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História Pierrette - Minha imaginação podia ter me ajudado antes!!!


Escrita por: Flor_de_Fogo

Notas do Autor


Desculpa a demora!!!! Prometo recompensar!!!
*--*

Capítulo 6 - Minha imaginação podia ter me ajudado antes!!!


Fanfic / Fanfiction Pierrette - Minha imaginação podia ter me ajudado antes!!!

Droga! Onde é que eu estava com a cabeça naquele momento?! Eu nem tinha ideia do que estava fazendo ali... será que meus amigos estavam certos ou era mais alguém me confundindo?! Tudo isso estava martelando na minha cabeça enquanto voltava pro "meu" quarto, esperava que lá tivesse uma roupa que me ajudasse a fugir, não um vestido e sandália.

Quando cheguei bati a porta e, com susto, percebi que Mary me observava com olhos arregalados! Caramba! Tinha esquecido dela... Andei em círculos perguntando se ela sabia de uma roupa que pudesse me ajudar a "causar" em Gotham.

-- Em que sentido, senhorita?! -- disse entrando no closet, e que closet! Só que tinha mais rosa... Era um salão com vários armários de madeira, espelhos decorados, como aqueles antigos, sabem... eu estava tão encantada que nem percebi que ela chegou com um shortinho jeans simples e uma blusa preta -- Estas peças servem? Vou pegar um par de botas.

-- Botas?! Oi?! A roupa eu acho que dá, mas se eu for fugir com botas acho que vou acabar me matando!

-- Claro que não, elas vão te dar estabilidade! E, qualquer coisa o Batman te salva.

-- Acho que o Batman não me salvaria por tão pouco... Não tem outra coisa pra eu calçar não?! Esse closet é imenso!

-- Vai por mim, vai dar certo... Estou com, é... um bom pressentimento. -- a cara dela estava estranha para quem estava com um bom "pressentimento", parecia mais de medo. Se eu fosse mais observadora, não vestiria aquelas botas, mas...

Bom, me vesti, dei tchau e fui embora pela porta da cozinha, com ajuda de Mary é claro. Ia acabar me perdendo sem ela. Depois de uns minutos andando numa calçada de pedra, cheguei finalmente em Gotham. Agora só tinha que pensar numa coisa bem louca pra fazer.

Uhu! Liberdade! Cantava vitória e andava calmamente pelas ruas daquela sombria cidade. Até que, do nada, as botas maravilhosas de couro se mostraram horríveis! Elas me impulsionaram pra frente e comecei a voar pela cidade! Descontroladamente girei pelos ares, chutei algumas paredes, dei cabeçadas em placas, ou seja fiz a festa. E acabei chamando atenção. Até atenção que eu não queria.

-- Calma, moça! Eu já vou ajudá-la! -- gritou um homem.

-- Essa bota é louca! -- só consegui gritar isso como resposta. Estava segurando num galho de uma imensa árvore, quer dizer, estava presa ali, com a bota cuspindo fogo.

-- Rafaela, o que faz aqui?! -- disse o homem, era um senhor alto, de cabelo branco e um sobretudo cáqui. 

-- Quem é o senhor?! -- ele me olhou espantado.

-- Como quem sou eu?! Não se lembra de mim?! Sou o Comissário Gordon, amigo de seu pai!

-- Gordon?! Sério?!

-- O que está fazendo aqui, menina?!

-- Meu pai me obrigou a casar com meu tio! Fugi de casa com a ajuda de Mary, uma amiga. Quer dizer, acho que não muito amiga. Ela que insistiu para que eu usasse essas botas.

-- Consegue tirá-las? -- disse Gordon, subindo na árvore.

-- Acho que sim... -- e esperei um dos intervalos do fogo pra abrir o zíper. Quando consegui tirá-las, elas caíram no chão e voaram para sabe lá Deus onde. Gordon me ajudou a descer e queria me levar de volta pra casa. -- Mas eu não posso voltar, vão me obrigar a casar e...

-- Rafaela, seu pai deve estar preocupado e... -- não deixei que terminasse a frase, saí correndo o mais rápido que pude e me escondi atrás de um prédio, mais precisamente num beco -- Volte aqui, Rafaela! Volte! Detetive, -- disse para um homem corpulento com chapéu e sobretudo cinza -- Precisamos chamar o Batman, essa garota vai acabar se matando! -- o resto nem ouvi, saí do beco e continuei a correr.

Corri tanto que, quando dei por mim, fui parar num outro beco escuro e, até onde eu sabia, vazio. Escalei a grade e tentei ir para o outro lado. Tinha que dar um jeito de sair dali. Até que lembrei, eu podia ter usado minha imaginação há tanto tempo. Nem teria dado trabalho ao comissário.

