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História Pokémon Adventures 1: Unova - Interativa - Reconciliações


Escrita por: HarleenJax

Notas do Autor


Olá! Aposto que sentiram falta de mim (ou não '-' )

Mas bem, este capítulo demorou mais para sair porque, além de ser bastante importante para a história da fanfic, é um capítulo bem emocional (coisa que não é muito a minha zona de conforto, como podem ver) por isso, eu reescrevi este capítulo inteiro literalmente três vezes, até chegar a esta versão dele, a que mais me agradou.

Espero que gostem!

Capítulo 14 - Reconciliações


Tsuna abriu seus olhos e se viu deitado em sua cama dentro do segundo andar do Centro Pokémon. Ele se sentia acabado e sem nenhuma vontade de se levantar daquela cama quentinha, e não era apenas pelo fato de que ele havia sido arremessado através de um vidro aos pés de uma Elite 4 por um estranho que usava preto, mas também porque ele se sentia um pouco mal por Siege. Eles meio que haviam empurrado tudo aquilo na direção dele, a final, era culpa deles que aqueles "ninjas misteriosos" haviam aparecido, e a situação havia se desenrolado daquela forma. E, agora, eles estavam o forçando a contar tudo para eles. Mas ao mesmo tempo, ele não conseguia parar de pensar que a culpa de o que aconteceu na noite passada era de Siege, ele mesmo escondia coisas demais dele, não confiava neles.

Após mais algum tempo deitado, Tsuna decidiu se levantar, já que continuar lá não ajudaria a melhorar a situação em nada. Ele pulou para fora do calor agradável e acolhedor da cama para o chão gelado e se vestiu com suas roupas normais, e após ir ao banheiro e fazer suas higienes matinais, deixou o quarto. Ele adentrou o corredor do segundo andar, vendo várias outras pessoas também saindo de seus quartos e bocejando, algumas até conversando com amigos. Ele calmamente tomou seu caminho e pisou sobre a escada-rolante do local, que fez o resto do trabalho por ele, descendo-o até o primeiro andar do Centro Pokémon em segurança. Assim que ele deu o primeiro passo fora da escada, ele percebeu Lili entrando pela porta do local, ela parecia um pouco desapontada com algo.

- Bom dia. - Tsuna cumprimentou.

- Bom dia, Tsuna. - Ela tentou um sorriso, que não deu muito certo.

- Aconteceu algo hoje? - Ele perguntou a ela.

- Quase. Eu acordei mais cedo para ir até o ginásio, perguntar se já haviam resolvido o problema, mas quando eu cheguei lá, eles me disseram que ainda levariam mais tempo para consertarem o vazamento. - Lili respondeu - Ouvi também eles comentando que não esperavam terem treinadores chegando em Castelia tão cedo.

- Ah. - Tsuna esperou um pouco, pensando se deveria mesmo tocar no assunto, até que a sua curiosidade triunfou - Então... Teve alguma notícia do Siege?

Aquilo estava em sua cabeça desde o fim da noite anterior. Após derrotar o homem estranho e ouvir muito de Lili, Siege havia simplesmente desaparecido, sem deixar rastros, e pelo que havia visto, o garoto não havia retornado ao Centro Pokémon durante a madrugada. Tsuna sabia que provavelmente Lili não estava muito contente com ele, pelo fato dele esconder várias coisas sobre seu passado - Tsuna mesmo também não estava muito feliz - mas se há algo que a vida lhe ensinou a fazer, é perdoar, e ele esperava que seus amigos também já houvessem resolvido se esquecer sobre ocorrido.

- Ah, ele. - Lili começou, claramente não ficando feliz com a pergunta - Não o vi por aqui, mas acabei encontrando isso debaixo do meu travesseiro quando acordei.

Lili abriu sua bolsa e a vasculhou por alguns momentos, até encontrar um pedaço de papel amaçado e entregá-lo para Tsuna. Ele leu em voz alta o bilhete deixado para Lili:

"Eu sei que errei com vocês ontem, mas pretendo esclarecer as coisas.

