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História Pierrette - Faço um Aliado


Escrita por: Flor_de_Fogo

Notas do Autor


*--*

Capítulo 9 - Faço um Aliado


"Isso é loucura! Enfrentá-los só vai provocar uma luta desnecessária. Devo fazer amizade com eles!"

Era a única coisa que eu conseguia pensar, e eles estavam ali, bem na minha frente! Tinha que fazer alguma coisa e não ficar paradona sem fazer nada! Sequestro seria uma boa ideia: eu dominaria eles e com a minha imaginação faria deles ótimos amigos. Enfim, conseguiria salvar os meus amigos e...

-- Ela vai ficar assim por quanto tempo?! -- ouço uma voz abafada e grave -- Se isso for mais um dos seus truques...

-- Se não percebeu estou tão surpreso quanto você, Rato Voador! -- risos agudos, passo a prestar atenção nos dois e vejo Batman segurando o Coringa pelos ombros e logo o jogando para longe. Sinto vontade de ajudar o palhaço enquanto ele está no ar, mas, antes de qualquer ação que eu tivesse, ele vai de encontro a uma parede e cai sentado no chão dando ainda mais risada -- Fará o quê?! Não pode me punir por algo que não fiz. -- mais risos -- Oiii, tem alguém em casa?! HÁHÁHÁ

Fixei o olhar no Batman, reparando em seu "sorriso" habitual. Coringa continuava sentado, rindo e agora acenando com os dois braços; levantou do chão e aproximou-se dizendo:

-- Querida, como está bem melhor! Está vendo, ela está ótima, não como eu tê-la sequestrado. Se eu estivesse com ela, HÁHÁHÁ, não acha que ia me esquecer da diversão, não é mesmo?! -- abriu um enorme sorriso.

Batman, perdendo a cabeça, deu um soco no Coringa. O soco fora tão forte que ele caiu no chão desmaiado. Eu nem conseguia me mexer, estava assustada demais com aquela cena entre o Homem Morcego e com o Príncipe Palhaço do Crime.

-- Eu vou acabar matando esse lunático! -- disse limpando o sangue da luva -- E você, garota, deve ir pra casa, seu pai está preocupado.

-- Não está! Ele só quer que eu me case com com um homem horrível! Fugindo estou mais segura que com ele! Fale pra Gordon também parar de me perseguir que não vai dar em nada.

-- Você não pode estar falando sério! Seu pai é um homem sério.

-- Isso é tão verdade quanto ele -- apontei para Coringa -- é um exemplo de sanidade e que Bruce Wayne é pobre.

Eu o deixei em silêncio, talvez estivesse pensando em uma forma de me convencer a voltar pro papis. Como ainda estivesse flutuando pousei no telhado, comecei a andar lentamente até ele. Olhei bem nos olhos brancos da sua máscara e, querendo do fundo do meu coração fazer com que acreditasse em mim, pousei minha mão em seu ombro, (detalhe: tive que flutuar um pouco de novo pois o cara é muito alto) e comecei a contar:

-- O nome do homem horrível é Julian. Ele deve ser detido, detetive. Ele quer acabar com Gotham se eu não fizer o que ele quer.

-- E o que ele quer?! -- antes que eu pudesse responder, percebi que o Coringa se esforçava para levantar.

-- Não me interprete mal, não sei o que acontece mas preciso sair. Cuidado que ele é muito poderoso. Julian vai tentar fazer de tudo pra acabar com você, comigo e até com ele.

-- Espere, Rafaela. -- eu ia em direção do Coringa, mas Batman me segurou pelo braço -- Pode vir comigo que te protejo.

-- E te deixar em perigo, você é um herói que não vale a pena se perder.

-- Eu protejo a cidade e posso protegê-la! -- disse Batman, me puxando para si. Eu já estava tão perto dele que podia sentir a respiração quente e profunda dele. Ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido -- Confie em mim!

