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História Poison - Cap4


Escrita por: G_yumei

Capítulo 4 - Cap4


Fanfic / Fanfiction Poison - Cap4

 

Pelo menos eu já não estava sozinha ali naquele lugar estranho longe de casa, preciso me adaptar e ser o que eles querem que eu seja, vou conseguir sair daqui rapidinho, eu sei que vou conseguir... Não vou conseguir

 

Andamos um pouco,  haviam partes que pareciam abandonados, algumas freiras andavam em pares, havia uma igrejinha ao longe depois de algumas árvores, era possível enxergar um cemitério na parte baixa antes começar o lago. 

 

Chegamos no refeitório. 

-"Não devem sair do campus", isso significa "Não suma, estamos com preguiça demais para você ser um problema para nós agora” - Sam dizia com uma voz engraçada. Ela parecia era muito alegre

Sam e Eric se sentaram na roda de pessoas que sorriam sem parar, em volta havia pessoas de todos os tipos e idades ali.

-Essa é a novata, Alice Carolyn- Sam falou apresentando ao grupo - Esses são Violet- A garota devia ter esse apelido por causa do cabelo liso e roxo que chegava na cintura) , ela mandou um beijo e uma piscada.

-Wolf - O garoto de Dreads deu uma levantada e beijou minha mão como um cavalheiro, este tinha apele morena e barba, ele era alto, se parecia aqueles garotos hippies amigos de Mi que tinha conhecido -Se precisar de alguma coisa fale com ele, ele "Consegue coisas"...- Sam sussurrava

- E bom, este é o Myles- Este estava completamente parado me encarando como se estivesse entrado em choque, seus olhos eram tão azuis quanto o oceano, cabelos negros e usava alargadores. Este nada disse

Então -Violet veio na minha direção e se sentou na mesa – Vamos dar uma social em algumas semanas. Você vai ir! – Sim, ela não perguntou, apenas afirmou -Espero que goste de jogos...

Mal tive tempo de responder e Sam apareceu atrás de mim segurando meus ombros.

- Mas é claro que ela vaii -Sam olhou para mim sorrindo - Você precisa se soltar um pouquinho, essa é a tão esperada festa anual quando alguns funcionários precisam ir a um conselho fora da cidade e até quem sabe, você conheça alguém para se distrair no final da festa, né Cary

 

-Ae gata - Wolf falou com uma voz grossa– O melhor jeito de se distrair nesse lugar é esse, apenas relaxe, não vai se arrepender. Afinal, queremos descobrir quem você realmente é de verdade quando não está dopada com esse remédio que nos deixam simpáticos – Ele brindava com um copo de café e todos acharam graça

Realmente eles deveriam estar dopados...


 

# 7:00h Am 

Abri os olhos e me toquei que ainda estava ali, era estranho acordar em lugares estranhos. Como eu queria estar no meu quarto.

Há algum tempo eu não parava para pensar na minha infância "nada normal". Tudo começou quando eu tinha 8 anos e falava com uma amiga que ninguém podia ver, ela tinha os cabelos platinados, era linda na verdade, mas parecia sempre triste. Meus pais achavam normal até então, aí eu comecei a dizer coisas que supostamente não fazia sentido algum para eles e até falar coisas que não podia para uma criança da minha idade.

Quando meus pais começaram a se importar realmente, já era tarde.   Tive comportamentos agressivos pois ninguém me entendia. Com 10 anos fui a psicóloga e depois a psiquiatra, eu disse tudo que acontecia comigo, nem meus pais imaginavam que eram tantas coisas, tudo o que eu via e ouvia. 

Vários testes foram feitos comigo, no começo achavam que era apenas a falta de atenção que eu tinha com minha família, meus pais trabalhavam demais em frente ao computador e morávamos num local longe da família, eu ficava muito tempo sozinha com a minha imaginação. Então depois de um tempo fui diagnosticada com Psicose, claro que me receitaram vários remédios até eu não aguentar mais e até fiquei sendo "normal" por um tempo. É claro, eu estava dopada o tempo todo

 

Então, mais tarde quando fiz 19 anos resolvi que não ia mais tomar remédio nenhum, e foi aí que uma mensagem chegou no meu celular e trouxe tudo à tona como um filme de terror. 