Por favor, me encontrem hoje no topo do Museu de História de Unova às 04:30 da tarde.

Me desculpem."

- Você tem alguma idéia de o que seria este lugar? - Lili perguntou, tentando não expressar nenhum tipo de curiosidade.

- Ah, claro. Eu li eu um guia de viagens que minha mãe comprou para mim quando eu vim para cá, é um grande museu que abriga várias peças e representações, além de reconstruções de eventos históricos que ocorreram aqui em Unova. A região em que estamos agora costumava ser uma terra amaldiçoada por uma força maligna ou algo assim, por isso várias lendas sobre o assunto são reencenadas lá, pelo menos foi o que eu li. É um lugar bem interessante, se você for um turista. - Ele explicou - Você... Pretende ir falar com ele?

- Bem, talvez. Ainda não me decidi. - Ela se desviou do assunto rapidamente - Você viu o Senshin e o Duke por aí? Na última vez que os encontrei, eles estavam tomando café.

Como se Lili fosse uma profeta, as portas automáticas do Centro Pokemon se abriram naquele momento, revelando Senshin e Duke, os dois estavam completamente ensopados, dos pés à cabeça, de água suja de esgoto e lodo. Os dois mesmos pareciam não acreditar que aquele tipo de coisa havia acontecido com eles, por isso eles tentavam evitar olhar para si mesmos enquanto se aproximavam de seus amigos.

- Mas o que diabos... - Lili começou.

Kan. Pergunte. - Duke a interrompeu, parecendo traumatizado apenas de relembrar a experiência.

- Desculpe, Lili. - Senshin disse - Nós te seguimos até o ginásio hoje, e entramos no lugar escondidos enquanto você falava com aqueles caras.... - Ele pôs a mão na testa - Era tanta água... E objetos desconhecidos boiando... Esqueça o Mundo Reverso, nós entramos no verdadeiro inferno e voltamos inteiros.

- Bem... Quase inteiros. - Tsuna comentou, tampando o nariz - Talvez vocês devessem ir tomar um banho. As pessoas aqui já estão começando a notar. - Ele disse, observando a Enfermeira Joy lhes encarando com um olhar mortífero.

- Tem razão. - Duke respondeu.

Os dois atravessaram o Centro Pokemon e embarcaram na escada rolante, sendo levados pela mesma para o andar de cima. Lili balançou a cabeça para ele e disse:

- Hum... Que tal esquecermos que vimos isso?

- É uma ótima idéia. - Tsuna concordou.

Neste momento, uma vibração se iniciou dentro de sua bolsa. Tsuna abriu-a e começou a procurar o que estaria causando isso, quando percebeu que poderia ser seu TN. Ninguém tinha o seu número, nem mesmo sua mãe, então era muito estranho que alguém estivesse o ligando. Ele sacou o dispositivo tecnológico e confirmou sua suposição: a tela exibia um número desconhecido, e os dois ícones para atender ou rejeitar a ligação. Tsuna, por curiosidade, resolveu atender e descobrir quem o ligava, ele colocou seu dispositivo rente ao ouvido e uma voz saiu do TN:

- Olá, Tsuna. Preciso de um favor. - A voz anunciou.

- Quem é você? - Tsuna perguntou - Como tem meu número?

- Quando se faz parte da Elite dos 4, é bem fácil conseguir o número de qualquer treinador registrado, sabe. - A voz disse.

- E-elite dos 4?! - Tsuna exclamou, assustando Lili, que estava ao seu lado.

- Enfim, não posso falar mais que isso no lugar onde estou, há pessoas demais ao redor. Vou repetir: Tsuna, preciso de um favor seu, me encontre na mesma praça a qual vocês visitaram ontem. Agora. - A voz disse, por fim.

- Eu não sei... - Tsuna tinha medo de o que aquilo poderia lhe proporcionar. A pessoa do outro lado da linha estava agindo de forma suspeita demais.