Minha cabeça estava encostada no peito musculoso dele. Fechei os olhos e cenas estranhas vieram em minha mente: eu estava num simples apartamento, um moço entra e, triste, ele lamenta para sua esposa que não conseguira o emprego. Ele está desesperado! A cena logo muda para um bar, ele terá que vestir um capuz vermelho e guiar criminosos por uma fábrica onde trabalhava. Sinto uma profunda tristeza e vontade de chorar com a sorte dele. Ele enganara a esposa dizendo que iria para mais uma entrevista de emprego.

Aperto mais forte o Batman e ele faz o mesmo, pensei que com isso as cenas iam parar. Errei feio. Agora eu voltara ao apartamento e a esposa atende a campainha e um homem estranho entra, ele tem um sobretudo negro e um profundo ar de desconfiança. Conversa um pouco com a moça e conta a verdade sobre o "trabalho" que o marido aceitara e que ela devia tomar cuidado. A moça começa a chorar e ele diz que pode ajudá-la, saca uma arma e atira na moça. Eu, depois da cena, ficara mais que chocada e, através de um espelho salpicado de sangue, vi o rosto do misterioso revelar-se ser o de Julian.

Uma garota entra gritando o nome dele e fica paralisada. "Como você foi capaz de matar nossa prima?!"; "Ela não devia se casar com um inimigo!", responde Julian. Através do mesmo espelho vejo o rosto da menina e reconheço Sofia. O que será que isso significava.

-- Vamos, deter aquele homem e nos tornar rei e rainha dessa história! Gotham é nossa, não desse verme convencido! -- continuava Julian.

-- Ele é dono dessa história e não devíamos nos meter! -- disse Sofia.

Julian ergueu os braços e parecia que ia jogar uma maldição na minha amiga ou coisa do tipo. Ela fez um escudo dourado na sua frente e Julian falou:

-- Pensando bem você só precisa de um tempo, vamos, minha querida! Descanse bem e mais pra frente voltaremos a nos ver e tomar nosso lugar de direito aqui em Gotham. -- ele envolveu-a em uma fumaça escura e a cena mudou para a minha cidade -- Aqui vais ter uma vida normal, descansarás e logo voltarei para te buscar. As histórias merecem ser imortalizadas!

Os dois entraram na casa dela e ele fez surgir uma estante antiga e colocou a mão na cabeça de Sofia. Começou a contar a vida que ela teria ali, os amigos que teria e tudo mais. Com isso fez surgir Lucas e Lucy:

-- Esses serão seus amigos e sempre vão passear com você. Seus pais vivem viajando e, -- viu um livro em cima da mesa de centro. Folheou as páginas e pensou : "interessante..." -- Você e seus amigos logo vão ser guardiões e defender as histórias de Gotham, sob meu comando, pois logo esse universo será meu e essa deusa vai nos defender. E contou a lenda que a Sofia nos contou na casa dela, antes dessa doideira toda acontecer e sumiu na estante, deixando uma lótus dentro dela. As portinhas da estante logo fecharam.

Julian voltou pro apartamento e começou a pensar como poderia acabar com a história toda. A ideia que teve foi criar uma realidade na qual a moça testava o aquecedor de mamadeira, acabasse dando um curto circuíto e um incêndio começasse.

Saindo da realidade que montou, Julian ia caminhando pela rua e murmurando: " Ele vai enlouquecer, vai endoidar com isso!"

Voltei pro abraço com o Batman como se o tempo não tivesse passado. Ele levantou meu rosto, inclinou o dele e selou seus lábios nos meus e nos beijamos por um minuto. Juro que nem nas minhas fantasias mais loucas me vira beijando o Batman, mas tinha que admitir que era muito bom. Quando terminamos, passei a mão pelo rosto dele e disse:

-- Vai me proteger descobrindo como deter Julian. Eu cuido de mim, pode ficar sossegado quanto a isso. Proteja Gotham! -- o beijei de novo, pensei em mandá-lo à batcaverna e, quando abri os olhos, ele havia desaparecido.



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