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História Pokémon Adventures 1: Unova - Interativa - Um Problema e Um Barco


Escrita por: HarleenJax

Notas do Autor


Olá, eu voltei! (Por favor não me matem)

Bem, como vocês com certeza perceberam, este capítulo demorou bem mais do que costuma, eu fiquei mais de um mês sem postar, mas tenho uma boa explicação para vocês. Logo após a primeira semana de aula, eu acabei ficando bastante doente, e isso, se acumulando à toda a confusão que é o começo das aulas, acabou retardando o andamento do capítulo. Mas eu prometo que isso não irá se repetir.

Sem mais delongas, espero que gostem do capítulo.

Capítulo 12 - Um Problema e Um Barco


Tsuna calmamente observou o sol dando sinais de que iria começar a se pôr atrás dos prédios e a gigante quantidade de indústrias inundando sua vista, à medida que adentravam mais e mais a cidade. Era difícil de imaginar que na noite passada eles haviam descoberto sobre os planos da Polícia Internacional para eles, era de alguma forma assustador pensar que as coisas estariam sérias o bastante para aqueles caras terem de interferir. Eles poderiam nunca estar preparados para o que viria em seguida, e se não estivessem, más coisas poderiam acabar acontecendo.

- Ei, Tsuna... Você está bem? - Lili começou a sacudir ele pelo ombro.

- Ah... Ah, claro! Só estava um pouco distraído. - Ele respondeu, constrangido.

- O Siege já perguntou o que você achou de Virbank City umas cinco vezes... - Senshin comentou, revirando seu mapa.

- Ah, desculpe Siege. O que eu achei? Bem... - Tsuna deu uma boa olhada em volta, seu olhar se fixando no Complexo da Cidade - Tem indústrias para caramba por aqui, não é?

- Sim, o Complexo de Virbank é bastante utilizado para estas coisas, mas a cidade está começando a ficar poluída demais, então recentemente um movimento da população surgiu, para que acontecesse a desativação das indústrias. Bem, não é para observar o "lindo" - Siege fez aspas com as mãos - Complexo que viemos aqui, na verdade, eu ficaria bem longe de lá, se fosse vocês.

- Ei Siege, eu estava observando no mapa, tem uma grande extensão de água entre Virbank e a próxima cidade, como vamos atravessar isso tudo sozinhos? - Senshin perguntou.

- É por isso mesmo que estamos aqui. Virbank City também é conhecida por ser uma grande cidade portuária, se formos até as docas, poderemos procurar alguém para nos levar até o outro lado. Mas, antes, o que acham de uma parada? Todos estamos um pouco cansados, e ainda temos bastante tempo até que as docas fechem.

Todos concordaram. Aquela caminhada até Virbank havia realmente sido bastante dura. Eles caminharam mais um pouco, até que puderam ver um bonito prédio pintado de vermelho e branco com portas de vidro, juntamente a uma placa onde estava escrito: "ENTRE". Como haviam várias pessoas sentadas dentro, a conclusão óbvia era que aquilo era um restaurante, então eles resolveram entrar e se sentar em uma mesa bonita, pedindo algo para comer em seguida. Tsuna olhava ao redor deles inquieto, ele sentia que algo ruim estava para acontecer, mas não sabia exatamente o quê. Mais algum inquieto tempo se passou, e a comida deles havia chegado, quando Tsuna comeu a primeira deliciosa garfada, Do lado esquerdo do restaurante um velho senhor foi lançado contra uma das mesas por um outro garoto, que aparentava ter por volta de vinte anos. O velho começou a tossir, quando o garoto se aproximou e chutou a mesa na qual o velho se apoiava, a fazendo cair no chão. Aquilo deixou todos os cinco extremamente raivosos, como aquele cara se sentia no direito de fazer aquilo com um senhor de idade? Aquilo seria bem resolvido. Quando Siege ia se levantar e ir até lá fazer alguma coisa, a bolsa de Tsuna foi envolvida por um grande brilho azul, quando o brilho cessou, a bolsa começou a saltitar raivosamente de um lado para o outro, Tsuna, já sabendo do que se tratava, abriu a bolsa e Oshawott pulou para fora, com sua quera-concha na mão apontada para o garoto. Tsuna rapidamente tomou a concha dele e o segurou, dizendo, o mais baixo o possível:

- Oshawott, eu sei o quanto você quer resolver isso, mas agora não é hora. Eu quero, tanto quanto você, dar uma lição neles, mas o Siege vai resolver isso, eu não quero que você se machuque à toa.

