História Phone Calls - Messages

Já estava escuro do lado de fora, enquanto o jovem ruivo sentia o vento de onde sua cama se encontrava.

Seus pensamentos eram os mais diversos. Eram sobre o seu futuro ali, sobre o lugar de onde havia "acabado" de chegar e o que ele tinha feito por lá... Sobre como ia ficar sua vida.

Ele também não evitou, como em todas as noites à partir do término, pensar em Jack. Era uma coisa completamente inevitável e normal.

E logo se viu tentando alcançar seu aparelho celular, que estava ao lado da cama, em cima de sua mesa. 

Ele bufou, uma vez que não viu o que seria costumeiro, e o que ele estava lutando para enfiar na cabeça que não seria mais normal: Você tem uma mensagem de voz de: Diequi.

Ele não receberia mais daquilo, uma vez que o próprio ruivo escutou algo parecido, vindo da última ligação de Jack.

Não demorou para lembrar de momentos antes, onde ele se via digitando o número daquele que tinha seus pensamentos pelo resto de sua vida, e logo apertava o botão "chamar" de seu celular.

Hiccup realmente sentia que Jack não lhe ligaria, para pelo menos falar que escutou sua mensagem enorme. Ele também sabia que ele não precisava.

Jack tinha sua vida. Tinha uma faculdade, um apartamento para cuidar, um namorado. Ele havia seguido em frente, então, por que iria querer ouvir sua voz novamente?

O ruivo só não viu uma das suas notificações, onde se podia ler: mensagem de texto d- 

Ele não evitou pensar em quem mandaria mensagem, e ainda por cima das que usavam crédito.

Mesmo que não utilizasse tanto, ele possuía aplicativos em que trocava poucas palavras com outras pessoas, quando necessário.

Então, quem quer que precisasse falar com ele, usaria uma daquelas redes sócias.

Porém ele não deixou de murmurar um "oh" baixo, ao que desbloqueou o aparelho, conseguindo terminar de ler a notificação.

Mensagem de texto de Diequi

Seu coração se apressou de imediato, o fazendo sentir a sensação de nervosismo que vinha de brinde.

Ele não se sentia assim há muito tempo, sendo que a única pessoa que poderia lhe proporcionar essas reações era somente uma, e ela havia acabado de lhe mandar uma mensagem.

Mas, Hiccup não pôde evitar o pensamento de relance que lhe veio à mente. O ruivo não tinha que se sentir assim por alguém que não é mais dele. Isso podia passar a impressão errada, e o garoto odiaria que talvez alguém tivesse um pensamento distorcido de suas intenções.

Por mais que ele ainda ame Jack, muito, o ruivo não quer que o mesmo deixe seu namorado para ficar com ele. Até porque, Jack não faria isso, a seu ver.

E como Hiccup mesmo havia dito, ele estava feliz pelo amor de sua vida. Por ele ter encontrado alguém que estava lá, quando ele se encontrava longe; quando Jack estava mal. Alguém que fez com que o outro se apaixonasse. Alguém que foi útil, quando ele não foi.

E Hiccup ficaria bem, apenas por ver Jack bem. Ele acreditava nisso.

Seu dedo pressionou a notificação, e o ruivo decidiu se sentar para que pudesse ler melhor o que havia ali.

Diequi: Quando? Onde?

Ele ficou um pouco confuso por causa das perguntas repentinas, e se fosse em outra situação, ele não entenderia o que o outro estava perguntando.

Mas, nesse caso, Hiccup sabia muito bem.

You: Pode ser amanhã, se você quiser. Onde...? Lanchonete?

Ele sabia que se eles fossem mesmo àquele lugar, não precisaria colocar a hora, já que só havia um horário em que os dois iriam parar por lá. Certas coisas não iam mudar, mesmo depois de muito tempo.

Suas pernas estavam inquietas, esperando uma resposta para sua mensagem e ele batucava seus dedos na capinha de trás de seu celular.

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete minutos se passaram e Hiccup estava para se render, e cair deitado em seu colchão novamente, isso antes de escutar o som de notificação nova.

Diequi: Te vejo lá.