas semanas e eu ainda não sabia se ficaria por Seul, voltava para Busan ou ia para América com Cindy. 

As provas foram tranquilas pra mim, os seminários também, acabei até assistindo uma peça de Jung Kook, era um musical, ele realmente tinha talento para as artes, pena que estava de coadjuvante, ele deveria ter usado aquelas noites misteriosas pra treinar, mas vai saber o que ele estava fazendo.

 No último final de semana antes da última semana de aula, lá estava eu na loja sentado num banco alto perto de alguns acessórios depois de atender um cliente que queria um novo carregador para seu celular. Despois de duas horas mofando ali, finamente sai, Cindy marcou um almoço num restaurante ali perto.

 - Cheguei, na hora - sentei-me na cadeira e ela fez barulho quando meu peso arrastou ela pra trás, ainda bem que o lugar tinha poucas pessoas. 

-Cuidado! – Cindy disse.

 - Sempre acontece, Hoseok diz que é por causa da bunda, mas ele é meio idiota às vezes. Bem, por que viemos aqui hoje? 

- Precisamos conversar sobre nós. Daqui uma semana terei de voltar pra casa e... e não... não, eu quero terminar com você.

 - O que? – naquele momento arreguilei os olhos e não acreditava no que estava escutando, até achei que era uma das vezes que eu não presto atenção no que falam, mas ela continuou a fazer isso.

 - Eu vou voltar pra casa e vai ficar difícil de nos encontrarmos, é melhor acabamos com isso, eu vou continuar falando com você, eu gosto de você.

 - Eu te amo, não quero que vá e entendo que precisa voltar, mas, mas eu não quero terminar, eu posso passar as férias com você, e depois posso te visitar uma vez por mês.

 - Só que eu não quero esse intervalo de tempo, eu preciso de paz, manterei contato com você, não precisamos virar completos estranhos. 

- Você tem certeza? Pense bem. É outra pessoa, apenas fale. 

- Jimin, não foi outra pessoa, eu sei que você é um ótimo rapaz, eu nunca iria te esconder nada, mas acabou, aceite isso. 

- Eu aceito, mas quero entender.

 - As coisas do coração e algumas da razão, nunca entenderemos.

 - Você vai embora hoje? – engoli seco e sequei uma lágrima que pulou dos meu olhos sem permissão. 

- Não, no final dessa semana como todo mundo. Você fica engraçado chorando.

 - Tudo que eu faço é engraçado pra alguém.

 - É porque você é sincero com seus sentimentos e não finge, e pra outras pessoas é engraçado. 

- Sincero? Na hora da prova eu finjo que sei alguma coisa pra o professor achar que eu não sou tão burro. 

- Há casos extremos. 

O assunto acabou e continuamos nos olhando, ela como se quisesse se desculpar e eu imaginando que isso tudo foi um brincadeira de mal gosto, algumas pessoas entrando passaram por nós e continuamos ali, até que ela pegou sua bolsa, deixou uma foto nossa revelada na mesa e simplesmente levantou. Deitei minha cabeça nos braços, e me virei para pedir um suco ao garçom para me hidratar. Começou a chover, olhei para o céu me perguntando se isso podia ser algo divino ou simplesmente não percebi como estava o céu e o vento durante essa semana. Depois de pagar o suco e ir pra “casa” na chuva, finalmente cheguei no dormitório, bati a porta duas vezes e ninguém abriu, achei minha chave e abri, Jung Kook estava na sua cama ouvindo música virado pra parede desenhando, acho que alguém queria ganhar uma multa, e quando viu meu vulto apenas virou para olhar quem entrou e continuou o seu desenho, dava pra ouvir a música da minha cama, mas eu estava muito afetado ainda pra reclamar de algo, peguei novas roupas e apenas fui pra o banheiro, quando voltei do banho propositalmente demorado, o mais novo tinha saído e um dos seus instrumentos não estava mais no lugar, provavelmente iria fazer algo com os colegas, então só sobrou eu, a série, lanche e chuva. 

Acordei com o barulho da porta abrindo e quando mexi no celular vi que eram uma da manhã, e tinha uma mensagem de minha mãe me mandando superar, depois que eu contei a ela sobre o que tinha acontecido e ficou aumentando meu ego. Mas voltemos ao individuo que entrou pela porta, deixou suas coisas nos lugares devidos e foi tomar banho, voltou e não disse uma palavra, além de rir de alguma mensagem que recebeu no celular, eu ia tentar falar com ele, mas não queria que por alguma circunstância eu acabasse revidando minha carência atual numa briga com ele, então apenas virei para o outro lado e ele fez tico. 

 No outro dia eu acordei e ele estava se vestindo, pelo que parecia esses últimos dia foram cotados, enquanto eu fiquei no quarto comtemplando do teto. 

- Por que você está todo não me toque assim? – perguntei a Jung Kook.

 - Eu? Tudo normal, você que está com cara de dia de resultado das provas. 

- Isso eu sei, mas nunca mais dividimos um pacote de salgadinhos, mesmo que isso soe bem idiota. 