Oshawott olhou chateado para Siege, que deu de ombros e se sentou novamente. O pequeno Pokémon então, tão rápido quanto podia, tomou a concha de Tsuna, pulou em cima da cabeça de seu treinador e apontou para o garoto, que agora discutia com o velho, utilizando toda a habilidade de um lançador como ele. Antes que Tsuna pudesse perceber, a quera-concha já viajava à toda a sua velocidade, cortando a distância entre eles e o garoto. A concha acertou precisamente na cabeça do garoto, que ao ser acertado, caiu no chão, gritando. A quera-concha voltou para as mãos de Oshawott como um bumerangue, o Pokémon estava orgulhoso de seu lançamento que havia sido perfeito, como sempre. Tsuna retirou seu Pokémon de seu paraíso dos sonhos, sacudindo-o e o dando bronca por ter feito aquilo. O garoto se levantou do chão, obviamente raivoso pela grande pancada que havia levado e gritou:

- O que é que você pensa que tá fazendo?! Não se mete nos assuntos dos outros, pivete! - O garoto gritou para Tsuna, que se intimidou um pouco.

Tsuna, logo pensou em uma resposta e encorporou a melhor cara de "quem sabe o que faz" que podia naquele momento, ele dependia daquilo para se livrar da situação na qual ele se encontrava, a qual era cem por cento culpa de Oshawott. Aquele Pokémon iria ficar sem comer doces por algum tempo se eles dessem um jeito de afastar o garoto.

- Você não é digno da minha atenção, é apenas mais um idiota por aí. - Tsuna deu de ombros sorrindo, coisa que fez seus amigos ficarem pasmos - Apenas agradeça à Arceus pela parte cortante não ter sido a que o atingiu. Além do mais, eu não mexeria com este senhor por um tempo, se eu fosse você.

O garoto então analisou Tsuna por um breve momento, parecia julgá-lo de alguma forma. Após isso, ele sorriu maliciosamente e disse:

- Bem, se quer tanto assim defender o velhote, por que não vem até nós?!

- Porque não tenho tempo para desperdiçar com idiotas. - Tsuna retrucou, fazendo todos em sua mesa o lançarem olhares estranhos. Sair tanto de seu perfil não era nada fácil, mas mesmo assim, ele continuou.

- Ah, pode crer que será um tempo bem gasto, pivete... Nós iremos adorar bater um papo com você. - Ele afirmou, sorrindo - Você tem até o anoitecer para vir até nós, caso não queira, nós iremos destruir a única coisa que este velhote tem.

O senhor, perante a afirmação, empalideceu rapidamente. Até onde eles sabiam, idosos não deveriam ter a cor de um floco de neve como aquele. O garoto, por fim, retirou um cartão do bolso e o lançou para Tsuna, mas quem o agarrou foi Oshawott. O que estava acontecendo com aquele Pokémon afinal? Ele nunca havia agido desta forma antes. Após o Pokémon agarrar o cartão, o garoto saiu andando pela porta do restaurante, caminhando tranquilamente pela rua como se nunca houvesse feito nada. Tsuna finalmente suspirou e se ausentou de sua postura de valentão, se sentando em sua cadeira.

- Cara, você atua melhor que um Ditto. - Senshin bateu palmas, impressionado com Tsuna.

- Não é hora para isso, gente. - Lili afirmou, observando o homem tentar se levantar - Vocês ouviram o que aquele cara disse.

Os cinco se aproximaram do velho e o ajudaram a ficar de pé e se sentar em uma das cadeiras, os funcionários do local trouxeram um copo de água para o mesmo. O velho senhor apertou a mão de Tsuna e disse:

- Muito obrigado por me ajudar, jovem. Eu realmente aprecio o que fez por mim, mas você precisa sair da cidade agora.

