História Perfect Match - Capitulo I

- Dona Julieta, porque tantos seguranças hoje?- eu pergunto chegando perto da senhora que esta na porta que divide a copa da gravadora.

- A minha menina é o novo musico que veio gravar aqui pelos resto do mês. – ela disse desviando o olhar do lado de fora para olhar para mim.

- Hm, Espero que não seja igual ao ultimo, cansei de tirar camisinha usada da sala 37, era um nojo – eu digo revirando os olhos e saindo de lá.

- Ah não sei se esse é igual menina Lenna, mais sei que ele é muito famoso. - ela disse ainda espiando pela fresta da porta. – já contei sete seguranças.

- Nossa ele deve ser muito famoso mesmo – eu digo e saio para fazer os meus deveres.

Passei o dia inteiro fazendo o que faço sempre, varrer, limpar e passar pano. Sabe minha vida não era assim, eu fazia faculdade de musica, tinha uma família, um namorado, eu fazia tantas coisas normais, tudo estava indo tão bem, se não fosse aquele acidente, ele acabou com a minha vida, não só a minha.

[...]

O turno de todos já havia acabado, e todos já tinham ido pra suas casas, e eu bem eu estava em casa, eu morava no “quartinho do zelador”, o que não tinha problema já que o zelador era o senhor Condor marido da dona Julieta, então eles meio que me abrigaram nele. É um quarto minúsculo onde cabia apenas uma cama de solteiro, um criado-mudo, um guarda roupa minúsculo.

Depois de sair do banho e vesti meu pijama, o senhor Condor veio me avisar que eu teria que ir limpar a sala 37 e que depois eu estaria liberada pra sair, como se eu fosse sair, peguei meu caderno de musicas e fui em direção aquela bendita sala, sentiram a ironia?.

Assim que cheguei na sala, vi que pelo menos não era tão bagunceiro quanto o outro, comecei a arrumar, em menos de trinta minutos já estava tudo em seu devido lugar. Foi ai que eu vi a sala acústica, fazia tanto tempo que eu não entrava em uma, foi tudo tão rápido, como se os meus pés tivessem vida própria eu já estava dentro da sala.

Eu já sabia que tava na hora de superar. Então a musica veio sem mais.

Tough girl
In the fast lane
No time for love
No time for hate
No drama no time
For games
Tough girl
Whose soul aches

I'm at home
On my own
Check my phone
Nothing though
Act busy
Order in
Pay TV
It's agony

I may cry, ruining my makeup
Wash away all the things you've taken
And I don't care if I don't look pretty
Big girls cry when their hearts are breaking
Big girls cry when their hearts are breaking
Big girls cry when their heart is breaking

Tough girl
I'm in pain
It's lonely at the top
Blackouts and airplanes
I still pour you a glass of champagne
Tough girl
Whose soul aches

I'm at home
On my own
Check my phone
Nothing though
Act busy
Order in
Pay TV
It's agony

Toda a emoção que eu sentia voltou com força total, o nervoso, as lembranças daquela noite. Não consegui mais cantar, lagrimas desciam por meu rosto, o desespero...

- Você está bem?- uma voz interrompeu o silencio e os meus soluços, mais não era qualquer voz, era a voz que me fazia dormir todas as noites, a voz que me inspirava a escrever, eu virei com medo mais virei. E lá estava ele, o dono do meu coração, o dono da voz mais linda, o dono dos olhos mais castanhos que eu já vi, Justin Bieber estava parado a minha frente.

Foi ai que caiu a ficha, Justin Bieber estava na minha frente, e o pior eu estava de pijama. Mais toda aquela emoção sumiu, eu só via ele na minha frente, eu não sabia se corria e o abraçava ou se só saia correndo, lagrimas caiam do meu rosto, mais não era por tristeza e sim felicidade. Quantas vezes eu sonhei com esse dia, eu queria abraçar ele e dizer que o amo, queria beijar todo o rosto dele e dizer que ninguém é mais lindo do que ele, queria dizer que nós, Belibers, só queríamos o bem dele, que ele é a razão do nossos sorrisos. Mais eu não podia fazer isso, eu não podia nem esta naquela sala acústica.

- E-eu... p-por favor... não.. n-não fala pra ninguém que você me viu aqui...- o medo de ser demitida só crescia.

 Então eu fiz o que eu faço de melhor na vida, eu fugi, sai correndo, escutei ele me chamando, mais eu não poderia voltar, era o meu emprego em risco, e só Deus sabe quanto eu preciso dele.