- Eu preciso de você, Tsuna, é importante. Você vem ou não? - A voz perguntou, com um tom sério.

- Eu... vou. - Tsuna respondeu.

- Ótimo. - A voz disse com um tom mais doce - Por favor, venha sozinho.

A pessoa do outro lado da linha desligou, deixando Tsuna confuso. Ele, na pressão do momento, havia concordado em ir, então teria de fazer isso, querendo ou não. Lili, curiosa sobre o que estava a acontecer, perguntou:

- Quem era, Tsuna?

- Um conhecido. Acho. - Ele respondeu a ela - Preciso ir a um lugar, você se importaria de esperar aqui? Eu não vou demorar muito.

- Sim, eu me importaria. - Ela disse, deixando Tsuna um pouco sem graça com a resposta - Sem mais pessoas indo a lugares misteriosos sem mim, Tsuna. Nós vamos juntos.

- Adiantaria se eu dissesse que talvez seja perigoso? - Ele tentou.

- Não. - Ela sorriu para ele.

- Foi o que eu pensei. - Ele afirmou, relutante.

Os dois saíram do Centro - mesmo contra a vontade de Tsuna -, adentrando o ambiente urbano e moderno da cidade, iluminado pela forte luz do sol naquele dia em específico. Eles deram uma breve caminhada até o beco da noite anterior, passando pelo restaurante, que estava fechado e totalmente destroçado por dentro, com várias marcas pretas de e cheiro forte de queimado estampando todos os móveis e paredes. Algo sério havia acontecido naquele lugar depois de eles terem ido embora. Os dois afastaram o acontecimento da mente por ora e pegaram a saída alternativa do beco, resultando na rua principal, onde havia um enorme fluxo de pessoas e de carros no meio da rua, o que poderia potencialmente causar um acidente. Eles atravessaram a rua com cuidado e andaram por mais algum tempo pelas calçadas da enorme cidade de Castelia, até que finalmente acabaram por chegar na praça da noite anterior. Imediatamente, Tsuna teve o impulso de puxar Lili para a parede mais próxima, antes que pudessem entrar no campo de visão das pessoas dentro da área.

- Escute Lili, isto pode acabar sendo sério, então é melhor você ficar aqui até eu voltar. - Ele disse, preocupado.

Lili, após pensar por alguns momentos, acenou com a cabeça, concordando.

- Tem certeza de que irá ficar bem? - Ela perguntou.

- Sim. Se eu precisar de algo, posso gritar. - Ele respondeu, se afastando dela.

Tsuna passou pelo enorme portão de metal que dividia as ruas da pequena praça, detalhe que, por pressa, não tinha percebido na noite passada. Aquele lugar era bem menor do que ele se lembrava, não tendo espaço apenas para uma fonte de água jorrante, alguns bancos e poucos metros de grama verde livre, onde algumas pessoas se acomodavam para observar a beleza do dia. Ele automaticamente percebeu a única coisa anormal naquele lugar, uma pessoa que usava um sobretudo marrom e um capuz, que tampava todo o seu rosto. Ele soube imediatamente que seria com aquela pessoa que ele teria de falar. Tsuna engoliu em seco e caminhou lentamente até o banco onde a pessoa estava sentada, e por fim, se acomodou. Alguns momentos se passaram até que alguém dissesse algo:

- Você... Não se lembra mesmo de mim? - A pessoa perguntou - Não faz nem uma semana inteira desde a última vez em que nos vimos.

- Me desculpe, mas não sei quem você é. - Respondeu ele, tenso.

A pessoa pôs uma mão no ombro do garoto e levantou um pouco seu capuz, permitindo que Tsuna fosse encarado por seus determinados e penetrantes olhos escuros. No mesmo momento, o ímpeto de dizer um nome veio até a ponta de sua língua.

- Laike Kamina. - Tsuna recitou, mesmo que sem querer.

- Shhh. - Laike o silenciou - Sim, sou eu, mas não posso deixar que descubram que eu estou aqui.