- Por que? - Indagou Tsuna.

- Estas pessoas... São perigosas. Eles acham que dominam a cidade e que podem fazer o que quiserem com todos... São apenas um bando de tolos. Foi minha culpa de você ter se encrencado com eles, então me sentirei culpado se algo acontecer a você. Por favor, saia da cidade. - O senhor repetiu.

- Não, eu não vou. Ele disse que iam destruir algo seu, e se eu fosse embora, quem estaria encrencado com eles seria o senhor, e não eu. Além do mais, eu não suporto pessoas que acham que são donas do mundo. - Tsuna disse, confiante.

O velho senhor encarou Tsuna com suas grossas sobrancelhas que quase tampavam os olhos por um momento, ele não podia acreditar que existiria alguém determinado e ao mesmo tempo estúpido o bastante para tomar aquela decisão. Em seguida, ele se levantou, bebeu da água e disse:

- Muito obrigado. Poderiam vir comigo por um instante?

Os cinco assentiram e seguiram o velho, porém rápido homem, que saiu pela porta do restaurante e caminhou por alguns quarteirões em silêncio com eles, até que em suas vistas, algo apareceu: Eram as docas. Um píer de madeira resistente estava instalado para fora das ruas, e vários pequenos barcos estavam atracados naquele local, a água cristalina e azul cobria grande parte da vista. Eles caminharam mais alguns metros, até que se dispuseram em frente ao maior gigante de metal das docas, que flutuava calmamente amarrado na madeira do píer. O senhor apontou para o barco e disse:

- Conheçam o meu barco. Eu frequentemente o uso para fazer viagens de turismo pela região, além de algumas expedições de pesca, e é desta renda que eu vivo. Este barco é, também, o que eles pretendem tomar de mim.

- Isso é um absurdo, como eles pensam que podem fazer algo assim?! - Lili se revoltou - Bem, apenas mais um motivo para irmos atrás deles.

- Sim, mas isto não é o que eu pretendia lhes dizer. Bem, há algum tempo meu barco está parado aqui porque eles roubaram uma peça importante e cara do barco. Se conseguirem recuperá-la, eu posso levar vocês a qualquer lugar que queiram, como um agradecimento.

- Tudo bem então! - Siege se animou ao ouvir a notícia - Nós... O Tsuna na verdade, irá recuperar a peça do seu barco.

- Ei, por que só eu?! - Tsuna perguntou, decepcionado. Tudo seria bem mais fácil se o Todo Poderoso Siege ajudasse.

- Porque, como alguém que tem um grande senso de justiça, é meu dever ficar ao lado deste senhor - Siege abraçou o velho - E cuidar para que aqueles caras não mexam com ele de novo. Vocês quatro podem ir sem mim. - Terminou Siege, exibindo um sorriso exagerado. As desculpas dele estavam ficando cada vez mais reconhecíveis.

- Eh... Na verdade, eu e Duke - Senshin puxou Duke para seu lado - Precisamos....

- Ir ao banheiro! - Duke disse a primeira coisa que veio em sua mente, deixando todos constrangidos - Hum... Por um longo tempo...?

- Não me digam que vocês também estão com medo?! - Lili perguntou, desapontada.

- C-claro que não, Lili! - Senshin disse, tentando arrumar um motivo convincente - É que... Nossas necessidades matinais chamam mais alto! Não vemos um banheiro desde ontem!

- Isso só pode ser brincadeira... - Lili os encarou, fazendo os três desistentes ficarem sem jeito - Onde nós precisamos ir, Tsuna?

Tsuna pegou o cartão das mãos de seu Pokémon rebelde e o leu brevemente, em seguida, respondeu:

- Complexo de Virbank.

- Vamos resolver isso então. - Lili disse, confiante.

Lili agarrou Tsuna pela mão e começou a puxá-lo pela mão em direção ao Complexo, Oshawott sorriu e pulou para dentro da bolsa de Tsuna, se aconchegando e sorrindo animadamente. Tsuna encarou seu Pokémon e disse:

- Não pense que se safou desta, vou cortar seu doce por uma semana inteira, seu pequeno rebelde.

