Ao chegar no Olimpo, Percy se deparou com 12 deuses o encarando seriamente, alguns com ódio, outros com pena e uns apenas impassíveis. Percy perguntou-se o que poderia ter acontecido de tão grave para que os deuses agissem daquela maneira. Tomando a dianteira Percy fez uma longa e lenta reverência ao ponto de quase beijar os próprios pés dos deuses. – A que devo a honra? – Perguntou ele simplesmente e então Zeus ergueu a mão pedindo silêncio e começou a falar. – Perseus Jackson, tens ideia do que acabara de fazer? – Percy então o olhou confuso e arqueou as sobrancelhas. – Não. O senhor poderia me explicar? – Perguntou ele com educação. – Você ao longo dos anos vem se tornando um semideus muito poderoso, fez coisas que a maioria dos heróis jamais pensariam em sequer tentar, aos 12, venceu um minotauro, recuperou meu raio do traidor e conseguiu entrar e sair ileso do mundo inferior, aos 13, atravessou o mar de monstros e garantiu a salvação de nossos filhos com a proteção do pinheiro de Thália, aos 14 fez com que Atlas retomasse sua maldição, libertou Artemis e Annabeth, aos 15 sobreviveu ao labirinto de Dédalo e aos 16 derrotou Cronos, o titã-rei, mais poderoso que nós deuses. – A ultima fala em questão pareceu sair um pouco forçada pela parte de Zeus o que surpreendeu Percy grandiosamente, ele nunca imaginara que Zeus algum dia fosse admitir que ele fizera coisas extraordinárias, mesmo que com a ajuda de amigos. – E depois, teve sua memória apagada e aprendeu com a própria Lupa, rainha dos lobos a como caçar e a sobreviver, depois, encontrou o acampamento Júpiter e se tornou o líder deles juntamente com Reyna, recuperou o estandarte da Legio XII Fulminata e ajudou a matar o gigante Alcioneu, sobreviveu ao próprio Tártaro, lugar onde nem mesmo nós deuses nos atrevemos a pisar e ainda matou Gaia, ou pelo menos, a fez adormecer novamente.- Ao terminar de dizer, Zeus tomou uma posição mais rígida e prosseguiu dizendo. – Apesar de tudo o que fez por nós e de tudo o que fizemos por você, você nos trai nos atacando! – Ele terminou a ultima parte gritando e pequenos raios de energia estouravam em torno de seu corpo, como se o ar estivesse reverberando e explodindo em pequenos pontos de energia. Percy surpreso indagou. – Que traição? Nunca fiz nada para os prejudicar e se o fiz não fiz por querer. – Zeus sacou seu raio e seguiu dizendo em tom autoritário. – Perseu Jackson, você está condenado ao Tártaro por traição ao Olimpo ao destruir o Acampamento Meio-Sangue. – O entendimento veio voando na cara de Percy e sua boca abriu-se em um perfeito O digno de uma história em quadrinhos. Porém antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma sombra tampou sua visão em meio segundo e abriu os braços em posição de defesa, Poseidon então gritou. – Irmão, se encostar em um fio que seja de meu filho vai ter a pior guerra que já viu na sua vida. Ele abriu a mão direita e seu tridente apareceu, brilhando com o poder nele contido. Zeus abaixou momentaneamente seu raio-mestre e depois logo o ergueu o apontando para Poseidon. – Como ousa se colocar contra mim, o rei dos deuses? Aquele quem destronou Cronos e os salvou! – Percy então entrou na frente de Poseidon com os olhos sérios e com Anáklusmos já destampada. – Tudo bem Zeus, o que fiz não foi com intenção de destruir meu lar, nem tinha consciência de que meus poderes pudessem causar tamanho estrago! Se desejar, posso abandonar o CHB e não voltar até decidirem me perdoar, mas quero vingar meus amigos da morte contra nossos novos inimigos dos quais já devem ter conhecimento. Proponho uma expedição para Wisconsin com alguns semideuses se assim vocês permitirem. – Zeus então parou para pensar um pouco e ainda que obviamente contrariado propôs uma votação onde 10 dos 12 votaram em sim para Percy sendo os que votaram não respectivamente, Zeus e Ares. Percy então a se curvar novamente em uma reverência foi teletransportado para seu chalé no CHB e ao chegar a sala de reuniões viu todos os conselheiros ali agitados, alguns com um arranhões e outros com pequenos hematomas. Aliviado por todos estarem bem, Percy lhes comunicou o motivo de seu sumiço e ao terminar de dizer, quase todos o olhava com medo nos olhos, se este era uma pequena demonstração de seu poder, imagine seu poder total. A ideia pareceu assombrar os que ali estavam até o momento em que Percy quebrou o gelo anunciando a expedição. – A expedição contará com 20 campistas, sendo eu, Annabeth, 4 arqueiros de Apolo e 4 guerreiros de Ares, juntamente com 10 outros campistas do Acampamento Júpiter escolhidos dentre a quinta corte, pois imagino que eles também queiram se vingar. Após a mensagem ser entrega ao acampamento Júpiter e os campistas serem escolhidos Percy dirigiu-se a seu chalé. Os estragos no acampamento não haviam sido tão grandes como Zeus lhe dissera, apenas alguns desabamentos aqui, umas rachaduras ali, nada demais. Percy adentrou seu chalé e deitou-se em sua cama, esperando adormecer, podia ainda desfrutar de sua ultima noite no acampamento, depois teria que ir para sua casa pois havia sido expulso do acampamento por tempo indeterminado. Com insônia Percy percebeu já serem 01:00 da madrugada e mesmo assim resolveu mandar uma mensagem de Íris para sua mãe. Ele pegou um dracma e o jogou na fonte no centro do quarto e disse as seguintes palavras. – O deusa Íris, aceite minha oferenda e me mostre Sally Jackson no apartamento Uperstside, Nova York. Uma névoa ondulou por cima da fonte e logo apareceu uma imagem de um vulto com uma armadura pesada de cor vermelho sangue empunhando uma espada grande e grossa, o mesmo não notou a mensagem e continuou seu caminho até a entrada do apartamento onde o ser chutou a porta a arrombando e ligou as luzes da casa com um estalo dos dedos. Sally logo apareceu na sala de roupão junto a Paul que carregava consigo uma espingarda comum. – Quem é você? – Sally perguntou e o homem respondeu. – Eu sou a causa de sua morte. – Logo em seguida o mesmo soltou uma estrondosa gargalhada e caminhou rapidamente até a mulher e fincou a espada até a metade no estomago da mesma. Paul deu um tiro e a bala apenas ricocheteou em sua armadura. Rindo o mesmo também atravessou Paul com a espada e virou-se finalmente de costas para ir embora, e foi quando Percy viu seu rosto pela primeira vez. Rosto branco, meio moreno com uma barba por fazer, cabelos na altura dos ombros e meio encaracolados e nos olhos um par de óculos escuros que pareciam conter chamas nos olhos. Percy conhecia aquele cara muito bem pois diversas vezes duelara contra o mesmo, era Ares, o deus da guerra, que havia acabado de matar a mãe de Perseus Jackson, Assassino de Titãs e Primordiais.
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