- Você tem sua namorada e seu emprego para dar atenção. - Na verdade só o emprego. 

- Ah é, aquela menina tumblr vai terminar o intercâmbio.

 - Vamos voltar a falar de você... 

- O que eu?

 - Que bicho te mordeu? – levantei da cama e empurrei ele rindo fraco.

 - Felizmente, nenhum, fugi de um cachorro, mas ele não conseguiu me alcançar. 

- Pra onde você vai de tarde e volta antes das onze? 

- Vou pra o cinema pensar, chorar, desenhar, dessa vez até que assisti o filme. 

 - Fala sério Jung Kook, para de brincadeiras.

 - É sério, se você fosse mais esperto e realmente quisesse saber onde eu estava, seria bem inteligente olhar os bolsos da minha calça que deixo no banheiro, o intervalo de tempo do sumiço, ou simplesmente me perguntar. 

- Você vai pra lá agora?

 - Não gosto de ir nos fins de semana, por que? 

- Por nada, pode ir pra onde você tem que ir.

 - Eu estou experimentando a roupa que comprei esses dias, que foi? Ciúmes do amigo, inveja, ou os dois? Te dividi com Hoseok até hoje e não reclamei de nada. 

- Por que você fica falando essas coisas? 

- Porque, não sei, apenas surgem palavras e eu digo. 

-Viu ai, é como conversar comigo, só que faço sem querer. 

- Se eu te disser perde a graça de debochar. As férias estão chegando, preciso preparar mais frases prontas. 

- Ei! – o chamei depois que foi em direção ao banheiro – Quero aprender a tocar algum instrumento. 

 - Eba, espera... – ele se apoiou na parede e fez uma cara de desconfiado muito convincente – você quer se aproveitar de mim, agora que perdeu Cindy, está muito carente, recuso-me – ele desfez a pose começou a agir como se estivesse brigando comigo – Não mereço isso, não sei bem se aceito - ele sentou do meu lado e se jogou pra o lado vazio da cama dramatizando tudo, e eu pude reparar no seu desenho na parede, eram diversas coisas juntas formando uma estrela, mas ignorei essa observação naquele momento. 

- Para Jung Kook, sai da minha cama. E você lembrou do nome dela.

 - Eu faço que esqueci para mostrar indiferença, além do mais mesmo que eu discorde de mim, ela não interfere em nada na minha vida.

 - Queria que eu estivesse me comunicando por mensagens pra eu reler o que você disse, porque tem coisas que eu não entendo nada. 

- Se você entendesse eu não falaria – Jung Kook tirou a camisa nova e colocou um trapo velho todo manchado de tinta. 

- Então você é quem se aproveita aqui.

 - Você nunca reclamou. 

- Que conversa sem pé nem cabeça. 

- Você que acha, eu estou adorando isso tudo. Aposto que você achou que eu estava envolvido em alguma coisa barra pesada e estava fugindo de você pra não envolve-lo nisso. Eu estou mais para anjos da lei.

 - As pessoas tiraram o final de semana pra me ver fazendo papel de idiota, e eu não estou gostando disso. EU NÃO ESTOU GOSTANDO DISSO! 

 - Desculpa Jimin, também estava sentindo falta da sua inercia nesse quarto – ele voltou para o lugar onde sentou – satisfeito? Vem, vamos almoçar fora, quem sabe tem algum evento pra entrar de penetra no caminho, agora vá limpar essa cara.

 - E sim, eu estava desconfiado disso, não dava um mês pra te ver tatuando alguma simbologia. 

- Há outras omissões mais relevantes do que essa seria, mas vamos andar logo antes que o horário do almoço passe. 

Tomei um banho rápido e vesti uma rouba básica que fosse legal pra ir ali, um bairro próximo, então saímos, nem tinha terminado de me retirar do dormitório e já tinha gente falando sobre Cindy e eu, estavam espantados pelo casal famoso ter acabado, não era exatamente isso, mas eu não iria discutir com todos, segui meu caminho. Paramos num restaurante não tão grande e nem tão cheio, pedimos os pratos e Jung Kook falou sobre as peças e como estava ansioso para mostrar algumas coisas para me ensinar a tocar algo, sua alegria era bem parecida com a de Hoseok, mas ele sabia ser discreto. Depois de terminar o almoço e pagar a conta, nós pegamos um ônibus que estava vazio maior parte da viagem então rimos muito e conversamos sem medo de quem estava escutando, ele já estava na rota de volta quando Taehyung ligou pra mim e disse que teria uma festa de alguns amigos dele, já que estávamos no caminho, fomos pra lá.

 - Nem sabia que você também conhecia Taehyung, é do trabalho? – Jung Kook estava entrando no local da festa. 

- Sim, por um momento me perguntei quem estaria lá na loja agora, mas lembrei que hoje é domingo.