[Algum tempo depois]

- E então, foi aí que a água da privada acertou a cabeça do Professor! - Tsuna contou, tendo um ataque de risos enquanto andava ao lado de sua amiga.

- Sério? - Lili perguntou em meio a gargalhadas - Este definitivamente não era o melhor dia dele... - Ela foi interrompida.

Apenas de inalar o ar daquele lugar, Lili começou a tossir descontroladamente, foi preciso que Oshawott espirrasse água no rosto dela para que a tosse parasse. Eles observaram em volta e imediatamente perceberam que estavam a adentrar o Complexo de Virbank. Tudo o que eles podiam ver ao redor eram indústrias, muita fumaça - provávelmente tóxica - e uma rua cheia de casas abandonadas e sinistras. Aquele com certeza era o pior lugar pelo qual eles já haviam passado. Após Lili se recuperar, ela tampou o nariz com um lenço e perguntou:

- Há mais alguma especificação de lugar no cartão, Tsuna? Sinceramente, qualquer lugar aqui para mim se parece com o lar de uma gangue.

Tsuna pegou o cartão e deu uma olhada melhor.

- Bem, no verso está escrito que eles estarão esperando em um lugar bastante alegre, o que quer que isso signifique. - Tsuna disse, e então checou seu relógio - Bem, não falta muito mais do que quinze minutos para anoitecer, então teremos de ser rápidos.

- Alguma idéia de o que podemos fazer? - Perguntou Lili.

- Na verdade... Acho que sim. - Tsuna enfiou a mão em sua bolsa, tentando achar suas coisas em meio à bagunça que Oshawott fez lá dentro - Pronto! Aqui vai, precisamos de você!

Tsuna retirou uma de suas pokébolas de dentro da bolsa e a lançou para cima, liberando Riolu em meio a eles. O Pokémon sorriu para Tsuna, que se ajoelhou para ficar na altura de seu parceiro, logo após isso, disse:

- Ei Riolu, você poderia farejar algo importante para mim? - Tsuna perguntou.

Riolu acenou que sim com a cabeça e Tsuna entregou o cartão dado a ele nas mãos de seu Pokémon, que o aproximou do rosto e começou a cheirá-lo, em seguida, farejou o ar em volta deles por alguns momentos, até que finalmente apontou na direção de uma das casas. O Pokémon entregou o cartão de volta para Tsuna e fez sinal para que os dois o seguissem, em seguida, saiu correndo na direção do cheiro. Tsuna e Lili tiveram de fazer um pequeno pequeno esforço para se manter juntos ao Pokémon, mas mesmo assim continuaram a seguir Riolu, que apenas se aprofundava naquele ambiente tóxico e inóspito. Após passarem entre as casas abandonadas, eles viraram à esquerda e deram de cara com o mesmo garoto, que estava recostado na parede de uma das casas à frente. Ele sorriu ao ver Tsuna.

- Olá, finalmente conseguiram achar o caminho. - Ele disse.

- Então, eu já estou aqui. O que quer de mim? - Perguntou Tsuna, ansioso para acabar com aquilo.

- Nós, pivete, iremos batalhar. Quem ganhar, fica com tudo. - Ele respondeu friamente.

- Tudo... O quê? - Lili peguntou, impaciente por não obter respostas.

- Se você vencer, nós iremos pedir desculpas para o velho, você fica com a peça do barco do velho, e meus Pokémon. Se eu vencer, eu fico com os Pokémon seus e desta sua namoradinha.

- S-seu... - Lili estava há pouco de dar um soco no rosto daquele garoto.

- E se eu não quiser? - Tsuna perguntou.

- Você não tem escolha nenhuma. Olhe em volta. - Ele abriu os braços.

Os dois observaram à sua volta, de início não viram nada, mas logo eles puderam ver, dezenas de garotos e garotas vestindo roupas de couro e cabelos bagunçados começaram a rodear o lugar, não deixando nenhuma abertura de escape. Lili olhou para Tsuna séria, ela não tinha nenhum plano. Riolu começou a rosnar para o garoto, em sinal de protesto. Tsuna pôs a mão sobre a cabeça de seu parceiro e lhe fez um agrado. Eles não tinham nenhuma opção, era um tudo ou nada.

