História Please Stay Forever With Me - Scene eight

Fui até a janela, e vi T. no jardim, com um cigarro e um sorriso. 

- Sobe. — gritei.

E ele fez fez um "joinha" para mim, e saiu do jardim. Depois de alguns minutos, ele entrou no meu quarto, continuei na janela, e então, ele me abraçou por trás e me girou pelo quarto. Comecei a rir, e então, ele me colocou no chão. 

- Deixa eu ver o rosto dessa chorona. — ele disse, e então, me virou de frente para si, e eu corei.

- Idiota. Para de me olhar assim. — coloquei as mãos no rosto, e ele beijou minha testa.

- Agora me diz o quê aconteceu. — ele disse, e fiz sinal para ele se sentar na cama. Nos deitamos um ao lado do outro, e ficamos fitando o teto, enquanto eu contava toda aquela história pra ele, e então, ele tirou sua carteira de cigarros do bolso.

- Posso? — perguntou, se sentando na cama.

- Na janela, por favor. — falei, e ele se levantou da cama. 

Me sentei na cama, escorada na cabeçeira, e abracei minhas pernas.

- Então... O Kellin fez isso por ciúme? 

- É o quê eu acho... — murmurei, eu já estava no ponto de quê não aguentava mais chorar, contava a história com mais facilidade. 

- Ele é um idiota mesmo... — murmurou Mills, enquanto tragava seu cigarro.

- Ele é um retardado mesmo... — falei, e me levantei, e fui até a janela onde T. estava.

- Mas, a Danny não sabia que você gostava dele? 

- Eu imagino que sim... Mas ela não teve culpa... Eu acho. — falei, e ele me ofereceu um cigarro, peguei, sem pensar, e ele acendeu para mim.

- Ainda não acredito que ele te chamou de vadia... Estou com uma vontade de ir até lá no quarto daquele idiota e socar a cara dele.

- Eu também. — falei, e Mills riu, enquanto soltava a fumaça, seu sorriso era realmente lindo. 

Me vi fitando ele, e então, balancei a cabeça levemente para me retirar daqueles pensamentos.

- Quer sair? — ele perguntou, assenti com a cabeça.

- Tô com fome. — falei, e ele riu.

- Nunca vi comer tanto e ser magrela. — ele disse, e dei um soco leve em seu ombro. — Ai, calma. Vamos numa lanchonete então.

- Okay. 

Terminamos nossos cigarros, e fui tomar um banho. Mills ficou na cama, mexendo em seu celular. Tomei um banho sem lavar o cabelo, me vesti (1), fiz um coque com a franja solta, passei um batom nude e meu delineado de gatinho clássico, troquei meu piercing de septo por um indiano. Meu rosto continuava meio inchado por culpa da choradeira, porém, sorri para mim mesma na frente do espelho, e sai do closet.

- Vamos anã? — T. perguntou, rindo.

- Anã é o caralho! — eu disse, e mostrei o dedo do meio para ele, que riu, e ofereceu o braço para saírmos do quarto.

Descemos as escadas, e eu tive um leve ataque ao ver Kellin no sofá, mas não era só eu, assim como T. que apertou levemente meu braço. Beijei sua bochecha, e fomos até o papai, que também estava na sala. 

- Aonde vai, filha? — perguntou.

- Vou sair pra comer, e esfriar a cabeça. — falei, olhando diretamente para o papai, tentando não desviar os olhares e dar de cara com Kellin.

- Tome conta dela, Mills. 

- Sempre tomo, Sr. Smith. - T. disse forçando o sorriso, então olhei para Kellin por alguns segundos, e seus olhares não estavam vindo para mim, e sim para T., acenei para o pessoal, e puxei Mills para a porta antes que algo ruim acontecesse.

Entramos no carro de Travis, e começou a cair uma leve garoa, T. ligou o aquecedor e fechou as janelas, me encostei em seu ombro, e ele ligou o carro.

- Travis?

- Sim?

- Canta pra mim? — pedi, e então, me sentei direito, porém me encostando na janela.