- Por que não? - Tsuna perguntou.

- Porque eu sou uma "celebridade", Tsuna. Se descobrissem que eu estou aqui, me encontrando com alguém, iria causar alarde demais. - Ele explicou - Eu sei que pode parecer um motivo ridículo, mas na última vez em que eu saí com os outros três para almoçar, eu literalmente saí na capa de uma revista. Além do mais, o Campeão não gosta de quando este tipo de coisa acontece.

- Tudo bem então. - Tsuna concordou - Por que precisa de mim?

- Eu ouvi dizer que vocês se desentenderam com o Siege, não é? - Ele perguntou.

- Sim, Siege anda escondendo segredos demais, e nós somos os amigos dele. Acho que ele deveria confiar um pouco mais em nós. - Tsuna opinou - Como soube de o que aconteceu ontem?

- Quando a Shadow T. está envolvida em alguma coisa, a informação chega a nós bem rápido. - Laike afirmou, ainda deixando Tsuna confuso - Bem, digamos que nós temos vários ouvidos pela região inteira. Indo direto ao assunto, eu gostaria de que não pusessem tanta culpa no Siege. Ele só quer proteger vocês.

- Nos proteger do que? - Indagou o ruivo. Era esta falta de informação que os deixava confusos.

- Proteger vocês das pessoas que estão atrás dele, Tsuna. Na batalha por Unova, há dez anos, Siege estava lá, e ele triunfou. Desde então, os remanescentes da Team Raven vêm caçando ele, em busca de vingança. - Laike disse, de cabeça baixa - Tsuna, vocês não entendem contra quem estão lutando. Estes caras, eles não são apenas bandidos de rua ou coisa do tipo, se eles os considerarem uma ameaça, eles irão atrás de vocês, e irão matar vocês e a todos quem amam.

Tsuna não soube realmente como se sentia naquele momento. Apenas sentiu medo de Laike estar realmente falando a verdade, e à pesar de saber que o Elite 4 não mentiria, ele queria acreditar no contrário. Apenas pensar no que poderia acontecer, já lhe dava arrepios.

- Eu... - Tsuna começou, mas foi interrompido.

- Você quer mesmo ver a sua família sofrendo, Tsuna?! - Laike bateu o punho contra o joelho assustando algumas pessoas que estavam por perto.

- Eu... Não quero, Laike. - Tsuna afirmou, talvez um pouco alto demais.

As pessoas em volta começaram a comentar com sigo mesmas sobre a menção do nome para aquele garoto encapuzado, e não demorou muito para quatro equipes de filmagem aparecerem na praça. Laike apenas encarou Tsuna com um olhar sincero.

- É este medo que o Siege tem. - Laike disse, por fim.

O membro da Elite dos 4 se virou para as equipes de filmagem, que não paravam de gritar perguntas e de tirar fotos, Laike retirou seu sobretudo e o lançou sobre os repórteres, os deixando confusos e atordoados momentaneamente, gritando algo como: "Vocês não vão me pegar hoje!", neste momento, uma leve brisa começou a soprar, e um pequeno morcego pulou de cima de uma das árvores da praça, indo em direção a eles. Era uma Gliscor. Laike estendeu o braço para cima e se virou para Tsuna.

- Pense bem na nossa conversa, Tsuna Shinka. Cedo ou tarde, nós nos encontraremos novamente, seja por um acaso do destino, ou no campo de batalha da Liga Pokémon. Eu espero ainda ter tempo o bastante para que nossa batalha aconteça.

A Gliscor estendeu sua cauda pontuda e mortal para baixo e Laike se agarrou nela com precisão e confiança, os dois com certeza tinham um vínculo poderoso. Eles foram, incrivelmente, carregados por aquela fraca brisa para longe, sumindo facilmente da vista dos repórteres e de Tsuna entre os prédios de Castelia. Tsuna não havia visto antes, mas Laike estava a carregar algum objeto retangular grande e brilhante por uma alça, mas não foi possível dizer o que era antes que ele desaparecesse. Ele ainda teria uma longa tarde por vir.