- Nós aceitamos. - Lili e Tsuna disseram em uníssono.

- Ótimo! Agora, que comece o show! - Ele gritou, causando movimento entre os garotos e garotas.

Tsuna e ele caminharam para o centro da rua de cimento esburacada, que tinha um grande círculo pintado com tinta branca, indicando as delimitações de um campo de batalha. O garoto sacou uma pokébola e a lançou para cima, de dentro dela saiu um brilho ofuscante, que se transformou em um grande Whirlipede.

- Quais são as regras? - Tsuna perguntou. Mesmo pessoas como eles deveriam ter regras, não?

- Esta será uma batalha de dois Pokémon, caso qualquer um dos Pokémon ultrapasse as delimitações do campo - Ele apontou para as linhas brancas ao redor - Ele será considerado perdedor e terá de ser retirado de combate.

- Tudo bem. - Tsuna olhou para Riolu, que o devolveu um olhar determinado - Eu escolho você.

Riolu se posicionou dentro do campo de batalha, encarando o gigante venenoso que deveria enfrentar. Perder não era uma opção. O Whirlipede rival ergueu seus chifres pontudos e afiados, prontos para cortar qualquer coisa que se impusesse em seu caminho.

- Que a batalha comece! - Ele gritou - Whirlipede, Toxic!

O Pokémon do garoto lançou um líquido da ponta de seus chifres em direção a Riolu, que antes que pudesse pensar em algo, já havia sido acertado pela substância viscosa. O corpo de Riolu de repente foi coberto por um brilho roxo, e ele teve de se ajoelhar por um momento.

- Whirlipede, Rollout! - O garoto ordenou.

- Você está bem? - Tsuna perguntou, recebendo um sim apressado como resposta - Muito bem, use Force Palm!

O Whirlipede começou a girar com toda a sua velocidade em volta do campo de batalha para ganhar velocidade, em seguida, investiu contra Riolu, que já estava pronto para o ataque. A pata de Riolu tomou um brilho alaranjado e ele confrontou toda a força do Pokémon rival, após um momento de tensão entre os dois, Riolu conseguiu com sucesso desviar o ataque de Whirlipede, que voltou a girar, agora com mais velocidade ainda. A pata de Riolu brilhou com mais força e desta vez ele investiu contra Whirlipede, antes que o outro Pokémon pudesse perceber qualquer coisa, Riolu já estava em seu lado, ele encostou a pata no olho de Whirlipede e o Pokémon foi lançado vários metros para o lado, o fazendo tombar. Ao mesmo tempo, Riolu começou a tossir devido ao envenenamento e sua respiração se acelerou. Tsuna perguntou novamente se ele estava bem, e Riolu, mesmo que se sentindo cansado respondeu que sim.

- Riolu, Quick Attack! - Tsuna disse.

Um brilho esbranquiçado envolveu todo o corpo de Riolu e ele avançou contra Whirlipede com uma velocidade incrível, mas quando Riolu estava prestes a acertar o Pokémon, uma ordem inesperada foi dada:

- Whirlipede, Agility! - O garoto gritou.

O corpo de Whirlipede se moveu em uma velocidade inacreditável e ele se pôs atrás de Riolu, que errou seu ataque, acertando o ar perante o movimento ágil de seu adversário.

- Rollout!

Whirlipede girou o mais rápido que pôde e acertou Riolu com tudo nas costas, passando por cima do Pokémon de Tsuna, Riolu tentou se levantar, mas seu envenenamento o impediu de fazer isso antes que outro Rollout viesse, o derrubando mais uma vez. Riolu parecia cansado e fraco, mas mesmo assim, ele se recusaria a desistir tão fácil. Tsuna estava nervoso, ele sentia que se Riolu caísse mais uma vez, seria seu fim. Foi então que uma idéia veio em sua cabeça.

- Riolu, Quick Attack! - Ordenou Tsuna, confiante.