- Qual?  - perguntou, e paramos em um semáforo.

- Got For It All. — ele sorriu para mim, e começou a cantar. Fechei os olhos, e me deixei levar pela música de Travis.

I don't wanna be okay, I just need to hear you say it's alright. 

- Amo essa música. — falei depois dele terminar de cantar, me encostando novamente em seu ombro, e sorri fraco.

- Tô vendo um sorrisinho ai. — disse me olhando, sapeca com aquele sorriso de sempre, e ele começou me fazer cócegas.

- Para T.! - falei rindo. — Eu me rendo.

- Parei, e chegamos. — ele disse, estacionando o carro. Olhei pela janela, estávamos no BK. 

Ele saiu do carro e abriu a porta pra mim, passou o braço em torno do meu pescoço, entramos e nos sentamos em uma das mesas próximas da janela. Algumas fãs passaram e reconheceram T., fiquei rindo enquanto elas sufocavam ele de fotos, beijos e abraços, então, depois de alguns minutos, foram embora.

- Vou fazer os pedidos. — ele disse, e beijou minha testa.

- Okay. — eu disse, e ele foi. 

De longe vi ele na fila, ele olhou para mim, e fez algumas caretas, comecei a rir, e então, fui mexer no meu celular. Haviam algumas mensagens e ligações de Danny e de Kellin, ignorei e guardei o celular no bolso, e vi T. se aproximando com a bandeja. Ele pegou a cadeira, e colocou ao meu lado, e então, começamos a comer.

- Incrível como você me conhece.

- Como assim?

- Sabe que eu amo BK, sabe que eu gosto do maior hambúrguer, das maiores batatas, e do refrigerante médio. 

- Eu vou ter que repetir que eu conheço você à tempo pra caralho? Marmota.

- Chato.— ri pelo nariz.

- Fofa. — ele disse, e me deu uma batata na boca, ri, envergonhada.

- Como foi na Europa? — perguntei, enquanto comia algumas batatas.

- Foi legal, porém cansativo. — e ele mordeu seu hambúrguer. — Ficou com saudades?

- Pra caralho, senti falta das mensagens no começo do dia, e de ser acordada com você me jogando no ombro e correndo pela casa. — disse, e ele riu pelo nariz enquanto pegava uma de minhas batatas e eu fiz careta.

- Mas agora estou de volta e você terá todo esse sofrimento novamente. — e ele apertou levemente meu nariz. 

- Bobão. — falei, e ele beijou minha testa. — Que bom que eu tenho você. — deitei a cabeça no ombro de Mills, e mordi meu hambúrguer.

- Digo o mesmo, te adoro, pequena. — ele disse com a boca cheia, e eu ri.

- Também te adoro, Travis. — beijei sua bochecha cheia e ele riu pelo nariz.

Continuamos conversando e jogando conversa fora, até terminarmos nossos lanches. 

- Vamos? — perguntei quando terminos de comer ele se assentiu, nos levantamos, eu peguei meu refrigerante, e comecei a beber, ele concordou e fomos até o carro de novo. — Travis? — eu disse baixo, e ele me olhou preocupado.

- Que foi? — ele segurou meu queixo, e levantou meu rosto fazendo eu olhar para ele.

- Fica comigo hoje de novo? — perguntei, meio tímida. Afinal, Travis havia dormido comigo na noite passada. 

- Claro. — ele disse, e beijou minha testa, sorri fraco, abri a janela do carro. — Posso? 

- À vontade. — ele disse, e sorriu para mim. 

Acendi o cigarro e dei uma longa tragada, senti a nicotina indo para meus pulmões, aquilo me acalmou por um tempo.

- Descobri uma coisa sobre você, na verdade, sempre desconfiei.

- O quê? 

- Você fuma quando está triste.

- Eu sei... — murmurei.

- Ainda está triste?

- De certa forma... 

- Bem... Quer sair para beber? — ele perguntou, e eu dei de ombros, depois aceitei, eu realmente estava precisando beber um pouco.