 - Sempre você. O lugar era o porão da casa de um amigo de Taehyung, bem escuro, com algumas luzes de balada ligadas, tinha um bar lá dentro, e alguém servindo, era um rapaz qualquer, enquanto tocava clássicos dos estilos de música, umas das únicas que eu conhecia, tinha alguns sofás vazios pelo espaço e algumas pessoas conversando e rindo, como Taehyung que depois veio falar com a gente.

 - Kook, você veio também! Nem sabia que você conhecia Jimin, esse cara é uma figura não é?

 - Que coincidência, só ele mesmo né?- eles se cumprimentaram com um aperto de mão. 

- Quando é que começa a festa? – tentei brincar. 

- Calma, vocês viram muito cedo. Isso aqui vai ficar louco – Taeyung respondeu. 

Dito e feito, uma hora e meia depois já tinha enchido mais, uma mistura de fragrância de perfumes já me deixou tonto antes de final. Já tinha bebido dois copos de um coquetel de fruta, Jung Kook também, ele estava bem mais solto que um ano atrás, já estava dançando no meio de todos e cantando as suas músicas preferidas, ele encontrou alguns conhecidos dele do curso e conversou com eles um pouco, eu estava com clima de ficar sentado pensando na vida me desafiando a levantar pra encher o copo. Um tempo depois o mais novo trouxe um copo cheio pra mim e se sentou comigo, e logo em seguida Taeyung que foi puxado por uma garota para dançar. 

 - Cindy não vai voltar pra você só porque está com essa cara. Muito pelo contrário. 

- Verdade, Jung Kook, você já gostou de alguém?

 - Eu? Não sei, nunca sei se gosto ou quero escravizar a pessoa a ficar no meu pensamento por pura carência.

 - Eu acho que todos uma hora nos sentimos carentes. 

- Nem todos caem em paixões reciprocas. É uma coisa complicada, é outra vida, não dá pra controlar a pessoa fazer o que você quer. 

- Verdade.

 - Se isso for gostar, claro no sentindo de amar, sim, e isso não é tão legal quanto nos filmes e livros, tem até uns livros que o casal não fica junto, mas é morte trágica ou não.

 - Por que sentimos isso? 

- Eu que sei, meus pais me colocaram no mundo faz um tempo e até agora não sei o porquê. 

- É tão maçante imaginar que ela deve estar ansiosa pra voltar pra casa, e eu aqui desse jeito. 

- Tente não focar nisso, claro, ela é importante, mas veja a sua volta, a vida continua, a música! Você quer aprimorar seus talentos, conhecê-la mais, eu te ajudo já te disse, além do mais tem cada música lenta boa pra você dar uma sofridinha, pra mim é terapêutico, como se eu conversasse comigo mesmo sobre os problemas. 

 - Depois eu é que sou o palhaço. 

 - Vamos dançar, vou te ensinar uns passos que aprendi com o pessoal ali- ele apontou para a pessoas que dançavam. 

Fomos dançar, foi divertido, mesmo com as quedas, as performances das músicas de rap, hip hop, até uma demo de Namjoon estava na playlist. Eu realmente me alegrei mais depois da conversa, estava começando a entender o que Jung Kook falou sobre as músicas. Ficamos lá dançando depois voltamos ao sofá para beber e comer e conhecemos algumas pessoas o final da festa foi chegando, voltamos antes de ficar muito tarde pra dormir e acordar no outro dia.

 Compramos café no caminho e chegamos finalmente no quarto, depois de um banho bem tomado, o mais novo me emprestou seu dispositivo de música pra poder escutar sua lista, coloquei no aleatório e deixei rolar, ele ficou desenhando algo, parecia ser trabalho. Até que chegou uma música de um grupo de kpop, Big bang, já tinha ouvido falar de alguns escândalos vindos dos membros, mas o que me importava era a letra da música naquela hora, Let’s not fall in love, o nome dela. Me lembrou tudo sobre a Cindy, como ela era, como agia, como se sentia quando estávamos juntos, seus costumes, as roupas e inconscientemente uma lágrima caiu seguida de outra, eu estava sentado com os braços apoiados na perna segurando minha cabeça enquanto pingava o tapete que ficava na frente da cama, repentinamente Jung Kook apareceu e me abraçou, e esperou até que a música acabasse para me soltar, e ficou ajoelhado na minha frente me afagando entre os fios de meu cabelo, mas parei pra pensar, que tem tanta gente importante pra alguém que está morrendo e eu estou sofrendo assim, claro, cada um com sua dor, mas já que era pra superar, decidi aproveitar todos momentos perto das pessoas que me importam.

 Algumas pessoas procuram pelo desconhecido em busca da adrenalina, do sonho e sua realização, mas há outras que se sempre repetem entre si, eu sinto isso, você também sentiu, mesmo que sejam por motivos diferentes, mas acabamos na mesma consequência o tal da teoria da mola temporql,, assim devem se sentir os alcoólicos anônimos, os participantes dos clubes de livro, as pessoas das festas, talvez um sentimento de empatia de alguém realmente sirva de algo...  


Notas Finais


Até o próximo capitulo o/


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