Riolu, mais uma vez, foi envolvido pelo mesmo brilho e investiu usando toda a sua velocidade e força restantes contra seu forte oponente, que esperou pacientemente no lugar onde estava pela ordem certa de seu treinador.

- Você não se cansa de ser pego pela mesma estratégia? Whirlipede, Agility! - O garoto ordenou mais uma vez, subestimando Tsuna.

- Há! Riolu, Copycat! - Tsuna disse.

Whirlipede acelerou mais rápido que Riolu e se desviou para o lado, ao errar o ataque, imediatamente ele encarou Whirlipede, observando sua movimentação, suas manobras e absorvendo tudo. Riolu de repente foi envolvido por um brilho púrpura e desapareceu do lugar onde estava como um fantasma, não deixando rastro algum de onde poderia ter ido.

- Agora Riolu, use o melhor Force Palm que tiver! - Tsuna gritou, animado.

Antes que qualquer um pudesse reagir, Riolu já estava atrás de Whirlipede, sua pata brilhava e queimava com o ofuscante brilho alaranjado de seu ataque. Sem delongas, Riolu golpeou com tudo o adversário, que foi arremessado a uma distância considerável, caindo de lado nos limites da borda do campo de batalha. Riolu desapareceu com sua agilidade e apareceu novamente ao lado de Whirlipede, que ainda tentava se levantar. Sem fazer muito esforço, Riolu apenas deu um leve chute no Pokémon, que caiu inteiramente para fora das delimitações do campo. A primeira vitória era dele. O treinador rival ficou furioso ao ser forçado a recolher Whirlipede de volta para sua pokébola. Lili comemorou a vitória de Riolu junto a Tsuna. Riolu se virou para Tsuna e sorriu, quando de repente começou a tossir e caiu no chão, o brilho roxo ficava cada vez mais forte. Tsuna pretendia usar Riolu na próxima batalha também, mas não iria forçar seu parceiro daquela forma. Lili andou até Riolu e o pegou, o Pokémon, mesmo querendo continuar, não tentou resistir.

- Agora, é hora do último Pokémon de nós dois. Quem vencer, fica com tudo. - Disse o garoto, pegando sua pokébola. Somente a menção àquele acordo dava calafrios em Tsuna.

O garoto lançou a pokébola e de dentro dela saiu um Galvantula. Tsuna tinha uma estratégia em mente para lidar com aquele Pokémon, seria a mais segura também. Ele enfiou a mão em sua bolsa e pegou a pokébola de Magby, mas quando a puxou para fora, Oshawott veio junto, agarrado na esfera tecnológica. Tsuna sacudiu o objeto por um momento para ver se Oshawott desistia, mas ele não queria largar.

- Oshawott, me deixe usar Magby na batalha! Você tem desvantagem, não vai conseguir. - Tsuna disse.

- Bem, Tsuna, eu acho que sei o motivo pelo qual ele quer batalhar. - Lili sorriu atrás dele - Por que não tenta? Pode se impressionar.

- Você sabe que são os seus Pokémon que estão em jogo também, não é? - Tsuna cochichou para ela.

- Sei, e é por isso que gostaria que Oshawott batalhasse. Confio na determinação dele.

Tsuna precisou pensar por um instante. Qual era o motivo que fazia Lili acreditar tanto em seu Pokémon? Ele não sabia naquele momento. Era arriscado demais colocar um Pokémon do tipo água contra um elétrico, na maior parte das vezes que ele viu aquilo acontecer, deu muito, muito errado, não valia à pena. Foi então que Tsuna viu os olhos de Oshawott. Ele exibia aquele olhar determinado a tentar, determinado a conseguir, o mesmo olhar que ele havia visto no dia em que escolheu seu inicial.

- Tudo bem então, Oshawott, você pode batalhar. - Tsuna permitiu, deixando o Pokémon muito feliz.

Oshawott se posicionou dentro do círculo de tinta, determinado a vencer aquela batalha, nem mesmo a aparência grotesca e extremamente ameaçadora do Pokémon adversário o intimidou.

- Se ter uma desvantagem é a sua escolha, então vamos começar. - O garoto disse - Galvantula, Electroweb!

