História Poisonous Souls - TAEGI - 001 - O naufrágio.

Era uma noite de quinta-feira, quando eu estava no porto. Tudo era tão monótono que não tinha cabimento eu ser surpreso por qualquer coisa que existe no mundo. Ah! Você que está lendo isso talvez não saiba quem eu sou. Bom, meu nome é Min Yoongi, mas pode me chamar apenas de Suga. Sou apenas um jovem adulto com 24 anos, tenho 1,74 de altura, e convivo nessa sociedade desde que nasci. Agora que eu já me apresentei posso continuar de onde eu estava. Bom, aquele dia foi um tanto estranho, pois como eu disse tudo era sempre monótono.

Eu e Taehyung - meu "amigo" - estávamos no porto em plena quinta-feira, à noite. O que nós estávamos fazendo? Bom, digamos que temos uma amizade colorida. Estava rolando uns beijos entre nós quando algo estranho aconteceu.

Havia uma embarcação chegando para mais perto do porto quando estávamos caminhando - e também nos pegando - e de um minuto para outro o silêncio se foi. Eram gritos para todo lado. O medo estava sendo espalhado pelo ar. Quando vimos, já era quase tarde. Em pleno oceano o navio estava em chamas, destroçado, se afundando, tomando posse do seu lugar no fundo do oceano.

Definitivamente não estava nada bem. Não é todo dia que você está passando pelo porto, perto das docas, e um navio naufraga. Não conseguia tirar aquilo da minha cabeça, tive que falar com Taehyung sobre isso.

- Nossa! Será que alguém morreu? – Digo com um sotaque bem amedrontado – Deve haver feridos!

- Ei – ele rebateu – pare com isso. Mesmo que haja algum ferido ou morto infelizmente não podemos fazer nada. Estamos aqui sem a autorização e você sabe que o governo nos castigaria, ou pior, nos matariam.

Senti que Taehyung estava um tanto preocupado, no fundo ele não estava sereno, mas sim bem mais desesperado do que eu. Logicamente o que ele disse é verdade, estamos aqui nas docas ilegalmente, e o governo não aceita isso.

- O que acha que devemos fazer? – Questiono-o.

- Não sei ao exato, mas não acho muito estratégico ficarmos aqui ao ar livre. Precisamos ir descendo para as docas. – Ele afirmou. Acenei positivamente e fomos em direção às docas.

Quando chegamos nas docas haviam diversos containers, fomos para trás de um deles e sentamos para poder respirar. Novamente minha cabeça estava borbulhando e tinha que conversar com ele sobre o que estava se passando.

- Você acha que vai ficar tudo bem? – Digo.

- Espero que sim. Eu não estou escutando mais barulho de nada. Acho que as coisas estão calmas. – Parei para tentar ouvir os sons. Não estava mais escutando barulho nenhum. Talvez o navio já esteja no fundo do oceano com diversos mortos e eu não posso fazer nada. Tentei superar isso, e eu sabia qual era o melhor jeito.

- Ei Taehyung, vamos fazer o que nós pretendíamos fazer desde o início? – Pergunto, com sotaque safado e paquerador.

- Você está falando em transar? – Ele dá uma leve risadinha – Você sabe que eu não posso negar nada a você.

Sem mais respostas, sem mais enrolações. Ali mesmo nas docas – atrás de um container - agarro ele com meus braços e o encho de beijos. Consegui! Estava me esquecendo do que tinha acontecido, e a cada movimento, a cada beijo, mais intenso ficava e eu queria que ficasse.

Enfim, tiramos nossas roupas. Como ele era lindo. Por segundos pausei e a única coisa que eu queria era ficar para sempre observando aquele corpo como veio ao mundo. Tudo estava uma adrenalina pura, cada movimento era um risco que eu corria com o maior prazer.

Decidi começar com as preliminares para poder relaxar ele. Quando eu digo que ele é perfeito eu não estou blefando, até as partes baixas dele são maravilhosas. O trabalho que ele faz com a boca e as mãos me excita tanto, ele ao todo me excita. Aliás, o que havia acontecido mesmo? Nem me lembro mais.

Tínhamos que controlar os gemidos, mesmo excitado e cego de amor por Taehyung eu ainda tinha noção do perigo. Estávamos fazendo sexo em um lugar público e ainda por cima proibido.

Começo a escutar sons, repentinamente. Olho para todos os lados. Na hora paramos as preliminares e percebemos que haviam guardas entrando e vasculhando as docas.

- Rápido! Veste as roupas e entra no container! – Disse Taehyung, que mesmo sussurrando tinha o impacto de um grito.

Me acelero. Visto minhas roupas muito rapidamente, não posso ser pego, não posso morrer. Corro para dentro do container em que Taehyung entrou e me escondo lá, junto a ele.

- Vamos ficar quietos, e rezar para ele passar sem nos perceber. – Digo com toda a esperança do mundo.

Passo por passo, a cada instante mais adrenalina era pulsada pelas minhas suprarrenais que estavam constantes e pulsativas. Era muito risco de vida para uma pessoa só, para uma noite só.

Gelou a barriga. O guarda estava do lado do container, andando devagar. Tudo poderia acontecer. Naquele momento tudo era possível.

Depois de muito calafrio, graças, ele passou reto. Eu e Taehyung esperamos 10 minutos antes mesmo de sair do container para poder fugir. Já era mais de 00:00, não estava com meu celular em mãos mas tinha certeza disso. Quando saímos corremos bastante, em momento nenhum olhei para trás. Meus olhos só focavam naquele muro que cerca as docas e na minha cabeça só passava todas as probabilidades de eu me dar muito mal nessa e acabar morto, e pode crer, eram muitas.

A nossa velocidade da corrida ajudou no impulso para pular o muro. Conseguimos subir uma altura mediana com apenas um pulo. Que bom que esse muro não tem uns 5 metros, senão minha cova já estava cavada.

Após pular finalmente parei e esperei Taehyung. Cadê ele? ONDE ELE ESTÁ? Aqui do outro lado do muro eu sou protegido pela lei, não posso passar para lá de novo, é muito risco a se correr.

Agradeço. Naquele meu momento de pânico Taehyung pulou o muro, me dando um susto e me deixando contente.

- Precisamos... voltar... para... – falava fadigando – casa.

- Precisamos mesmo.

Taehyung não parecia tão cansado quanto eu. Ele realmente é especial. E mesmo que nem seja, para mim é.

Caminhamos até nossas casas. Hoje foi um dia de muita aventura, queria ter aproveitado mais, cada beijo, cada sensação. Pelo menos as preliminares valeram a pena. Vou ter muitos sonhos com isso hoje, hehe.

- Ei! Boa Noite! – Digo pra ele, e como cumprimento o beijo, para demonstrar que realmente mesmo com tudo isso, eu adorei cada momento da noite.

- Boa noite! – Ele responde e me finaliza com um selinho.

Cada um de nós partimos para nossa casa, mas eu tenho certeza que mesmo esse sendo o final da aventura de hoje, ainda não é o final da nossa aventura.