WonWoo se mata por pouco, com muito. Mata-se na frente do espelho, apertando o pouco que tem de extra em sua pele, ou no chão do banheiro, observando as lágrimas caírem. Mata-se por tudo: dias tristes, felizes ou indiferentes. Por ele também. Mata o pulso ao entrar na sala de aula e perceber que nada mudou; ao olhar dentro de olhos brilhantes e sentir falta dos próprios. Assassina sem dó os tão escassos sorrisos e o amor que luta desesperadamente por sua vida.
WonWoo se mata por ele, por suas conversas e sentimentos; pelos ‘oi’ que nunca vai receber. Acompanha a morte quando abre a boca e fala demais, quando se cala também. Tapa a boca e a mente ao perguntar por MinGyu, deixando a insegurança dominar. MinGyu é ele, ele é MinGyu. O rapaz de dias bons, ruins e indiferentes; das mensagens e do excelente gosto por música clássica.
WonWoo é MinGyu, apenas e principalmente por amá-lo; por reconsiderar a morte e por viver ao seu lado. Como amigo, como protegido, como confidente. Não se mata por MinGyu. Por quê se mataria por ele? A capacidade de viver está nos dentes pontudos e pupilas dilatadas; no que de dentro se espalha; e na própria vontade. No sentimento que somente sente com MinGyu. Somente sente, mesmo quando o coração vazio continua vazio; mesmo quando, em dias péssimos, tem vontade de desistir.
MinGyu significa vida. E Wonwoo o ama.
"O suicídio não acontece quando alguém corta os pulsos ou salta de uma janela com uma corda ao redor do pescoço. O verdadeiro suicídio acontece quando acordamos todos os dias do mesmo jeito que fomos dormir, quando o coração vazio continua vazio, quando a alma continua morta."
— Rafael Di Souza
Fim.
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