As patas próximas à boca de Galvantula começaram a se mover em uma velocidade incrível, tecendo algo brilhante, antes que Oshawott pudesse ver, uma grande teia brilhando em amarelo havia sido lançada contra ele, Oshawott sacou sua quera-concha e cortou a teia ao meio, que ao passar por ele, encostou levemente em seu braço, o dando um grande choque, mais ainda assim, nem perto do dano original do ataque.

- Oshawott, Aqua Jet! - Tsuna ordenou.

Uma grande quantidade de água envolveu todo o corpo de Oshawott, que a usou para se lançar no ar. O pequeno Pokémon descreveu várias manobras no ar, até que finalmente investiu em alta velocidade contra o Pokémon rival, que apenas se manteve parado no mesmo lugar, o encarando com aqueles olhos frios.

- Galvantula, o golpeie usando Slash! - O garoto disse.

Quando Oshawott se aproximou, Galvantula ergueu uma de suas várias patas e desferiu um poderoso golpe de corte, que acertou Oshawott em cheio no rosto, mas aquilo não o intimidou, e ele continuou com seu ataque, atingindo Galvantula com toda a força que um Aqua Jet poderia ter. Assim que atingiu Galvantula, sabendo do grande perigo, Oshawott pulou para longe, sacando sua concha e se preparando para qualquer outro ataque. Galvantula, à pesar de bastante molhado, não parecia ter sofrido nenhum tipo de dano sério, pouco diferente de Oshawott, que já havia sofrido alguns danos, mas podia continuar.

- Use Electro Ball! - O treinador rival brandiu.

- Desvie usando Razor Shell! - Tsuna respondeu.

Galvantula juntou suas duas patas frontais e uma enorme esfera de pura energia começou a surgir e aumentar entre elas, ganhando força e brilho. Oshawott, já com sua concha em mãos, apenas se preparou para o grande impacto. Poucos segundos depois, a esfera elétrica de Galvantula já estava maior que o tamanho de Oshawott. O Pokémon rival lançou seu ataque, a esfera viajou em extrema velocidade pelo ar em direção ao seu alvo, assim que a esfera se aproximou o bastante, Oshawott pôs sua quera-concha no caminho entre ele e o ataque, e o impacto foi grande. Mesmo Oshawott fazendo uso de toda a sua força, ele aos poucos começou a ceder, foi quando ele viu uma rachadura aparecer em sua concha. A energia começou a escapar por aquele buraco e atravessou a concha, a partindo em duas partes e atingindo Oshawott com tudo, causando uma enorme explosão, que espalhou fumaça por toda a arena.

- Hah, preparado para dar os Pokémon? - Provocou o garoto.

Oshawott havia sido lançado vários metros para trás estava caído no chão, sem forças para levantar ou fazer qualquer coisa. Sua ex-quera-concha jazia partida ao meio no chão ao seu lado, ao ver aquilo ele se sentiu decepcionado. Quando a fumaça se dissipou, ele pôde ver que, na verdade, Galvantula estava há poucos centímetros dele, com suas poderosas patas prontas para esmagar qualquer coisa. Foi a primeira vez que o inicial de água realmente sentiu medo de algo.

- Isso acaba agora. Galvantula, acabe com o sofrimento dele usando Bug Bite! - O garoto brandiu vitória.

- Oshawott! - Tsuna gritou por seu Pokémon, se sentindo incapaz de dar qualquer ordem em meio ao seu mar de preocupação.

Galvantula lentamente se aproximou cada vez mais de seu alvo, causando mais terror a cada passo que dava, cada centímetro que se diminuía entre os dois. Galvantula se debruçou sobre Oshawott, e sua pata esquerda esmagou mais ainda a concha, a dividindo em vários pedaços. As mandíbulas do cruel adversário começaram a emitir um brilho, e quando estava prestes a atacar e acabar com aquilo tudo, Oshawott começou a brilhar. Mas foi um brilho muito forte, tão forte que forçou todos na área a tampar o rosto para não ficarem cegos. O corpo de Oshawott começou a crescer, e bem no meio de sua transformação, o inicial de água de Tsuna investiu com tudo para cima de Galvantula, os dois se lançaram para o alto e começaram a brigar e girar, o Pokémon de Tsuna levou vantagem e pressionou Galvantula com toda a dua força contra o chão quando eles caíram, o brilho que envolvia Oshawott cessou, desta vez, revelando um Pokémon diferente. Oshawott havia evoluído para Dewott. Tsuna ficou pasmo e ameaçou desmaiar, mas Lili o lembrou que ele deveria dar uma ordem enquanto Dewott mantinha o controle.

