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História Playing With Fire - Prologue


Escrita por: christine_daee

Notas do Autor


Oi gente! Tudo bom? (Se é que ainda existe alguém acompanhando a fic KKKKKKchorei)
Aqui estou eu novamente com Playing With Fire, depois de bastante tempo. Tive meus motivos para isso, acreditem.
Mesmo assim, peço perdão pela ilusão, já que esse não é um capítulo inédito, considerando que decidi recomeçar de vez essa fic. Não tinha muitos capítulos (apenas dois, na verdade) mas eu acho que essa fic merece. Ela foi a primeira que escrevi e também a única postada no Spirit, por isso, eu tinha botado todo o meu amor nos capítulos que escrevi (e algumas coisas que escrevi e não postei, por sinal) mas mesmo assim, desencantei por ela e deixei de lado.
Mas, um dia desses, eu acabei me lembrando da existência dela, e resolvi começar do zero de novo. Deixei de lado a escrita meio mecânica e bagunçada, e vou fazer questão de procurar manter sempre o mesmo narrador personagem (A Jennie, no caso) e estraçalhar a quarta parede.

Espero que gostem da fic levemente reescrita. Um beijinho e até lá em baixo.

Capítulo 1 - Prologue


 

Não existe melhor forma de começar a contar essa história sem ser explicando que eu, literalmente, não sou como a maioria das pessoas. Eu sei, eu sei... Nove a cada dez mulheres acha isso de si mesma, mas acredite em mim, eu posso provar. 

Enquanto todas as meninas de aproximadamente dez anos aprendiam a cuidar da casa para serem ótimas futuras esposas (uma tradição de cidades do interior, como a que eu nasci), meu objetivo era ser uma bombeira, e, por isso, vivia como uma criança metida à heroina de história em quadrinhos. Todas as tardes, eu caçava por incêndios, — embora eu nunca realmente os tivesse achado até meus plenos doze anos de idade — , para apagar, ou gatinhos presos em cima de árvores para salvar. Deveras idiota, se quer minha opinião.

Você ainda não está convencido da minha natureza estranha? Pois bem, aqui vai o exemplo que será definitivo para que mude de ideia: a maioria das mulheres desistiria se fossem rejeitadas em mais de 10 quartéis de bombeiros ao longo de seu trajeto profissional.

Eu, não.

Dedicação é a única palavra capaz de definir minha postura durante os quatro longos anos que corri atrás de meu sonho. Foram anos de sangue, suor e lágrimas que muito me custaram. Isso tudo para que todos não reconhecessem meu esforço e simplesmente me rejeitassem.

Eu estava nervosa. Teria minha décima segunda entrevista em um corpo de bombeiros no dia seguinte, e rezava para todos os deuses para que os resultados não fossem os mesmos das outras onze vezes.

Mesmo assim, eu já conseguia prever o que aconteceria.

Etapa um: Eu encheria meu peito de convicção e passaria pelas portas do escritório em uma roupa profissional. Etapa dois: Cumprimentaria todos os outros chefes do corpo de bombeiros com um aperto de mãos ,e, na etapa três, eu seria entrevistada por aproximadamente uma hora. Ao chegarmos à etapa quatro, o chefe principal do corpo de bombeiros teria duas opções: Ou ele ficaria impressionado (do jeito duvidoso, creio eu) com minhas respostas, ou ele ficaria indiferente em relação a elas. Ambas as opções seriam insultantes, mas eu continuaria profissional durante toda a entrevista, pensando que talvez, só talvez, eles iriam esquecer meu sexo e me ver como uma profissional capaz de realizar um bom trabalho.

Mas eles nunca pensavam dessa forma. Aparentemente, eu era apenas mais uma mulher tentando fazer um trabalho para homens. As estatísticas declaram que apenas 0,18% das mulheres sul-coreanas se tornam bombeiras, provando que são realmente capazes.

Posso jurar que já desejei desistir milhares de vezes, me contentando com meu emprego de salário mínimo em uma borracharia, mas eu simplesmente não conseguia. Aquele era o meu sonho, eu estava convicta de que lutaria por ele.

Meu estômago ronquejava por alguma coisa comestível. Resolvi fazer uma pausa no treino de boxe, abrindo o velcro das pesadas luvas vermelhas e arremessando-as para um canto qualquer ao lado do saco de pancadas. Dirigi-me até meu armário na entrada da academia, enquanto limpava o suor a escorrer por minha testa com as costas de minha mão.

Abri o armário, pegando uma das barras de cereais que estava ali e devorando-a em, praticamente, uma mordida só. Dei um longo gole na garrafa de água posta ao lado, saciando minha sede. Joguei a embalagem da barra de cereais em um lixo próximo e apalpei meu celular, que vibrava enloquecidamente. Deslizei meu dedo indicador molhado pelo suor na tela de bloqueio do celular. Alguém estava me ligando.

— Quem fala? – disse ofegante, pressionando o telefone contra minha orelha esquerda.

— Jennie! Onde você está? Deveria estar em casa a essa hora. – minha melhor amiga, Rosé, praticamente gritou em meu ouvido com essas palavras. Desde que começamos a morar juntas, ela nunca havia me cobrado horários para estar em casa.

Aquilo era, no mínimo, preocupante.

— Em primeiro lugar, eu estou na academia desde a hora do almoço, e em segundo lugar, por que que eu deveria estar aí? – perguntei, enquanto tentava lembrar-me de algum compromisso marcado.

— Lembra daquele gatinho, amigo do Jeongguk? Vocês tinham um encontro marcado para daqui uma hora, se lembra? –  respondeu irônica, como se eu já devesse saber.

E, de fato, eu tinha que saber. Havia me esquecido completamente do encontro com Taehyung.

— Em minha defesa, você que resolveu dar uma de santa casamenteira e marcar esse encontro sem meu consentimento. –  lembrei-a, pontuando a minha vontade de não ir – Eu nem sei direito como ele é.

— Mas você vem, não é? Ficaria com muita pena dele se você cancelasse de última hora...

Minha maior vontade era essa exatamente essa. Queria apenas desmarcar, ir para casa e dormir, somente para compensar as horas de treino físico. Todavia, eu não faria isso. Eu não sou o tipo de pessoa que concorda em fazer alguma coisa e depois dá o cano.

Isso é o que meu pai faria, e eu prometi a mim mesma que jamais seria como ele.

— Tudo bem, eu vou. – bufei.

—  Eba! – Rosé deu um gritinho de alegria, me fazendo rir – Vem pra casa correndo. Se você for rápida, ainda dá tempo de não chegar atrasada.

— Ya! Não duvide de mim! Eu consigo colocar um uniforme de bombeiro em menos de sessenta segundos, então, é só tomar um banho e fazer a maquiagem. – falei convencida, lhe provocando uma risada – Daqui à pouco eu estou aí, tudo bem?

—  Tudo ótimo! Até.

Distanciei o telefone de meu ouvido e encerrei a ligação. Enfiei o mesmo de qualquer jeito em minha bolsa, pendurando-a sob meu ombro direito. Saí correndo em disparada até meu carro, que estava no estacionamento.

Eu não poderia demorar nem mais um segundo.


Notas Finais


Bom, quem leu a fic antes sabe muito bem o que está e será escrito aqui, e gostaria que me fizessem o favor de não contar a ninguém, esse é o nosso segredo <3

Esse foi apenas o prólogo. O próximo capítulo será maior e não demorará muito para sair.

Beijos e até mais :3


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