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História Pierrette - Meu nome é Julian, muito prazer!


Escrita por: Flor_de_Fogo

Notas do Autor


:D

Capítulo 4 - Meu nome é Julian, muito prazer!


-- Ahh!!! -- gritamos mais uma vez.

-- Será possível que só saibam gritar?! -- disse o esquisitão de sobretudo, pegando um biscoito e sentando no sofá.

-- Quem você pensa que é pra chegar na minha casa desse jeito?! -- disse Sofia, ameaçando-o com um pequeno guarda-chuva.

-- Sério que vai tentar bater nele com isso?! -- perguntou Lucy.

-- Tem uma ideia melhor?!

-- Eu tenho! -- disse Lucas, correndo para o outro lado da sala onde estava um telefone -- Você é a dona da casa, liga pra Polícia, como já devia ter feito!

-- Já devia ter feito?! E ia denunciar o que pra Polícia antes? -- pergunta Lucy.

-- Que estamos sendo perseguidos e ameaçados de morte, sua tonta! -- disse Lucas. Sofia, irritadíssima, corre até Lucas, arranca o telefone de sua mão, o coloca de volta na mesa e depois segura seus ombros e o sacode -- Ei, para de ser louca, me deixe em PAZ! -- grita Lucas.

-- Então pare de surtar! Detesto admitir, mas neste caso Lucy tem razão, a Polícia vai achar que estamos ficando malucos! Que prova temos?! -- disse Sofia, continuando a sacudir Lucas.

-- Esse cara aí, oras! -- disse Lucas apontando para o estranho, que comia biscoitos como se nada estivesse acontecendo.

-- Esse cara saiu de dentro de uma estante! Quem não garante que estamos imaginando isso! -- disse Lucy.

-- Como são amadores... E por falar nisso, meu nome é Julian, muito prazer!

-- Ninguém te perguntou quem é você! Sai agora da minha casa e volta de onde veio!

-- Ninguém te avisou que não é sensato desafiar alguém que não sabemos o que pode fazer conosco? -- disse Julian, fazendo um sinal negativo com o dedo indicador (mais conhecido como fura bolo) -- Tsc, tsc, tsc...

-- E quem você pensa que é... -- falei, mas saiu mais como um sussurro do que como uma ordem... sem contar que eu estava paralisada observando tudo até aquele momento.

-- Sou uma pessoa que simplesmente veio para pedir um favor, como era costume por assim dizer... eu precisava que fizessem um favor para "salvar" uma realidade, porém acho que vou precisar ensinar boa educação para vocês...

-- Como é que é?! -- disse Lucas -- O mal educado aqui é você! Você que invadiu a propriedade alheia sem ser convidado!

-- Se ele invadiu é claro que não foi convidado! -- disse Lucy.

-- De um jeito ou de outro ele não é ninguém para vir querer dar lição de moral!

-- Querem parar com essa palhaçada?! Isso é sério! -- disse Sofia.

-- Muito bem, HÁHÁHÁ, vocês são engraçados mas já me cansei de vocês! -- disse Julian -- Porém, como ainda preciso do favor, medidas estremas justificam as ações.

-- O que foi que ele disse?! -- perguntou Sofia.

Julian, ignorando a pergunta, simplesmente levantou, pegou uma argola prateada de dentro do seu sobretudo, mostrou-a aos meus amigos e eles, acreditem ou não, foram SUGADOS para dentro da argola! Eu primeiro fiquei sem ação, mas logo me recuperei e, desesperada, saltei no pescoço daquele verme e comecei a bater em sua cabeça. Ele, por sua vez, conseguiu se livrar de mim, me agarrando e me jogando contra a parede.

-- Quieta, menina burra!

-- Burro é você que não sabe com quem se meteu! Mexeu com os meus amigos mexeu comigo! Trás eles de volta AGORA!

-- A menininha quer dar uma de mulher agora?! -- disse Julian, me ameaçando com a argola que tinha caído no chão enquanto nos debatíamos.

-- Eu sou uma mulher e você não passa de um verme, devolve meus amigos! -- levantei com dificuldade e fechei meus punhos, pronta pra mais uma.

-- Calma, sua ferinha selvagem, vou libertar seus amigos mas, como num trem um vagão puxa o outro, você vai ter que fazer uma coisa por mim e eu faço o favor de soltar seus amigos.

-- Não tem lógica nenhuma o que você disse!

-- Claro que tem, eu fiz você precisar de mim pra você fazer um favor... -- aproximou-se da mesinha de centro devagar e pegou um biscoito -- Sabe, eu não acredito muito em caridade, a barganha que sempre acaba acontecendo.

Olho pro chão derrotada, eu não conseguia pensar em nenhum plano, simplesmente meus amigos estavam nas mãos de um maluco e eu não sabia o que fazer. Levantei os olhos e vi que ele continuava a comer os benditos biscoitos... aquilo tava me irritando mais do que já estava irritada! Tentando fazer a cara mais feroz, rosnei para ele:

-- O que você quer?! -- ele me olhou e deu um sorriso cínico, pegou um pedaço de papel do seu bolso e me entregou -- Veja, aqui é o endereço para onde deve levar duas encomendas.

-- Encomendas?!

-- Sim, encomendas. São duas pessoas que você deve me trazer. Nesse lugar estão seus amigos, assim que me entregar os dois você vai poder voltar e continuar sua "realidade" em companhia desses tolos... Ah, duas coisas: Você não vai morrer nesse lugar para onde vai, tecnicamente não tem como isso acontecer já que você é irreal lá; e cuidado, o que você imagina acontece, é bom manter pensamentos positivos.

-- Sério?! O que eu quiser acontece?

-- Basicamente, se você sabe controlar sua vontade você consegue o que quer, não adianta achar que vai salvar seus amigos dessa forma... afinal, eu não disse que ficava na mesma realidade.

-- E como você quer que eu encontre a sua casa se eu nem sei em que realidade ela tá?!

-- Quando você estiver com os dois eu me comunico com você. Só mais um detalhe, eles têm que estar amigos, ou seja, deixarem de ser inimigos.

-- Eu nem sei quem são e já tenho que montar uma amizade?! Isso é hipocrisia!

-- Isso já é assunto seu. Negócio fechado?

-- Sim... -- falo, contrariada e tendo a clara sensação de que tinha me ferrado -- Como que vou ser inserida nessa realidade?

-- Simples, use sua criatividade, -- dizia se aproximando de mim, logo que eu acabara de me aproximar da estante -- una Batman e Coringa, são eles que deve me trazer. Pense no que pode te ajudar pra conseguir isso... Use o disfarce que quiser, faça o que quiser, mas me traga os dois e te dou seus amigos em troca.

Pegou-me como se eu fosse um pacote e me jogou para dentro da estante. Entrei numa espécie de túnel de luz azulada e perdi a consciência.



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