[...]

Os quatro treinadores caminhavam em direção ao enorme prédio em um clima pesado. Nenhum deles havia chegado a uma decisão, se iriam perdoar Siege ou não, apenas Tsuna, que não quis se expressar na frente dos amigos. Apenas se lembrar de o que sentiu durante sua conversa com Laike o deixava paralisado demais para tentar convencer algum deles, então ele torcia para que Siege explicasse as coisas. O prédio era uma construção majestosa e enorme, facilmente ultrapassando outros prédios presentes na mesma área, mas nem mesmo todo o seu bom astral e arquitetura impecável conseguiram mudar o que o grupo sentia no momento. Ao se aproximarem de um dos funcionários e perguntarem como poderiam ir até o terraço, o funcionário os pediu para entrarem no Museu e pegarem os elevadores, que seriam o meio mais rápido de levá-los até o alto do prédio, e assim fizeram. Os quatro entraram dentro do Museu, avistando as belas pinturas, esculturas e artefatos antigos que eram dispostos em sua frente. Várias famílias e pessoas estavam presentes lá, apreciando as obras de arte e tomando um pouco do conhecimento do passado de sua região, tranquilos, sem idéia de que algo poderia estar por acontecer. Eles caminharam pelo interior do local, finalmente chegando às portas de metal dos elevadores, ao lado das escadas e de algumas outras pinturas, que cobriam a parede. Algo que chamou sua atenção foi uma pintura chamada "Senhora do Reino", e era bem recente, pintada há nove anos atrás, como dizia a placa. A pintura mostrava uma mulher alta e bonita, de pele clara, com um Scizor como companheiro, de expressão alegre, ao lado de uma garota de cabelos azuis e uma Swablu. O pintor havia sido alguém chamado Neville. Eles, antes de adentrarem o elevador, se perguntaram o por que de algo tão recente estar disposto ali.

Assim que entraram no elevador, as portas de metal se fecharam, os isolando do resto do ambiente no museu. Senshin apertou o último botão brilhante disponível no painel, que indicava o andar mais alto da construção, e eles sentiram o movimento da cabine metálica os levando para cima, os puxando até o seu encontro com Siege. Poucos momentos depois, o som de um sino foi ouvido as portas de metal se recolheram para os lados, abrindo sua passagem.

- Olá. - Eles ouviram uma voz conhecida dizer, alguns metros à frente.

Era Siege. O garoto estava de costas para eles, debruçado sobre a borda do prédio, parecia para eles que ele poderia cair a qualquer momento, seus cabelos cinzas esvoaçavam com o vento. Havia um ambiente bonito e elegante que se dispunha entre eles, que estava lotado, em sua maioria, por mesas, vasos de plantas enormes e souvenires, mas curiosamente naquele momento não havia ninguém lá junto a eles, o que era estranho, já que a saída das escadas ficava poucos metros ao lado.

Tsuna deu alguns passos para fora do elevador em direção a Siege, sério.

- Siege, por que você se meteu em tudo isso? - Perguntou Tsuna.

- Porque eu não pude aguentar, Tsuna. - Ele respondeu - Eu não consegui aguentar ouvir os gritos das crianças, sofrendo nas mãos da Team Raven e apenas não fazer nada... Eu tinha que lutar, Tsuna, caso o contrário, ninguém o faria, e Unova estaria acabada.

- Mas ninguém te obrigou a isso, Siege. - Lili afirmou - Foi uma opção sua se envolver com eles.

- Você diz isso... Porque não foi a sua família quem foi destruída por eles! - Siege exclamou, se assustando com a própria afirmação. Ele tremia - Eles destruíram famílias demais, Lili. Ninguém merece o mesmo destino que eu tive. É por isso que eu não quero que se envolvam com isso, ou acabarão como nós.

- Nós... Quem? - Indagou Senshin.