- Ok, vamos lá! Dewott, mostre a eles o seu melhor Razor Shell!

Dewott sacou suas duas novas quera-conchas e elas começaram a emitir um brilho azul, Dewott girou no ar e desferiu um poderoso e avassalador corte duplo com suas conchas, lançando Galvantula para cima de seu treinador e nocauteando o Pokémon rival. O garoto que havia desafiado Tsuna não podia acreditar que aquilo estava acontecendo a ele, ele estava... Paralisado. E não era pelo fato de Galvantula estar nocauteado sobre ele no chão. Após Tsuna, Dewott e Lili comemorarem, o garoto se levantou, se sentindo desolado. Ele fechou os olhos, suspirou, e em seguida gritou:

- O que vocês punks estão esperando aí parados como idiotas?! Dêem logo a droga da peça do barco para o garoto!

Uma movimentação nervosa aconteceu entre os adolescentes que os cercavam, e após alguns momentos, dois garotos foram até Tsuna e o encararam com desprezo, em seguida, entregaram a ele uma peça que se assemelhava com uma caixa de metal pequena. O garoto então se aproximou de Tsuna com suas duas pokébolas e as ofereceu para ele.

- Tome, faz parte do nosso acordo. - Ele disse, desviando o olhar. Por um momento, Tsuna viu que ele realmente se importava com alguma coisa.

- Não, eles são seus. - Tsuna as devolveu - Eu sei como me sentiria se alguém tomasse os meus amigos de mim, e não desejaria isso para ninguém. Você não é tão diferente de nós quanto pensa. - Tsuna sorriu, deixando o garoto sem jeito.

- T-tanto faz. Vocês podem ir, amanhã cedo eu irei pessoalmente pedir desculpas para aquele velho. - Ele se virou para ir embora, e sua gangue inteira o seguiu. Antes de desaparecer na paisagem, ele, de longe, disse a Tsuna - Meu nome é Reece. E esse com certeza não será nosso último encontro.

- É o que eu espero, Reece! - Tsuna gritou para ter certeza de que seria ouvido - Ah, o meu nome é Tsuna, caso queira saber!

Reece e sua gangue desapareceram totalmente na paisagem esfumaçada e suja. Dewott caminhou até sua antiga quera-concha, partida em vários pequenos pedaços, não valendo mais nada em termos de combate, mas que guardava algumas boas lembranças. O Pokémon pegou os pedaços partidos de sua ex-quera-concha e os entregou a Tsuna, que os guardou e deu um grande e caloroso abraço em seu Pokémon. Lili pôs a mão sobre o ombros de Tsuna e perguntou, enquanto carregava Riolu com a outra mão:

- Ei, por que você foi tão gentil com aquele cara agora? Ele literalmente queria destruir a vida daquele senhor e roubar seus Pokémon. - Ela estava confusa.

- É que... Eu acabei realizando que ele não é muito diferente de mim. Só.. Acabou pegando um caminho errado, por um tempo. Mas eu tenho certeza de que hoje fez diferença, e que ele está diferente... - Tsuna se pegou no meio de suas confissões, ele estava começando a ficar sentimental demais - Ah, esquece, acabei devaneando demais! Bem, precisamos ir ao Centro Pokémon e depois voltar para eles, tenho certeza de que Duke e Senshin já devem ter desistido de seu "banheiro".

- Hah, sei. - Lili disse.

Os dois treinadores Pokémon se viraram e foram embora daquele lugar sinistro, em direção ao Centro Pokémon, e após isso, determinados a continuar sua aventura.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo! Prometo que o próximo sairá brevemente.

Então, é isso, me desculpem mais uma vez pela grande demora no lançamento deste capítulo. Até mais!


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