Com toda a força que eu podia dispor, pensei que eu queria ver a cidade de cima e, do nada, fui parar no telhado de um dos prédios que formavam o beco que eu estava. Olhei e não consegui ter coragem de pular ou voar para qualquer lugar, ficaria ali até pensar em algo.

A lua estava tão bonita, ela poderia me inspirar a alguma coisa, ou talvez só ia ficar ali olhando mesmo. Quem me dera que eu poderia só ficar ali, de boa, sentada no meio daquele telhado.

Me assusto com palmas ecoando, olho em volta e encontro Julian. Ele estava elegante com seu sobretudo marrom:

-- Ah! Você tem uma coleção de sobretudos?!

-- Você estragou meu presente! Sabe quanto custava essas botas? -- disse Julian, jogando as botas, desligadas, em mim.

-- Você tentou me matar?! -- levantei e avancei em cima dele.

-- Claro que não, sua tonta! -- disse ele, me empurrando, caí no chão e ele me ergueu -- Te ajudei! -- me jogou no chão, eu só conseguia mexer na minha cabeça, tentando amenizar a dor -- Você esqueceu que podia fazer o que você queria, com o auxílio da sua mente! -- tocou duas vezes com a ponta do dedo indicador na têmpora direita -- E pode se defender fazendo diversas coisas! -- me pegou pelos ombros -- Por que não faz nada?! -- e me jogou para longe dele.

-- Você... me... enganou...

-- Do que você está falando?! -- disse colocando a mão atrás da orelha, como que querendo ouvir melhor.

-- Você quer que eu destrua essa história! Unir o Batman com o Coringa vai dar merda!

-- Na merda vão ficar seus amigos, se você não fizer o que eu mando!

-- Não vou casar com você! -- disse cuspindo na direção dele... nem chegou perto.

-- Não quero que case comigo! -- disse ele, chutando minha perna -- Quero o que queria antes! Coringa e Batman amiguinhos de infância! Se isso não acontecer, vou acabar com seus amigos e com essa merda de história!

-- Como... Como é que é?!

-- Sua idiota imbecil! Você só vai estar criando uma possibilidade! Essa porcaria é tão antiga que não dá pra acabar com ela tão fácil! E se ela acaba eu, eu acabo. Sou daqui, se você não sabe! É uma coisa que nem interessa contar, mas não quero acabar com a dimensão da onde eu vim! Seria burrice!

-- Então... -- tentei sentar -- Por que quer uni-los?

-- Com eles unidos uma imensa força vai ser desbloqueada, e, com ela, vamos acabar com quem quer derrotar histórias, em outras palavras, um doido que desde muito tempo quer acabar com histórias para se tornar dono delas, tomar todas essas energias para si e se tornar poderoso!

-- Pra que ele... ele quer isso? -- ele agachou do meu lado e disse por resposta:

-- Ser poderoso é importante para algumas pessoas. -- pegou meu rosto e me deu um longo beijo. Mexeu na minha coxa e foi subindo, quando chegou perto da minha bunda, tirei a mão dele e virei um tapa em sua cara. Saí correndo e, rapidinho, criei coragem para pular, desejando ter muita habilidade pra não me esborrachar no chão. Atrás de mim ecoavam as risadas de Julian. Assustadoras! Bem parecidas com as do Coringa.

Corria e corria, desviava de antenas e para-raios, me equilibrava em muretas. E o cara não desistia de correr atrás de mim! Sem dizer que minha recuperação estava me impressionando! Minha imaginação podia ter me ajudado antes!

Fiquei encurralada! Fui parar num telhado que, de um lado era mar e do outro era um chão estranho, cheio de pontas afiadas, acho que era uma armadilha!

-- Fim da linha, queridinha! -- ele veio na minha direção e tentou me beijar de novo. Dando um chute no meio das pernas dele, desejei com todas as minhas forças sair dali. Entrar naquele prédio que, no fim das contas, sentia que era mais seguro... Sei lá por que pensei naquilo. Esqueci da armadilha que tinha na frente dele... -- Aaaiiii!!! -- escutei o grito de Julian.

Quando dei por mim, estava caída numa cama com os lençóis roxos desarrumados. As paredes eram verdes e os quadros de palhaços eram todos tortos.

-- De nada! -- disse Julian, que apareceu na varanda e sumiu. Ele, com toda sua lábia ridícula, me levou para um dos esconderijos do Coringa! Esse idiota me enrolou! Não podia ter sido um guia mais educado?!



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