- Cinco, Senshin. - Siege simbolizou o número com as mãos - Cinco pessoas se organizaram e derrubaram a dominação tirana da Team Raven sobre a região. Mas, na última batalha que teríamos que lutar, um deles se sacrificou por mim.

Por mais que ele tentasse se conter, as lágrimas desciam pelo rosto do garoto, atingindo o chão. Aquela havia sido a primeira vez em que eles viram Siege fazer tal coisa, era difícil de acreditar que a pessoa mais forte que conheciam estaria agindo desta forma.

- A Campeã morreu porque eu não fui forte o bastante. E não há mais volta. - Ele lamentou - Mas, pelo menos agora eu sou forte o bastante para proteger vocês. Por favor, entendam, eu escondo muitas das coisas que giram em volta do meu passado porque é mais seguro que não saibam sobre elas. Não haveria dor pior para mim do que saber que vocês morreram por minha culpa.

Lili calmamente caminhou pelo ambiente, até ficar cara a cara com Siege. Tsuna podia jurar que previa ver Lili dando um tapa nele, mas o mais inesperado acabou por acontecer: Ela o abraçou.

- Eu sei pelo que você passou, Siege. Você apenas não quer que nós tenhamos de sofrer o mesmo que você sofreu, mas você não precisa sofrer sozinho, Siege. Nós somos seus amigos, e seja pelo que você estiver passando, nós passaremos por isso juntos, afinal, para que mais os amigos servem? - Lili disse, fazendo-o retribuir o abraço.

- Acho que sim. - O garoto de cabelos cinzas afirmou - Eu tentarei ser mais flexível quanto a isso, me desculpem.

- Não, nós devemos desculpas a você. - Senshin disse - Te pressionamos demais, não foi a coisa certa.

Alguns momentos se passaram e eles ficaram apenas ali, se encarando, refletindo sobre quem teria mais culpa. Ambos os dois lados, tanto eles quanto Siege, haviam sido injustos uns com os outros. Foi aí que Siege se lembrou:

- Ah, verdade, eu tenho uma coisa para dar à vocês. - Ele lembrou.

Siege caminhou alguns metros para a a esquerda, ao lado de uma das várias mesas do local, retirando de lá uma certa maleta de prata, em seguida entregando-a nas mãos dos quatro treinadores. Eles a puseram no chão e a abriram, tendo um vislumbre de seu conteúdo. O que estava lá dentro eram quatro pedras cinzas e transparentes em formatos redondos perfeitos, elas não tinham mais do que três centímetros cada, e, de certa forma, cada um deles parecia ser único. Nenhum dos treinadores jamais havia visto tal objeto em todas as suas vidas.

- O que são? - Perguntou Duke.

- Bem, eu estava guardando para comemorar quando obtivessem sua quarta insígnia, talvez mais tarde vocês descubram. - Afirmou Siege, com uma expressão travessa - Por enquanto, acho que apenas servirão como símbolo, mas considerem que a posse destes objetos torne vocês treinadores incríveis.

- Tudo bem então. - Tsuna aceitou a sugestão de Siege enquanto guardava seu novo presente no bolso protegido do casaco - Por que não saímos daqui? Estou meio cansado de terraços por hoje. - Ele sugeriu.

Os outros três concordaram. À pesar de o dia não ter sido muito agitado, todos os cinco se sentiam acabados emocionalmente. Eles guardaram os objetos e entraram dentro do elevador novamente, desta vez sendo acompanhados por seu amigo Siege, com o destino traçado no Centro Pokémon para que pudessem descansar. O próximo dias que estavam por vir seriam bem longos.


Notas Finais


Bem, então é assim que termina o nosso capítulo, espero que tenham gostado! Me desculpem, pois o tamanho do capítulo não saiu tão grande quanto eu queria, prometo que o próximo não demorará tanto tempo a sair.


Por favor, me digam o que acharam (também aceito críticas construtivas, caso algo esteja ruim, me ajudem a melhorar!) e até a próxima.


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