Todo o pesadelo da minha infância parecia ter voltado, e sem ao menos pensar, peguei o carro do meu pai, completamente desligada do mundo e fui para outra cidade sozinha na madrugada, eu apenas queria esquecer as coisas que tinham acontecido . Consegui chegar até a cidade, estava amanhecendo e tinha apenas um bar aberto. Fiquei ali um tempo tomando cerveja e a hora parecia não passar. Eu olhava o relógio esperando dar 4h00 da manhã, mas essa hora nunca chegava,  eu tomava a minha cerveja e meu copo continuava cheio, a música acabava e em seguida a mesma música começava a tocar de novo, um looping sem fim.

Depois disso tudo parecia como um borrão no tempo e quando acordei do transe estava num hospital cheia de queimaduras. Não me lembro bem deste dia, apenas sei que sentia um vazio toda vez que lembrava que todos que eu gostava de verdade desapareciam ou morriam. Tinha sido assim com meu avô, com meu gato e agora com Alan.

 

Fui um problema para eles, por mais que tentassem fazer o máximo por mim, viram que não conseguiam mais. Por isso resolveram me trazer para cá. Não acho que isso vá ajudar de verdade, mas prometi tentar.

 

Levantei e tomei um banho, no guarda roupas só tinha o mesmo uniforme preto desbotado com o símbolo da Shoreline no peito que todos vestiam. 

 

{~~~}

 

Entrei na sala de madeira e olhei em volta. Todos ali pareciam a vontade, sem se importar com as opiniões, cada um tinha seu grupo, passei por todos e me sentei na última cadeira na fileira da janela, lá fora dava para ver um pequeno jardim que dava num caminho que levava para dentro da floresta, lá atrás, o céu se distorcia com a chegada de novembro.

Um homem alto de ombros largos entrou na sala e já foi apagando a lousa. Ele parecia sério e vestia um sobretudo preto. Logo todos se sentaram e ficaram em silêncio.

-Espero que tenham estudado para a prova -Ele falou alto num tom de voz sério e profissional. Todos abaixaram a cabeça resmungando

– E seja bem vinda Carolyn! -Ele falou alto e eu levei um susto e agradeci quieta- Sou Cam, sou doutor em psicologia e psiquiatra, pode passar na minha sala para conversar se quiser - Ele cerrou os olhos e me encarou de cima a baixo e em seguida virou ignorando olhar para meu rosto o resto da aula toda.

Eu não entendi porquê, mas ele pareceu se arrepender do que tinha dito.

 

No final da aula todos saíram da sala, me levantei arrumando minhas coisas.

Alice?- Cam estava na porta da sala me encarando- Podemos conversar um pouco antes do almoço?

 

POV Narrador

 

Cam tinha experiência e passava um olhar confiante (típicos de profissionais), estavam na sua sala na enfermaria , ele conversou um pouco com Alice e anotou todas as informações que Carolyn dizia, o que na verdade era difícil de conseguir com detalhes. As consultas seriam 3 vezes na semana no começo, depois esse número poderia diminuir até que Alice pudesse visitar seus pais. Iriam começar um Neuro Tratamento, teria que tomar medicamentos controlados, embora Alice odiasse essa ideia de não ser quem era, aceitou por seus pais. 

Ela tentava vez ou outra puxar um assunto sem graça para distrair ou amenizar as coisas que ela sabia que ele sabia sobre ela, mas Cam a ignorava completamente, a não ser que fosse para uma conversa séria e profissional.

 

Alice continuou quieta enquanto ele colhia sangue para amostra.

Está liberada. 

 

Quando desceu as escadas e chegou lá fora, Myles estava encostado na parede com os braços cruzados conversando com duas garotas que pareciam um casal, uma era morena e tinha os cabelos ondulados e cheio com o corte raspado na lateral, já a outra garota parecia uma patricinha com a roupa toda customizada que mostrava a barriga. Ele viu Alice de longe como se estivesse  esperando a um tempão por ela e foi na sua direção

 



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